Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Em Meca, no dia seis de abril de 570 nascia aquele que teria
o papel de unificador de muitas tribos árabes. Meca situa-se no Oriente Médio,
isto é, no caminho entre a Europa e o Extremo Oriente. Essa região é berço de
muitos povos.
Nas proximidades da Arábia, encontra-se a Mesopotâmia, em
que, por milênios, desenvolveram-se culturas muito importantes. Não muito longe
está o Egito, cuja história e importância cultural dispensam comentários.
Próxima da Arábia estava a não menos importante Fenícia, que foi mestra das
navegações, encantou o mudo com as magníficas construções de Biblos, Sídon e
Tiro. Foi também nesse ponto geográfico que se originou o povo judeu e sua
multimilenar tradição religiosa.
Meca, cujo nome, segundo uma tradição significa Honrada,
situa-se na Península Arábica e aproximadamente 80 km do Mar Vermelho, a uma
altitude que se aproxima dos 300 m acima do nível do mar. Situa-se num corredor
entre montanhas. Como centro da cultura muçulmana, a cidade cresceu muito,
abrigando hoje em torno de um milhão e setecentos mil habitantes.
MESQUITA DE MECA |
Meca encerra em sua grande praça um signo sagrado, a Kaaba
ou Caaba. Essa construção cúbica situada no centro da mesquita de Meca
constitui-se no signo de união da religião muçulmana. Pois foi em Meca que, em
622, Maomé unificou o culto muçulmano e criou o espírito de unidade dos povos
árabes.
Porém, apenas dez anos após, em oito de junho de 632, o
líder falece. Por ocasião de sua morte, Maomé já havia unificado todas as
tribos da Arábia. Por não ter filhos homens, e não ter nomeado nenhum sucessor,
muitos julgavam que seu herdeiro político deveria ser seu genro e primo Ali Ibn
Abu Talib, porém, enquanto sua família providenciava as exéquias do líder,
alguns companheiros do profeta elegeram como novo califa Abu Bakr. Esse grupo
governante passou a designas-se de sunitas, nome derivado de “sonnat”, que
significa tradicionais.
Porém, um grupo considerável dos seguidores de Maomé
defendia a posição de que Ali (Ali Ibn Abu Talib), o genro, deveria ser o
sucessor de Maomé e passaram a chamar-se de “Shi’at-Ali” (seguidores de Ali),
de onde provém o termo xiita.
Surge nesse momento a primeira grande cisão do mundo árabe:
de um lado estavam aqueles que acreditavam dever a liderança político-religiosa
dos muçulmanos ser exercida por pessoas da família do profeta, sendo seu genro
Ali o legítimo sucessor e a sua corrente xiita deveria permanecer no poder; o
outro grupo, os seguidores de Abu Bakr eram contrários a essa posição.
Acreditavam que, como Maomé não havia nomeado sucessores, os muçulmanos seriam
livres para escolher seus governantes e, assim o fizeram, nomeando seu líder
Abu Bakr, como se viu acima, sucessor e herdeiro da função do profeta. Abu Bakr
foi sucedido por Omar. Este havia apoiado Abu Bakr como novo líder, pela
ocasião da morte de Maomé. Assim, antes de morrer Abu Bakr nomeou Omar como seu
sucessor. Após o assassinato do califa Omar, Otman (não se trata do mesmo Otman
do Império Otomano) foi eleito califa por uma comissão de seis membros em 644.
Porém, Otman enfrentou uma grande oposição dos xiitas, partidários de Ali, que o acusavam de nepotismo com a nomeação de muitíssimos
parentes para cargos administrativos, como também de esbanjamento do tesouro
público. Otman foi assassinado por uma multidão que cercava sua casa.
Seu assassinado originou a Primeira Fitna, ou seja, a
primeira Guerra Civil Islâmica (656-661). Com a morte de Otman, assume o
califado o primeiro mandatário xiita, o genro de Maomé, Ali, que de há muito tempo pretendia a
sucessão do sogro, mas que somente em 656 atingiu seu intento. Sua escolha foi
contestada pelo líder do Levante, Muawiya, originando a já citada guerra civil,
que se estendeu até o assassinato de Ali em 661.
Precisamos reconstituir fatos históricos concomitantes ao
surgimento do Império Árabe de Maomé como o desenvolvimento do poderoso Império
Bizantino, que sucedeu o Império Romano. Constantino, imperador romano, que não
pertencia a nenhuma família nobre do Roma, optou por transferir a sede do
Império Romano para Bizâncio, à beira do Bósforo, canal que conduz as águas do Mar
Negro ao Mar Mediterrâneo e separa a Europa da Ásia. O novo imperador trocou o
nome da capital de Bizâncio para Constantinopla.
Com a derrota de Roma para os povos do norte e o consequente
fim do Império Romano na Europa em 476 d. C. (século V), surgiu o Império
Bizantino, herdeiro do Império Romano do Oriente, criado por Constantino e seus
sucessores. O império Bizantino dominava o Egito e separava-se do incipiente
Império Árabe do século VII d. C. pelo Mar Vermelho e tinha mesmo fronteira com
os muçulmanos na antiga província da Síria.
MURALHAS DE CONSTANTINOPLA |
O Império Bizantino, embora reduzido gradativamente em seu
território, manteve-se até 1453, com a derrota para o Império Otomano. Nesse
período, enquanto o Império Bizantino encolhia, o Império Árabe foi-se expandindo tanto em direção ao Oriente
quanto no norte da África. Chegaram mesmo, no século VIII d. C. a invadir o sul
da Europa. O general muçulmano Jabal Tariq atravessou o estreito de
Gibraltar (aliás, concedeu-lhe seu nome) e somente foi contido na Cordilheira
dos Pireneus pelas tropas carolíngias dos francos.
Pela primeira vez depois da cristianização da Europa
acontecia a invasão no continente europeu por um povo não cristão e até muitas
vezes hostil ao cristianismo. Com a conquista do norte da África e da Península
Ibérica, afirmava-se em tom de chacota que o Mediterrâneo se tornara um lago
árabe. Os imperadores merovíngios os contiveram na grande cordilheira dos
Pireneus que separa a Espanha da França, mas não tiveram poderio militar
suficiente apara afastá-los completamente do continente europeu por setecentos
anos.
MESQUITA DE MADRI |
Desenvolveu-se, então, na Península Ibérica uma magnífica
civilização muçulmana com deslumbrantes mesquitas, avançados centros culturais,
responsáveis mesmo pela chegada até nós das principais obras de Aristóteles,
mantidas pelos famosos médicos Avicena e Averróis, que, aliados ao grande
antropólogo e químico sírio Al Farabi dedicaram-se ao estudo do pensamento
grego. Al Farabi, pela sua coleção de textos clássicos gregos, deu origem ao
termo alfarrábio, designativo de livro antigo.
Somente a duros custos e muito gradativamente os povos
ibéricos livraram-se do domínio árabe. Há as bravatas do herói Rodrigo de Bivar
e de sua amada Ximena, durante o século XI. De suas aventuras nas lutas entre cristãos
e mouros produziu-se La Canción de Mio
Cid datada de 1207, e chegou até nós
através do texto manuscrito do copista Pedro Abad, cujo original encontra-se
na Biblioteca Nacional da Espanha, um referencial para os cavaleiros da
idade média.
Séculos mais tarde surge o memorável livro intitulado Cantar del Mio Cid, do poeta Ramón Menéndez Pidal, em que se
evoca, já no século XX, a memória desse período heroico medieval.
Voltando aos fatos históricos, somente no final do século
XV, mais precisamente em 1492, acaba a presença oficial árabe na Península
Ibérica, em que Boabdil (Abu Abdil-lah), que reinava como Maomé XII, entrega
seu reino de Granada aos reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de
Castela, marcando o fim da presença de mais de setecentos anos de domínio árabe
em continente europeu. Basta visitar a Espanha e Portugal para se perceber essa
presença cultural por toda a parte, até mesmo nas feições e vestes de muitos
cidadãos.
Se, por um lado, houve essa duradoura invasão árabe no
continente europeu, por outro, houve também uma invasão europeia no Oriente
Médio. É preciso lembrar que, após a morte de Maomé no século VII, houve também
um grande avanço dos árabes sobre o Império Bizantino e sobre o Reino Sassânida
da Pérsia.
Do Império Bizantino, os árabes tomaram, primeiramente, o
vale do Jordão, conquistando a Palestina, incluindo Jerusalém, a Terra Santa
para os cristãos, a Síria e parte da Anatólia.
IMPÉRIO BIZANTINO |
Face às sucessivas dificuldades impostas pelos árabes aos
peregrinos cristãos aos lugares sagrados do cristianismo, ocorre, então, uma
forte reação europeia. Havia uma acentuada degradação do Império Bizantino. Com
a dominação dos turcos selêucidas sobre a Palestina, os cristãos europeus
sentiram uma ameaça de repressão sobre os peregrinos e sobre os cristãos do
Oriente.
Começou um movimento que recebeu o nome de cruzadas. Fala-se
em nove cruzadas, mas parece mais um movimento contínuo. Em 27 de janeiro de
1095, no concílio de Clermont, o papa Urbano II exortou os nobres franceses a
libertar a Terra Santa e a recuperar o domínio cristão sobre Jerusalém. Com a
aceitação popular, assim começaram as cruzadas.
Muitos reis participaram dessas expedições religiosas
e militares a um só tempo. Acontece que muitas delas fracassaram pelo fato de
juntarem guerreiros e populares, sem experiência militar ou, muitas vezes,
idosos e até mesmo crianças, evidentemente desaconselháveis às lides militares
e comprometedores dos resultados da operação, pois os soldados regulares, além
de enfrentar o inimigo, obrigavam-se a protegê-los, retardando a operação, pela
lentidão desses ineptos.
Contudo, em 1099, os cristãos tomam Jerusalém, liderados
pelo nobre militar francês Godofredo de Bulhão, que é nomeado primeiro rei de
Jerusalém, mas que prefere simplesmente o título de Advocatus Sancti Sepulchri (Defensor
do Santo Sepulcro). No ano seguinte, morre Godofredo e seu irmão é coroado como
Balduíno I de Jerusalém.
REINO LATINO DE JERUSALÉM |
Porém, com o passar dos anos, esse reino se deteriorou tanto
que seus governantes resolveram cometer a imprudência, poder-se-ia mesmo
afirmar que cometeram a loucura de desafiar Saladino, o poderoso sultão do
Egito e da Síria. Esse, para evitar a desonra, obrigou-se a atacar Jerusalém. O
exército cristão foi aniquilado pelo sultão, o qual, porém, mostrou-se generoso
para com os vencidos.
O papa Gregório VIII convocou os reis da Europa para a
tarefa de reconquistar Jerusalém. Os reis Filipe Augusto, da França; Frederico
Barbarroxa, do Sacro Império Romano Germânico; e Ricardo Coração de Leão, da
Inglaterra decidiram participar da Cruzada.
Frederico partiu embarcado pelo rio Danúbio e atingiu o Mar
Negro, porém, na Anatólia, seguindo a cavalo, ao atravessar o rio Sélef (hoje
Goksu), caiu do animal, e por causa do peso da armadura e da idade (68 anos),
morreu afogado. Suas tropas, então retornaram. Filipe da França, ao chegar ao
Oriente de navio, deixou suas tropas com Ricardo e retornou para a Europa.
Somente Ricardo enfrentou Saladino.
Antes de atacar diretamente as tropas de Saladino, Ricardo
venceu muitos outros generais menos importantes. Porém, tanto ele quanto
Saladino respeitavam-se muito em combates, era o chamado respeito
cavalheiresco. Ricardo reconquistou toda a costa palestina até Áscalon. Então,
Saladino e Ricardo propuseram mutuamente um acordo, embora jamais se tenham
encontrado pessoalmente. Trocaram presentes e acordaram manter as posições em
que estavam. Ricardo não havia reconquistado Jerusalém após três anos de lutas,
porém, Saladino, desejando a paz, enviou-lhe presentes a que ele retribuiu.
Ofereceu aos cristãos o direito de visitar Jerusalém e os lugares sagrados,
contanto que desarmados. Fechado o acordo, Ricardo retornou à Europa.
Durante as cruzadas, surgiu uma ordem especial de cavaleiros:
os Cavaleiros Templários. A nova instituição foi Conhecida como "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici" (Ordem dos Pobres
Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão), e tinha como lema este versículo
do Salmo 115, do rei Davi: "Non
nobis, Domine, non nobis, sed Nomini Tuo ad Gloriam" ("Não para
nós, Senhor, não para nós, mas para Glória de Teu Nome"). Foi criada em
1118 d. C., por Hugo de Payens, com o objetivo de apoiar o rei Balduíno II, então
mandatário do Reino de Jerusalém, logo após a primeira cruzada. Sua finalidade
era também proteger os peregrinos em sua viagem para Jerusalém.
CAVALEIROS TEMPLÁRIOS |
Assim, a ordem cresceu e tornou-se rica, pois funcionava também
como banco: o peregrino, para não correr o risco de ser roubado no caminho,
depositava o dinheiro da viagem junto aos templários na Europa e depois usava
dos serviços deles pela viagem, retirando pequenas quantias por onde passava e
mesmo na Terra Santa. Com essa função, aumentaram grandemente em número,
construíram uma rica sede no monte do antigo Templo de Jerusalém, acumularam,
assim, uma enorme fortuna, passando a diversificar suas funções, chegando mesmo
a financiar reis e papas.
No século XIV, estando o Rei Filipe IV, conhecido como o
Belo, completamente endividado com a Ordem, fez um acordo com o papa Clemente V
para extinguir a Ordem dos Cavaleiros Templários. Numa sexta-feira, 13 de
agosto de 1307, Filipe manda prender um grande número de cavaleiros por todo o
reino, incluindo o grão-mestre da Ordem Jacques de Molay, que é torturado para
revelar os segredos da instituição e o nome de todos os companheiros. Apesar de
barbaramente supliciado, Jacques protege os colegas e o tesouro da sagrada
ordem nada revelando. Jacques de Molay foi sentenciado à morte, e queimado vivo
em 18 de março de 1314, na Ile da La Cité, em Paris.
É preciso destacar que o papa Clemente V fora eleito com o
apoio do rei Felipe o Belo, os papas tinham sido transferidos de Roma para
Avignon, na França, e Clemente sofria grande influência da corte francesa. Há
uma lenda sobre a morte do grão-mestre De Molay: ao ser executado, haveria
negado a veracidade das acusações feitas contra ele e proferido uma sentença
contra o rei e contra o papa. Tanto o rei quanto o papa seriam chamados ao
julgamento divino dentro de um ano. Em poucos meses ambos morreram.
O papa Clemente V veio a falecer pouco mais de um mês depois
da morte do grão-mestre, mais precisamente em 20 de abril de 1314, em
decorrência de uma infecção que teve início no sistema intestinal e
generalizou-se pelo organismo todo. Felipe IV foi vítima de um acidente equestre
enquanto caçava, em torno de oito meses após a morte do mestre, embora fosse um
dos melhores e mais hábeis cavaleiros da Europa. Conta-se que, após a queda
enquanto perseguia um veado, teve um acidente vascular cerebral e morreu poucos
dias após em consequência disso.
As cruzadas terminaram no século XIII. Permanecia, então,
apenas uma pequena região da Palestina nas mãos dos cristãos conhecida como
Acre, uma pequena faixa entre Sídon e Acre. Porém, essas expedições influenciaram
as ordens de cavalaria na Europa durante séculos.
Se por um lado aprofundaram-se as hostilidades entre o
cristianismo e o islã, por outro, estimularam muitos contatos econômicos e
culturais por parte dos homens mais lúcidos de ambas as facções. Houve uma
grande troca cultural que foi útil para todos.
Por fim, completa-se este estudo, com uma explanação da história do grande
Império Otomano, desde sua origem ao declínio. Uma formação
político-territorial foi fundada no século XIII a partir de um pequeno
principado turcomano, tendo seu início na Anatólia, região do antigo Império
Grego, e em período posterior pertencente ao Império Bizantino, estendendo-se entre o
Mar Negro e o Mediterrâneo, porém, chegando a tornar-se uma das maiores organizações
políticas e econômicas da história. Formou um grande império, começando na
Europa, no vale do Rio Danúbio, dominando quase todo o Oriente Médio e estendendo-se
por todo o norte da África, reduzindo-se, por fim, à República da Turquia.
Esse império tem origem muito modesta. Os turcos migraram do
Reino Sassânida para as planícies da Anatólia no início do século XI. O
fundador dessa dinastia chama-se Otman ou Osman (1281-1324). Okhan, sucessor de
Otman, assume o título de sultão. Em meados do século XIV, os turcos já
dominavam toda a Anatólia.
IMPÉRIO OTOMANO |
A seguir, transpuseram o Bósforo e conquistaram a Trácia,
estabelecendo-se também em Constantinopla. Murad I prosseguiu o avanço turco
pelas regiões balcânicas, expandindo seus domínios até a Sérvia. Fez também uma
coalizão com os cristãos ortodoxos orientais. Esse acordo permitiu-lhe anexar a
seus domínios a Macedônia, a Albânia, a Sérvia, a Bósnia e quase toda a Grécia
continental e a maioria das ilhas gregas, como também grande parte da Bulgária.
Voltaram-se então os otomanos também para o Oriente,
conquistando a Mesopotâmia e posteriormente todo o Oriente Médio. Dominaram
também o Egito e todo o norte da África até a Argélia. No século XV, dominavam
a maior parte dos países mediterrâneos e todo o Oriente Médio, inclusive as
cidades sagradas do islamismo, Meca e Medina.
Culminaram, então, por impedir a passagem por seu território
das caravanas que comercializavam mercadorias importantes para a Europa,
provenientes do Oriente. Isso originou as grandes navegações de Espanha e
Portugal.
No início do século XX, começa o grande declínio do império
otomano com o sultão Abdul Hamid (1876-1909) que estabeleceu uma república
parlamentar. Acumulou uma enorme dívida pública com a França e a Inglaterra e
foi perdendo gradativamente o domínio de seu enorme império territorial. Obrigou-se
a retornar ao regime de sultanato.
A derrocada final começou com a aliança secreta da Turquia
Otomana com a Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Primeiramente, foram
derrotados pelos russos, aliados da França e da Inglaterra, que tomaram terras
turcas em sua fronteira.
Os britânicos exploraram habilmente as aspirações de
independência dos povos árabes e rechaçaram os turcos do Canal de Suez, depois
da Síria e do Iraque. Houve também uma ocupação franco-britânica da Grécia em
1919.
ISTAMBUL |
Por fim, também em 1919, o general Mustafá Kemal, conhecido
como Atatürk, começou um movimento de
independência turca contra o sultanato e, em 1923, proclamou a República Turca,
pondo fim ao multissecular Império Otomano, originando a República Turca contemporânea.
Essa é a saga dos diversos movimentos políticos e militares
que envolveram os povos árabes. Teríamos, para chegar à configuração das nações
árabes atuais, de analisar o complexo processo ocorrido após a Segunda Guerra
Mundial, em que aconteceram as últimas formações políticas do mundo
árabe-muçulmano. Aliás, como se pode observar na Síria e no Iraque, especialmente,
ainda estão por surgir novas nações e estados.
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