Teria nascido, segundo algumas fontes
em 479 a. C., segundo outras, em 451 a. C., portanto, nos meados do século VI
a. C., na antiga cidade de Shandong, hoje Shantung, situada na província de Lu,
no Leste chinês, próxima ao Mar Amarelo. Faleceu em 479 a. C., contando por
volta de setenta e dois anos.
Foi um conceituado filósofo chinês de
uma época que ficou conhecida como Período das Primaveras e Outonos (722 a 481
a. C.). Este nome se deve a uma crônica atribuída a Confúcio intitulada Anais das Primaveras e Outonos.
Seu pai tinha setenta anos e a mãe
apenas quinze. Ficou órfão de pai aos três anos, fato que o obrigou a trabalhar
desde a infância, iniciando-se no trabalho como pastor.
Foi galgando diversas funções, tendo
sido pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Dedicou-se, paralelamente,
ao estudo e à leitura.
O pensador também viajou por diversos reinos,
esteve em íntimo contacto com o povo e pregou a necessidade de uma mudança
total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar
do povo, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de impostos e
o abrandamento das punições penais.
Embora tentasse ocupar um alto cargo
administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas ideias na prática, nunca
o conseguiu, pois tais ideias eram consideradas muito perigosas pelos
governantes.
Seus discípulos conseguiram pôr em
prática parte de seus princípios. Graças à boa preparação por ele ministrada,
chegaram aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal,
onde veio a falecer aos setenta e dois anos.
Aspectos da filosofia de Confúcio: o
pensamento deste pensador chinês funda-se no conceito de Jen, ou seja, o modo
de vida ideal que todo indivíduo e todo Estado deve assumir e propagar.
As virtudes cardeais desse sistema
seriam a sinceridade, a justiça e a prática do bem. Essas virtudes seriam as
fontes para a supressão das guerras e injustiças características do período
caótico em que viveram. Todos os princípios constantes de seus escritos, em
particular sua obra máxima "Os Analectos", podem ser encarados como
regras de harmonização social.
O confucionismo constitui-se numa
espécie de humanismo, uma doutrina voltada à preservação do homem e daquilo que
lhe é mais característico. A regra básica de sua doutrina é: "Nunca
imponha aos outros o que não escolheria para si mesmo" É uma antecipação
do cristianismo que vai aparecer no Evangelho de Mateus (Mat. 7: 12).
Defendia também o princípio de que a
educação fosse extensivamente oferecida a todas as camadas da população,
viabilizando assim uma também extensiva difusão dos ideais éticos que regeriam
a harmonia familiar e social.
Após a morte do pensador a centralização
do poder político e a uma administração imperial central na China fizeram com
que suas doutrinas se tornassem cada vez mais populares, inclusive entre as
famílias nobres.
A partir daí surge uma vertente de
pensamento que, em última instância, favoreceria o funcionamento de um Estado
forte e a capacidade administrativa da máquina imperial. Passou-as a acreditar que o Estado poderia ser
regido de maneira mais eficiente, caso seus dirigentes fossem recrutados pelo
mérito. Isso fez com que muitos sábios seguidores dos princípios de Confúcio
fossem disputados, chamados e ouvidos. Deles se esperava que, no mesmo estilo
dos aforismos e exemplos do mestre pudessem elaborar e expor normas de
convivência e bom governo.
Os jesuítas que trabalharam na cristianização da China foram os principais agentes da difusão no
ocidente do pensamento de Confúcio, pois ele tem muitas semelhanças com o
ideário cristão.
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