Morre o filósofo francês André Glucksmann
Ele tinha 78 anos; morte foi anunciada por seu filho, Raphaël.
'Meu primeiro e melhor amigo não está mais', afirmou.
O filósofo francês André Glucksmann em foto de 2012 (Foto: JACQUES DEMARTHON/AFP)
O filósofo francês André Glucksmann morreu na segunda-feira (9) à noite
aos 78 anos, anunciou seu filho, Raphaël Glucksmann, em sua página no
Facebook.
"Meu primeiro e melhor amigo não está mais. Tive a sorte incrível de conhecer, rir, debater, viajar, brincar, fazer tudo e não fazer nada com um homem tão bom e tão genial. Meu pai morreu durante a noite", escreveu Raphaël Glucksmann em homenagem a André Glucksmann.
O filósofo, em um primeiro momento maoísta, rompeu de maneira espetacular com o marxismo em 1975 ao publicar "La cuisinière et le mangeur d'homme" (A cozinheira e o devorador de homens).
Ele integrou o grupo que passou a ser chamado de "os novos filósofos", ao lado de Bernard-Henri Lévy.
No fim dos anos 1970, conseguiu reunir o intelectual de esquerda Jean-Paul Sartre e o liberal Raymond Aron em uma campanha a favor das pessoas conhecidas como "boat people", que fugiam do Vietnã comunista.
A partir de então passou a criticar o totalitarismo. Em 1999 apoiou a intervenção da Otan contra a Sérvia, durante a guerra do Kosovo.
O filósofo, nascido em 1937, sempre se declarou de esquerda, mas não hesitou em apoiar o conservador Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2007.
No livro "Une rage d'enfant" (2006), contou que sempre ficou indignado com as "misérias do mundo".
"É um verdadeiro espírito crítico e, ao mesmo tempo, uma consciência que desaparece", disse o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron.
"Ele era parte dos filósofos corajosos que se comprometeram com a vida política, com este combate, e que levaram sua luz muito cedo", completou.
"Meu primeiro e melhor amigo não está mais. Tive a sorte incrível de conhecer, rir, debater, viajar, brincar, fazer tudo e não fazer nada com um homem tão bom e tão genial. Meu pai morreu durante a noite", escreveu Raphaël Glucksmann em homenagem a André Glucksmann.
O filósofo, em um primeiro momento maoísta, rompeu de maneira espetacular com o marxismo em 1975 ao publicar "La cuisinière et le mangeur d'homme" (A cozinheira e o devorador de homens).
Ele integrou o grupo que passou a ser chamado de "os novos filósofos", ao lado de Bernard-Henri Lévy.
No fim dos anos 1970, conseguiu reunir o intelectual de esquerda Jean-Paul Sartre e o liberal Raymond Aron em uma campanha a favor das pessoas conhecidas como "boat people", que fugiam do Vietnã comunista.
A partir de então passou a criticar o totalitarismo. Em 1999 apoiou a intervenção da Otan contra a Sérvia, durante a guerra do Kosovo.
O filósofo, nascido em 1937, sempre se declarou de esquerda, mas não hesitou em apoiar o conservador Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2007.
No livro "Une rage d'enfant" (2006), contou que sempre ficou indignado com as "misérias do mundo".
"É um verdadeiro espírito crítico e, ao mesmo tempo, uma consciência que desaparece", disse o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron.
"Ele era parte dos filósofos corajosos que se comprometeram com a vida política, com este combate, e que levaram sua luz muito cedo", completou.
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