segunda-feira, 27 de abril de 2015

ALLAN KARDEC – O MAGO DOS ESPÍRITOS

Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Túmulo de Alan Kardec 
Cimetière Père-Lachaise - Paris
Nascido na França, nos primórdios do século XIX, mais precisamente em 1804, na cidade de Lyon. Seu nome de batismo era Hippolyte Léon Denizard Rivail, porém, adotou o pseudônimo de Allan Kardec. Por longos anos, dedicou-se ao magistério e aos estudos filosóficos.
Somente aos 50 anos iniciou seus estudos sobre os espíritos, suas influências na vida e no comportamento humano e suas manifestações. Porém, de profunda formação acadêmica, jamais permitiu que os estudos dos espíritos entrassem em contradição com o saber acadêmico e a ciência de modo geral.
No monumental cemitério Père-Lachaise, em Paris, está sepultado o eminete estudioso, num túmulo em formato de um dólmen. Esse campo santo é imenso. Ocupa 19ha, em torno de 19 quarteirões. No túmulo rústico há dfuas inscrições que resumem a crença espírita. A primeira afirma:  
TOUT EFFET A UNE CAUSE TOT EFFET INTELLINGENT A UNE CAUSE INTELLIGENTE. (Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente)
E a segunda inscrição diz: LA PUISSANCE DE LA CAUSE EST EN RAISON DE LA GRANDEUR DE L'EFFET. (O poder da causa está na razão da magnitude do efeito).
A tumba do mestre do espiritismo é a mais enfeitada e florida de todo o magnífico cemitério parisiense. Ocorrem fenômenos estranhos durante as visitas. Em nossa visita, havia um homem muito estranho, meio mendigo, que nos seguia sem falar e desapareceu quando nos afastamos da sepultura de Kardec.
Sua primeira obra na área do espiritismo vai surgir para o público na maturidade do autor, que contava com mais de 50 anos ao lançar o “Livro dos Espíritos”.
Ainda o Père-Lachaise

Trata-se de um conjunto de perguntas e respostas que, de certa forma, aproxima-se do método platônico de abordagens temáticas. A primeira versão tem 501 itens, porém, a segunda, escrita alguns anos após, tem 1019 perguntas. Esse livro está fundado em revelações psicografadas por um grupo de moças que assessorava o pensador espírita. Seu próprio pseudônimo foi-lhe revelado por um espírito conhecido como espírito familiar que afirmou conhecê-lo desde o tempo das Gálias, em que se chamava Allan Kardec.
Além desse livro, publicou diversos outros, todos eles versando sobre a doutrina e realidade dos espíritos. De acordo com Alexander Moreira Almeida: “Kardec foi um dos pioneiros a propor uma investigação científica, racional e baseada em fatos observáveis, das experiências espirituais. Desenvolveu todo um programa de investigação dessas experiências, ao qual deu o nome de Espiritismo.”
As principais obras publicadas por Kardec são: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Escreveu também uma série de obras complementares, algumas póstumas: A Prece segundo o Evangelho, Conselhos, reflexões e máximas de Allan Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, O Espiritismo em sua mais simples Expressão, O Principiante Espírita (parte da obra “O que é o Espiritismo”), O que é o Espiritismo e as obras Póstumas: Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, Revista Espírita (doze volumes anuais – 1858 a 1869) e Viagem Espírita.
Segundo Carlos afirma Imbassahy: “Saúde física, estima pública, paz em família, florescentes condições econômicas, dignidade social, satisfações e triunfos, nada do que nos ocupa e preocupa todos os dias e por que lutamos como por coisas sem as quais a vida seria um tormento, nada pode representar o valor que há em saber-se o que nos sucederá depois da morte.
Kardec no Père-Lachaise










Para mostrar o que há depois da morte é que manifestam-se os Espíritos, e entre eles manifestaram-se os pioneiros da Mensagem, que vieram trazer os seus ensinos a Allan Kardec. Esses ensinos, sob a garantia da prova, no fenômeno paranormal, explicam as dúvidas que pairam no espírito humano. Na parte filosófica ilumina-se o problema do ser, justifica-se a dor, companheira inseparável da criatura, e Deus nos aparece sob outro prisma, no verdadeiro esplendor dos seus atributos divinos.
Finalmente, trouxeram-nos eles a Moral que nos deve encaminhar, pelo Bem, à suprema felicidade.”


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