Noite de luar |
Sabe-se que Gemini ou Gêmeos é uma das constelações do
zodíaco, localizada na porção Norte do planisfério celeste, por onde passa a
linha da eclíptica (o caminho anual percorrido pelo Sol), que neste momento, marca
o solstício de verão no hemisfério Norte e o solstício de inverno no hemisfério
sul, correspondendo, de fato, em grande parte, com o signo de Câncer.
Neste momento, no intervalo temporal que separa julho de
2014 e junho de 2015, o planeta Júpiter pode ser visto, passando por esta
constelação. Muitas mitologias trazem os gêmeos, figuras intrigantes de muitas
culturas, desde tempos remotos, a partir dos indianos e dos gregos de eras
muito antigas.
Gemini |
Observando a constelação de Gemini, destacam-se seus dois
astros mais brilhantes: Castor e Pólux, os Dióscuros da mitologia grega. Eram os
dois filhos homens de Leda, a encantadora rainha de Esparta, esposa de Tíndaro.
Ocorre que a fiel esposa do rei de Esparta, ao banhar-se no
lago de defronte o palácio, encontra um cisne mais alvo do que qualquer outro
que jamais vira igual, que nada ao seu encontro. Inocentemente, acolhe-o nos
braços e toma-o em seu colo, sentada às margens do lago.
Inadvertidamente, acolhera ao colo o próprio Zeus, que
tomado de paixão pela deslumbrante rainha, metamorfoseara-se na ave aquática
símbolo da sofisticação dos palácios gregos, e fecundara a jovem de um filho
divino. Nessa mesma noite, Tíndaro conhecera sua mulher, gerando um filho
humano. Nasceram, assim, o divino Pólux e o humano Castor, irmãos distintos e
amigos inseparáveis.
Segundo narram os mitólogos, Leda gerou dois ovos.
Deles nasceram dois casais. Do ovo divino, nasceram Pólux e Helena, do terreno,
Castor e Clitemnedtra.
Neste momento (no intervalo temporal que separa julho de 2014 e junho de 2015) o planeta Júpiter pode ser visto passando por esta constelação. Muitas mitologias trazem os gêmeos, figuras que desde tempos remotos intrigam a todas as culturas.
Neste momento (no intervalo temporal que separa julho de 2014 e junho de 2015) o planeta Júpiter pode ser visto passando por esta constelação. Muitas mitologias trazem os gêmeos, figuras que desde tempos remotos intrigam a todas as culturas.
Na cultura indiana, também aparece uma narrativa mitológica
de gêmeos, porém, são irmãos de sexos diferentes. O masculino recebeu o nome de
chama Yama e a menina passou a chamar-se Yami. Em sânscrito, idioma em que
foram escritos os livros sagrados da Índia, Yama significa gêmeo.
Como Yama foi o primeiro homem a morrer, pelo seu
pioneirismo, tornou-se o regente dos mortos. Yama e Yami, na mitologia grega, corresponderiam
mais propriamente a Hades e Perséfone, embora estes deuses gregos não sejam
sequer irmãos.
Também os mitos da América Central, mitologia Asteca e Maia,
possuem seus gêmeos. Hun Hunahpu e seu
irmão (não gêmeo) Vucub Hunahpu desentenderam-se com as divindades por
causa de um jogo de bola muito comum nessas regiões, nos tempos anteriores à
invasão dos europeus. Por essa razão foram mortos pelos deuses.
Porém, ao morrer, Hun Hunahpu deixou uma semente fecundada
da qual nasceriam os irmãos gêmeos, heróis da mitologia centro-americana,
conhecidos como Hunahpu e Ixbalanqué. Esses gêmeos teriam descido à morada dos
mortos e conseguido dos deuses, após derrota-los no jogo de bola, o compromisso
de que não mais prejudicariam os humanos.
Voltando à mitologia grega, os mitólogos afirmam que, posteriormente,
Castor e Pólux com as irmãs Foebe e Hilaeira, filhas de Leucipo. Porém, elas
tinham outros gêmeos pretendentes, Idas e Linceu que desafiaram os Dióscuros
para a luta. Pólux matou Linceu, enquanto Castor foi morto por Idas.
Pólux, imortal, não poderia seguir o irmão ao Hades, morada
dos mortos. Por essa razão, inconsolável, chorava sobre o cadáver do irmão.
Zeus, comovido com a dor do filho, concedeu a Castor a imortalidade e os dois
irmãos passaram a viver alternadamente, no Olimpo como deuses, e no Hades como
humanos mortos. Há também a versão, segundo a qual Zeus os teria colocado como
estrelas na constelação de Gemini.
Eles também teriam acompanhado Jasão, junto com os
argonautas, na conquista do velocino de ouro. Também teriam combatido os
piratas das costas e das ilhas gregas, o que teria originado a tradição de
serem os Dióscuros venerados na Grécia como protetores dos marinheiros e da
hospitalidade. Havia também uma crença segundo a qual eles apareciam nas
cidades para fiscalizar o tratamento dado aos forasteiros.
Sendo Mercúrio um astro que tem domicílio em dois signos:
Gemini e Virgo, estes são signos intelectuais e comunicativos, principalmente
comunicativos. Em ambos, Mercúrio tem profunda influência.
Na casa de Gemini, Mercúrio tem tríplice atuação: confere, ao
geminiano, fluência no uso da palavra; dá-lhe agilidade no raciocínio para
estabelecer relação entre diferentes temáticas; e permite-lhe lidar com
objetividade de assuntos desconhecidos e temas do intelecto. Muitos, entre os
geminianos, são dotados de QI altíssimo, dada a sutileza inata e a rapidez de
entendimento.
Gêmeos, o primeiro signo da trilogia do Ar, possui a
inteligência das palavras, dos significados, da comunicação. É dele o dom de
falar para o outro da maneira mais compreensível possível, explorando a
linguagem em todas as suas formas: gestual, escrita e falada.
Os geminianos têm a clareza de saber perguntar, buscar
informações, colocar em palavras aquilo que para muitos só pode ser
sentido, tocado ou imaginado.
A consciência em Gêmeos possui a inigualável capacidade de
ver as coisas com sensibilidade e abordar um assunto sobre vários ângulos,
sabendo que nenhum deles é definitivo. Além disto, tem ainda o dom de sugerir
ideias e tirar as pessoas da prisão de uma situação ou um ponto de vista.
A inteligência geminiana privilegia a versatilidade e dá às
pessoas que nasceram sob este signo a convicção de saber que podem fazer várias
coisas ao mesmo tempo, por mais diversificadas que possam parecer.
O signo marcado pelo Sol em Gemini proporciona a facilidade de
lidar com a duplicidade. Para os geminianos, é possível duplicar a si mesmo e
também as experiências vividas, sem que com isto haja qualquer confusão. Para
Gemini, tudo se movimenta, como no ar. Para que esta mobilidade seja possível,
a consciência geminiana sabe que é preciso ter leveza, disponibilidade.
É inútil ao geminiano estar densamente envolvido em uma
ideia, já que isto impediria a leveza necessária para estar voando, circulando
e captando o que acontece ao redor. O geminiano prefere estar em todas as estações.
A inteligência que nele brilha favorece a arte do movimento, a mente nunca se
torna estática, uma ideia nova sempre surge, uma ação é desencadeada, um novo
caminho se abre. O dom da ramificação e das múltiplas conexões é uma das
maiores luzes que norteiam as pessoas que nasceram com o Sol em Gêmeos.
É necessária ao geminiano a consciência de sua multiplicidade
de interesses e a vigilância constante para que evitar a instabilidade. Deve
ter cuidado para não perturbar os mais lentos de raciocínio, o que não
significa que sejam nem menos profundos, nem menos capazes, com a rapidez com
que explana e percorre seu curso racional, para não ser interpretado como
leviano ou superficial.
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