Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
O nome Karnak origina-se de uma aldeia vizinha chamada
El-Karnak, no entanto, para os antigos egípcios o agrupamento de templos era
conhecido como Ipet-sut.
O conjunto de
prédios conhecido como Complexo do Templo de Karnak é formado por um vasto
aglomerado de templos, capelas, pilares e muitos edifícios com as mais variadas
funções religiosas e civis.
Sua construção
iniciou no reinado Senusret I, no Médio Império Egípcio e continuou até o
período ptolomaico, embora a maioria dos prédios existentes datem do Novo Império.
O Médio Império começou por volta de 2.000 a. C., com a coroação de Amenhemet I,
que inaugurou a XII dinastia dos reis das planícies do Nilo.
O Novo Império
Egípcio inicia por volta de 1550 a.C. e termina em 1070 a.C. Inclui a XVIII,
XIX e XX dinastias, que governaram a partir capital da cidade de Tebas. O
Império Novo começa com a expulsão dos Hicsos, um povo semita que se tinha
fixado na região do Delta e que tinha usurpado o poder. Ahmés (ou Amósis),
primeiro rei da XVIII completou a tarefa de expulsão do Egito desse povo
invasor.
O Período Ptolomaico
da história egípcia é o mais próximo da era cristã. Começa em 305 a. C, quando
um general do imperador Alexandre Magno, Ptolomeu I Sóter, torna-se rei do
Egito e se estende até o ano 30 a. C., momento em que Cleópatra é deposta pelos
exércitos romanos e o Egito é posto sob o domínio de Roma.
Esse conjunto de
templos faz parte da monumental cidade de Tebas que se torna a nova capital do
Egito. No Antigo Império Egípcio, a capital era Mênfis, situada na margem ocidental
do Nilo, ou seja, na margem esquerda, no sentido em que o rio corre em direção
ao Mar Mediterrâneo. De Mênfis, situada no baixo Nilo, próxima do delta, há
pequenas ruínas. Próximas a ela estavam as três grandes pirâmides e a grande
esfinge.
A capital do Médio
Império Egípcio era Tebas, situada no alto Nilo, distante acima, da antiga
Mênfis. Pois nessa cidade estava o conjunto de templos de Karnak e também o
templo de Luxor.
O complexo é um grande museu ao ar livre. Acredita-se que
seja o segundo local histórico mais visitado no Egito; apenas abaixo do conjunto
das Pirâmides e a Esfinge de Gizé, perto do Cairo. É composto de quatro partes
principais, das quais apenas a maior é atualmente aberta ao público em geral. O
termo Karnak muitas vezes é entendido como sendo a Delegacia de apenas Amon-Rá,
porque esta é a única parte que a maioria dos visitantes pode ver. As outras
três partes, a Delegacia de Mut, deusa do antigo Egito, localizada perto
de Luxor a Delegacia de Montu, deus do
antigo Egito, também próxima a Luxor e as estruturas do templo de
Amenhotep IV, antigo faraó, estão fechados ao público. Há também alguns templos
e santuários que ligam os arredores de Mut, a Delegacia de Amon-Rá, e o menor Templo
de Luxor.
A Delegacia de Mut é muito antiga, sendo dedicada a uma
divindade da Terra e da criação, mas ainda não restaurada. O templo original
foi destruído e parcialmente restaurado por Hatshepsut.
A principal diferença entre Karnak e a maioria dos outros
templos e locais no Egito é o período de tempo durante o qual ele foi
desenvolvido e usado.
Aproximadamente trinta faraós contribuíram para os
edifícios, permitindo-lhe atingir uma dimensão, a complexidade e diversidade
não vista em outros lugares. Algumas das características individuais de Karnak
são únicas.
Um aspecto famoso de Karnak é o hipostilo da delegacia de
Amon-Rá, uma área de salão de 50.000 pés quadrados (5.000 m 2) com
134 colunas maciças dispostas em 16 linhas. Destas colunas, 122 são 10 metros
de altura, e as outras 12 são 21 metros de altura com um diâmetro de mais de
três metros. Hipostilo é uma
palavra de origem grega cujo significado é "teto sustentado por colunas. É
uma grande sala com colunas que sustentam o teto. Os templos egípcios eram construídos
nesse estilo com tetos compostos por vigas de pedra inteira que cobriam as
salas. Os vãos que surgem entre as colunas são chamados de naves.
As arquitraves em cima dessas colunas são estimadas a pesar
70 toneladas. Estas arquitraves podem ter sido levantadas a estas alturas, usando
alavancas.
Este seria um processo
extremamente demorado e também exigiria grande equilíbrio para chegar a tais
grandes alturas. Uma teoria alternativa comum a respeito de como elas foram
transferidas é que grandes rampas tenham sido construídas com areia, lama,
tijolo ou pedra e as grandes pedras foram então rebocadas para cima das rampas.
Se pedras foram usadas como rampas, eles teriam precisado de muito menos
material. Para chegar ao topo das rampas, presumivelmente teriam empregado ora
faixas de madeira ora pedras para rebocar os megalitos.
O fato é que os templos aí estão, como se pode ver nas
imagens abaixo:
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