A Farsa do Estado Islâmico e o conflito no Oriente Médio
EUA apoia e financia o terrorismo, Rússia apoia a Síria contra o “grupo terrorista” EI-Estado Islâmico
A PressTV questionou Michel Chossudovsky, do Centro de Estudos sobre a Globalização, para falar acerca da decisão da Rússia em abastecer Damasco com provisões militares, apoio aéreo e humanitário. os Estados Unidos sempre fizeram uso da estratégia da cooptação no que toca aos seus alegados aliados e, em alguns casos, aos seus Estados fiduciários para que desempenhem o trabalho sujo nos teatros de guerra e contam agora com o apoio da Arábia Saudita, Turquia, Qatar; contam também com os seus aliados (OTAN) europeus e com o Canadá.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Washington apoia e financia o terrorismo, Rússia apoia a Síria contra o “grupo terrorista” EI-Estado Islâmico, criado pela CIA para derrubar o governo sírio
PressTV
– A Rússia fez um apelo ao mundo para que se unisse e auxiliasse o
governo sírio no combate contra os terroristas do EI, apelo este que
parece ter caído em ouvidos surdos pelo menos em Washington. Em vez
disso, temos o presidente dos EUA a afirmar que a estratégia de Moscou
na Síria está destinada a falhar. Colocam-se aqui duas questões:
primeiro, a que estratégia russa tanto se opõe o Ocidente, OTAN-EUA? E
segundo: porque se preocupa tanto o Ocidente com aquilo que poderá ser
uma escalada da presença russa na Síria e ORIENTE MÉDIO?
Chossudovsky: Antes de mais nada há que se distinguir:
– Por um
lado entre os atos de agressão por parte dos EUA contra um Estado (a
Síria) soberano ao abrigo de um “mandato humanitário” ou “de ir atrás”
do EI, quando na realidade sabemos – e encontra-se amplamente
documentado – que o EI é apoiado e financiado pelos Estados Unidos e
pelos seus aliados;
– Por
outro lado, aquilo que podemos descrever como sendo uma cooperação
militar bilateral entre dois Estados soberanos, nomeadamente a Síria e a
Federação da Rússia. Isso é algo que já vem ocorrendo há muitos anos
entre os dois países.
A Rússia tem uma base naval no Mediterrâneo (em Tartus,
na Síria) e providenciou à Síria o seu sistema de defesa aérea, o
sistema de mísseis S-300, e tem colaborado noutras áreas focando
principalmente treinamento, sistemas de armas e por aí fora. Não creio
que isso implique seja de que modo for o destacamento de tropas no
terreno. Isso não irá acontecer. E não constitui qualquer novidade; tal
faz parte da longa relação já existente entre estes dois governos.
No que diz
respeito a Obama, trata-se de uma afirmação um tanto ou quando
diabólica. Desde Setembro do ano passado – e celebramos agora o primeiro
aniversário dos “bombardeamentos humanitários dos EUA contra o Iraque e
a Síria” – que houve 53.000 incursões aéreas (de acordo com os dados
oficiais) das quais só 6.700 foram “incursões de ataque”.
Eu
suspeitaria que a maior parte dessas 53.000 incursões aérea na Síria
pela coalizão na realidade tiveram o objetivo de entregar armas e
mantimentos ao EI, a infantaria da aliança militar ocidental que combate
as forças do governo sírio.
PressTV
– Quão suspeito lhe parece o aumento do número de países que,
subitamente, se demonstram ansiosos para se unirem aos ataques aéreos
dos EUA em solo sírio?
Chossudovsky:
Já sabemos que os Estados Unidos sempre fizeram uso da estratégia da
cooptação no que toca aos seus alegados aliados e, em alguns casos, aos
seus Estados fiduciários para que desempenhem o trabalho sujo nos
teatros de guerra e contam agora com o apoio da Arábia Saudita, Qatar;
contam também com os seus aliados europeus e com o Canadá.
Creio que os líderes desses países, as ditas democracias ocidentais, têm que levantar esta questão: quem é que estamos apoiando?
Estão apoiando os terroristas, é claro e óbvio. As incursões de ataques aéreos dirigidas contra a Síria não têm por alvo o EI. O EI é um instrumento do governo dos EUA, é uma entidade associada à al-Qaeda.
Abaixo encontra-se a transcrição dessa entrevista.
Costumavam
utilizar o nome de al-Qaeda no Iraque e há muito que são uma tradição
dos serviços secretos dos Estados Unidos. Os serviços secretos dos EUA
apoiam os “jihadistas” e as organizações associadas à al-Qaeda. Muitos
dos [membros do] EI são na realidade ex-membros do Grupo de Combate
Islâmico da Líbia (GCIL), mercenários profissionais que se juntaram agora ao EI e – como bem recordamos – esses mercenários também foram apoiados pelos Estados Unidos e pela OTAN.
Tradução : http://www.geopol.com.pt – Copyright © Prof Michel Chossudovsky, presstv.ir, 2015A aviação russa destruiu um quartel-general do Estado Islâmico perto da cidade de Palmira, eliminando até 40 terroristas.
Segundo
uma fonte militar síria contatada pela Sputnik, o centro de comando
destruído estava situado a 28 km de Palmira, na cidade de as-Sukhnah.
“O bombardeio preciso foi levado a cabo nas cercanias de as-Sukhnah. Um centro de comando do grupo terrorista (mercenários patrocinados pela aliança EUA-OTAN) EI-Estado Islâmico foi destruído, junto com várias vans e veículos blindados estacionados. Cerca de 35-40 militantes foram mortos”, disse a fonte.
A cidade
de Palmira possui uma história de dois mil anos e é reconhecida pela
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) como Patrimônio Mundial da Humanidade.
A Rússia
enviou um regimento da sua Força Aérea à Síria em 30 de setembro, após o
parlamento russo aprovar o projeto presidencial de enviar ajuda militar
russa à Síria. Tal decisão foi tomada pelas autoridades russas como a
resposta a um pedido oficial de Damasco, cujo direito de participar do
combate contra os terroristas que assolam o seu território não foi
reconhecido pelos EUA.
Os
especialistas norte americanos chamam os bombardeios Su-24 e aviões de
assalto Su-25 de “maiores trunfos” da operação aérea da Rússia na
Síria.
Em tais circunstâncias, os aviões
russos podem ter um papel decisivo. A conjugação entre a aviação russa, o
material bélico de origem russa ao serviço do exército sírio e a
própria infantaria síria em perspectiva podem “limpar” os enclaves de
terroristas e bloquear os jihadistas nas fronteiras turca e jordaniana.
Depois disso, os esforços podem ser concentrados no leste da Síria onde
os terroristas do Estado Islâmico, em zonas de deserto, serão alvos
ideais para ataques das Forças Aeroespaciais russas.
Mas como tem sido alcançado o sucesso
da aviação russa? Junto com bombas regulares, os aviões usam as assim
chamadas “bombas aéreas corrigidas” KAB-500 com orientação por laser e
satélite. Elas “não se importam” com as condições meteorológicas, se é
dia ou noite, e são guiadas pelo sistema de satélite russo Glonass.
Segundo disse um dos membros da equipe de manutenção na base aérea russa
na Síria numa entrevista ao jornal russo Komsomolskaya Pravda, a “bomba
tem tal precisão que pode, se for preciso, atingir o cabo de uma pá
colocada verticalmente”.
O sistema russo permite à aviação russa livrar-se da dependência dos EUA, ou seja, bombardear as posições dos terroristas independentemente do GPS. Isto é importante porque, como manifestou um dos altos comandantes das Forças Aeroespaciais da Rússia general-major Anatoly Nestechuk, a informação do GPS pode ser intencionalmente alterada. Segundo o general, a precisão do Glonass é hoje de 3-5 metros, o que já pode ser comparado com os índices do GPS.
O analista militar Aleksandr Bogatyrev sublinha que a Força Aérea russa usa também outros tipos de armas de alta precisão. Quando a mídia ocidental escreve que a tecnologia da aviação russa não será suficientemente moderna, “ou está fingindo ou não possui informação real”, o que não é de admirar, segundo o especialista, “porque os dados relativos a armas de alta precisão são um sigilo militar estatal”.
“Sem dúvida, temos suficientes armas desse tipo. Elas não cedem perante os modelos ocidentais. Há elementos que superam [os análogos ocidentais]. Além disso, eu sublinharia que a nossa operação na Síria não pode ser chamada de operação no sentido completo desta palavra. Ali operam, segundo dados oficiais, cerca de 50 aviões e helicópteros – é só um regimento! Concordem, é uma pequeníssima parte das nossas Forças Armadas se compararmos com os volumes que temos para o caso de uma guerra com adversários mais sérios”.
Os bombardeamentos são realizados à altitude de 5.000 metros, o que significa que os aviões ficam fora de alcance da maior parte de sistemas de defesa aérea portátil, como Igla, Strela e Stinger, explica Bogdanov:
Os alvos dos ataques são escolhidos com base nos dados de reconhecimento russo e sírio, inclusive através de reconhecimento aéreo. Segundo o Ministério da Defesa russo, o equipamento dos aviões russos permite atingir alvos do Estado Islâmico em todo o território sírio com “precisão absoluta”.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armados, e não contra facções da oposição política da Síria ou civis.
(n.t. Esta se tornando cada vez mais difícil para os manipuladores da aliança EUA-OTAN-ISRAEL a continuidade e a implantação de novos projetos, as pessoas em todo o planeta estão fartas de tanta hipocrisia, controle e manipulação e estão começando a perceber a “realidade”.)
Saiba MUITO mais em:
O sistema russo permite à aviação russa livrar-se da dependência dos EUA, ou seja, bombardear as posições dos terroristas independentemente do GPS. Isto é importante porque, como manifestou um dos altos comandantes das Forças Aeroespaciais da Rússia general-major Anatoly Nestechuk, a informação do GPS pode ser intencionalmente alterada. Segundo o general, a precisão do Glonass é hoje de 3-5 metros, o que já pode ser comparado com os índices do GPS.
O analista militar Aleksandr Bogatyrev sublinha que a Força Aérea russa usa também outros tipos de armas de alta precisão. Quando a mídia ocidental escreve que a tecnologia da aviação russa não será suficientemente moderna, “ou está fingindo ou não possui informação real”, o que não é de admirar, segundo o especialista, “porque os dados relativos a armas de alta precisão são um sigilo militar estatal”.
“Sem dúvida, temos suficientes armas desse tipo. Elas não cedem perante os modelos ocidentais. Há elementos que superam [os análogos ocidentais]. Além disso, eu sublinharia que a nossa operação na Síria não pode ser chamada de operação no sentido completo desta palavra. Ali operam, segundo dados oficiais, cerca de 50 aviões e helicópteros – é só um regimento! Concordem, é uma pequeníssima parte das nossas Forças Armadas se compararmos com os volumes que temos para o caso de uma guerra com adversários mais sérios”.
Os bombardeamentos são realizados à altitude de 5.000 metros, o que significa que os aviões ficam fora de alcance da maior parte de sistemas de defesa aérea portátil, como Igla, Strela e Stinger, explica Bogdanov:
“Os
sistemas de defesa aérea portátil são usados até altitudes de 3,5 mil
metros. Por isso, os nosso aviões são em princípio inacessíveis. Somente
se o EI tiver complexos mais sofisticados e sérios, numa base qualquer,
neste caso poderá haver ameaça. Mas a altitude máxima para os aviões
Su-34 é até 17 mil metros. E, para além disso, os pilotos russos operam
de maneira muito correta: os aviões levantam voo em direção ao mar,
ganham grande atitude sobre o mar para garantir que ninguém os atinge e
só em grande altitude entram no território controlado por terroristas.
Tudo como foram ensinados na academia”.
Vale lembrar que a Rússia iniciou sua
ofensiva aérea contra as posições do grupo terrorista Estado Islâmico na
Síria na quarta-feira (30) em resposta a um pedido oficial de ajuda
militar apresentado por Damasco.Segundo
os dados do Ministério da Defesa russo, os ataques lançados pelos caças
Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de infraestruturas do
Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comando e
apoio logístico dos militantes.Os alvos dos ataques são escolhidos com base nos dados de reconhecimento russo e sírio, inclusive através de reconhecimento aéreo. Segundo o Ministério da Defesa russo, o equipamento dos aviões russos permite atingir alvos do Estado Islâmico em todo o território sírio com “precisão absoluta”.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armados, e não contra facções da oposição política da Síria ou civis.
(n.t. Esta se tornando cada vez mais difícil para os manipuladores da aliança EUA-OTAN-ISRAEL a continuidade e a implantação de novos projetos, as pessoas em todo o planeta estão fartas de tanta hipocrisia, controle e manipulação e estão começando a perceber a “realidade”.)
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