domingo, 27 de setembro de 2015

COSMOLOGIA GREGA – COMO UM GREGO ANTIGO CONCEBIA O UNIVERSO

Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
O homem comum, na Grécia antiga, tinha uma visão da terra como um disco. Havia estudiosos gregos que, como Demócrito de Abdera, que já no século V a. C., tinham uma visão do universo muito próxima da que temos hoje. Demócrito propôs até mesmo uma teoria atômica. Antes dele, Anaxímenes de Mileto, no século VI a. C., já propunha uma visão do universo com estrelas circulado ao redor da terra. Acreditava que “...os corpos celestes não se põem abaixo da Terra, como se dizia na mitologia. Ao invés disso eles fazem uma curva em um determinado ângulo como podemos ver pelo fato de as estrelas se moverem realizando círculos na parte norte do céu.”
Mas, o povo comum via o universo como vou apresentar aqui. Acreditavam que a terra fosse plana. As montanhas emergiam dessa esfera plana. Os astros estavam fixos no céu como lâmpadas.
Havia na terra camadas interiores como o Hades, que era a habitação dos mortos e governado por uma divindade, que também se chamava de Hades. Essa região era separada da terra dos viventes pelo rio sagrado, o Estiges. Um barqueiro, de nome Caronte, transportava os mortos para o Hades, logo após a morte. Daí se originou o costume de enterrar os mortos com uma moeda sob a língua para pagar o barqueiro.
Cosmologia segundo o homem comum

Mais abaixo de Hades estava o Tártaro, divindade e local, como o Hades. “Na Ilíada, de Homero, representa-se este mitológico Tártaro como prisão subterrânea ‘tão abaixo do Hades quanto a terra é do céu’. Segundo a mitologia, nele são aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros titãs, enquanto que os seres humanos, são lançados no submundo, chamado de Hades.” Isso já se havia visto acima.
O mar circundaria toda a terra. Rios sagrados cortavam o Hades. Segundo certa tradição, eram cinco. Porém, ao ler os mitos, aparecem seis. Os mais citados são o Estiges e o Aqueronte, divisores entre a morada dos vivos e a morada dos mortos, o Hades.
Cosmologia de Anaxímenes

Outro rio deste mundo subterrâneo é o Flegetonte, uma corrente de fogo, que segundo algumas narrativas situa-se no Tártaro. Outro rio da região dos mortos seria o Cócito, rio de gelo. Segundo a versão de Dante Alighieri na “Divina Comédia”, o Cócito seria um lago para onde seriam enviados os traidores, seria o lago das lamentações.
O Erídano também seria um dos rios da morada dos mortos. Por fim, havia nessa região o terrível rio Lete, quem bebesse ou mesmo tocasse em suas águas perderia completamente a memória. 
Outra imagem da cosmovisão grega

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