Isaac Asimov é o mestre da ficção científica. Não se dedicou
apenas a esse tipo de literatura, mas este é o ramo em que se destacou.
Suas obras explicam a ciência historicamente.
De família de origem judaica, Isaac nasceu na Rússia entre
1919 e 1920, não há absoluta certeza da data por causa do calendário juliano adotado pela igreja ortodoxa russa de então. Quando ele tinha apenas três anos
de idade, sua família imigrou para os Estados unidos. A família Asimov
estabeleceu-se em Nova Iorque, onde o autor cresceu e viveu o restante de sua
existência.
Foi PhD em bioquímica. Ligou-se como professor à
Universidade de Boston, mas a literatura o absorveu pelo resto de seus dias.
Aliás, era um perfeito claustrófilo, amava estar em seu escritório escrevendo.
Tinha pavor de voar e, por isso, pouquíssimas vezes afastou-se de Nova Iorque.
Escreveu muitíssimas obras, mais de 500
livros. Porém, o que dele mais aprecio são as narrativas curtas. “Mãe Terra” é
uma narrativa encantadora pela projeção futura e pela possibilidade de ser. Ele
sempre tratou de mundos possíveis para a ciência.
Nesse conto, desenvolve o entrecho ficcional de futurologia em que, numa
época futura não muito distante, a terra teria colonizado cinquenta planetas, e
estes, depois de alguns séculos, teriam alcançado a própria independência. Com o tempo, os habitantes teriam
estabelecido cotas de imigração, e proibido a entrada de pessoas que não se
adequassem aos seus padrões de sanidade e raça. Até parece a realidade da migração dos dias de hoje.
A terra, por seu lado, já superpopulosa reage com o Projeto
Pacífico, criado pelo embaixador Linz Moreno e pelo fisiologista Gustav
Stein. Opondo-se a isto, o jornalista Ernest Keilin, da terra, e o político Ion
Moreanu, de Aurora, tentam denunciar a situação, porém, são presos. Como parte do
Projeto Pacífico, teria ocorrido uma cuidadosa e criteriosa manipulação
política, com o objetivo de isolar a Terra dos mundos espaciais.
Isaac Asimov |
Começa, neste conto, a mencionar o surgimento do que vai
chamar de Império Galático. Os terráqueos, no futuro, teriam conseguido colonizar
todos os mundos espaciais possíveis.
Alguns de seus livros são memoráveis e, por isso, farei
deles um pequeno comentário:
1.
“Os
Próprios Deuses”: É uma narrativa da descoberta de uma
revolucionária fonte de energia que promete uma nova era para a humanidade. Ela
não apenas facilita vida de toda a população do universo, permitindo que os
cientistas descubram formas de resolver os grandes problemas do mundo, mas também
propicia a descoberta da existência de um universo paralelo ao nosso.
2.
“Fundação”:
Consiste numa trilogia, considerada sua melhor obra. É considerada a melhor
obra de ficção científica já produzida, superior mesmo à obra de J.R.R., intitulada
“O Senhor dos Anéis” e outras similares. Isso não se deve apenas à combinação
perfeita de conflitos épicos e tramas profundas, sempre recheadas de mistério e
muita ação, mas também ao fabuloso trabalho de pesquisa e às referências
envolvidas em sua criação. Nessa obra, Asimov propõe a teoria da
psico-história, uma combinação de sociologia e matemática, através da qual os
cientistas, empregando fórmulas matemáticas, conseguiriam antecipar problemas
futuros e encontrar soluções para eles antes de ocorrerem.
3.
“O Robô
de Júpiter”: Um grupo secreto pesquisa a teoria da anti-gravidade num
dos satélites de Júpiter. Porém suas descobertas são roubadas por um grupo inimigo.
Uma nave, movida a energia antigravitacional, sai pelo universo com fugitivos do
conflito entre os dois grupos.
4.
“O Fim
da Eternidade”: Trata da história de Andrew Harlan, que é um Eterno
e pertence a uma organização que monitora e controla o Tempo. Ele nada mais é
do que um controlador do destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro. Tem
como função alterar o curso da história. Aprendeu a ser frio e insensível a
qualquer realidade alheia, por mais angustiante que seja.
5.
“O
Cérebro Humano” – é uma abordagem dos hemisférios cerebrais humanos cuja
complexidade distingue o homem de todas as demais espécies de seres vivos.
Esta pequena abordagem dá uma pálida ideia do trabalho
desenvolvido por Asimov em sua vasta produção literária de mais de 500 obras em
que a ficção científica tem absoluta primasia.
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