Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
A Ordem dos
Cavaleiros Templários, cujo nome oficial em língua latina é Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique
Salominici, também
conhecidos como Templários foi criada após a Primeira Cruzada, que terminou no
ano de 1096. O objetivo dessa instituição era proteger os cristãos que faziam peregrinações
à Terra Santa, onde Jesus Cristo havia vivido de modo especial à cidade de
Jerusalém.
Os Templários receberam uma área junto às
ruínas do antigo templo do rei Salomão para estabelecerem sua sede. Hugo de
Payens recebeu do Rei Balduíno II, em 1118, a permissão para a
fundação da Ordem depois e confirmada pelo Papa Inocêncio II, em 1139. Como havia muitos perigos para os peregrinos, os cavaleiros
deveriam cuidar da proteção deles. Além de ladrões e salteadores nos caminhos,
havia também a ameaça dos muçulmanos.
Os cristãos criaram o Reino de Jerusalém, com o reino de Balduíno II.
Representava um grande interesse dos reis da Europa manterem uma base na Terra
Santa, muito mais por razões políticas e econômicas do que por motivos religiosos.
Por outro lado, também aos reinos muçulmanos era importante a peregrinação dos
cristãos na região, especialmente pelo dinheiro que traziam e pelos empregos
que geravam em hospedagens e mesmo com a compra de souvenirs.
Como a viagem era muito longa e perigosa, os
Templários criaram uma rede de fortes pelo caminho para o abrigo dos viajantes.
Além do mais, criaram um sistema segurança para o dinheiro dos peregrinos.
Esses entregavam suas reservas aos templários e as iam
retirando aos poucos, em cada fortaleza, em quantidades para fazerem frente
apenas às despesas locais, evitando os perigos de roubos e assaltos.
Funcionavam, desse modo, os Templários, como uma rede bancária.
Esse processo foi rendendo à Ordem dos
Templários um grande lucro, pois, como estavam sempre com enormes quantias em
seus cofres, passaram a emprestá-los a reis e papas. Com o passar dos anos, dedicaram-se os
Templários a muitas outras atividades econômicas e educacionais, criando
escolas e mosteiros, de tal forma que tinham uma frota de navios para o
transporte dos peregrinos e uma enorme fortuna em ouro, moedas e propriedades.
No século XIV, o rei da França Filipe IV,
conhecido como Filipe, o Belo, devia uma fortuna fabulosa à Ordem. O mesmo ocorria com o papa regente nesse tempo, Clemente V. Por
isso, fizeram um acordo, Filipe e o Papa, para dissolver a Ordem e cassar-lhes
os direitos e expropriar-lhes a dívida bem como a fortuna.
A regra da ordem seguia uma divisa a seguir extraída
do Livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomini
tuo ad gloriam" (Slm. 115:1 - Vulgata Latina) que significa "Não
a nós, Senhor, não a nós, mas pela Glória de teu nome".
Jacques DeMolay |
O Grão-Mestre
da Ordem, nesse tempo, era Jacques DeMolay, que foi condenado à morte e
queimado vivo na Île de la
Cité , em Paris, em 18 de março de 1314, portanto, a exatamente 701 anos. Na
sua ira, DeMolay teria chamado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do
julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não
constar em relatos modernos da su a execução. Filipe o Belo e Clemente V
morreram ainda no ano de 1314.
Há uma tradição
que todo o tesouro da Ordem dos Cavaleiros Templários estava embarcado em uma
grande frota de navios fortemente protegidos por cavaleiros, cujo destino
ninguém jamais conheceu. Há muitos mitos sobre o paradeiro dos cavaleiros que
teriam fundado uma ordem secreta e se dissiminado por diversos países, vivendo
até o presente sem que ninguém os conheça. O rei Filipe e o Papa Clemente V
saquearam as propriedades conhecidas dos Cavaleiros e baniram a Ordem do mundo
cristão.
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