Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Em Berlim |
ESTA LENDA SEGUE SEU PRÓPRIO DESTINO (melhore a tradução)
pode ser que permaneçamos
onde estamos, de frente
para a mesa, nas
mãos a casca do pão de um dia anterior
não podemos preservar
nada: migalhas pisadas fixam-se
nos ladrilhos, esta
lenda segue seu próprio destino, falam-nos
assuntos sem
questionamentos, vindo de baixo algo esfria e não há
caminho de volta
a marcar, não viemos de lugar algum, nunca
estivemos noutro
lugar, pode ser que não se vá mais
embora daqui, os
olhos em curso dirigidos uns
sobre os outros,
que ninguém dê o primeiro
salto para a
janela, para a corrente de ar,
para o verde
vale.
Poeta e escritora alemã contemporânea,
nascida em 1979. Formou-se em
jornalismo e fez mestrado em estudos religiosos na França e na Índia. Também formou-se em literatura pelo Instituto Alemão de Literatura em Leipzig (Deutsches
Literaturinstitut Leipzig).
Na tradução
portuguesa, adicionei o título precedendo o poema. No original, a autora coloca
o título em negrito, no meio do poema. O título é apenas uma parte de um dos
versos, conforme está na transcrição abaixo. Além disso, todo o poema está grafado apenas em minúsculas. Sabe-se
que, na variante oficial do idioma alemão (Hochdeutsch), todos os substantivos
são grafados em maiúsculas, não apenas os nomes próprios. Segue o poema
original:
kann sein, dass
wir bleiben, wo wir sind gegenüber
am tisch, in den
händem die rinde vom brot eines vortags,
wir können nichts
für uns behalten: die krumen treten sich fest
auf den fliesen,
diese sage geht ihren eigenen pfad, es fehlt uns
an stoffen,
keine frage, von unten her kühlt etwas aus und es gibt
keinen rückweg
zu legen, wir kommen von nirgendwo her,
wir sind nie
woanders gewesen. kann sein, dass wir hier.
nicht mehr
weggehen werden, die augen im lauf
aufeinander
gerichtet, das keiner als erster
den satz tut zum
fenster, zur zugluft,
zum südlichen wald.
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