Quando
Júlio César foi assassinado em Roma, Otávio tinha apenas dezenove anos. Para
estabelecer seus laços de parentesco com o grande general e ditador Júlio César
é preciso lembrar que o jovem Caio Otávio era neto de Júlia, irmã do general
Júlio, portanto sobrinho neto do grande político romano.
A
mãe de Caio Otávio era Átia e seu pai Caio Otávio. Seu nome de nascimento era Gaius Octavianus Thurinus. Primeiramente,
comecemos pela sua mãe Átia (Atia Balba
Caesonia), filha de Marco Átio Balbo (Marcus
Atius Balbus) e Júlia Menor (Iulia Minor),
irmã mais nova de do grande Júlio César.
A
gens Iulia, segundo uma antiga
tradição, era descendente de Iulo (Iulus)
(Ascânio), filho Eneias, lendário herói troiano que teria sido o antepassado
divino de Rômulo. Eneias seria, segundo o mito, filho de Anquises e da deusa
Vênus. Assim, a mãe do imperador era conhecida em Roma como Átia dos Júlios (Atia Iulii).
O pai de Augusto,
Caio Otávio (Gaius Octavianus),
provinha de uma família da ordem equestre, portanto, embora rico, não era
patrício. A elite romana dividia-se em duas classes: os patrícios e os
cavaleiros. Pertenciam à classe dos patrícios, os descendentes dos presumíveis
fundadores da cidade (patres patriae,
pais da pátria).
Os
cavaleiros, da ordem equestre, eram ricos comerciantes, cujos antepassados se
caracterizavam por terem condições de aparelharem cavalos para a guerra. Muitos
deles eram de origem etrusca, dos Tarquínios (Tarquinii), que formaram a última família real na primeira
monarquia romana.
A
família dos Otávios (gens Octavii)
pertencia, portanto à ordem equestre, com a qual os patrícios dividiam o
direito de serem cônsules da República Romana. No último período da República,
esse direito foi estendido até mesmo à plebe.
Caio
Otávio era órfão de pai desde os quatro anos e foi criado pela avó Júlia Menor,
que era irmã de seu tio avô Júlio César. Quando Júlio foi assassinado, deixou-lhe
em testamento sua fortuna pessoal, bem como sua herança política, ou seja, os
cargos a que lhe fossem legados por direito de família. Em função disso, sua
situação equivalia a de um filho adotivo do tio, assumindo o nome de Caio Júlio
César Turino (Gaius Iulius Caesar
Thurinus).
O
cognome Turino (Thurinus) foi-lhe
dado por seu pai Gaius Octavianus,
após ter vencido uma batalha em Thurii,
cidade na baía de Tarento, no sul da Itália, em português Túrio. Foi a
sufocação de uma revolta de escravos. Os nomes próprios em Roma eram compostos de
três partes: o prenomen, que correspondia ao nosso nome; o nomen,
correspondendo ao nosso sobrenome; e o cognomen, correspondente aos nossos
apelidos. O prenomen era Gaius , o nomen era Octavianus e o cognomen era Thurinus.
O
senado, quando Octavianus assumiu o poder de imperador, atribui-lhe o título de
Augustus, que significa consagrado.
Depois dele, os imperadores romanos passaram também a usar esse título. Assim,
como imperador, seu nome passou a ser Caio Júlio César Augusto Otaviano (Gaius Iulius Caesar Augustus Octavianus).
GAIUS IULIUS CAESAR AUGUSTUS OCTAVIANUS
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