João Roiz de Castel-Branco (meados do séc.XV)
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d' esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
(Cancioneiro Geral - Garcia de Resende - Lisboa - Casa da Moeda - vol.
II, p. 324 - primeira edição 1516)
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