sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A CHARADA DA UCRÂNIA, REVISITADA

 

A Charada da Ucrânia, Revisitada

Posted by  on 27/01/202
Mesmo que o país nazista governado por um judeu khazar (Zelensky) seja totalmente derrotado em 2024, mais uma vez é imperativo sublinhar: isto ainda estará longe de acabar… Jogadores selecionados espalhados pelos silos de poder de Washington DC, trabalhando cega e diligentemente como marionetes para “aqueles” que realmente comandam o espetáculo no Hegemon, concluíram que um confronto sem limites com a Rússia levaria ao colapso de toda a OTAN; desfazendo décadas de domínio férreo dos EUA sobre a Europa; e, finalmente, causando a queda do Império.

A Charada da Ucrânia, Revisitada

Fonte: Strategic-Culture.su

Jogar jogos arriscados, mais cedo ou mais tarde, encontraria as indestrutíveis linhas vermelhas embutidas no imóvel objeto russo. As elites dos EUA são mais espertas do que isso. Eles podem se destacar no risco calculado. Mas quando as apostas são tão altas, eles sabem quando fazer hedge e quando desistir.

A “perda” da Ucrânia – agora um imperativo gráfico – não vale a pena arriscar a perda de toda a jornada hegemônica. Isso seria demais para o Império perder.

Assim, mesmo quando ficam cada vez mais desesperados com o mergulho imperial acelerado num abismo de caos interno, geopolítico e geoeconômico, estão mudando freneticamente a narrativa – um domínio em que se destacam, pois possuem todas as Pre$$tituta$ em seus bolsos.

E isso explica porque é que os vassalos europeus desconcertados na UE controlada pela OTAN estão agora em pânico total.

[O Hospício ‘acordado’ de] Davos esta semana ofereceu baldes cheios de salada orwelliana. As mensagens principais e frenéticas: Guerra é paz. A Ucrânia não está (grifo meu) perdendo a guerra e a Rússia não está ganhando a guerra. Portanto, a Ucrânia precisa de muito mais armas.

No entanto, até mesmo o norueguês Wood Stoltenberg foi instruído a seguir a nova linha que importa: “A OTAN não está avançando ao leste para a Ásia. É a China que está se aproximando de nós.” Isso certamente acrescenta um novo significado maluco à noção de placas tectônicas em movimento.

Mantenha o motor do ‘Forever Wars’ funcionando

Há um vazio total de qualquer tipo de “liderança” em Washington DC. Não existe “Biden”. Apenas os manipuladores de um senil e demente Joe: um combo corporativo [Deep State] com mensageiros de baixa renda, como o neoconservador de fato Little Blinkie. Eles fazem o que lhes é dito pelos “doadores” ricos e pelos interesses financeiros-militares do Complexo Industrial Militar que realmente comandam o espetáculo, recitando as mesmas velhas falas saturadas de clichês dia após dia, pequenos atores num Teatro do Absurdo dentro de um hospício LGBTQ+, transgênero, ‘acordado’ de doentes mentais corruptos até a medula.

Apenas uma exposição do circus americanus é o suficiente.

  • Repórter pergunta a Biden : “Os ataques aéreos no Iêmen estão funcionando?”
  • O Presidente dos Estados Unidos: “Bem, quando você diz funcionando, eles estão impedindo os Houthis? Não. Eles vão continuar? Sim.”

O mesmo no que se passa por “pensamento estratégico” se aplica à Ucrânia.

O Hegemon não está sendo atraído para o combate na Ásia Ocidental – por mais que o acordo genocida em Tel Aviv, em conjunto com os judeus khazares dentro do governo dos EUA, queiram arrastá-lo para uma guerra contra o Irã. Ainda assim, a máquina imperial está sendo dirigida para manter o motor do “Forever Wars” funcionando, sem parar, em velocidades variadas.

As elites responsáveis ​​são muito mais cínicas do que toda a Equipe Biden. Eles sabem que não vencerão no que em breve será o país 404. Mas a vitória tática, até agora, é enorme: enormes lucros provenientes da frenética venda de armamento e munições; destruir totalmente a indústria e a soberania europeias; reduzir a UE ao sub status de um vassalo e lacaio humilde; e a partir de agora terá tempo suficiente para encontrar novos guerreiros por procuração contra a Rússia – desde fanáticos polacos e bálticos até toda a galáxia de terroristas islâmicos criados pela CIA como o ISIS.

De Platão à OTAN, pode ser demasiado cedo para afirmar que tudo acabou para o Hospício do Ocidente. O que está quase no fim é a batalha atual, centrada no país 404. Como sublinha o próprio Andrei Martyanov, coube à Rússia, mais uma vez, “começar a desmantelar o que hoje se tornou [literalmente na] a casa dos demônios e do horror no Ocidente e pelo Ocidente”, e ela está fazendo isso de novo à maneira russa – derrotando-o no campo de batalha.” [como fez contra Napoleão e depois contra Hitler]

Isto complementa a análise detalhada expressa sobre a  nova granada de mão de um livro do historiador francês Emmanuel Todd. No entanto, a guerra está longe de terminar. Como os psicopatas ‘acordados’ e ‘verdes’ de Davos mais uma vez deixaram bem claro, eles não desistirão.

A sabedoria chinesa rege que “quando você quiser acertar um homem com uma flecha, primeiro acerte seu cavalo. Quando você quiser capturar todos os bandidos, primeiro capture o chefe deles.” Os “chefes” – ou chefes – certamente estão longe de serem capturados. O BRICS+5 e a desdolarização em andamento podem ter uma chance, a partir deste ano.

O fim do jogo plutocrático

Neste quadro, mesmo a corrupção massiva entre os EUA, Europa e a Ucrânia, envolvendo círculos e círculos de roubo da generosa “ajuda” dos EUA ao país fantoche, como foi recentemente revelado pelo antigo deputado ucraniano Andrey Derkach, é um mero detalhe.

Nada foi feito ou será feito a respeito. Afinal, o próprio Pentágono é reprovado em todas as auditorias. A propósito, estas auditorias nem sequer incluíram as receitas provenientes da enorme operação [pela CIA-Cocaine Import Agency, o maior traficante do mundo] multibilionária de heroína no Afeganistão – com Camp Bondsteel no Kosovo criado como centro de distribuição para a Europa. Os lucros foram embolsados ​​pelos agentes de inteligência dos EUA fora dos livros.

Quando o fentanil substituiu a heroína como uma praga doméstica nos EUA, era inútil continuar a ocupar o Afeganistão – posteriormente abandonado após duas décadas em puro modo Helter Skelter, deixando para trás mais de 7 bilhões de dólares em armas para o Talibã.

É impossível descrever todos esses anéis concêntricos de corrupção e crime organizado institucionalizado centrados no Império para um Ocidente coletivo que sofreu lavagem cerebral. Os chineses, mais uma vez, ao resgate. O taoísta Zhuangzi (369 – 286 aC) disse:

“Você não pode falar sobre o oceano para um sapo que vive em um poço, não pode descrever o gelo para um mosquito de verão e não pode argumentar com um ignorante.”

Apesar da humilhação cósmica da OTAN na Ucrânia, esta guerra por procuração contra a Rússia, contra a Europa e contra a China continua a ser o estopim que poderá acender uma Terceira Guerra Mundial antes do final desta década. Quem vai decidir é uma plutocracia extremamente rarefeita. Não, Davos não: estes são apenas os palhaços seus porta-vozes.

A Rússia reativou um sistema fabril militar na velocidade da luz – agora com cerca de 15 vezes a capacidade de janeiro de 2022. Ao longo da linha de frente há cerca de 300.000 soldados, além de na retaguarda dois exércitos de pinças de centenas de milhares de soldados móveis em cada pinça. estando preparado para criar um duplo envolvimento do que sobrou do Exército Ucraniano e aniquilá-lo.

Mesmo que o país 404 seja totalmente derrotado em 2024, mais uma vez é imperativo sublinhá-lo: isto está longe de terminar.

A liderança em Pequim compreende perfeitamente que o Hegemon é um naufrágio tão desintegrado, a caminho da secessão, que a única maneira de mantê-lo unido seria uma guerra mundial. É hora de reler TS Eliot de várias maneiras:  “Tivemos a experiência, mas perdemos o significado, / e a abordagem ao significado restauraria a experiência”.

AS DIGITAIS DOS DEUSES: (2) RIOS NA ANTÁRTIDA

 

As Digitais dos deuses: (2) Rios na Antártida

Posted by  on 27/01/2024

Nas férias de Natal de 1959-60, Charles Hapgood procurava dados sobre a Antártida na Sala de Obras de Referência da Biblioteca do Congresso, em Washington, D.C. Durante várias semanas consecutivas, prosseguiu nesse trabalho, absorto na pesquisa, cercado por literalmente centenas de mapas e cartas medievais. Descobri [escreveu ele] um sem-número de coisas fascinantes e inesperadas e várias cartas mostrando o continente antártico. Certo dia, virei uma página e fiquei paralisado, transfixado. Lançando meus olhos sobre o hemisfério Sul de um mapa-múndi desenhado por Oronteus Finaeus em 1531, senti a convicção imediata de que descobrira nele um mapa inegavelmente autêntico da verdadeira Antártida (sem a cobertura de gelo).

Livro “AS DIGITAIS dos DEUSES“, uma resposta para o mistério das origens e do fim da civilização – CAPÍTULO 2 – Rios na Antártida

Capítulo 1: Brasil e o mapa de Piri Reis

Por Graham Hancock, livro “AS DIGITAIS DOS DEUSES”, Tradução de Ruy Jungmann, editora Record 2001.

A forma geral do continente da Antártida era surpreendentemente parecida com o esboço encontrado em mapas modernos. A posição do polo Sul, quase no centro do continente, parecia mais ou menos correta. As cordilheiras que seguiam as costas sugeriam as numerosas cadeias de montanhas descobertas na Antártida em anos recentes. Era óbvio, também, que esse mapa não constituía uma criação atamancada da imaginação de alguém. As cadeias de montanhas apareciam bem individualizadas, algumas claramente costeiras e, outras, não. Originando-se nelas, rios corriam em direção ao mar, seguindo, em todos os casos, o que pareciam bacias hidrográficas naturais, muito convincentes. Esse fato sugeria, claro, que as costas deveriam ter estado livres de gelo ao ser desenhado o mapa original. O interior profundo, porém, estava inteiramente livre de rios e montanhas, sugerindo esse fato que gelo poderia ter estado presente nessa região.

Um estudo mais profundo do mapa de Oronteus Finaeus, realizado por Hapgood e pelo Dr. Richard Strachan, do Massachusetts Institute of Technology, confirmou os fatos seguintes:

1. O mapa havia sido copiado e compilado de mapas primários anteriores, desenhados de acordo com certo número de projeções diferentes.
2. O mapa mostrava, de fato, condições não-glaciais nas regiões costeiras da Antártida, notadamente na Terra da Rainha Maud, Terra de Enderby, Terra de Wilkes, Terra de Vitória (a costa oriental do mar de Ross) e Terra de Marie Byrd.
3. Tal como no caso do mapa de Piri Reis, o perfil geral do terreno e os acidentes físicos visíveis correspondiam estreitamente a mapas de levantamentos sísmicos das superfícies de terras subglaciais da Antártida.

O mapa de Oronteus Finaeus, concluiu Hapgood, parecia documentar “a surpreendente sugestão de que a Antártida fora visitada, e talvez colonizada, numa época em que as condições eram predominante, se não inteiramente, não-glaciais. Dispensa dizer que o mapa implicava uma antiguidade muito remota… [Na verdade] o mapa de Oronteus Finaeus leva a civilização dos homens que desenharam o mapa original a uma época contemporânea do fim da última Idade Glacial no hemisfério Norte.”

O Mar de Ross

Prova adicional em apoio dessa ideia é encontrada na maneira como o mar de Ross foi mostrado por Oronteus Finaeus. Nos locais onde hoje grandes geleiras, como a Beardmore e a Scott, desembocam no mar, o mapa de 1531 mostra estuários, extensas baías e indicações de rios. A implicação inconfundível desses acidentes geográficos é que não havia gelo no mar de Ross, ou em suas costas, quando foram desenhados os mapas primários usados por Oronteus Finaeus. “Teria que haver também uma grande extensão de terra livre de gelo para alimentar os rios. Atualmente, todas essas costas e as terras que ficavam mais para trás encontram-se profundamente sepultadas sob uma calota de gelo, com uma espessura de 1.600m, enquanto que, no próprio mar de Ross, são encontrados icebergs flutuantes de centenas de metros de espessura”.

A prova relativa ao mar de Ross implica forte corroboração à idéia de que a Antártida deve ter sido mapeada por alguma civilização desconhecida durante o período, muito extenso, em que a região ficou livre do gelo, e que terminou por volta do ano 4000 a.C. Essa conclusão é robustecida pelo trabalho das sondas usadas em 1949 para coleta de núcleos-testemunho por uma das expedições do almirante Byrd à Antártida, com o objetivo de tirar amostras dos sedimentos do leito do mar de Ross. Os sedimentos revelaram numerosas camadas de estratificação claramente demarcadas, refletindo diferentes condições ambientais em diferentes épocas: “depósitos marinhos glaciais grossos”, “depósitos marinhos glaciais médios”, “depósitos marinhos glaciais finos”, e assim por diante. A descoberta mais surpreendente, contudo, foi “que grande número de camadas era formado de sedimentos variados, de fina granulação, tais como os que são trazidos para o mar por rios que fluem de terras de clima temperado (isto é, livres de gelo)…”.

Usando o método de datação por iônio, criado pelo de. W.D. Urry (que utiliza três elementos radioativos diferentes encontrados na água do mar), pesquisadores do Carnegie Institute, em Washington, D.C., conseguiram provar, além de qualquer dúvida razoável, que caudalosos rios, trazendo sedimentos muito variados de fina granulação, haviam realmente existido na Antártida há cerca de 6.000 anos, conforme demonstrava o mapa de Oronteus Finaeus. Só depois dessa data, por volta do ano 4000 a.C., “é que o sedimento de tipo glacial começou a ser depositado no leito do mar de Ross… Os núcleos-testemunho indicam que condições quentes prevaleceram durante um longo período, antes daquela data”.

Mercátor e Buache

Os mapas de Piri Reis e de Oronteus Finaeus, portanto, proporcionam-nos um vislumbre da Antártida que nenhum cartógrafo dos tempos modernos poderia ter visto, em nenhuma hipótese. Por si mesmas, claro, essas duas peças de prova não seriam suficientes para nos convencer de que poderíamos estar olhando para as impressões digitais de uma civilização perdida. Mas três, quatro, ou seis mapas desse tipo poderiam ser refutados com igual justificação?

Seria seguro, ou razoável, por exemplo, continuar a ignorar as implicações históricas de alguns dos mapas elaborados pelo mais famoso cartógrafo do século XVI, Gerard Kremer, conhecido também usada na maioria dos mapas-múndi modernos, esse enigmático indivíduo (que realizou uma inexplicada visita à Grande Pirâmide do Egito em 1563), foi, segundo consta de documentos, “infatigável na busca (…) do saber de épocas remotas”, tendo passado muitos anos acumulando diligentemente uma vasta e eclética biblioteca de obras de referência de mapas primários antigos.

Mapa de Buache, Paris 1754 mostra a Antártida SEM GELO . . .

No que é muito importante, Mercátor incluiu o mapa de Oronteus Finaeus em seu Atlas de 1569 e mostrou também a Antártida em vários outros mapas que ele mesmo produziu no mesmo ano. Entre as partes do continente sul ainda não descobertas na época e constantes do mapa figuram o cabo Dart e o cabo Herlacher, na Terra de Marie Byrd, o mar de Amundsen, a ilha Thurston, na Terra de Ellsworth, as ilhas Fletcher, no mar de Bellinghausen, a ilha Alexander, a península Antártica (Palmer), o mar de Weddell, o cabo Norvegia, a cordilheira Regula, na Terra da Rainha Maud (sob a forma de ilhas), as montanhas Muhlig-Hoffinan (como ilhas), a costa Príncipe Harald, a geleira Shirase, como estuário, na costa Príncipe Harald, a ilha Padda, na baía Lutzow-Holm, e a costa Príncipe Olaf, na Terra de Enderby.

“Em alguns casos, esses acidentes geográficos são claramente mais reconhecíveis do que no mapa de Oronteus Finaeus”, observou  Hapgood, “e parece claro, de modo geral, que Mercátor dispunha de mapas primários, além dos usados por Oronteus Finaeus”. E não apenas Mercátor. Philippe Buache, cartógrafo francês do século XVIII, publicou um mapa da Antártida muito tempo antes de o continente meridional ter sido “descoberto” oficialmente. O notável no mapa de Buache é que parece ter se inspirado em um mapa primário desenhado antes, talvez milhares de anos antes, diferente dos usados por Oronteus Finaeus e Mercátor. E o que Buache nos mostra em uma representação sobrenaturalmente precisa é como a Antártida deveria ter parecido quando não havia lá absolutamente nenhum gelo. O mapa revela a topografia subglacial de um continente inteiro, do qual nem mesmo nós tivemos conhecimento completo até 1958, data do Ano Geofísico Internacional, quando foi realizado um levantamento sísmico completo  da região.

O levantamento simplesmente confirmou o que Buach proclamou em 1737, ao publicar seu mapa da Antártida. Baseando o trabalho cartográfico em fontes antigas ora perdidas, o acadêmico francês desenhou uma clara via navegável de um lado a outro do continente, dividindo-o em duas massas principais de terra, a leste e a oeste da linha hoje assinalada como montanhas Transantárticas. Essa via navegável, ligando os mares de Ross, Weddell e Bellinghausen, teria realmente existido, se a Antártida houvesse estado livre de gelo. Conforme demonstraram os resultados do Ano Geofísico Internacional, de 1958, o continente (que nos mapas modernos aparece como uma massa de terra contínua) consiste de um arquipélago de grandes ilhas, com gelo compacto de 1.600m de
espessura entre elas, projetando-se acima da superfície do mar.

A Época dos Cartógrafos

Conforme vimos, numerosos geólogos ortodoxos acreditam que há milhões de anos existiram, pela última vez, vias fluviais nessas bacias ora cobertas de gelo. Do ponto de vista dos estudiosos, porém, é igualmente ortodoxo afirmar que nenhum ser humano existia naqueles tempos remotos, quanto mais seres humanos capazes de mapear acuradamente as massas continentais da Antártida. O grande problema levantado pela prova oferecida por Buache/AGI é que essas massas parecem realmente ter sido mapeadas quando se encontravam livres de gelo. Esse fato apresenta aos estudiosos duas proposições mutuamente contraditórias.

Qual delas é a correta?

Se formamos com a facção dos geólogos ortodoxos e aceitamos que milhões de anos se passaram indubitavelmente desde que a Antártida esteve, pela última vez, inteiramente livre de gelo, então toda prova de evolução humana, laboriosamente acumulada por cientistas ilustres desde o tempo de Darwin, deve carecer de fundamento. E parece inconcebível que isso tenha acontecido: o registro fóssil deixa meridianamente claro que há milhões de anos existiam apenas ancestrais ainda não evoluídos da humanidade – hominídeos de testa baixa, que se arrastavam pelo chão com as juntas dos dedos tocando a terra, incapazes de trabalhos sofisticados como a elaboração de mapas.

Uma galera com que os fenícios visitaram o Brasil 2.500 anos antes de Cabral…

Deveríamos, então, supor a intervenção de cartógrafos alienígenas, a bordo de espaçonaves em órbita, a fim de explicar a existência de mapas sofisticados de uma Antártida livre de gelo? Ou deveríamos pensar novamente nas implicações da teoria de Hapgood sobre o deslocamento da crosta da terra, o que permitiria que o continente sul houvesse ficado livre de gelo há uns 15.000 anos, da forma mostrada por Buache?

Seria possível que uma civilização humana, suficientemente desenvolvida para ter condições de mapear a Antártida, pudesse ter surgido cerca de 13.000 anos antes de Cristo e, em seguida, desaparecido? E, se isso aconteceu, quanto tempo depois? O efeito combinado dos mapas de Piri Reis, Oronteus Finaeus, Mercátor e Buache é a forte, embora perturbadora, impressão de que a Antártida deve ter sido continuamente mapeada durante um período de vários milhares de anos, à medida que a calota de gelo expandisse gradualmente a partir do interior, aumentando seu alcance a cada milênio, mas só conseguindo cobrir todas as costas do continente sul por volta do ano 4000 a.C. As fontes primárias dos mapas de Piri Reis e Mercátor deveriam, portanto, ter sido preparadas perto do fim desse período, época em que, na Antártida, só as costas se encontravam livres de gelo. A fonte usada no mapa de Oronteus Finaeus, por outro lado, parece ter sido muito anterior, quando a calota de gelo existia apenas no interior profundo do continente, ao passo que a de Buache teve origem, aparentemente, em data ainda mais antiga (por volta do ano 13.000 a.C.), quando não havia absolutamente gelo na Antártida.

A América do Sul

Teriam sido outras partes do mundo objeto de levantamento topográfico e mapeadas com precisão a intervalos muito separados durante a mesma época, ou seja, aproximadamente dos anos 13000 a 4000 a.C.? A resposta talvez se encontre, mais uma vez, no mapa de Piri Reis, que contém mais mistérios do que apenas a Antártida:

  • Desenhado em 1513, o mapa revela um misterioso conhecimento da América do Sul – não só da costa oriental, mas também dos Andes no lado ocidental do continente, que, claro, eram desconhecidos na época. O mapa mostra corretamente o rio Amazonas nascendo nessas montanhas inexploradas e delas correndo na direção leste.
  • Compilado à vista de mais de vinte documentos primários diferentes, de antiguidade variada, o mapa de Piri Reis mostra o Amazonas não apenas uma, mas duas vezes (com toda probabilidade, como resultado de superposição não intencional de dois dos documentos primários usados pelo almirante turco). Na primeira, o curso do Amazonas é mostrado descendo até a foz do rio Pará, embora não conste a importante ilha de Marajó. De acordo com Hapgood, esse fato sugere que o mapa primário relevante deve ter sido datado de uma época, talvez há 15.000 anos, quando o rio Pará era a principal ou única foz do Amazonas e quando a ilha de Marajó fazia parte do continente, no lado norte do rio. A segunda versão do Amazonas, por outro lado, mostra a ilha de Marajó (e em detalhes fantasticamente exatos), a despeito do fato de que essa ilha só foi descoberta em 1543. Mais uma vez, surge a possibilidade de uma civilização desconhecida, que realizava operações contínuas de levantamento topográfico e mapeamento da face mutável da terra, ao longo de um período de muitos milhares de anos, tendo Piri Reis usado não só os mapas primários mais antigos, mas também os mais recentes deixados por essa civilização.
  • Nem o rio Orinoco nem o seu atual delta são mostrados no mapa de Piri Reis. Em vez disso, como prova Hapgood, dois estuários, que se estendiam muito terra adentro (numa distância de 160km), foram mostrados perto do local onde se encontra o rio atual. A longitude na quadrícula seria correta para o Orinoco e a latitude também bastante
    acurada. Será possível que esses estuários tenham sido soterrados por sedimentos e o delta se estendido por essa distância toda, desde que os mapas primários foram desenhados?
  • Embora permanecessem desconhecidas até 1592, as ilhas Falkland aparecem em sua latitude correta no mapa de 1513.
  • A mapoteca de fontes antigas incorporada ao mapa de Piri Reis poderia explicar também o fato de mostrar convincentemente a existência de uma grande ilha no oceano Atlântico, a leste da costa da América do Sul, onde nenhuma ilha existe atualmente. Seria pura coincidência que essa ilha “imaginária” tenha sido localizada exatamente acima da cordilheira suboceânica existente no meio do Atlântico, imediatamente ao norte do equador e a 1.100 km a leste da costa do Brasil, onde os minúsculos rochedos de São Pedro e São Paulo se projetam acima das ondas? Ou teria sido o mapa primário relevante desenhado no auge da última Era Glacial, quando o nível dos mares era muito mais baixo do que hoje e uma grande ilha poderia, realmente, ter ficado exposta nesse ponto?
O mapa de Piri Reis

Níveis do Mar e Eras Glaciais

Outros mapas do século XVI dão também a impressão de que poderiam ter-se baseado em levantamentos topográficos mundiais, realizados durante a última Era Glacial. Um deles foi compilado em 1559 por um turco, Hadji Ahmed, cartógrafo, que, como dizia Hapgood, devia ter tido acesso a alguns mapas primários “de natureza a mais extraordinária”.

O aspecto mais estranho e que logo impressiona na compilação de Hadji é que ela mostra, com grande clareza, uma faixa de território, de quase 1.600km de largura, ligando o Alasca à Sibéria. Essa “ponte continental”, como a chamam os geólogos, efetivamente existiu no passado (no local onde hoje existe o estreito de Bering), mas foi coberta pelas ondas quando o nível do mar subiu ao fim da última Era Glacial. O aumento do nível do mar foi causado pelo degelo tumultuoso da calota polar, que recuava celeremente por toda parte no hemisfério Norte, por volta do ano 10000 a.C.

Por isso mesmo, é interessante que pelo menos um mapa antigo parece mostrar o sul da Suécia coberto por geleiras remanescentes, do tipo que deve ter sido realmente predominante nessas latitudes. As geleiras remanescentes figuram no famoso Mapa do Norte, de Claudius Ptolomeu. Compilado originariamente no século II d.C., esse trabalho notável do último grande geógrafo da antiguidade clássica ficou perdido durante centenas de anos e só foi redescoberto no século XV.

Ptolomeu trabalhava como curador da Biblioteca de Alexandria, onde era conservada a maior coleção de manuscritos dos tempos antigos, e foi nela que ele consultou os documentos arcaicos primários que lhe permitiram compilar seu próprio mapa. A aceitação da possibilidade de que a versão original de pelo menos uma das cartas a que ele se referiu teria sido preparada por volta do ano 10000 a.C. contribui para explicar por que o mapa mostra geleiras, características dessa exata época, juntamente com “lagos (ou) sugerindo a forma dos lagos e cursos d’água atuais que lembram muito correntes glaciais (…) descendo das geleiras para os lagos”.

É provavelmente desnecessário acrescentar que ninguém nos tempos romanos, época em que Ptolomeu elaborou seu mapa, tinha a menor suspeita de que eras glaciais poderiam ter coberto outrora o norte da Europa. Nem ninguém no século XV (quando foi redescoberto o mapa) possuía tal conhecimento. Na verdade, é impossível dizer como as geleiras remanescentes e outros acidentes geográficos mostrados no mapa de Ptolomeu poderiam ter sido constatados em levantamentos, imaginados ou inventados por qualquer civilização conhecida anterior à nossa.

São óbvias as implicações desse fato. Como também são as de outro mapa, o “Portolano”, de lehudi Ibn Ben Zara, desenhado em 1487. Essa carta da Europa e norte da África pode ter sido baseada em fonte ainda mais antiga do que a usada por Ptolomeu, porquanto aparentemente mostra geleiras muito ao sul da Suécia (na verdade,  aproximadamente na mesma latitude da Inglaterra) e o Mediterrâneo, o Adriático e o Egeu como devem ter sido antes do derretimento da calota europeia. O nível do mar, claro, teria sido muito mais baixo do que é hoje. É interessante notar, por exemplo, na seção do Egeu do mapa, que existiam muito mais ilhas do que atualmente. À primeira vista, esse fato parece estranho. Contudo, se dez ou doze mil anos se passaram desde a era em que foi elaborado o mapa de Ibn Ben Zara, a discrepância pode ser explicada sem dificuldade: as ilhas perdidas devem ter sido cobertas pelo nível do mar que subia ao fim da última Era Glacial.

Mapa, o “Portolano”, de lehudi Ibn Ben Zara de 1487

Mais uma vez, parece que estamos olhando para as impressões digitais de uma civilização desaparecida – uma civilização capaz de produzir mapas incrivelmente precisos de partes muito separadas da terra. Que tipo de tecnologia e que estado da ciência e da cultura teriam sido necessários para realizar um trabalho dessa natureza?


PRESIDENTE DA TOYOTA AFIRMA QUE CARROS ELÉTRICOS NUNCA DOMINARÃO O MERCADO GLOBAL

 

Presidente da Toyota afirma que ‘Carros Elétricos Nunca’ dominarão o mercado global

Posted by  on 27/01/2024

O presidente e ex-CEO da Toyota, Akio Toyoda, está de volta: proporcionando ao público [e aos “Verdes”] uma dose de realidade de que os veículos elétricos nunca dominarão o mercado global de automóveis. Toyoda, neto do fundador do maior fabricante de automóveis do mundo, expressou num evento de negócios este mês, conforme relatado pelo The Telegraph , que os VE nunca irão capturar sequer 30% da quota de mercado global. 

Presidente da Toyota afirma que ‘Carros Elétricos Nunca’ dominarão o mercado global

Fontes: The Telegraph – Zero Hedge

Ele explicou dizendo que os veículos movidos a motor de combustão a gasolina e os híbridos, juntamente com os veículos com células de combustível a hidrogênio, irão dominar. 

Toyoda ressaltou a questão:  como os VEs podem ser o futuro quando um bilhão de pessoas na Terra não têm eletricidade? – Dados do  Statista  mostram que quase um bilhão de pessoas no mundo vivem sem eletricidade.

O presidente da Toyota, Akio Toyoda, gesticula em um briefing sobre estratégias de baterias para veículos elétricos no showroom da empresa em Tóquio, em 14 de dezembro de 2021. (Behrouz Mehri/AFP via Getty Images)

Ele observou: “Os clientes [isso é o MERCADO] – e não as regulamentações ou a política – devem tomar essa decisão”. 

Ao longo dos anos, a Toyota demonstrou abertamente o seu desafio contra governos, radicais “verdes” e ONGs que pressionam por 100% de VEs em apenas algumas décadas, se não antes. 

Em outubro, Toyoda disse aos repórteres em um salão do automóvel no Japão que  os VEs não são a solução mágica contra os supostos males das emissões de carbono que muitas vezes são considerados exagerados.

A Toyota tem um histórico de estar na vanguarda da adoção de novas tecnologias. No entanto, a sua lenta adoção de veículos eléctricos deve-se à sua desconfiança nas baterias de lítio, e posicionou-se para ser líder em veículos híbridos.  

Talvez a afirmativa da Toyoda tenha sido justificada até certo ponto, à medida que a procura de veículos eléctricos cai. Nos últimos dias, a Ford anunciou planos de reduzir a produção de seu F-150 Lightning totalmente elétrico em abril “para alcançar o equilíbrio ideal entre produção, crescimento de vendas e lucratividade”. 

Para aqueles que compraram veículos elétricos durante a [FAKE] pandemia da Covid, o preço médio de um Tesla usado despencou.

E os preços dos veículos elétricos Tesla usados ​​​​provavelmente cairão ainda mais, já que a locadora de automóveis Hertz Global Holdings decidiu  despejar 20.000 EVs no já em declínio mercado de carros usados.  

Os dados da BloombergNEF mostram que os preços dos veículos elétricos que faziam parte das frotas de aluguel de locadoras de automóveis também caíram. 

Toyoda concluiu: “Os motores a combustão certamente permanecerão”.

Elon Musk, o dono da Tesla responderá aos comentários de Toyoda?

ALEMANHA: FERROVIÁRIOS PARALISAM TRANSPORTES POR TRENS. PREJUÍZO DIÁRIO DE 100 MILHÕES DE EUROS

 

Alemanha: Ferroviários ‘Paralisam Transporte por trens’. Prejuízo diário de 100 milhões de euros

Posted by  on 27/01/2024

A disputa entre a operadora de trens alemã Deutsche Bahn e o sindicato dos ferroviários GDL entrou em uma nova etapa nesta quarta-feira (24/02). O GDL, que tem 40 mil membros e representa principalmente maquinistas de trem, mas também outros funcionários da rede ferroviária da Alemanha, anunciou na segunda-feira a convocação de uma greve geral, em meio a uma disputa sobre salários com a Deutsche Bahn.

As consequências milionárias da greve dos ferroviários e a paralização dos trens na Alemanha

Fonte: Deutschewelle

O sindicato dos ferroviários alemães já havia realizado outras duas grandes paralisações no final de 2023 e uma terceira no início de janeiro de 2024, que durou três dias.

Desta vez, o tráfego ferroviário de passageiros será afetado durante quase seis dias, com o fim da paralisação previsto para a noite de segunda-feira [29], o que faz desta a mais longa greve ferroviária da história da Alemanha.

Além dos trens de longa distância, também serão afetadas composições regionais e alguns trens urbanos. O tráfego de trens de carga já havia sido paralisado na noite de terça-feira, com previsão de retorno apenas para a noite de segunda-feira, totalizando 144 horas de completa interrupção nos serviços.

A greve, porém, não afeta somente a Deutsche Bahn, mas também as muitas empresas que transportam suas matérias-primas nos trens alemães. As consequências também serão sentidas nos países vizinhos, já que a Alemanha é considerada o “coração logístico” da Europa, afirma o especialista Thomas Puls, do Instituto de Economia Alemã (IW), de Colônia.

Quase 60% dos serviços de transporte de mercadorias da Deutsche Bahn são realizados em todo o continente europeu. Seis dos 11 corredores principais para transporte de mercadorias europeus passam pela Alemanha, de acordo com o Ministério dos Transportes.

Prejuízos de 100 milhões de euros por dia

Os custos de tais greves são difíceis de calcular. Se não houver perda de produção, os prejuízos não serão visíveis nas estatísticas, explica Puls.

Por outro lado, se a produção for restringida ou completamente paralisada, os danos podem chegar à casa dos 100 milhões de euros por dia, afirma o diretor de economia do IW, Michael Grömling. Ele explica que, com uma duração de seis dias, os custos não aumentarão de maneira linear, mas deverão se multiplicar. Nesse caso, “estaremos nos aproximando rapidamente de um bilhão de euros em prejuízos.”

Além disso, o tráfego dos trens de carga não poderá ser retomado de maneira imediata ou sem percalços mesmo com o fim da greve. Após a última paralisação, foram necessários vários dias até os gargalos no tráfego serem eliminados. A Deutsche Bahn calculou que, somente para a própria empresa, as perdas deverão ser de 25 milhões de euros por dia.

O economista-chefe do Commerzbank, Jörg Krämer, faz uma avaliação parecida. Ele diz que, como resultado da greve, a geração de valores no setor dos transportes deve cair em torno de 30 milhões de euros ao dia, o que corresponde a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Danos econômicos muito maiores ocorrerão se as fábricas tiverem de suspender a produção devido a problemas de abastecimento”, alerta Krämer. “Além disso, a greve também gera tensões na população e macula a já manchada reputação alemã como local de negócios.”

Uma possível perda de confiança do setor de logística nos transportes ferroviários alemães é bastante preocupante, observa Frank Huster, diretor da Associação Alemã de Encaminhamento de Cargas e Logística. A reputação do país já vem sendo abalada por uma série de problemas técnicos, pela obsolescência da rede ferroviária e pela persistente vulnerabilidade de sua infraestrutura.

Este não é um ponto de partida favorável ao objetivo de Berlim de transferir os transportes de carga cada vez mais para os trens. O acordo firmado em 2021 entre os partidos que integram a coalizão de governo estabelece que a parcela do transporte de cargas através da malha ferroviária deve aumentar de 19% para 25% até 2030.

Importância logística

Para que seja possível calcular a extensão da greve, vale a pena observar a quantidade de bens que são transportados através das ferrovias alemãs. Uma grande parcela – dois terços do total– não é transportada por trens, mas através das rodovias. As ferrovias são utilizadas para pouco menos de um quinto do total. Ainda assim, os trens de carga são de vital importância, explica Puls.

“Mesmo que isso não fique tão evidente quando observamos as parcelas de mercado, muitos bens não podem ser transportados de outra forma, ou até poderiam, mas com enormes dificuldades de logística.”

Grandes indústrias como as siderúrgicas ou indústrias químicas dependem desse meio de transporte. Sem o carvão mineral entregue a essas empresas através de ferrovias, os altos-fornos da indústria do aço ou as usinas que garantem o fornecimento de energia não poderiam funcionar.

Greve dos ferroviários pode gerar acúmulo de contêineres nos portos da Alemanha

Alguns dos itens perigosos produzidos pela indústria química são obrigatoriamente transportados pelos trens em razão do baixo risco de acidentes. A greve, portanto, gera desafios enormes a esse setor, afirma a Associação da Indústria Química da Alemanha (VCI).

“As empresas imediatamente desenvolveram soluções flexíveis junto a seus clientes e serviços de logística”, informou a entidade, acrescentando que essas medidas “compensam apenas parcialmente as restrições e os atrasos”.

Outras partes da cadeia de logística da Alemanha, como os portos, também são afetados pela greve. “Se um porto não tiver mais espaço para armazenar contêineres, isso será bastante problemático”, observa Puls.

No porto de Hamburgo, a maior parte dos contêineres são transportados pelas ferrovias. Colocar toda essa carga nas rodovias não é algo realista, afirma o economista do IW. “Provavelmente, nós não temos todos os caminhões necessários e, mesmo se tivéssemos, não teríamos como enviar todos eles para Hamburgo, de modo a retirar do porto os contêineres que seriam levados pelos trens.”

Desaceleração econômica traz certo alívio

A atual desaceleração da economia alemã ajuda a mitigar as consequências da greve. Quando a produção industrial é subtilizada, se torna mais fácil adiar a produção quando a matéria-prima não é entregue a tempo, afirma Puls. Ainda assim, haveria custos de replanejamento da produção e das cadeias de logística.

De resto, as grandes empresas não estão completamente despreparadas, o que funciona para aliviar as consequências da greve. Segundo Huster, as cadeias de abastecimento, de modo geral, se tornaram mais resistentes após a pandemia de covid-19.

A situação econômica pode também evitar que os portos do país cheguem rapidamente a um ponto crítico. “Sob melhores circunstâncias econômicas, o limite dos danos causados pela paralisação dos trens seria atingido em cerca de cinco dias”, calcula Puls.

Grömling, por sua vez, teme que “algo esteja fermentando no transporte de cargas”, tendo em vista a situação no Mar Vermelho, onde a rota de transportes marítimos vem sofrendo uma série de ataques dos rebeldes iemenitas houthis. Muitos navios de contêineres estão sendo obrigados a desviar de suas rotas através do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul do continente africano. Isso gera atrasos de semanas e problemas nos portos.

Na Alemanha, o fechamento de uma ponte em Leverkusen sobre o rio Reno até 4 de fevereiro deve gerar enormes transtornos no trânsito. Tendo em vista todas essas situações, “o resultado será a interrupção das cadeias de abastecimento e o aumento das incertezas”, afirma. Ele lembra que economia da Alemanha já está em recessão.

“Há agora a ameaça de que fique ainda pior”, alertou.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

'MISSÃO IMPOSSÍVEL': POR QUE OS MILITARES DE ISRAEL TÊM RESULTADOS RUINS EM GAZA?

 

‘Missão impossível’: Porque os militares de Israel têm resultados ruins em Gaza?

Posted by  on 28/01/2024

Com mais de 100 dias de conflito e de massacres de civis, na sua maioria mulheres e crianças em Gaza, as Forças de Defesa de Israel teriam eliminado menos de 30% dos combatentes do Hamas, segundo relatório da inteligência dos EUA. O imenso custo humanitário, de “propaganda” e os resultados militares parcos da operação em Gaza colocam em dúvida a pseudo pujança militar e tecnológica de Israel.

‘Missão impossível’: Porque os militares de Israel têm resultados ruins em Gaza

Fonte: Sputnik

Nesta semana, fontes de inteligência dos EUA estimaram que Israel teria eliminado entre 20% e 30% dos combatentes do Hamas em Gaza, 100 dias após o início do conflito que já ceifou mais de 25 mil vidas na Faixa de Gaza, relatou o Wall Street Journal.

Apesar do braço militar do Hamas, as Brigadas Qassam, não divulgam o seu número absoluto de combatentes, o desempenho fica bastante aquém dos objetivos declarados de Israel em sua operação em Gaza: os de destruir a capacidade militar do grupo palestino.

Durante o mês de janeiro, o Hamas foi capaz de realizar ataques de foguetes contra o território israelense e emboscar tropas no território de Gaza, demonstrando que seu poder de fogo está longe de ser extirpado.

Nesta segunda-feira (22), 21 soldados israelenses morreram no território palestino, marcando o dia mais mortal para as forças militares de Israel desde o início do conflito. No dia 16 de janeiro, o grupo palestino lançou 25 foguetes contra a cidade israelense de Netivot.

A resiliência das forças do Hamas se deve ao seu melhor conhecimento do terreno, à sua extensa rede de túneis e motivação de seus combatentes, considerou o professor de Relações Internacionais da PUC Minas, Danny Zahreddine.

“Além da vantagem natural de quem está em posição de defesa, a área de combate é densamente povoada e se transformou em um amontoado de escombros, o que favorece quem conhece melhor o terreno”, disse Zahreddine à Sputnik Brasil. “O sistema de túneis ainda cria condição de ataque surpresa, que é um elemento essencial da guerra.”

A superioridade tecnológica inconteste das Forças Armadas israelenses tampouco parece ter efeito determinante nas batalhas em Gaza, apontou o professor doutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Sandro Teixeira Moita.

“O campo de batalha urbano é um grande nivelador entre forças dispares. Então um oponente que tem uma desvantagem numérica e tecnológica – nesse caso, o Hamas – consegue, através do combate em zonas edificadas em escombros, equalizar o nível com um inimigo com superioridade tecnológica – nesse caso, Israel”, disse Moita à Sputnik Brasil.

Manifestantes ocupam as ruas em protesto contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Tel Aviv © AP Photo / Osamah Abdulrahman

Segundo ele, a rede de túneis construída pelo Hamas se mostrou muito mais extensa e interligada do que Israel antecipara. E não está claro se existem reais possibilidades de destruir essa verdadeira cidade subterrânea.

“Israel ainda não possui mapeamento ou rede de sensoriamento dos túneis, o que representa por si só um enorme desafio”, considerou Moita. “E há dúvida sobre a capacidade de Israel de eliminar essas redes, que não são somente utilizadas pelo Hamas, mas também por civis, para conduzir atividades econômicas básicas em Gaza – uma região sob bloqueio econômico imposto por Israel.”

A adoção de táticas de guerra típicas do confronto assimétrico e irregular está aliada ao alto nível de motivação no lado dos combatentes palestinos, notou Zahreddine.

“Claro que os israelenses estão motivados pelos ataques de 7 de outubro. Mas, no caso de Gaza, eles lutam pela autonomia, independência e liberação da Palestina, o que sem dúvida dá para ea sua resistência um significado diferente”, considerou o professor da PUC Minas. “A Palestina tem mais de 75 anos de luta pela independência.”

Fator EUA

Enquanto as forças de Israel estão ocupadas em reverter os resultados militares aquém do esperado em Gaza, e no monitoramento de um conflito cada vez mais ativo contra o Hezbollah ao norte do seu território, Tel Aviv deverá ainda manter sua capacidade dissuasória contra potências como o Irã.

Caso o Irã se envolva diretamente no conflito, Israel teria que adicionar à sua lista de tarefas a vitória sobre um país com população quase dez vezes superior, que possui tecnologia de mísseis balísticos e de drones, que podem atingir qualquer ponto de Israel e vários países da Europa, considerou o professor da PUC Minas.

“Claro que Israel tem armas nucleares e uma Força Aérea muito significativa para dissuadir o Irã”, disse Zahreddine. “Mas o principal elemento dissuasório que Israel tem se chama Estados Unidos da América.”

O especialista lembra o deslocamento do porta-aviões dos EUA para o Mediterrâneo leste e a ofensiva de Washington contra os houthis do Yémem no mar Vermelho como sinais de que Israel pode, sim, contar com seu aliado norte-americano no contexto atual.

Por outro lado, a falta de resultados militares robustos em Gaza pode abrir espaço para que os parlamentares dos EUA questionem o apoio incondicional a Israel, a exemplo do que ocorre na Ucrânia.

“Um dos fatores que mais pressionam os políticos nas guerras são os seus custos. No caso da Ucrânia, os custos são altíssimos para o [ex] mundo rico ocidental do Atlântico Norte, o que leva a um desgaste e desmotivação na continuidade do apoio à Ucrânia”, apontou Zahreddine. “O caso de Israel vai pelo mesmo caminho.”

insatisfação de setores da opinião pública dos EUA com os rumos da guerra em Gaza pode interferir nos cálculos eleitorais, pressionando a administração Biden a rever ou reduzir seu apoio a seu aliado no Oriente Médio em um ano de eleição presidencial nos EUA.

Resiliência interna

escalada no número de mortes do lado israelense observada nessa semana tensiona ainda mais uma sociedade civil já traumatizada pelos eventos de 7 de outubro e pela postergação da liberação de reféns.

O serviço militar obrigatório e o elevado nível de militarização social em Israel não garante que a sociedade aceitará um alto número de baixas e mortes durante o conflito em Gaza, acreditam os especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil.

“A sociedade israelense será resiliente ao número de mortos, à medida que ela entender que há resultados e sucesso”, considerou Moita. “Neste momento, existe uma percepção de insucesso – de que as tropas foram para Gaza, mas não estão conseguindo degradar o Hamas da maneira que se acreditaria possível, nem recuperar os reféns judeus das mãos do Hamas.”

Além disso, com cerca de meio milhão de pessoas em armas em um país minúsculo e, portanto, afastadas da vida econômica – 360 mil mobilizados e cerca de 140 mil profissionais das Forças de Defesa, estimou o professor doutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército – a economia de Israel começa a dar sinais preocupantes.

Há claro sinais de fadiga em Israel em função do impacto econômico da guerra, inclusive levando à retirada limitada das tropas israelenses de Gaza em dezembro, e a liberação de alguns reservistas para voltarem à vida civil”, relatou Moita.

No entanto, o fim das hostilidades não está no horizonte, tampouco uma reversão nos insucessos das Forças de Defesa de Israel no terreno.

“Foi confiada às forças militares de Israel uma missão impossível. Elas podem degradar o Hamas, sim. Mas um movimento como o Hamas só pode ser destruído se você atacar a situação econômica de Gaza, resolver a questão política palestina, oferecer uma condição de vida digna para a população, o que enfraqueceria muito a capacidade do discurso extremista de cooptar os palestinos”, argumentou Moita.

O especialista lamenta que a estratégia de Israel tenha sido “jogar toda a questão palestina para debaixo da esfera militar”, que não tem os meios necessários para solucionar um conflito desta magnitude.

Israel está perante um desafio não militar. O problema é político e de racismo, mas está sendo tratado pelas Forças Armadas. Porém, como estamos vendo, o campo militar só pode produzir resultados militares”, concluiu o professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército brasileiro.