Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Nos Museus Capitolinos - Roma |
Em Sai Baba, a biografia é semelhante à de tantos
outros monges indianos pelos tempos afora. Nasceu na Índia em 1926 e morreu em
2011. O que encanta é sua filosofia e seu projeto para a existência humana.
Sua grande contribuição para o mundo moderno é o
estímulo à meditação. Vivemos em um momento histórico marcado pelos apelos ao
mundo visual e à distração. A cada momento, em cada lugar encontramos novidades
encantadoras que nos conduzem à dispersão e, assim, tornamo-nos errantes. Do espírito dispersivo não nascem, nem as ciências, nem as filosofias e muito menos a espiritualização.
Nesse momento, o místico indiano nos
convida à meditação. Isso, independentemente de religião, filosofia ou até mesmo de
uma postura ateísta. Ocorre que fanáticos religiosos acreditam que a meditação
que eles fazem é a única e correta. O caminho que o sábio faz pelo mundo interior
é individual. Cada um descobre o seu. Cada indivíduo tem uma história, uma
carga genética e uma formação e disso vai depender sua caminhada.
Não se exigem conhecimentos profundos de qualquer
filosofia ou ciência, nem cursos preparatórios. Não há limites de idade, sexo ou conhecimento.
Dhyana (a contemplação, a meditação) pode ser praticada por todos: pelos jovens, pelos adultos, pelos incultos e sábios, pelos sadios e pelos doentes. Não é possível ensinar
ninguém a meditar.
À pergunta que se faz geralmente sobre a
quantidade de tempo que se deve empregar para a meditação, Sai Baba responde
que não há uma medida. Pode ser até muito pouco tempo exclusivo para isso, mas
a continuidade do dia deve ser uma continuidade do ato meditativo. É como o
sol, cuja energia permanece em nós, mesmo quando ele não está mais presente.
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