quarta-feira, 13 de novembro de 2019

CLIMA - VENEZA ENFRENTA PIOR CHEIA NAS ÚLTIMAS CINCO DÉCADAS

Clima: Veneza enfrenta pior cheia nas últimas cinco décadas
Posted by Thoth3126 on 14/11/2019

A cidade de Veneza, na Itália, vem sofrendo os impactos do fenômeno da maré alta e na terça-feira (12) registrou quase dois metros de nível de água, na pior enchente registrada desde 1966. O nível mais alto foi de 1,87 m e foi alcançado às 22h50 (hora local), na segunda maior medida na história da cidade italiana, após o recorde de 1,94 m, alcançado em 1966. “É um desastre. Desta vez os danos terão que ser contabilizados”, disse o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, depois de realizar uma inspeção de barco em partes da cidade.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Veneza enfrenta pior cheia em 50 anos

Nível da água atinge 1,87 metro, segundo maior nível de que se tem registro. Prefeito culpa mudanças climáticas por “situação dramática” vivida pela cidade. Basílica de São Marcos é atingida.

Veneza registra sua maior cheia em mais de 50 anos. A prefeitura da cidade decretou estado de emergência nesta quarta-feira (13/11). Pouco antes da meia-noite, o nível da água atingiu 1,87 metro acima do nível do mar.

Veneza sofre com a pior inundação em mais de cinco décadas.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, culpou as mudanças climáticas pela “situação dramática” na cidade. “Pedimos ao governo que nos ajude, os custos serão altos”, afirmou.

“Precisamos que todos nos ajudem e que todos se unam para enfrentar estes que são evidentemente os efeitos das mudanças climáticas”, disse o prefeito, citado pelo jornal local Il Gazzettino.

Desde que os registros começaram, em 1923, o nível da água esteve mais alto apenas uma vez: durante uma inundação devastadora em 1966, quando a água chegou a ficar 1,94 metro acima do nível do mar.

A altura da água voltou a diminuiu ligeiramente no decorrer da madrugada, conforme informação do prefeito, divulgada pelo Twitter nesta quarta-feira.

O prefeito de Veneza pediu ajuda do governo italiano para lidar com a cheia


Brugnaro pediu a rápida conclusão de um projeto de construção de barreiras móveis submarinas, destinadas a proteger Veneza das inundações que periodicamente atingem a cidade, no fenômeno chamado de acqua alta.

Conhecida pelo acrônimo Mose, a estrutura de barreiras começou a ser erguida em 2003. As obras foram atrasadas devido a custos excessivos e escândalos de corrupção, e a previsão atual é de que o sistema seja inaugurado em 2021.

A mídia italiana informou que um morador de 78 anos morreu vítima de choque elétrico, ao tentar acionar uma bomba de drenagem após as águas invadirem sua casa.

A Praça de São Marcos está entre as áreas mais afetadas pela cheia


A Guarda Costeira disponibilizou embarcações adicionais para servirem como ambulâncias aquáticas.

“Não estávamos esperando tanto”, disse Petra Schaefer, do Centro Alemão de Estudos Venezianos. O instituto, financiado pelo governo alemão – é sediado no histórico Palazzo Barbarigo della Terrazza, diretamente no Grande Canal de Veneza. “A previsão era de 1,45 metro”, diz a historiadora da arte em entrevista à DW. “Estávamos preparados para 1,60 metro.”

O arquivo da instituição ficou inundado até a altura do joelho, danificando documentos, material publicitário e livros, que afundavam na água salobre, que o vento tempestuoso sopra incansavelmente na lagoa adentro, acompanhado da chuva constante.

Schaefer, que mora em Veneza há 20 anos, não entrou em pânico, apesar das sirenes de inundação, acionadas pelo menos quatro vezes durante a noite de terça para quarta-feira. “Em todos os lugares as pessoas ofereceram sua ajuda – houve uma grande onda de solidariedade”, afirmou.

Água inundou o interior da Basílica de São Marcos

A célebre Praça de São Marcos está sendo especialmente afetada pela maré alta, por estar localizada em uma das partes mais baixas da cidade. O átrio da Basílica de São Marcos foi inundado, e as autoridades planejam vigiar a elevação do nível da água no prédio também durante a madrugada. A situação deve perdurar até sábado, preveem as autoridades locais.


O engenheiro Pierpaolo Campostrini, curador da Basílica de São Marcos, disse que a dimensão da inundação na terça-feira só foi vista cinco vezes na longa história da igreja, cuja construção começou em 828 e que foi reconstruída após um incêndio em 1063.

O prefeito afirmou via Twitter que a basílica sofreu graves danos, assim como toda a cidade e as ilhas da Laguna de Veneza.


#Venezia è in ginocchio. La Basilica di San Marco ha subito gravi danni come l’intera città e le isole.
Siamo qui con il Patriarca Moraglia per portare il nostro sostegno ma c’è bisogno dell’aiuto di tutti per superare queste giornate che ci stanno mettendo a dura prova.


Mais preocupante, segundo Campostrini, é que três desses cinco episódios ocorreram nos últimos 20 anos, sendo o mais recente, em 2018. As autoridades prometeram melhorias nas defesas contra inundação do edifício. Chuvas intensas caem desde terça-feira na Itália, afetando em particular as regiões da Sicília, Calábria, Basilicata e Veneza, onde as precipitações se somam à maré alta incomum.

As chuvas provocaram o fechamento de escolas em várias cidades ao sul, incluindo Taranto, Brindisi e Matera, assim como as cidades sicilianas de Pozzallo e Noto, de acordo com o serviço nacional de meteorologia. Em Matera, Capital Europeia da Cultura deste ano, um tornado causou a queda de árvores e postes de iluminação, danificando vários telhados e edifícios.

“Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o tempo da grande colheita se aproxima muito rapidamente ao longo dos próximos anos. Você vai ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecer fortes tsunamis e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e emissão de energia solar (CME-Ejeção de Massa Coronal do Sol) que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subsequente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“. SAIBA MAIS no LINK

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