O Código Cósmico – 10 – O Umbigo da Terra
Que Abraão vivesse em Haran é conhecido pela Bíblia. Que Marduk tivesse vagado por terras distantes e tivesse ido à terra dos hititas sabemos por sua autobiografia. Que o lugar específico onde ele passou 24 anos fosse Haran pode ser deduzido por nós a partir da abertura da “autobiografia” de Marduk; ele inicia: “Até quando”, dirigindo-se inicialmente aos “deuses de Haran” (ilu Haranim), depois aos deuses presentes, e só depois aos distantes Grandes Deuses que Julgam.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Livro O CÓDIGO CÓSMICO – A fantástica História dos Extraterrestres que Revelaram os Segredos Cósmicos à Humanidade (Zecharia Sitchin)
CAPÍTULO 10 – O UMBIGO DA TERRA
“A sabedoria (Sophia) clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras: Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento?” – Provérbios 1:20,22
- O Código Cósmico – Capítulo 1 – Pedras das Estrelas
- O Código Cósmico – 2 – A Sorte Possui Doze Estações
- O Código Cósmico – 3 – Gerações Divinas
- O Código Cósmico – 4 – Entre a Sorte e o Destino
De fato, estar em Haran era uma escolha lógica, pois tratava-se de um importante centro urbano e religioso – situado na encruzilhada das rotas de comércio – e um núcleo de comunicações na fronteira da Suméria e Acádia, mas ainda não no interior. Haran era um quartel-general perfeito para um “deus” cujo filho estivesse preparando um exército de invasão. Um período de 24 anos antes da invasão e do holocausto nuclear ocorrido em 2024 a.C. significa que Marduk chegou a Haran em 2048 a.C. Por nossos cálculos (baseados num sincronismo cuidadoso de dados bíblicos, mesopotâmicos e egípcios), isso o colocou nos calcanhares de Abrão/Abraão.
Este nasceu, de acordo com os nossos cálculos, em 2123 a.C. Cada movimento de Taré e sua família, conforme demonstramos em “As Guerras de Deuses e Homens”, estava ligado aos acontecimentos em Ur e no Império Sumério. A Bíblia nos informa que Abrão/Abraão saiu de Haran, seguindo “instruções divinas“, com a idade de 75 anos. O ano, então, seria 2048 a.C. – o mesmo em que Marduk chegou a Haran! E foi então que Javé (Enlil ou Marduk?) – não apenas o “Senhor Deus” – disse para Abraão: “Sai de teu país, de tua terra natal e do lugar onde está teu pai e vai para a terra que vou te mostrar”.
Foi uma partida tripla – do país de Abraão (Suméria), de seu local de nascimento (Nippur) e do lugar onde seu pai morava (Haran); com destino a um lugar que ele não conhecia, pois Javé iria mostrar o caminho a Abraão. Levando sua esposa, Sarai, e seu sobrinho, Lot, com ele, Abraão foi para a “terra de Canaã”. Chegando do norte (atravessando o espaço que seu neto Jacó atravessaria mais tarde), moveu-se para o sul, atingindo um local chamado Alon-Moreh – um nome significando literalmente “o carvalho que aponta”, aparentemente um marco que o viajante não podia deixar de encontrar. Para ter certeza de que viajava corretamente, Abraão aguardou instruções; “Javé apareceu ali para Abraão”, confirmando que se encontrava no lugar certo. Continuando, Abraão chegou a Beth-El (“Lar de Deus”) e novamente” chamou o nome de Javé”, e prosseguiu depois sem parar até o deserto de Neguev (“A Secura”), a parte mais ao sul de Canaã, próxima à península do Sinai. Não ficou ali por muito tempo. A comida não era abundante no local. Abraão continuou até o Egito.
Costuma-se representá-lo como um chefe nômade beduíno, passando seus dias a pastorear rebanhos ou descansando na tenda. Na verdade, ele tinha de ser muito mais do que isso, de outra forma por que teria sido escolhido por Javé para sair em “missão divina”? Ele descendia de uma linhagem de sacerdotes; os nomes de sua viúva, Sarai (“princesa”), e da viúva de seu irmão, Milcah (“real”), indicam uma ligação com a linha real suméria. Atingiu a fronteira do Egito enquanto instruía sua esposa em como se comportar quando fossem recebidos na corte do faraó (e mais tarde, de volta a Canaã, ele lidou com reis como seus iguais). Depois de uma estadia de cinco anos no Egito, Abraão retorna ao Neguev, recebendo do faraó grande número de homens e mulheres para seu serviço, rebanhos de carneiros, de gado e de jumentos machos e fêmeas – assim como uma manada de caros camelos. A inclusão dos camelos é significativa, pois eles estavam adaptados para propósitos militares em condições desérticas.
Que um conflito militar se preparava ficamos sabendo no capítulo seguinte do Gênesis (capítulo 14); seria a invasão de Canaã por uma coalizão de reis do Leste – da Suméria e seus protetorados (tais como Elam, nas montanhas Zagros, um local renomado por seus guerreiros). Capturando cidade após cidade à medida que seguiam a Estrada do Rei, fizeram uma volta ao redor do mar Morto e dirigiram-se diretamente para a.península do Sinai. Mas lá, Abraão e seus homens bloquearam o caminho do invasor. Desapontados, os invasores contentaram-se em saquear as cinco cidades da planície fértil (entre as quais estavam Sodoma e Gomorra) ao sul do mar Morto; entre os prisioneiros que fizeram havia Lot, sobrinho de Abraão. Quando Abraão ficou sabendo que seu sobrinho se tornara cativo, perseguiu os invasores, com 318 de seus melhores homens, até Damasco. Como algum tempo se passara até que um refugiado de Sodoma contasse a Abraão sobre a captura de seu sobrinho, foi uma façanha e tanto o fato de Abraão alcançar os invasores, que já se encontravam em Dan, ao norte de Canaã. Sugerimos que os “jovens treinados” apontados pelo Gênesis eram guerreiros montados nos camelos de uma escultura mesopotâmica. “Foi depois desses eventos”, afirma a Bíblia (Gênesis 15), “que Javé falou a Abraão numa visão: Não temas, Abraão; eu sou teu protetor e a tua paga será infinitamente grande”.
É hora de rever a saga de Abraão até aqui e fazer algumas indagações. Por que Abraão recebeu ordem de esquecer tudo e partir para um lugar completamente estranho? O que havia de especial em Canaã? Por que a pressa para atingir o Neguev, na fronteira da península do Sinai? Por que a recepção real no Egito e a volta com um exército e uma divisão de camelos? Qual era o alvo dos invasores do Leste? E por que a derrota deles por Abraão valeu uma promessa de paga “infinitamente grande” por parte de Deus? Distante da costumeira figura de Abraão como pastor nômade, ele era um excelente líder militar e um ator importante no cenário da política internacional. Sugerimos que tudo pode ser explicado se aceitarmos a realidade da presença anunnaki e levarmos em consideração os outros eventos importantes ocorrendo simultaneamente. O único preço que valia um conflito internacional – ao mesmo tempo que Nabu estava organizando combatentes nas terras a oeste do rio Eufrates – era tomar o espaçoporto Anunnaki do Sinai. Esse foi o objetivo que Abraão – aliado aos hititas e treinado por eles em artes marciais – foi enviado às pressas para defender. Para esse propósito, o faraó egípcio em Mênfis, ele mesmo enfrentando uma invasão por seguidores de Rá/Marduk baseados em Tebas, ao sul, enviou Abraão com uma tropa de camelos e grande número de servos e servas.
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E foi porque Abraão defendeu com sucesso o espaçoporto que Javé lhe assegurou uma grande recompensa – assim como prometeu proteção de futuras represálias pelo lado derrotado. A Guerra dos Reis aconteceu, por nossos cálculos, em 2041 a.C. No ano seguinte em que o príncipe do sul capturou Mênfis, no Egito, e destronou o aliado de Abraão, declarando aliança a Amon-Rá, o “oculto” ou “invisível” Rá/Marduk, que ainda se encontrava no exílio. (Depois que Marduk assumiu a supremacia, os novos governantes do Egito começaram a construir em Karnak, um subúrbio de Tebas, o maior templo egípcio em honra a Amon-Rá; alinharam, na majestosa avenida de entrada, uma fileira dupla de esfinges com cabeça de carneiro em honra ao deus cuja época, a Era do Carneiro, chegara.)
As coisas eram um pouco menos confusas na Suméria e em seu império. Previsões celestiais, incluindo um eclipse lunar total em 2031 a.C., avisaram sobre o desastre. Sob a pressão dos guerreiros de Nabu, os últimos reis da Suméria retiraram suas forças e postos de proteção, aproximando-os de Ur, a capital. Havia pouco conforto em agradar aos deuses, já que eles mesmos estavam envolvidos num confronto total com Marduk. Assim como os homens, os próprios deuses olhavam para o céu à procura de augúrios. Um humano, mesmo um qualificado ou escolhido como Abraão, não podia mais proteger a instalação essencial dos Anunnaki, o espaçoporto. Assim, em 2024 a.C., com o consentimento do Conselho dos Grandes Deuses, Nergal e Ninurta usaram armas nucleares para evitar que Marduk se apoderasse daquele local estratégico. Tudo é descrito com detalhes no épico Erra Epos; também é um espetáculo à parte a revolta das “cidades pecadoras”, Sodoma e Gomorra.
Abraão foi avisado de que isso (o taque com armas nucleares) aconteceria; a seu pedido, dois Anjos do Senhor foram a Sodoma um dia antes da explosão nuclear do espaçoporto e das cidades, para salvar Lot e sua família. Pedindo tempo para reunir a família, Lot se prevaleceu dos dois seres divinos para adiar o evento até que estivessem num local seguro nas montanhas. Assim, o acontecimento não foi um fenômeno natural, e sim previsível e adiável:
“E Abraão levantou-se aquela mesma manhã, de madrugada, e foi para aquele lugar onde estivera diante da face do Senhor; E olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina; e viu, que a fumaça da terra subia, como a de uma fornalha. E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara”. Gênesis 19:27-29“
Sob as ordens de Deus, Abraão afastou-se do local e se aproximou do litoral. Lot e suas filhas escondiam-se nas montanhas, amedrontados; a esposa ficara para trás quando fugiam, e foi vaporizada pela radioatividade e o calor da explosão. (A crença de que ela se transformou numa estátua de sal deriva da palavra suméria, que pode ser traduzida como “sal” e como “vapor”.) Convencidas de que haviam testemunhado o fim do mundo, as duas filhas de Lot concluíram que a única forma de sobrevivência para a raça humana era que dormissem com o próprio pai. Cada uma teve um filho dessa forma; segundo a Bíblia, os progenitores de duas tribos a leste do rio Jordão: os moabitas e os amonitas.
Em relação a Abraão: “O Senhor” cumpriu Sua promessa em relação a Sara” (quando Ele aparecera a eles com os dois Anjos, um ano antes), e Sara concebeu e deu a Abraão, em sua idade avançada, um filho. Abraão tinha 100 anos nesse tempo, e Sara, 90. Com o espaçoporto destruído, a missão de Abraão terminara. Agora dependia de Deus manter seu lado do acordo. Ele fizera uma aliança com Abraão para dar a ele e a seus descendentes um legado eterno com as terras entre o rio do Egito e o rio Eufrates (nota Thoth: o “Grande Israel que os sionistas Khazares pretendem controlar). Agora, por meio de Isaac, a promessa fora cumprida.
Havia também a questão sobre o que fazer com as outras instalações espaciais. Existiam com certeza mais duas instalações além do espaçoporto em si. Uma delas era o Campo de Pouso, para onde Gilgamesh se dirigira. O outro era o Centro de Controle da Missão – não mais necessário, porém ainda intacto; um “Umbigo da Terra” pós-diluviano, servindo à mesma função que o “Umbigo da Terra” antediluviano, Nippur. Para compreender as funções similares e, conseqüentemente, as construções similares, devem-se comparar nossos esboços das instalações espaciais antes e depois do Dilúvio. Antes do Dilúvio, Nippur, designada o “Umbigo da Terra”, servia como Centro de Controle de Missão, pois ficava no centro de círculos concêntricos que delineavam o Corredor de Aterrissagem. Cidades dos deuses cujos nomes significavam “Vendo a Luz Vermelha” (Larsa), “Vendo o Halo às Seis” (Lagash) e “Vendo o Halo Brilhante” (Larak), marcavam tanto o espaço eqüidistante quanto a pista de pouso na direção de Sippar (“Cidade Pássaro”), o local do espaçoporto.
O Corredor de Aterrissagem, alongado, era baseado nos dois picos gêmeos do monte Ararat ao norte – o acidente geográfico mais elevado no Oriente Médio. Onde a linha cruzava com a linha precisa do norte, o espaçoporto deveria ser construído. Assim, o Corredor de Aterrissagem formava um ângulo preciso de 45 graus com o paralelo geográfico. Depois do Dilúvio, quando a humanidade recebeu a civilização em três regiões, os anunnaki retiveram para si a Quarta Região – a península do Sinai. Lá, na planície central o terreno era plano e duro (perfeito para tanques, como os exércitos modernos concluíram), ao contrário da planície barrenta e inundada pós-dilúvio na Mesopotâmia. Escolhendo outra vez o pico do Ararat como referência, os anunnaki projetaram uma pista de aterrissagem no mesmo ângulo de 45 graus que anteriormente: o paralelo 30 norte. Na planície central do Sinai, onde a linha diagonal cruza o paralelo 30, deveria ser o espaçoporto.
Para completar o projeto, dois outros componentes eram necessários: estabelecer um novo Centro de Controle de Missão, esquematizar e ancorar o Corredor de Aterrissagem. Acreditamos que a definição do Corredor de Aterrissagem precedeu a escolha do local para o Centro de Controle de Missão. O motivo? A existência do Campo de Pouso nas Montanhas de Cedro, no Líbano. Cada folclore, cada lenda ligada ao local repete a mesma informação de que o local existia antes do Dilúvio. Assim que os anunnaki retornaram à Terra depois do Dilúvio, tiveram à disposição, no pico do Ararat, um Campo de Pouso real e em funcionamento – não um espaçoporto aparelhado, mas um local para aterrissar. Todos os textos sumérios que lidavam com a concessão à humanidade de animais e plantas “domesticados” (geneticamente alterados), descrevem um laboratório de biogenética nas Montanhas de Cedro, com Enlil agora cooperando com Enki para restaurar a vida na Terra pós dilúvio.
Todas as modernas evidências científicas corroboram que foi dessa área em particular que o trigo, a cevada e os primeiros animais domésticos vieram. {Aqui, mais um progresso da genética se junta às evidências: um estudo publicado na revista científica Science, de novembro de 1997, aponta o lugar onde o trigo selvagem foi geneticamente manipulado para criar o Cereal Fundamental, ancestral de oito cereais diferentes: por volta de 11.000 anos atrás (nota de Thoth: o dilúvio foi em 10.986 a.C), naquele local em particular do Oriente Médio!}. Houve todos os motivos para incluir esse local – uma grande plataforma de pedra de enormes proporções – nas novas instalações.
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Por sua vez, determinado por círculos concêntricos eqüidistantes do local do Centro de Controle de Missão. Para completar as instalações espaciais, era necessário ancorar o Corredor de Aterrissagem. Pelo sul, dois picos próximos um dos quais permaneceu santificado até hoje com o nome de monte Moisés – estavam à mão. A noroeste, na extremidade eqüidistante não havia picos, apenas um planalto achatado. Os anunnaki, não um faraó mortal, construíram lá duas montanhas artificiais, as duas pirâmides de Gizé (a pequena terceira Pirâmide, conforme sugerimos em A Escada para o Céu, foi construída como modelo protótipo em escala).
O projeto ficou completo com um animal “mitológico” esculpido na rocha nativa: a esfinge. Esta olha precisamente ao longo do paralelo 30, para leste, na direção do espaçoporto do Sinai. Esses eram os componentes do novo espaçoporto pós-dilúvio dos anunnaki na península do Sinai, como foi construído por eles por volta de 10500 a.C. E quando o campo de pouso e de decolagem na planície central do Sinai foi destruído, os componentes auxiliares permaneceram: as pirâmides de Gizé e a esfinge, o Campo de Pouso nas Montanhas de Cedro (Baalbek) e o Centro de Controle de Missão (a cidade “santa”, Jerusalem).
O Campo de Pouso, como conhecemos das aventuras de Gilgamesh, estava lá por volta de 2900 a.C. Lá, Gilgamesh testemunhou, uma noite antes de tentar entrar, o lançamento de um foguete. O local permaneceu operante após o Dilúvio – uma moeda fenícia representava em detalhes o que estivera por sobre a plataforma de pedra. A enorme plataforma ainda existe. O lugar é chamado Baalbek – pois era o “Lugar Sagrado do Norte” do deus cananeu Baal (Bel, Lúcifer, ou seja o mesmo MARDUK).
A Bíblia conhecia o lugar como Beth-Shemesh, “Casa/Habitação de Shamash” (o deus-sol), e ficava dentro dos domínios do rei Salomão. Os gregos depois de Alexandre chamaram o lugar de Heliópolis, significando “Cidade de Hélio”, o deus-sol, e lá construíram templos para Zeus, sua irmã Afrodite e seu filho Hermes (o Thoth grego). Os romanos, depois deles, erigiram templos para Júpiter, Vênus e Mercúrio. O templo para Júpiter era o maior templo jamais construído pelos romanos em qualquer lugar do império, pois acreditavam que o local era o oráculo mais importante do mundo, que podia prever o destino de Roma e de seu império. Os restos dos templos romanos ainda permanecem no alto da imensa plataforma de pedra. Da mesma forma, sem se perturbar com a passagem do tempo, está a própria plataforma. A superfície plana repousa sobre camadas (“andares”) de grandes blocos de pedra, alguns pesando centenas de toneladas . De grande renome na Antiguidade são os Trílithons – um grupo de três colossais blocos de pedra, lado a lado e formando a parte central, onde a plataforma suportaria a maior carga de impacto.
Cada um dos megálitos colossais pesava cerca de 1.100 (mil e cem) toneladas; trata-se de um peso que nenhum equipamento moderno de hoje poderia sequer chegar perto de mover ou levantar. Mas quem poderia ter feito tal coisa na Antiguidade? Lendas locais afirmam: os gigantes. Não apenas colocaram os blocos onde estão, mas também os retiraram, esculpiram e os carregaram por uma distância de quase uma milha [1,6 km]; isso é certo, pois o local de origem das rochas foi identificado. Lá, outro bloco colossal sobressai da montanha meio esculpido; um homem sentado nele fica parecido com uma mosca num bloco de gelo. No extremo sul do Corredor de Aterrissagem, as pirâmides de Gizé ainda se elevam, desafiando todas as explicações tradicionais, desafiando os egiptólogos a aceitar que foram construídas milênios antes dos faraós, e não por alguns deles. A esfinge ainda olha precisamente ao longo do paralelo 30, guardando seus segredos – talvez até os segredos do Livro de Thoth.
E quanto ao Centro de Controle de Missão? Ele também existe; é um lugar chamado Jerusalém. Lá também, uma grande e sagrada plataforma repousa sobre blocos colossais de pedra que nenhum homem ou máquina antiga poderia ter movido, erguidos e encaixados em seu lugar. Os registros bíblicos das idas e vindas de Abraão a Canaã incluem dois instantes de trajetos desnecessários; nos dois, o lugar visitado foi o local onde ficaria a futura Jerusalém. Da primeira vez, isso acontece como um epílogo para a história da Guerra dos Reis. Tendo alcançado e derrotado os invasores em todo o Norte até Damasco, Abraão volta a Canaã com os cativos e o butim. E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro – quando Abraão voltava de derrotar Codorlaomor e os reis que estavam com ele no vale do Save, chamado também Vale do Rei. Mas Melquisedec, rei de Shalem – porque era sacerdote do Deus Altíssimo – oferecendo pão e vinho, abençoou a Abraão, dizendo:
“Bendito seja Abraão da parte do Altíssimo Deus, que criou o Céu e a Terra; e bendito seja o Altíssimo, que entregou teus inimigos em tuas mãos”.
Melquisedec (cujo nome, em hebraico, significa exatamente o mesmo que o acadiano Sharru-kin, “Rei Justo”) ofereceu a Abraão um décimo do que ele recuperara. O rei de Sodoma foi mais generoso. Fica com as riquezas, disse ele, devolve-me apenas os cativos. Porém Abraão não queria nada, invocando “Javé, o Altíssimo, Criador do Céu e da Terra”, disse que não ficaria nem com um laço de sapato (Gênesis cap. 14). (Estudiosos debateram essa passagem, e sem dúvida continuam a debater, se Abraão invocou “o Altíssimo” de Melquisedec, ou se quis dizer: Não, Javé (“o Senhor”) é o Altíssimo, por quem vou jurar.) Essa é a primeira vez que a Bíblia menciona Jerusalém, aqui chamada Shalem. Essa referência ao que mais tarde ficou conhecida como Jerusalém não é baseada apenas em tradições de longa data, mas também na identificação clara do Salmo 76:3. Geralmente se aceita que o nome completo Yeru-Shalem, em hebraico, significa” A Cidade de Shalem”. E também pode ser argumentado que a palavra Shalem não fosse um nome e nem mesmo um substantivo, mas um adjetivo, significando “completa”, “sem defeito”. Nesse caso, o significado seria “O Lugar Perfeito”.
Se Shalem fosse o nome de uma divindade, o nome poderia ser traduzido por “Aquele que é Perfeito”. Seja honrando um deus, fundada por um Deus, ou o Lugar Perfeito, Shalem/Jerusalém estava localizada num local muito improvável no que se refere às cidades dos homens. Ficava entre montanhas desoladas, longe de cruzamentos comerciais ou militares e distante de fontes de água e comida. Era um local completamente sem água, e o próprio suprimento de água potável estava destinado a ser um dos problemas e vulnerabilidades de Jerusalém. A cidade não se encaixava nas migrações de Abraão nem na rota de invasões pelo leste nem em sua perseguição aos invasores. Por que, então, fazer um desvio para celebrar a vitória – estaríamos inclinados a dizer, para um “lugar esquecido por Deus”? A resposta é que a cidade não era, em definitivo, esquecida por Deus; tratava-se do único lugar, em Canaã, onde havia um sacerdote servindo o Deus Altíssimo. A pergunta seria: por que ali? O que havia de especial naquele lugar?
O segundo desvio aparentemente desnecessário estava relacionado com o teste da devoção de Abraão. Ele realizara sua missão em Canaã. Deus já prometera que sua recompensa seria grande e garantira sua proteção. O milagre de um filho e herdeiro legal numa idade extrema já ocorrera; o nome de Abrão já fora alterado para Abraão, “pai de muitas nações”. A terra estava prometida a ele e seus descendentes; a promessa fora incorporada num pacto que envolvera um ritual mágico. Sodoma e Gomorra tinham sido destruídas e tudo estava pronto para que Abraão e seu filho aproveitassem a paz e quietude que sem dúvida haviam merecido. De repente, “depois de todas essas coisas”, afirma a Bíblia (Gênesis cap. 22) “que Deus testou Abraão”, dizendo a ele que fosse a um determinado local e lá sacrificasse seu único e amado filho:
“Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera”. Gênesis 22:3
Por que Deus resolveu testar Abraão daquela forma sofrida, a Bíblia não explica. Abraão, pronto a cumprir a ordem divina, descobre a tempo ser apenas um teste; (mais) um “Anjo do Senhor” aponta um carneiro preso aos arbustos, o qual deveria ser sacrificado, não Isaac. Mas qual seria o motivo do teste, se realmente era necessário, e por que não poderia ser realizado em Beersheba, onde estavam Abraão e seu filho? Por que a necessidade de empreender a jornada de três dias? Por que ir àquela parte de Canaã que Deus identificou como a terra de Moriá, e lá localizar um monte específico – apontado por Deus – para conduzir o teste? Em primeiro lugar, devia haver algo especial com a localidade escolhida. Lemos no Gênesis 22:4 que “Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe”. Gênesis 22:4“.
Se havia algo no qual aquela terra era rica era em montes desolados; de perto, e certamente a distância, eles deviam ser todos parecidos. Ainda assim, Abraão reconheceu o monte. Tinha de haver algo que o distinguisse de todos os outros montes. Tanto que, depois de terminada a provação, ele deu ao lugar um nome lembrado por muito tempo: O Monte Onde Javé É Visto. Como Crônicas II, 3:1 deixa claro, o monte Moriá era o pico de Jerusalém no qual o Templo foi construído. Na época em que Jerusalém se tornou uma cidade, englobava três montes. De nordeste para sudoeste, havia o monte Zophim (“Monte dos Observadores”, hoje chamado de monte Scopus); ao centro, o monte Moriá (“Monte da Direção”); e o monte Sião (“Monte do Sinal”); esses nomes nos trazem à lembrança a designação das cidades-farol dos anunnaki, marcando Nippur e a Rota de Aterrissagem quando o espaçoporto era localizado na Mesopotâmia. As lendas hebraicas relatam que Abraão reconheceu o monte Moriá a distância porque viu sobre ele “um pilar de fogo (foguete) se dirigindo da terra para o céu, e uma nuvem pesada, onde a Glória de Deus era visível”. Essa linguagem é quase idêntica à descrição bíblica da “presença do Senhor” sobre o monte Sinai durante o Êxodo.
Colocando o folclore de lado, acreditamos que Abraão viu a grande plataforma que havia no monte. Uma plataforma que, embora menor do que a de Baalbek, também fazia parte das instalações espaciais dos anunnaki. Pois Jerusalém (antes que se tornasse Jerusalém) era o Centro de Controle de Missão pós-Dilúvio. E, como em Baalbek, essa plataforma ainda existe. O motivo (para o primeiro) e o propósito (para o segundo) dos desvios agora podem ser focalizados. O cumprimento de sua missão estaria marcado por uma comemoração formal, incluindo uma bênção sacerdotal para Abraão com pão e vinho cerimoniais, no local – o único local em Canaã – diretamente ligado à presença dos “elohim”(deuses anunnaki). O segundo desvio foi destinado a testar as qualidades de Abraão para um estado determinado depois da destruição do espaçoporto e da desmontagem do Centro de Controle da Missão; e para renovar lá o pacto em presença do sucessor de Abraão, Isaac. Tal renovação do voto divino sem dúvida seguiu-se após o teste:
“Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus, E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz. Gênesis 22:15-18“.
Ao renovar os votos divinos nesse local em particular, o próprio lugar – consagrado desde então – tornou-se parte da herança de Abraão, o Hebreu, e de seus descendentes. A promessa divina a Abraão, que só se concretizou depois de muito tempo e escravidão numa terra estrangeira por quatrocentos anos. No total, apenas mil anos mais tarde é que os descendentes de Abraão tomariam posse do monte sagrado, monte Moriá. Quando os israelitas chegaram a Canaã depois do Êxodo, encontraram uma tribo de jebusitas ao sul do monte sagrado e os deixaram ficar, pois o momento de tomarem posse do monte sagrado ainda não chegara. Esse prêmio foi concedido, em cerca de 1000 a.C., dez séculos depois do teste de Abraão, quando o rei Davi capturou a vila jebusita e mudou a capital de Hebron para o que seria chamada, na Bíblia, a Cidade de Davi. É importante compreender que o acampamento jebusita capturado por Davi e sua nova capital não era toda Jerusalém, como agora existe, e nem ao menos é a cidade murada. Essa área capturada e depois conhecida como cidade de Davi situava-se no monte Sião, não no monte Moriá.
Mesmo quando o sucessor de Davi, Salomão, ampliou a cidade para nordeste, para uma área chamada de Ophel, ainda assim não englobou a área única para o norte. Indica que a plataforma que se estendia sobre o monte Moriá já existia na época de Davi e Salomão. O acampamento jebusita, portanto, não ficava no monte Moriá com sua plataforma, porém mais para o sul. (Habitações humanas nas proximidades, mas não no interior de áreas sagradas, eram comuns nos “centros de culto” da Mesopotâmia, como em Ur ou mesmo na Nippur de Enlil, como ficou evidenciado por um mapa de Nippur desenhado num tablete. Um dos primeiros atos de Davi foi transferir a Arca da Aliança de sua temporária localização na capital, em preparação para que fosse construída a Casa de Javé, de acordo com os planos de Davi. Porém essa honra, disse-lhe o profeta Nathan, não seria sua, em virtude do sangue derramado durante as guerras nacionais e os conflitos pessoais; a honra seria de seu filho Salomão. Tudo o que lhe foi permitido fazer foi erigir um altar; o local preciso foi mostrado a Davi por (mais) um “Anjo de Javé, postado entre o Céu e a Terra, apontando-o com a ponta da espada”. Também foi lhe mostrado um Tavnit – um modelo em escala – do futuro templo, e recebeu instruções arquitetônicas detalhadas, as quais, quando o tempo certo chegasse, Davi entregaria a Salomão numa cerimônia pública, dizendo:
“Tudo isso, escrito pela mão Dele, Javé me fez compreender – Todos os trabalhos do Tavnit”. A extensão dessas especificações detalhadas para o templo e suas várias seções e utensílios rituais podem ser julgadas em Crônicas I, 28:11-19).
No quarto ano de seu reinado – 480 anos depois do início do Êxodo, a Bíblia afirma -, Salomão começa a construção do Templo “no monte Moriá, conforme foi mostrado por seu pai, Davi”. Enquanto as madeiras cortadas dos cedros no Líbano e o mais puro ouro das terras de Ophir (BRASIL) eram importados, e o cobre para as cubas especificadas era minerado e fundido nas famosas Minas do Rei Salomão, a estrutura em si teve de ser erigida com “pedras cortadas e esculpidas, grandes e caras”. As cantarias de pedra precisavam ser preparadas e cortadas em outro local, pois a construção estava sujeita a uma proibição de uso de quaisquer instrumentos de ferro no Templo. Os blocos de pedra deviam ser transportados e trazidos para o templo apenas para serem montados. A Casa era feita de pedras prontas antes de serem rejuntadas; de forma que nenhum machado, martelo ou ferramenta de metal era ouvido na Casa enquanto estava, em construção (I Reis 6:7).
Levou sete anos para completar a construção do Templo e equipá-lo com todos os utensílios rituais. Então no Ano-Novo seguinte (“no sétimo mês”), o rei, os sacerdotes e todo o povo presenciaram a transferência da Arca da Aliança para seu local permanente, no Santo dos Santos, no interior do Templo. “Não havia nada na Arca, exceto as duas tábuas de pedra que Moisés colocara em seu interior”, no monte Sinai. Assim que a Arca ficou em seu lugar, sob o querubim alado, “uma nuvem preencheu a casa de Javé”, obrigando os sacerdotes a sair. Então Salomão, em pé no altar que ficava no pátio, orou para Deus “que habita no céu” para que viesse e morasse em Sua Casa. Foi mais tarde, naquela noite, que Javé apareceu a Salomão em um sonho e prometeu a ele uma presença divina: “Meus olhos e coração estarão aí “para sempre” (nota de Thoth: mas em 586 a.C. o rei Nabucodonosor destruiu o templo onde “Javé” habitaria para “sempre”).
{Referências bíblicas sobre o reino de Ophir (BRASIL) e suas riquezas em MADEIRA, PEDRAS PRECIOSAS E OURO: Post: Brasil, o Reino de Ophir
“Também as navios de Hirão, que de Ofir levavam ouro, traziam de Ofir muita madeira de almugue, e pedras preciosas”. 1 Reis 10:11
“E também os servos de Hirão e os servos de Salomão, que de Ofir tinham trazido ouro, trouxeram madeira de algumins, e pedras preciosas”. 2 Crônicas 9:10
“E fez Jeosafá navios de Társis, para irem a Ofir por causa do ouro; porém não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber”. 1 Reis 22:49
“E enviou-lhe Hirão, por meio de seus servos, navios, e servos práticos do mar, e foram com os servos de Salomão a Ofir, e tomaram de lá quatrocentos e cinqüenta talentos de ouro; e os trouxeram ao rei Salomão”. 2 Crônicas 8:18
“E mandou Hirão com aquelas naus a seus servos, marinheiros, que sabiam (os caminhos) do mar, com os servos de Salomão”. 1 Reis 9:27}
O Templo era dividido em três partes. Entrava-se por um grande portão flanqueado por dois pilares especialmente desenhados. A parte da frente era chamada Ulam (Saguão); a parte maior, do meio, era denominada Ekhal, um termo hebraico que derivava do sumério E.GAL (Grande Habitação). Oculta ficava a parte mais interna, o Santo dos Santos. Era chamado de Dvir – literalmente: o que Fala -, pois continha a Arca da Aliança com os dois querubins sobre ela, de onde Deus havia falado a Moisés durante o Êxodo. O Grande Altar e as pias ficavam no pátio, não no interior do Templo.
Dados bíblicos e referências, tradições de idade incontável e evidências arqueológicas não deixam dúvidas de que o Templo que Salomão construiu (o Primeiro Templo) erguia-se sobre a grande plataforma que ainda coroa o monte Moriá (também conhecido como Monte Sagrado, Monte do Senhor ou Monte do Templo). Dadas as dimensões do Templo e o tamanho da plataforma, é geralmente aceito que a Arca da Aliança, no interior do Santo dos Santos, ficava sobre uma saliência rochosa, uma Pedra Sagrada que, de acordo com as tradições, foi a pedra sobre a qual Abraão deveria sacrificar Isaac. A rocha foi chamada, nas escrituras hebraicas, de Even Sheti’yah – “Pedra do Alicerce” -, pois foi dessa pedra que “o mundo inteiro foi tecido”. O profeta Ezequiel (38:12) a identificou como o Umbigo da Terra.
A tradição estava tão enraizada que artistas cristãos da Idade Média representaram o lugar como o Umbigo da Terra e continuaram a fazer assim até depois do descobrimento da América. O Templo que Salomão construiu (o Primeiro Templo) foi destruído pelo rei da Babilônia, Nabucodonosor, em 586 a.C. e foi reconstruído por exilados judeus voltando da Babilônia setenta anos depois. Esse Templo reconstruído, conhecido como o Segundo Templo, foi mais tarde substancialmente ampliado e engrandecido pelo rei Herodes, durante seu reinado de 36 a 4 a.C. Porém o Segundo Templo, em todas as suas fases, aderiu ao projeto, localização e situação original do Santo dos Santos em relação à Rocha Sagrada. E quando os muçulmanos tomaram Jerusalém no século VII, alegaram que fora daquela Rocha Sagrada que o profeta Maomé subira aos céus para uma visita noturna; fizeram um santuário no local, construindo a mesquita Domo da Rocha para abrigá-lo e aumentá-lo.
Geologicamente, a rocha é uma extensão das rochas naturais abaixo, elevando-se sobre o nível da plataforma de pedra cerca de 1,50 m a 1,80 m (a superfície não é regular). Mas é uma “protuberância” bastante incomum em mais de uma forma. Sua face visível foi cortada e moldada com impressionante grau de precisão, para formar um receptáculo retangular, alongado, horizontal e vertical, além de nichos de várias profundidades e tamanhos. Tais nichos artificiais tinham os mesmos propósitos para quem quer que tivesse feito as incisões na rocha. O que foi apenas suposto há muito tempo (Hugo Gressmann, Altorientalische Bilder zum Alten Testament) foi confirmado por pesquisadores recentes (tais como Leen Ritmeyer, Locating the Original Temple Mount (“Localizando o Monte do Templo Original”): a Arca da Aliança e as paredes do Santo dos Santos foram colocadas onde o corte longo e os outros nichos foram feitos na pedra.
As implicações dessas descobertas é que os cortes e nichos na face da rocha datam, no mínimo, da época do Primeiro Templo. Não existe, entretanto, nenhuma menção nas passagens relevantes da Bíblia de tais cortes efetuados por Salomão; teria sido virtualmente impossível por causa da proibição estrita contra o uso de machados de metal e outras ferramentas no monte! O enigma da Rocha Sagrada e o que havia sobre ela foram aumentados pelo mistério do que pode ter estado abaixo. Pois a rocha não é uma simples protuberância. Ela é oca! Na verdade, com a devida permissão, pode-se descer um lance de escadas construídas pelas autoridades muçulmanas e chegar a uma caverna na rocha, cujo teto é a protuberância que forma o altar da Rocha Sagrada. Essa caverna – se é natural ou não fica incerto – também apresenta alguns nichos e receptáculos, tanto nas paredes rochosas quanto (como podia ser constatado antes que o chão ficasse coberto com tapetes de orações) no piso. Num dos locais, observamos o que parece uma abertura para um túnel escuro; mas do que se trata e onde desemboca é um bem-guardado segredo muçulmano.
Viajantes do século XIX afirmaram que essa caverna não é a única cavidade subterrânea associada à Rocha Sagrada; afirmam que existe outra ainda, mais abaixo. Pesquisadores israelenses, barrados fanaticamente na área, determinaram, com a ajuda de radar subterrâneo e tecnologia de sonar, que realmente existe outra cavidade enorme sob a Rocha Sagrada. Essas cavidades misteriosas deram origem à especulação não apenas sobre possíveis tesouros do Templo, ou registros do Templo, que podem ter sido ocultados ali quando o Primeiro Templo e o Segundo Templo estivessem a ponto de serem invadidos e destruídos. Existem ainda especulações sobre se a Arca da Aliança, que a Bíblia cessa de mencionar depois que o faraó egípcio Sheshak saqueou (mas não destruiu) o Templo, por volta de 950 a.C., poderia estar escondida ali. Mas por enquanto não passam de especulações. O que é certo, todavia, é que os profetas e salmistas se referiam a essa Rocha Sagrada quando usavam o termo “Rocha de Israel” como eufemismo para “Javé”. E o profeta Isaías (30:29), falando de um tempo futuro de redenção universal no Dia do Senhor, profetizou que as nações da Terra virão a Jerusalém para louvar o Senhor “no Monte de Javé, na Rocha de Israel” (nota de Thoth: Tudo que havia de valioso, especialmente antigos documentos, cartas de navegação e projetos de como construir barcos para navegação OCEÂNICA, o velame, o tipo de madeira, etc… foram descobertos e retirados pelos primeiros 10 cavaleiros templários que escavaram o local durante dez anos).
O Monte do Templo é coberto por uma plataforma horizontal de pedra, em forma de retângulo levemente irregular (em virtude do formato do terreno), cujo tamanho é de cerca 490 m por 275 m, para um total de aproximadamente 140.000 m2. Embora acredite-se que a plataforma atual inclua partes – no extremo sul e possivelmente também ao norte – que foram acrescentadas entre a construção do Primeiro Templo e a destruição do Segundo Templo, é certo que a maior parte da estrutura da plataforma é original; é o que acontece sem dúvida na parte levemente erguida onde a Rocha Sagrada e o Domo da Rocha estão localizados. As mais recentes escavações revelaram que, à medida que os lados visíveis das paredes de retenção aparecem, as encostas naturais do monte Moriá inclinam-se consideravelmente de norte para sul. Embora não se possa dizer com certeza qual o tamanho da plataforma no tempo de Salomão, nem avaliar com precisão a profundidade das encostas a serem preenchidas, uma estimativa arbitrária de uma plataforma medindo apenas 90.000 m2 e uma profundidade média de 18 m (muito menos ao norte, muito mais ao sul), resulta num volume de entulho (terra e rochas) de aproximadamente 1.700.000 m3.
Trata-se de uma obra de proporções consideráveis. Ainda assim, não há na Bíblia menção ou mesmo sugestão de tal empreendimento. As instruções para o Primeiro Templo cobrem páginas inteiras da Bíblia; cada detalhe é fornecido, as medidas são precisas em um grau impressionante, o local em que esse ou aquele artefato deve estar é especificado, o comprimento dos varais usados para carregar a Arca é dado, e assim por diante. Porém tudo se aplica à Casa de Javé. Nem uma palavra sobre a plataforma de sustentação; isso só poderia significar que a plataforma já se encontrava ali, não havia necessidade de construí-la. Em contraste com essa ausência de detalhes estão as repetidas referências, em Samuel II e Reis I, ao Millo, literalmente “o preenchimento” – um projeto iniciado por Davi e ampliado por Salomão para preencher parte da inclinação no canto sudeste da sagrada plataforma, de forma que a Cidade de Davi pudesse expandir-se para o norte, mais próxima à antiga plataforma.
Fica claro que os dois reis se sentiam orgulhosos do que realizaram e certificaram-se de que fosse registrado pelas crônicas reais. (Escavações recentes na área indicam, entretanto, que a obra foi realizada construindo uma série de terraços que diminuíam à medida que se elevavam; uma maneira mais fácil do que cercar com um muro de contenção a área a ser nivelada e encher com entulho o espaço interior). Esse contraste sem dúvida corrobora a conclusão de que nem Davi nem Salomão construíram a vasta plataforma no monte Moriá, com as enormes paredes de retenção e a quantidade fabulosa de entulho requerida. Todas as evidências sugerem que a plataforma já existia quando a construção do Templo foi planejada. Quem teria construído tal plataforma, com toda a terraplenagem e trabalhos em pedras realizados? Nossa resposta, claro, é: os mesmos mestres construtores que fizeram a plataforma em Baalbek (e também a vasta e precisamente posicionada plataforma onde repousa a Grande Pirâmide de Gizé.)
A grande plataforma que cobre o Monte do Templo é cercada por paredes que servem tanto como muros de contenção quanto como fortificações. A Bíblia registra que Salomão construiu tais paredes, assim como os reis judeus depois dele. Porções visíveis das paredes, sobretudo ao sul e a leste, apresentam construções de vários períodos posteriores. Invariavelmente, a parte mais baixa (portanto a mais antiga) é feita com blocos maiores e mais bem cortados. Dessas paredes, apenas a parede oeste, por tradição e confirmado pela arqueologia, permaneceu santificada como um testemunho da época do Primeiro Templo – pelo menos na parte inferior, onde as cantarias (blocos de pedra perfeitamente cortados e aparelhados) são maiores. Por quase dois milênios, desde a destruição do Segundo Templo, os judeus se apegaram a essa relíquia, orando a Deus e procurando ajuda pessoal ao inserir pedacinhos de papel com pedidos a Deus entre as pedras, lamentando-se da destruição do templo e da dispersão do povo judeu – tanto assim que os cruzados e outros conquistadores de Jerusalém apelidaram o Muro Oeste de “Muro das Lamentações”.
Até a reunificação de Jerusalém por Israel em 1967, o Muro Oeste não era mais do que uma nesga de parede, com cerca de 30 m aproximadamente, espremida entre residências. Em frente havia um espaço estreito para os peregrinos, e em ambos os lados, elevando-se por sobre as casas, encravava-se no monte. Quando as casas foram removidas, uma grande praça formou-se em frente ao Muro Oeste e toda a sua extensão até o lado sul foi revelada. Pela primeira vez em quase dois milênios, percebeu-se que as paredes estendiam-se para baixo quase tanto quanto a parte que fora exposta ao que se considerou o nível do solo. Como ficou sugerido pela parte visível do Muro das Lamentações, as pedras embaixo eram maiores, mais bem trabalhadas e muito mais antigas.
- O Livro perdido de Enki – Introdução
- O Livro perdido de Enki – Atestado
- O Livro perdido de Enki – 1ª Tabuleta
- O Livro perdido de Enki – 2ª Tabuleta
- O Livro perdido de Enki – 3ª Tabuleta
Acenando com mistério e uma promessa de segredos antigos era a extensão do muro oeste para o norte. Lá, o capitão Charles Wilson explorou, na década de 1860, um arco (que ainda leva o nome dele) que levava para o norte por uma passagem como um túnel, e para oeste por uma série de câmaras e arcadas. A remoção de entulho revelou que o nível da rua ficava várias camadas mais baixo, agora subterrâneo, num complexo de estruturas antigas que incluíam mais passagens e abóbadas. Quanto para baixo e para o norte as estruturas se estendiam? Era um quebra-cabeça que os arqueólogos israelenses finalmente começavam a montar. No final, o que descobriram foi espantoso. Usando dados da Bíblia, do Livro dos Macabeus e dos textos do historiador judeu-romano Josefo (e por levar em conta uma lenda medieval pela qual o rei Davi sabia de uma forma de subir o monte pela face oeste), os arqueólogos concluíram que o Arco de Wilson era a entrada do que parecia ter sido anteriormente uma rua aberta que corria ao longo do Muro Oeste, e que o próprio muro se estendia para o norte por dezenas de metros. A limpeza cuidadosa do material depositado confirmou essas previsões, levando, em 1996, à abertura do Túnel Arqueológico (um acontecimento que ganhou as manchetes por mais de um motivo).
Estendendo-se por cerca de 500 m desde seu início no Arco de Wilson até o final, na Via Dolorosa (onde Jesus caminhou carregando a cruz), o túnel do Muro Oeste passa através de restos de ruas, túneis de água, piscinas, arcos, estruturas e mercados de épocas bizantina, romana, herodiana, hasmoneanas e dos tempos bíblicos. A emocionante experiência de andar ao longo do túnel, bem abaixo do nível do solo, é como ser transportado numa máquina do tempo – para trás a cada passo. Entrementes, o visitante pode ver – e tocar – as pedras do muro de contenção oeste que pertenceram a uma época mais remota. Caminhos ocultos há milênios foram descobertos. Na seção mais ao norte, a base rochosa natural pode ser vista, erguendo-se. Porém a maior surpresa para os visitantes, assim como o foi para os arqueólogos, está na porção sul do muro: Lá, no antigo nível da rua, mas não ainda o nível mais baixo, foram empregados vários blocos, e sobre eles quatro colossais blocos, cada um pesando centenas de toneladas!
Naquela porção do Muro Oeste, uma secção de 36 m foi feita de blocos de pedra com extraordinários 3,3 m de altura, cerca do dobro do que os maiores blocos abaixo. Apenas quatro blocos formam essa secção; um deles possui o descomunal comprimento de 12,8 m; outro tem um comprimento de 12 m, e um terceiro mede 7,6 m. O maior dos três, portanto, possui uma massa de pedra com 184 m3 de rocha, pesando cerca de 600 toneladas! O outro, menor, pesa cerca de 570 toneladas, e o terceiro, por volta de 355. São medidas e pesos colossais por qualquer parâmetro; os blocos usados na construção da Grande Pirâmide de Gizé pesam cerca de 2,5 toneladas em média, com o maior de todos pesando cerca de 15 ton. De fato, a única comparação que vem à cabeça são os três Trílithons na grande plataforma de pedra em Baalbek, que formam uma área um tanto menor, mas cujos blocos são, mesmo assim, colossais.
Quem poderia ter instalado blocos tão colossais, e para quê? Como os blocos possuem reentrâncias em suas bordas, os arqueólogos presumem que eles sejam da época do Segundo Templo (ou mais especificamente do período de Herodes, do século I a.C.) Mas mesmo aqueles que sustentam ser a plataforma original menor do que a presente, concordam que a porção central que engloba a Rocha Sagrada, e à qual pertence o enorme muro de retenção, já existia na época do Primeiro Templo. Naquele tempo, a proibição quanto ao uso de ferramentas metálicas (que data da época de Josué) era rigorosamente respeitada. Todos os blocos utilizados por Salomão, sem exceção, foram cortados, esculpidos e preparados em outro local e depois trazidos apenas para serem montados. Que esse tenha sido o caso com os blocos colossais se torna claro pelo fato de que eles não fazem parte da rocha nativa; estão bem acima e possuem uma tonalidade diferente. (Na verdade, as últimas descobertas a oeste de Jerusalém sugerem que podem ter vindo de lá).
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- O Retorno de Inanna: 02 – Nibiru
- O Retorno de Inanna (Nibiru): 03 – Ninhursag
- O Retorno de Inanna (Nibiru): 04 – Enlil
- O Retorno de Inanna (Nibiru): 05 – Enki
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Como foram transportados e elevados até o nível necessário, depois encaixados nos locais adequados, permanecem questões que os arqueólogos são incapazes de resolver. Foi sugerida, entretanto, uma resposta à pergunta “para quê?” O chefe dos arqueólogos do local, Dan Bahat, numa matéria para a revista Biblical Archaeology Review, afirma: “Acreditamos que a outra face [leste] do muro Oeste nesse ponto, sob o Monte do Templo, é um enorme salão; nossa teoria é que a Viga Mestra [como essa secção veio a ser conhecida] foi instalada para apoiar e servir de contrapeso para a arcada interna”. Essa secção com os enormes blocos de pedra localiza-se ligeiramente ao sul da Rocha Sagrada. A única explicação plausível parece ser a sugestão de que essa secção era necessária para suportar altos impactos associados com a função do local como Centro de Controle de Missão, com o equipamento instalado no interior e exterior da Rocha Sagrada.
Muito mais informações, leitura adicional:
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