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Posted by Thoth3126 on 22/10/2017
Ao construir sua Grande Muralha, a China empreendeu ao longo de séculos um esforço colossal para se proteger de ameaças e manter sua ordem interna. A estratégia foi a do isolamento. Hoje, enquanto os Estados Unidos de Donald Trump declaram a intenção de construir muros para preservar seus interesses de hegemonia econômica, o presidente chinês Xi Jinping dá provas de que a direção a ser seguida por seu país é exatamente a oposta.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Em uma virada histórica, o maior país comunista do planeta investe no livre mercado e na globalização para se tornar a principal potência econômica nas próximas três décadas.
Por Valeria Corbucci – Fonte: https://istoe.com.br/
A “nova era” da China, como anunciou na semana passada o líder chinês, consiste em criar um mundo sem barreiras protecionistas, onde a nação mais populosa do planeta se imponha pela força de seu crescimento econômico. É esse o cenário ideal para que a nação asiática assuma o status de maior potência global.
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“Como disse em seu discurso de campanha e mostra agora nas decisões que tem tomado, Trump está governando os Estados Unidos para os norte-americanos e deixando o mundo para a China”, diz o professor e cientista político Alexandre Uehara, diretor acadêmico das Faculdades Rio Branco.
NOVA ERA
O movimento feito agora pelo gigante asiático é histórico e terá consequências importantes para a nova formulação geopolítica do planeta. Maior nação do mundo sob o regime comunista, a China dá passos rumo a uma espécie de socialismo à chinesa. O governo central continua defendendo um Estado forte, mas vem sistematicamente adotando medidas que são chaves do sistema capitalista.
O presidente Xi Jinping havia sinalizado essa mudança em janeiro, durante a reunião dos mais importantes líderes mundiais em Davos, na Suíça. Na semana passada, sacralizou o novo rumo. Na quarta-feira 18, o líder discursou por mais de três horas na abertura do Congresso Nacional do Partido Comunista — evento que iria confirmar sua permanência no poder por mais cinco anos.
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E foi enfático ao afirmar que o país ocupa hoje uma nova posição no mundo. “Precisamos continuar nos esforçando por mais trinta anos para alcançarmos a completa modernização e nos tornarmos uma nova potência global.”
Para um país que até pouco tempo atrás era acusado de praticar dumping, Xi Jinping também surpreendeu ao prometer tratamento igualitário a empresas estrangeiras. “A abertura traz progresso para nós, enquanto o isolamento nos deixa atrasados”, disse. A China de Jinping não fechará suas portas para o mundo. Ao contrário. Estará cada vez mais aberta.
“A fala de Xi está mais próxima do que os estrangeiros querem ouvir da China. E isso só o favorece”, diz Uehara. Com crescimento econômico na faixa dos 6,5% ao ano, o país asiático responde hoje por 30% do PIB mundial. Sua abertura e adesão à globalização devem deslocar o eixo de importância econômica e política dos Estados Unidos, hoje a linha mestra do mundo, em direção à Asia.
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“Cada um de nós precisa fazer o possível para defender a autoridade do partido e o sistema socialista chinês e se opor de forma resoluta a toda palavra ou ação que vise a solapá-lo”, afirmou durante sua fala na semana passada. Jinping não permite que lhe façam sombra. E assim deve se consolidar no poder até 2022, conduzindo a potência chinesa rumo à liderança do mundo.
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