quarta-feira, 2 de abril de 2014

LITERATURA INGLESA - GRAHAM GREENE



Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
GRAHAN GREENE  
(1904-1991)
         O escritor britânico, falecido em 1991, reaparece na sena literária com a adaptação para o cinema de seu romance The and off the Affair, cujo título da tradução portuguesa é Fim de Caso.
         Nasceu em 1904, na Inglaterra. Era tímido, sensível, e preferia a leitura aos esportes. Seu pai, diretor da escola onde estudava, o atormentava por isso, o que fez com que tentasse várias vezes se suicidar. Aos quinze anos de idade, após abandonar a escola, foi mandado para um psiquiatra, em Londres, que o incentivou a escrever. Estudou história contemporânea no Balliol College e, depois, foi para a universidade.
         Lá conseguiu alguma experiência trabalhando como editor do Oxford Outlook e foi também onde passou a se interessar por política, depois de se filiar ao Partido Comunista, segundo ele mesmo, por diversão.
            The and off the Affair trata-se de um livro em que você faz descobertas novas a cada leitura. Lançado em 1951, há alguns anos foi transformado em filme. Segundo alguns apreciadores desse tipo de literatura, é um dos melhores romances do século XX.
         O livro é perpassado por um lirismo cético e melancólico, a fé ao mesmo tempo intensa e questionada em Deus, o humor doce e amargo. Maurice, o personagem central, é um escritor. Ele se apaixona por uma mulher casada, Sarah, e é correspondido. O detalhe é que Maurice era amigo do marido.
Como o título sugere, o livro trata do epílogo do romance. Sarah abandona Maurice e ele, atormentado de ciúme, desconfia que ela tenha optado por um novo amante. O que ele vai perceber só no fim é que esse novo amante chama-se Deus.
         Tendo cursado a tradicional Universidade de Oxford, na juventude, Greene foi comunista sem convicção. Adulto, converteu-se ao Catolicismo. Mas seu Catolicismo nada tinha de convencional. Numa de suas autobiografias, ele conta uma passagem que mostra sua personalidade incomum: num período de tédio, ainda moço, Greene fez roleta russa. Uma bala num tambor de revólver que comporta seis, a sorte lançada. Nada aconteceu. Fez outras quatro vezes, ao correr dos dias. Nada. Mas decidiu dar uma última oportunidade à bala, para que ficasse empatado o jogo: seis a seis. Nada. E então ele tocou a vida. E construiu uma pirâmide literária.
         Dedicou-se ao jornalismo. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi correspondente de guerra. Trabalhou para o governo inglês chefiando um escritório em Serra Leoa. Essa estada na África forneceu-lhe tema para diversos romances.
         Depois da publicação de "The Quiet American" (O americano tranquilo), o autor foi acusado de ser anti-americano. Sua vida pessoal também foi cheia de notoriedade: o sucesso financeiro depois da metade dos anos 60 permitiu que ele pudesse viver confortavelmente em Londres, Antibes e em Capri. Ele teve várias amantes e confessou ser "um péssimo marido" separou-se da mulher ainda em 1948, mas nunca se divorciou dela. Nos últimos anos de vida, viveu em Vevey, na Suiça, com Yvonne Cloetta.
PRINCIPAIS OBRAS: (Estes são alguns títulos que julguei importantes dentro da vastíssima obra do escritor inglês.)
O décimo homem
Expresso do Oriente
Fim de caso
O homem de muitos nomes
Nosso homem em Havana
O poder e a glória
O americano tranquilo
Reflexões
Um lobo solitário
O amante complacente
O coração da matéria
O galpão do jardim
O condenado
Os farsantes
O fator humano

Manual do espião

2 comentários:

  1. Ao lado de Graham Greene, Flannery O’Connor, Paul Claudel e Walker Percy, o francês Georges Bernanos figura entre os grandes escritores cristãos do século XX, ao ponto de o grande teólogo alemão Hans Urs von Balthasar ter-lhe dedicado um livro inteiro. Sua obra tem sido publicada no Brasil pela É Realizações Editora, e agora sua passagem pelo país é narrada ao público local. O estudo de Sébastien Lapaque “Sob o Sol do Exílio: Georges Bernanos no Brasil (1938-1945)” acaba de ser publicado, trazendo à luz a visita de Bernanos a várias cidade do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sua estadia no sítio Cruz das Almas, sua revolta contra a mediocridade dos intelectuais e a ascensão do totalitarismo, sua amizade com pensadores brasileiros e a visita que Stefan Zweig lhe fez à véspera de se suicidar.

    Matérias na Folha de S. Paulo a propósito do lançamento do livro: http://goo.gl/O8iFve e http://goo.gl/ymS4lL
    Para ler algumas páginas de “Sob o Sol do Exílio”: http://goo.gl/6hAEOM

    Confira também:
    Diálogos das Carmelitas: http://goo.gl/Yy3ir3
    Joana, Relapsa e Santa: http://goo.gl/CAzTTk
    Um Sonho Ruim: http://goo.gl/Kd091z
    Diário de um Pároco de Aldeia: http://goo.gl/ISErLc
    Sob o Sol de Satã: http://goo.gl/qo18Uu
    Nova História de Mouchette: http://goo.gl/BjXsgm

    ANDRÉ GOMES QUIRINO
    mkt1@erealizacoes.com.br
    (11) 5572-5363 (r. 230)

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  2. Obrigado pela sua contribuição ao meu modesto trabalho, meu caro André Quirino.

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