Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Vaticano |
Em todos os
tempos, houve os pregoeiros da catástrofe e do fim do mundo. Hoje, não é diferente. Com a presença
de um novo Papa, não pelo fato de ser novo, mas pela simples razão de originar-se
de uma região de menos projeção nos parâmetros de relevância do mundo
contemporâneo, voltam especulações dessa natureza.
Contribui
para essas previsões a existência de poderosos conflitos de interesses
políticos, com mudanças dos centros de poder, enfraquecimento de algumas
lideranças e surgimento ou ressurgimento de novos polos de comando mundial. Aliam-se a isso
as secretas e insondáveis criações da ciência, que põem nas mãos dos dirigentes
das nações armamentos de poder destrutivo incalculável.
Oscar Brisolara - frade - aos 18 anos |
Some-se a
essa situação a realidade ambiental que manifesta mudanças alarmantes no que
diz respeito às catástrofes climáticas e às graves mutações biológicas
resultantes do emprego descontrolado de elementos químicos e biológicos, cujos
efeitos apenas começamos a perceber nos seres vivos e na natureza. Tudo isso
produz o ambiente propício para a acolhida de previsões catastróficas de todas
as naturezas.
Pois, nesse
contexto, retornam as velhas profecias de um passado distante, que sempre
povoaram o imaginário popular. Primeiramente, as profecias de são Malaquias,
bispo irlandês do século XII e monge de Pádua. Em 1139, numa visão, teria
recebido uma lista de frases em latim, que caracterizariam cada um dos papas
que se seguiriam.
São Malaquias |
Vejam-se algumas
especulações sobre papas recentes em relação às profecias de são Malaquias. O
Papa João XXIII, de número 107 na contagem após são Malaquias, era descrito
pela frase latina: Pastor et nauta. (Pastor e marinheiro.) A interpretação que
se faz da frase é que esse pontífice fora, em 1958, Patriarca de Veneza, cidade
marítima.
Pelas mesmas
profecias, João Paulo II, o Papa de número 110, seria descrito como: De labore
solis. (Sobre o trabalho do so, ou sejam, as eclipses.) Ora, esse papa nasceu durante uma eclipse
solar e foi sepultado em outra.
Já Bento XVI,
o Papa de número 111, é descrito por são Malaquias com a seguinte frase latina:
De gloria olivae. (Sobre a
glória das oliveiras.) O nome Bento remete à ordem beneditina, que usava como
símbolo um ramo de oliveira.
Por fim,
sobre o Papa Francisco, o Papa de número 112, o último da lista de Malaquias, o
profeta irlandês afirma: “Na perseguição final à sagrada Igreja Romana, reinará
Pedro Romano, que alimentará seu rebanho entre muitas turbulências, sendo que
então, a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o formidável juiz
julgará seu povo.”
O Papa não é
Pedro, nem escolheu o nome de Pedro II, conforme a profecia. Porém, explicam os
intérpretes: São Francisco, santo em homenagem do qual o Papa escolheu seu nome, chamava-se Giovanni di Pietro
di Bernardone. São Francisco era
romano, pois pertencia ao Sacro Império Romano Germânico, a que estava
circunscrita toda a Itália em seua época.
Nostradamus |
Depois, vêm
as revelações de Nostradamus, médico e mestre da alquimia francesa do século
XVI. Afirmou ele: “Um rei negro no trono do Vaticano será o último antes do
Apocalipse. A princípio, haverá doenças letais como advertência. Depois,
surgirão as pragas, morrerão muitos animais, catástrofes acontecerão, mudanças
climáticas e, finalmente, começarão as guerras e invasões do rei negro.”
Francisco, o
112º dos papas, será o último, segundo são Malaquias. Veja-se sua relação com o rei
negro. Ele é da Ordem dos Jesuítas (IHS - Iesus Hominum Salvator – Jesus Salvador
dos Homens). O chefe vitalício da Ordem Jesuítica é conhecido como Papa Negro,
devido a sua batina negra e mais do que isso, em função de uma velha crença de
que o Geral dos Jesuítas teria um secreto poder sobre o papado e sobre a \igreja
em geral, estando por trás de toda a política universal católica e teriam a seu encargo
a Ordem dos Cavaleiros de Malta, sociedade secreta, sob cujo encargo estariam
secretas ações pelo mundo todo, muitas vezes de natureza escusa e até mesmo criminosa.
Estaríamos nós às vésperas do Juízo Final tão bem representado por Michelangelo na Capela Sistina, do Vaticano, onde, por sinal, são escolhidos e eleitos os papas?
Roma - Capela Sistina - Juízo Final |
Contribuem
para estas profecias as palavras do próprio Papa atual ao saber de sua escolha para o
pontificado: “Os meus irmãos cardeais foram quase ao fim do mundo para me
encontrar.” E são Malaquias, ao falar do último pontífice, afirma: “O último Papa
chegará de uma terra distante para encontrar tribulação e morte.” É preciso
recordar que as profecias de são Malaquias foram escritas em 1139, mas somente
foram publicadas por um monge de Pádua que as encontrou séculos mais tarde,
tendo sido difundidas a partir de uma edição de 1527, quando a América do Sul,
terra do Papa Francisco, estava apenas sendo descoberta pelos europeus.
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