quarta-feira, 29 de novembro de 2017

TEREMOS PROVAS DE QUE HOUVE NO PASSADO CIVILIZAÇÕES AVANÇADÍSSIMAS?


Chip c/cerca de 200 milhões anos encontrado dentro de uma rocha


Posted by  on 29/11/2017
Descoberto um CHIP encrustado em uma rocha com cerca de 200 milhões de anos em Labinsk na Rússia
Há cerca de 200 milhões de anos uma civilização avançada habitou ou visitou a Terra. Não, não é o início do enredo de um filme de ficção, é apenas a realidade que vem sendo lentamente descoberta.
De fato, há alguns dias atrás, alguns cientistas russos, na região de Rostov, tornaram-se os protagonistas de uma incrível descoberta: uma rocha com um CHIP com cerca de 200 milhões de anos (alguns até falam em cerca de 450 milhões de anos).
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Descoberto um CHIP encrustado em uma rocha com cerca de 200 a 450 milhões de anos em Labinsk na Rússia


O que parece ser um chip alienígena foi descoberto em Labinsk, às margens do rio Hojo na região de Kuban, na Rússia, incorporado em uma pedra incomum. O chip é de natureza similar a um moderno e atual chip eletrônico e foi submetido à análise do Instituto de Pesquisa de Nanotecnologia e novos materiais da South Russian State Technical University da Rússia, que determinaram que o chip tem, aproximadamente, entre 200 até 450 milhões de anos de idade.

Os peritos confirmaram a presença de um chip desconhecido incrustado no interior da rocha que não pode ser associado com as invenções atuais da nossa civilização.

Segundo os cientistas russos, esta pedra indica que há cerca de 200 milhões de anos atrás, uma civilização desconhecida povoou ou visitou a nossa Terra; uma descoberta fantástica e espetacular.

Este pedaço de rocha contendo o CHIP foi descoberto por Victor Morozov, um pescador local em Labinsk, uma cidade russa na região de Krasnodar. Os peritos confirmaram a presença de um chip desconhecido incrustado no interior da rocha que não pode ser associado com as invenções atuais da nossa civilização.


Também na superfície da pedra foi encontrado um fragmento de uma tecnologia previamente desconhecidos para a ciência. Esta descoberta chocante confirma a teoria de que, mesmo naquela época, haveria uma civilização avançada na Terra, ou no mínimo, que visitou o nosso planeta. Falamos de uma civilização tão avançada e capaz de desenvolver alta tecnologia.

Descoberto um CHIP encrustado em uma rocha com cerca de 200 milhões de anos em Labinsk na Rússia



Cientistas anunciaram que num futuro próximo serão revelados mais detalhes sobre a existência dessa civilização. Tudo o que resta é esperar, mas por agora, deixamos nossa imaginação vagar, vamos aproveitar as surpresas que a vida tem para nos oferecer; seria mais uma prova de algo que está lá para todos verem, mas é difícil de aceitar e entender (n.t. para as mentes obtusas que aceitam o que o sistema lhes diz ser a verdade).

Mais uma parte da verdade pode estar começando a emergir à superfície, um quebra-cabeça que você monta as peças lentamente, até que o quadro, a imagem esteja completa.

Saiba mais, leitura adicional:

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sábado, 25 de novembro de 2017

ISRAEL - CEM ANOS







Cem anos da primeira pedra da fundação do moderno Estado de Israel
Posted by Thoth3126 on 03/11/2017


Cem anos da primeira pedra da fundação do moderno Estado de Israel. Israel evoca declaração de 1917 como embrião do Estado; palestinos, como o começo do seu retrocesso territorial na região. 

“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda”; Mateus 24-15
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Cem anos da primeira pedra da fundação do moderno Estado de Israel
Juan Carlos Sanz SANZ – Jerusalém – Fonte: https://brasil.elpais.com/

“Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás“. – Apocalipse 2:9

“Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo”. – Apocalipse 3:9

Uma carta datada de 2 de novembro de 1917 – um ano antes do fim da Primeira Guerra Mundial –, com uma só frase de 67 palavras, é recordada de maneira controversa no Oriente Médio. Em Israel, a declaração assinada por Arthur Balbour, secretário do Foreign Office (o ministério britânico das Relações Exteriores), em que expressava o apoio do seu Governo ao estabelecimento de “um lar nacional para o povo judeu” na Palestina, então uma província otomana, é considerada a pedra fundamental do Estado hebraico, fundado em 1948.

Arthur Balfour, autor de declaração: o quarto da direita para a esquerda AFP

Para os palestinos, que há 100 anos representavam 90% da população da região, a missiva de Londres marca na memória coletiva o início de um incomparável retrocesso territorial. Sua retirada desde a divisão aprovada pela ONU há 70 anos, que precedeu um conflito armado no qual 750.000 palestinos tiveram que deixar suas casas, se prolongou até nossos dias com a ocupação militar após a guerra de 1967.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorará o centenário da carta em Londres, junto com a primeira-ministra britânica, Theresa May. “A Declaração Balfour reconheceu a Terra de Israel [denominação bíblica da Palestina otomana] como o lar nacional do povo judeu e lançou as medidas para estabelecer o atual Estado de Israel (…), lhe conferiu impulso internacional”, afirmou o mandatário diante de seu Gabinete.

Já os dirigentes palestinos lideram na quinta-feira uma manifestação em Ramallah, sede administrativa da Autoridade Palestina, para fazer um apelo para que o Reino Unido peça perdão pela comunicação diplomática de 1917. O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, exigiu que Londres se desculpe pela “injustiça histórica” cometida há um século, na que ficou conhecida no mundo árabe como Promessa Balfour.

A carta enviada pelo então ministro de Relações Exteriores britânico ao lorde Walter Rothschild, destacado representante da comunidade judaica no Reino Unido, é interpretada sob a óptica atual pelas partes em disputa no conflito israelense-palestino. Mas uma aproximação histórica denota que, antes mesmo de tomar o controle territorial da Terra Santa, o Governo imperial de Londres precisava garantir para si o controle do Canal de Suez, a fim de manter a comunicação com suas colônias na Ásia.


Para isso ele buscou atrair o apoio dos judeus mediante a Declaração Balfour. Também cortejou o apoio dos árabes, como reflete a correspondência mantida pelo alto comissário no Egito, Henry McMahon, com o Sheik de Meca, Husein bin Ali, a quem o militar britânico prometeu a independência se apoiasse os aliados contra o Império Otomano. Como antecipação, despachou a seu serviço, na qualidade de assessor, o oficial de inteligência Thomas Edward Lawrence, mais conhecido como Lawrence da Arábia.

Num centenário que transcorre entre a lenda e a diplomacia de guerra, os palestinos não costumam fazer referência a uma cláusula de advertência incluída na própria Declaração Balfour:


“Entendendo-se que nada se fará que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas existentes na Palestina”.

O atual secretário do Foreign Office, Boris Johnson, encarregou-se de recordar que esta salvaguarda “não foi completamente executada” e a evoca agora ao defender a solução para os conflitos na região com dois Estados – o de Israel e o da Palestina – como saída para centenário conflito.

Apesar das declarações e promessas de 1917 – os curdos também receberam a oferta de um Estado próprio por sua contribuição à derrota turca, o que não foi cumprido após a guerra –, britânicos e franceses já haviam repartido um ano antes os despojos do inimigo no Oriente Médio, no chamado Acordo Sykes-Picot, que reservava à província da Palestina o status de território sob controle internacional. Em 1922, a Liga das Nações acabou outorgando um mandato ao Reino Unido para administrar com exclusividade o território da Terra Santa.

Neste mapa uma “diferente” visão do ORIENTE MÉDIO: O GRANDE ISRAEL: Em 04 de setembro de 2001 uma manifestação foi realizada em Jerusalém, para apoiar à ideia da implantação do Estado de Israel desde o RIO NILO (Egito) até o RIO EUFRATES (Iraque). Foi organizado pelo movimento Bhead Artzeinu (“Para a Pátria”), presidido pelo rabino e historiador Avraham Shmulevic de Hebron. De acordo com Shmulevic: “Nós não teremos paz enquanto todo o território da Terra de Israel não voltar sob o controle judaico …. Uma paz estável só virá depois, quando ISRAEL tomar a si todas as suas terras históricas, e, assim, controlar tanto desde o CANAL de SUEZ (EGITO) até o ESTREITO de ORMUZ (o IRÃ) … Devemos lembrar que os campos de petróleo iraquianos também estão localizadas na terra dos judeus”. UMA DECLARAÇÃO do ministro Yuval Steinitz, do Likud, que detém o extenso título de ministro da Inteligência, Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos de Israel hoje: “Estamos testemunhando o extermínio do antigo Oriente Médio. A ordem das coisas esta sendo completamente abalada. O antigo Oriente Médio está morto, e o novo Oriente Médio não está aqui ainda. Esta instabilidade extrema poderia durar mais um ano, ou até mais alguns anos, e nós não sabemos como a nova ordem do Oriente Médio vai se parecer à medida que emergir a partir do caos e derramamento de sangue e fumaça atual. É por isso que devemos continuar a agir com premeditação”. No mapa acima podemos ver as pretensões de judeus radicais(tão ou mais radicais quanto os fanáticos islâmicos).
Rebelião e atentados

A partir de então, e até 1935, a população judaica na Palestina britânica saltou de pouco menos de 10% para 27%. As autoridades de Londres, enquanto isso, reduziram as quotas de imigração judaica pouco antes da Segunda Guerra Mundial. A partir de 1944, grupos armados clandestinos (terroristas) judeus se rebelaram contra as forças britânicas, numa sublevação que teve sua
expressão mais reconhecível no atentado a bomba contra o hotel King David de Jerusalém, que abrigava instalações civis e militares britânicas, e onde 92 pessoas morreram.



Israel celebrará a Declaração Balfour com uma cerimônia no Knesset (Parlamento) sem a presença dos deputados árabe-israelenses, representantes de uma comunidade que reúne um quinto da população do Estado judaico. Cem anos depois da polêmica carta de Londres, tremularão bandeiras negras nos edifícios oficiais da atual Palestina.

Sobre os Judeus Khazares, saiba mais acessando os links:

Mais informações sobre NWO, leitura adicional:

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A SECRETÍSSIMA MAÇONARIA FEMININA INGLESA

A “supersecreta” maçonaria feminina e seus rituais na Inglaterra


Posted by Thoth3126 on 14/11/2017


Maçonarias femininas existem há mais de cem anos – e conduzem iniciações, cerimônias e rituais, assim como as masculinas. O programa da BBC Victoria Derbyshire teve acesso único a essas sociedades supersecretas no Reino Unido: 

“O que é maçonaria?”, pergunta uma mestre da Fraternidade Honorária dos Antigos Maçons.

Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Os rituais da supersecreta maçonaria feminina na Inglaterra

Claire Jones, BBC, Londres – Fonte: http://www.bbc.com/portuguese

Roshni Patel se tornou mestre maçom

“Um sistema peculiar de moralidade baseado em alegorias e ilustrado por símbolos”, responde Dialazaza Nkela. Ela está participando de uma cerimônia para alcançar o “segundo grau” e celebra sua ascensão dentro da sociedade.


O “primeiro grau” marcou a iniciação de Nkela no grupo, o que incluiu que expusesse seu braço direito, peito esquerdo e joelho, enquanto um laço era amarrado ao redor do seu pescoço. Cada um desses elementos, dizem, tem um significado simbólico – embora os integrantes do grupo não revelem à reportagem quais são eles.

O “terceiro grau” é quando você “experimenta a morte para renascer”, representando o “final de uma vida e começo de outra”. O que isso significa, na prática, também não é explicado. Mas já é uma amostra de como funciona uma sociedade secreta.

Vestes brancas e “enfeites” no pescoço

Em cerimônia, Dialazaza é questionada pela mestre maçon sobre por que a maçonaria é importante para ela

Muitas pessoas, especialmente as mulheres, talvez nem saibam que a maçonaria feminina existe. A maçonaria masculina – que começou se reunir oficialmente há 300 anos – sempre recebeu atenção maior. No Reino Unido, ela é liderada pelo duque de Kent, integrante da família real.

Mas nas duas sociedades femininas – a Fraternidade Honorária dos Antigos Maçons e a Ordem das Mulheres Maçons, que se dividiram no início do século 20 – existem quase 5 mil integrantes.

A segunda se reúne regularmente em pousadas e templos pelo Reino Unido. Durante as cerimônias, as mulheres usam vestes brancas, com enfeites ao redor do pescoço para representar seu lugar na hierarquia da ordem.

O serviço a que a BBC teve acesso começa com uma procissão pelo corredor central. Membros da organização se curvam em reverência quando chegam à frente, onde a mestre Zuzanka Penn está sentada numa poltrona grande, que mais se parece com um trono.

Orações são feitas durante as cerimônias. Às vezes, parece se tratar de um grupo religioso, embora Penn faça estão de destacar que não é o caso.

Maçons usam faixas e colares para especificar sua posição na hierarquia

“Para ser um maçom, você deve acreditar num ser supremo“, ela diz, mas pode ser de “qualquer tipo de fé”. “Nós temos pessoas bem religiosas e pessoas que não são, mas de toda raça e de toda a fé”, afirma. 

Procura-se mulheres jovens

A maioria das mulheres nessas sociedades têm 50 anos ou mais – algo que elas estão ansiosas para mudar.

Para recrutar membros jovens, os grupos de maçonaria femininos focam em feiras de calouros nas universidades.

A oftalmologista Roshni Patel, cuja foto abre esta reportagem, está numa cerimônia que marca sua chegada à posição de mestre maçom.

Ela se juntou à ordem de maçonaria feminina há sete anos. A BBC não é autorizada a participar, mas é informada de que Patel recebeu a “honra” de se sentar na poltrona que se assemelha a um trono.

A grande mestre Zuzanka Penn alcançou o topo da hierarquia na Ordem de Mulheres Maçons, no Reino Unido

Todo o processo de ser posicionada na poltrona foi muito emocionante”, diz ela, ao deixar a cerimônia. Perguntada sobre o sentimento de se tornar uma mestre maçom, Patel diz: “Estou em estado de choque”.

O maior obstáculo no recrutamento maçom talvez seja a reputação de confidencialidade, a associação com corrupção e a ideia de favoritismo entre os membros, com a finalidade de ajudar uns aos outros a subir nas carreiras profissionais.

Mas não é algo que Penn admita existir.

“Eu faço parte da maçonaria há mais de 40 anos e nunca recebi uma oferta de favor ou ofereci um favor a qualquer pessoa.” “Você houve histórias, mas nunca presenciei isso na maçonaria.”

Em 1997, o então ministro de Assuntos Internos do Reino Unido, Jack Straw, pediu a funcionários e juízes que dessem depoimentos voluntários sobre suas ligações com a maçonaria – o plano acabou interrompido após os maçons ameaçarem levar o governo aos tribunais.

Christine Chapman, grande mestre da Fraternidade Honorária de Maçons Antigos, diz que jamais presenciou alguém recebendo favores, embora a maçonaria tenha policiais entre seus membros.

Christine Chapman diz que o mistério é o que torna a marçonaria especial

Mas já houve denúncias de que a sociedade estava ligada à corrupção na polícia e no Judiciário. As regras maçons exigem que os membros se apoiem e guardem os segredos uns dos outros, o que tem levado a esses temores.

Chapman afirma, porém, que os sigilos que envolvem a maçonaria servem para criar fascínio e mistério, não para esconder “algo sinistro”. “Não estamos tentando dominar o mundo, apesar de todas essas teorias da conspiração na internet. E nós não estamos tentando derrubar o governo, nem nada disso,” diz ela.

“Nós temos que preservar o segredo somente porque é o que faz (a maçonaria) especial.” Um dos mais famosos aspectos dessas sociedades sempre foi o apertar de mãos “maçônico”- que também existe nas organizações femininas.

“Sim, claro que temos (aperto de mão)”, diz Penn, se recusando a demonstrar o cumprimento. “É um segredo. Você vai ter que se juntar a nós e, então, eu te conto tudo sobre ele”, acrescenta, sorrindo.

Fatos sobre a maçonaria no Reino Unido

– Existem 4,7 mil mulheres maçons no Reino Unido, comparado a 200 mil homens maçons.

– Elas usam aventais maçons que fazem referência à tese de que a maçonaria surgiu da reunião entre antigos pedreiros que construíam igrejas e catedrais, que usavam aventais para se protegerem de lascas de pedras durante os trabalhos.

– O “terceiro grau” é a última etapa antes de se tornar um maçom de pleno direito. A cerimônia envolve responder a questionamentos.

– Maçons homens famosos no Reino Unido incluem nomes como Winston Churchill e Oscar Wilde.


Mais informações, leitura adicional:

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PAÍSES ENDIVIDADOS - A MAIOR DÍVIDA EM VALOR E DOS USA, A MAIOR EM PROPORÇÃO AO PIB É A DO JAPÃO

Visualizando os países com US$ 63 trilhões da dívida mundial
Posted by Thoth3126 on 05/11/2017


Se você somar todo o dinheiro que os governos nacionais de países tomaram emprestado (dentro de um sistema de controle e roubo dos recursos naturais pela DÍVIDA), isso equivale a um robusto valor de US$ 63 trilhões. O campeão incontestável da DÍVIDA são os EUA, com quase US$ 20 trilhões de débito, o que representa cerca de 107,1% do seu PIB-GDP (Produto Interno Bruto). Este valor representa 31,67 % do valor total devido por todos os países.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
QUAIS SÃO PAÍSES QUE DEVEM US$ 63 TRILHÕES EM DÍVIDAS

Em uma situação ideal, os governos estão apenas emprestando esse dinheiro para cobrir déficits orçamentários de curto prazo ou para financiar projetos de infraestrutura crítica. No entanto, como Jeff Desjardins, do Visual Capitalist, observa, em todo o mundo, os países levaram a idéia de manter déficits constantes como o curso normal dos seus negócios, e muita acumulação de dívida não é saudável para os países ou para a economia global como um todo.

CLIQUE PARA AMPLIAR

Os EUA são um excelente exemplo de enorme “risco de dívida” – o país não registrou um superávit orçamentário anual desde 2001, quando a dívida federal era de apenas US$ 6,9 trilhões (54% do PIB na época). 

Houve um avanço muito rápido no crescimento da dívida para hoje, e a dívida dos EUA aumentou para cerca de US$ 20 trilhões (107% do PIB), o que equivale a 31,8% da dívida soberana do mundo nominalmente, em apenas 16 anos.


O LÍDER DO DÉBITO MUNDIAL

O campeão incontestável da DÍVIDA são os EUA, com quase US$ 20 trilhões de débito, o que representa cerca de 107,1% do seu PIB-GDP (Produto Interno Bruto). Este valor representa 31,67 % do valor total devido por todos os países.

Na infografia a seguir, observamos duas medidas principais:
Participação da dívida global em porcentagem;
Dívida em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).

Vejamos os cinco principais “líderes” em cada categoria, começando com a participação da dívida global em uma base nominal:


Juntos, apenas esses cinco países detêm em conjunto 66% da dívida mundial em termos nominais – um total de US$ 41,6 trilhões.

Em seguida, aqui estão os cinco melhores para Dívida em relação ao PIB (GDP):


Embora apenas a Itália e o Japão aqui sejam considerados grandes economias em escala global, os altos níveis de dívida de países como a Grécia ou Portugal também são importantes para serem monitorados. 
No cenário de base do FMI, a dívida pública da Grécia atingirá 275% do seu PIB até 2060, quando suas necessidades de financiamento representarão 62% do PIB. – Um relatório recente do FMI, obtido pela Bloomberg
A Grécia, por exemplo, continua em um caminho particularmente insustentável – e os credores externos estão ficando mais ansiosos. Mais recentemente, tanto o credor do FMI como os credores da área do euro da Grécia exigiram que o país implemente uma lei que introduza automaticamente medidas de austeridade se um excedente orçamental de 3,5% do PIB não for atingido.


Enquanto a Grécia descartou essas demandas como “inaceitáveis”, o país – juntamente com muitos outros em todo o mundo – terá que aceitar que a constante acumulação de dívidas tenha eventuais consequências.

Para obter os valores em “$ trilhões de dívida mundial” em forma impressa, vá para a página Kickstarter agora. Data dos valores apresentados: 31 de outubro de 2017.


Saiba mais, leitura adicional:

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MEDITAÇÃO - PODEROSA FORÇA À DISPOSIÇÃO DE TODOS E RECONHECIDA CIENTIFICAMENTE



O poder da meditação

Posted by Thoth3126 on 06/11/2017

No momento em que cada vez mais pessoas vivem sob pressão e estresse constantes, ganha força no Brasil o Mindfulness, técnica criada nas universidades, que pode ser praticada em casa e até no trabalho e auxilia em tratamentos de saúde

Você já lavou a louça prestando atenção somente no movimento das mãos? Ou tomou banho experimentando a sensação do sabonete ao tocar sua pele? Caminhou sentindo os pés pisarem no solo? A grande maioria das pessoas certamente responderia não a essas questões –proto e provavelmente as achariam tolas. Em um mundo cada vez mais acelerado, que exige respostas instantâneas, e onde ninguém tem tempo para nada, práticas cotidianas como as citadas acima são feitas no “piloto automático”. 
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

O poder da nova meditação

Fabíola Perez e Camila Brandalise – Fonte: http://www.istoe.com.br/

Em contrapartida, médicos e psicólogos confirmam que nunca houve tanta gente sofrendo de estresse, ansiedade e depressão. Número que cresce de forma assustadora, à medida que o mundo acelera, as demandas aumentam e o dia continua com as mesmas e insuficientes 24 horas. Com isso, estar atento ao momento presente se tornou quase impossível.

A meditação pauta a vida da apresentadora Fernanda Lima: ”Minha prioridade é olhar o céu, o sol, pisar na areia, ficar com meus filhos. Depois vem todo o resto”
Em busca de aliviar o estresse opressivo ou até não entrar em colapso, cada vez mais pessoas têm lançado mão da meditação. Mas de um novo tipo, diferente daquela associada a denominações religiosas, praticada em ambientes imaculados e tranquilos. Nascido em prestigiosas universidades dos Estados Unidos e da Europa, o Mindfulness, chamado também de consciência ou atenção plena, está causando uma revolução no jeito de se meditar.
Por meio de exercícios de respiração e concentração, a técnica ajuda a combater os males da nossa época de uma forma simples e pode ser adotada em todas as ações do cotidiano. Além disso, pesquisadores confirmam seus efeitos positivos à saúde. Já famoso internacionalmente, o Mindfulness ganhou força no Brasil e começa a ser estudado e aplicado em universidades, consultórios e também no Sistema Único de Saúde (SUS)

HARMONIA

Ao contrário das meditações que exigem posições específicas, o Mindfulness tem como objetivo estimular o cérebro a perceber os movimentos do corpo e as sensações em qualquer situação. A apresentadora Fernanda Lima, 38 anos, medita há 16, desde que começou a praticar ioga. O dia a dia corrido não a impede de meditar. Ela conta que antes de dormir, tira o travesseiro da cama, fica com o corpo reto e faz os exercícios de respiração. Essa é uma das técnicas mais utilizadas pelo Mindfulness.
Trata-se do “escaneamento corporal”, quando uma pessoa fica na posição horizontal e é estimulada a sentir todas as partes do corpo por meio da mente e da respiração. Segundo ela, os brasileiros precisam desmistificar a meditação. “Tento explicar que o objetivo é entrar em contato com os pensamentos, manter a respiração e organizar pensamentos por prioridades.” 

Fernanda também adotou o hábito de meditar pela manhã, antes de começar suas atividades. “Comprei um banquinho e fico respirando por 10 minutos, depois disso me sinto renovada.” As pesquisas sobre Mindfulness começaram em 1979, na Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos. O médico Jon Kabat-Zinn desenvolveu um programa para reduzir o estresse baseado na prática. O método também foi estudado na Universidade de Oxford, na Inglaterra.


“Foi o avanço científico que permitiu o boom que estamos vendo hoje”, afirma o psicólogo clínico Marcelo Batista de Oliveira, do Centro Paulista de Mindfulness. Aos poucos, conforme os estudos avançavam, os especialistas percebiam que esse tipo de meditação, que surgiu no meio acadêmico e era desvinculado de qualquer religião, conseguia reduzir os níveis de estresse e ansiedade dos pacientes.

O segredo era colocar na rotina práticas diárias para exercitar o “estar presente”. Pioneira nos estudos dos benefícios do Mindfulness no cérebro, a neurocientista norte-americana Sara Lazar detectou, em 2005, que o córtex pré-frontal – a área do cérebro responsável pela concentração, memória e tomada de decisões – era mais estimulada no grupo de pessoas que faziam meditação. Em 2011, um segundo estudo revelou que as práticas meditativas provocam um aumento de volume em regiões da mente relacionadas à regulação emocional, à empatia e à cognição.
Logo, o método avançou para outros países e chegou ao Brasil em 2006. Um dos primeiros nomes a investigar os efeitos do Mindfulness aplicado à saúde foi a neurocientista Elisa Kozasa, pesquisadora do Hospital Israelita Albert Einstein. “Hoje existem diferentes estudos para redução de estresse, ansiedade, dor crônica e prevenção de recaídas para usuários de drogas”, diz ela.


Com isso, a nova meditação também ganhou força como técnica integrativa aos tratamentos de saúde convencionais. Desde setembro de 2015, as práticas de Mindfulness começaram a ser oferecidas pelo programa de extensão da Universidade Federal de São Paulo, em parceria com o SUS, no Centro Brasileiro de Mindfulnes e Promoção da Saúde.
O coordenador do programa, Marcelo Demarzo explica que a principal aplicação da técnica é prevenir recaídas em casos de ansiedade, dor crônica e depressão.“As práticas diminuem em até 50% a chance de voltar a sentir esses males”, diz. “A pessoa se coloca como observador de si mesmo e faz uma espécie de desintoxicação do pensamento.” Funciona assim: as Unidades Básicas de Saúde enviam pacientes para fazer exercícios da prática.
Eles passam por uma análise inicial, na qual é avaliado o grau de ansiedade, o estilo de vida e o uso de medicamentos. Com isso, eles podem ou não começar o curso de oito sessões. A psicóloga Malu Favarato, 51 anos, conheceu o Mindfulness no ano passado. Ela trabalha como voluntária na triagem de pacientes para o curso.
“Para quebrar a rotina de estresse e sair do piloto automático faço algumas práticas por 20 minutos”, diz ela. “No começo era mais difícil, hoje me concentro na respiração com mais facilidade, levo a atenção para onde tenho dores.” A irmã e artista plástica, Milene, de 46 anos, tem transtorno bipolar e crises de depressão.


Com a ajuda de Malu, fez o curso em outubro. “Em 2014, fui diagnosticada com artrose cervical, tomava antidepressivo, estabilizador de ânimo e ansiolítico”, afirma. Hoje a medicação já foi reduzida pela metade. “Mudou meu estilo de vida”, diz. A pesquisadora da Unifesp, Isabel Weiss, explica que esse é o objetivo da técnica. “São exercícios de respiração para acalmar. Os pacientes conhecem suas necessidades por meio do próprio corpo.”
No Brasil, Isabel foi a primeira a estudar os efeitos do Mindfulness para a prevenção de recaídas em usuários de drogas e fumantes. Nesses casos, foram desenvolvidas práticas específicas como o exercício “surfando na fissura”, no qual o usuário é conduzido a uma situação de desconforto e aprende a lidar com a onda de emoções do momento até passar.
“Tendemos a reagir negativamente sempre”, diz. Atraída pelas práticas de atenção plena, a dermatologista Carolina Marçon fez o curso da Unifesp em novembro. “Nossas reações ocorrem baseadas na memória que temos de um fato e não no fato em si”, afirma. “Essas técnicas nos ancoram no momento presente.” 


Para ela, a meditação ajudou a tomar decisões sem uma carga emocional tão elevada, a ter mais discernimento e clareza. Hoje, recomenda o Mindfulness em seu consultório para ampliar os efeitos do tratamento convencional. “A pele está totalmente ligada às questões emocionais e ao sistema nervoso”, afirma. Nos EUA, existem casos de pacientes com psoríase que responderam melhor ao tratamento com a meditação. 
O Mindfulness também está sendo adotada no universo corporativo. “Para garantir a qualidade de vida, prevenir o burnout (ponto máximo de estresse) e desenvolver estratégias de liderança, a meditação é muito eficiente”, diz Demarzo, da Unifesp. Embora ainda precise ser mais difundido, o método praticado nas empresas, e mais disseminado entre profissionais da saúde, ajuda a desenvolver habilidades cognitivas importantes.
Com um dia corrido, que exige ir de uma academia à outra para dar aulas, a personal trainer e professora de fitness Lara Magnet Dias, 41 anos, conta que a rotina de trabalho sempre lhe gerou ansiedade. “Me cobrava muito”, diz. Ao conhecer o Mindfulness, a maneira de lidar com a rotina mudou. “O meu dia é tão agitado quanto antes, mas lido de maneira diferente, com menos cobrança”, afirma. Lara também conta que dá mais valor aos momentos em que está com a filha, Isabela, de 2 anos.

Para o relações públicas Mateus Furlanetto, 37 anos, conhecer o método também ajudou no trabalho, mas ele aponta outro viés. “O que mais senti foi que consegui tirar de mim o sentimento de culpa por não estar fazendo e produzindo mil coisas”, diz. “Também acredito que hoje consigo dar uma dimensão real aos problemas, sem ampliá-los.” Para a empresária Fernanda Prando Godoy, 47 anos, meditar é tão essencial que ela tira um tempo no próprio escritório para a prática.
“Sou uma pessoa ansiosa, lido com prazos e com pressão. Tento meditar duas vezes por dia, por 30 minutos.” Mas a experiência, claro, teve reflexos além da área profissional. “Hoje presto mais atenção na comida, coisa que nunca tinha feito. Noto a cor, o cheiro.” O bom da técnica é que não são necessários cursos dispendiosos e demorados para aprendê-la. Há uma série de aplicativos bastante didáticos disponíveis (leia ao lado).

Por ter nascido em universidades e longe de um contexto religioso, o Mindfulness não impõem condições aos novos adeptos da prática. Não há contra-indicação e a experiência, dizem os especialistas e praticantes, é única e individual. Os benefícios surgem quando menos se espera. “Percebi o efeito da prática num dia que tive uma discussão com um cliente por telefone. Eu desliguei e o problema foi desligado junto. Em outros tempos, ficaria ruminando aquela situação por horas”, diz a empresária Fernanda Godoy.


Ainda que as práticas de meditação sejam inúmeras e existam há milhares de anos, entender os mecanismos de como elas funcionam, a partir do espectro neurocientífico, é o que tem feito a nova meditação prosperar. “A ciência do Mindfulness avançou de uma tradição misteriosa para uma prática secular, benéfica e tão simples quanto escovar os dentes pela manhã”, afirma a neurocientista Claudia Aguirre, do aplicativo Headspace.
Foto: Ale de Souza, João Castellano/Istoé; Airam Abel, Airam Abel; João Castellano/Istoé 

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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

GILGAMESH E O GÊNESIS



A Epopeia de Gilgamesh e o Gênesis

Posted by Thoth3126 on 19/11/2017

Em meados do século XIX, após a descoberta na antiga cidade de Nínive da biblioteca do imperador assírio Assurbanipal (668-627 a.C.), o mundo redescobriu as antigas grandes civilizações da Mesopotâmia em tábuas de argila contendo escritos em sinais mais tarde denominados cuneiformes.
Civilizações estas de que até então, o pouco que se conhecia estava contido nos livros da Bíblia, em informações “escassas e pouco reveladoras, uma vez que estavam diretamente relacionadas com a história do povo hebreu”.(CORREA, 200-, p. 2). …
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
A Epopéia de Gilgamesh e sua Influência na escrita do Livro bíblico do Gênesis. 
Eric Thomas Follmann – Núcleo de Estudos Históricos e Arqueológicos UNIANDRADE-Curitiba-PR Contato: ehfollmann@hotmail.com
“O passado das civilizações nada mais é que a história dos empréstimos que elas fizeram umas às outras ao longo dos séculos…” – FERNAND BRAUDEL

1. Da “corrida ao ouro bíblico” à nova historicidade das sagradas escrituras. 

… Tais descobertas deram início a uma espécie de “corrida ao ouro bíblico” que propunha evidenciar arqueologicamente as sagradas escrituras. Outras ruínas então, como as de Uruk, Ur (a cidade natal do patriarca bíblico Abraão) e Nipur, começaram ser escavadas e revelaram mais inscrições sobre o passado do Oriente Próximo.

Os trabalhos de escavação em Nipur

O trabalho de decifração destas tábuas foi realizado por vários pesquisadores, mas coube ao arqueólogo britânico George Smith, a primeira tradução contendo um trecho da Epopeia de Gilgamesh: o relato do dilúvio. Em 1872, Smith anuncia sua descoberta m um encontro da Sociedade de Arqueologia Bíblica causando um “forte impacto na Europa (…) por apresentar um texto pagão aparentemente antecipando a Arca de Noé”.(CORREA, 200-, p. 2).
Estas descobertas abalaram toda a comunidade científica e religiosa do século XIX, laicizando muitos dos objetivos iniciais, modificando métodos dos pesquisadores, e abrindo precedentes para o questionamento da veracidade dos textos bíblicos. Nas últimas quatro décadas, diferentes estudos estão sendo realizados sobre os temas levantados no século XIX, tanto pela comunidade científica como em grande parte pela comunidade religiosa, fazendo com que sejam discutidos os elementos mitológicos presentes na confecção dos livros que compõe o Pentateuco2, que vão desde a formação do mundo à existência histórica dos seus patriarcas.


A esquerda a Tábua IX que conta a Epopeia do Dilúvio bíblico

Há uma tentativa, nos dias atuais, por parte de arqueólogos e historiadores de remontar a bíblia separando o que é história do que são mitos e lendas. 
“Apesar das paixões suscitadas por este tema, nós acreditamos que uma reavaliação dos achados das escavações mais antigas e as contínuas descobertas feitas pelas novas escavações deixaram claro que os estudiosos devem agora abordar os problemas das origens bíblicas e da antiga sociedade israelita de uma nova perspectiva, completamente diferente da anterior. (…) A história do antigo Israel e o nascimento de suas escrituras sagradas a partir de uma nova perspectiva, uma perspectiva arqueológica.” (FINKELSTEIN; SILBERMAN, 2001, pp. V-VI, p. 1).

2. Da teogonia à teofania. 

Paralelamente às discussões bíblicas, as descobertas feitas pelas escavações remontam os três milênios que antecedem à Cristo, onde a região entre os rio Tigre e Eufrates viu a ascensão e queda de grandes civilizações como os sumérios, acádios, assírios e babilônicos.
Dos textos traduzidos, vários deles incompletos devido ao estado de conservação dos mesmos, pôde-se extrair muito da filosofia e da mitologia mesopotâmicas, onde podemos observar que “o Oriente antigo, antes da Bíblia, e mesmo abstraindo-se dela, não desconhecia a reflexão sobre o homem. (…) As questões fundamentais da existência, da felicidade e da infelicidade, da relação com as potências cósmicas e com o domínio misterioso dos deuses, do sentido da vida e das incertezas do destino, já tinham neles um lugar de grande importância”.(GRELOT, 1980, p. 13).
Neste universo de descobertas, os sumérios e os acadianos revelam-se fornecedores de costumes, rituais e modelos literários a todos os povos do Oriente Médio3. Suas lendas, se consideradas como o primeiro repositório das recordações históricas dos povos do oriente antigo, “se transformaram, se esquematizaram, se reagruparam, mudaram eventualmente de país, se ampliaram, às vezes, desmedidamente” (GRELOT, 1980, p. 13), onde cada cultura apropriou-se de um mito conforme a sua ótica4.

Não diferente desta regra, os israelitas inovaram ao excluir todo um panteão, centralizando sua fé num deusúnico, propondo uma desmitização do universo transformando as forças cósmicas ao que de fato são. A situação do homem diante de Deus modifica-se totalmente, “embora, na prática, a adaptação da mentalidade corrente dos israelitas a essa mudança radical se tenha processado lentamente e com dificuldade” (GRELOT, 1980, p. 15), mantendo grande parte do antigo modo de expressar religioso herdado dos sumérios e acádios.


Direita: Representação do herói Gilgamesh

Desta forma, Israel começa a escrever sua própria história, ora compilando fatos de seu próprio povo em grandiosas lendas, ora adaptando mitos antigos à sua realidade e aos seus propósitos. As histórias contidas na parte hebraica da bíblia, embora difíceis de serem datadas pelos anacronismos que ali apresentam5, foram compiladas e ordenadas “principalmente, no tempo do rei Josias (640-609 a.C.), para oferecer uma legitimação ideológica para ambições políticas e reformas religiosas específicas”.(FINKELSTEIN; SILBERMAN, 2001, p. 14).

3. A Epopéia de Gilgamesh e sua influência sobre demais literaturas do mundo antigo.

Considerada a mais antiga obra literária da humanidade, a Epopéia de Gilgamesh na sua forma “tardia” (século VII a.C.) como é difundida no Ocidente (TIGAY6 citado por ZILBERMAN (1998, p. 58)), não foge à regra das obras de origens mesopotâmicas: um compilado de lendas e poemas, cuja origem e veracidade perdem-se na difusão oral, adaptação cultural e textos fragmentados.

As narrativas contidas na epopéia deviam ser muito populares em sua época, pois são encontradas em várias versões escritas por vários povos e línguas diferentes, sendo que as primeiras versões da mesma, datam do Período Babilônico Antigo (2000-1600 a.C.), podendo ter surgido muito antes7, pois o herói desta epopéia é o lendário rei sumério Gilgamesh, quinto rei da primeira dinastia pós-diluviana de Uruk, que teria vivido no período protodinástico II (2750-2600 a.C.)8.

Devido à sua antiguidade e originalidade, muito se especula sobre a influência desta sobre textos mais difundidos e conhecidos pela humanidade, como os poemas épicos gregos Ilíada e Odisséia de Homero, escritos entre VIII e VII a.C.. Mas a polêmica é maior quando se comparados às narrativas do Pentateuco, a parte mais antiga do Velho Testamento, datadas do Primeiro Milênio a.C.. No caso desta última, o que legitima-nos a observar as influências, além de semelhanças impressionantes, o próprio contexto histórico e geográfico. Contexto este em que a origem dos hebreus e das grandes civilizações semitas são mescladas com a própria história do povo sumério. Históricos períodos de cativeiro, onde a aculturação era, além de inevitável pelas circunstâncias de sobrevivência, uma forma de dominação ideológica:

“O povo dominado era absorvido pelos nativos ao serem levados, havia a destruição total da nacionalidade, do culto, das instituições, nada ficando que pudesse ser lembrado a fim de que jamais alguém se encorajasse a agir em favor de uma reconstrução. Todo o elemento que representasse qualquer valor moral ou intelectual era desterrado e em seu lugar era posto outro povo trazido de outras regiões.” (LOPES, 200-, p. 2).

4. A semelhança entre as narrações. 

As semelhanças narrativas encontradas entre Epopéia de Gilgamesh e o Livro do Gênesis iniciam-se logo nos primeiros versículos da bíblia, ou seja, na criação do homem. O povo de Uruk, descontente com a arrogância e luxúria do rei Gilgamesh, exige dos seus deuses a criação de um homem que fosse o reflexo do rei, e tão poderoso quanto ele para que pudesse enfrentá-lo e redimi-lo. O deus Anu, ouvindo o lamento da população, ordenou a Aruru, deusa da criação, que fizesse Enkidu:

“A deusa então concebeu em sua mente uma imagem cuja essência era a mesma de Anu, o deus do firmamento (rei de Nibiru). Ela mergulhou as mãos na água e tomou um pedaço de barro; ela o deixou cair na selva, e assim foi criado o nobre Enkidu”.(SANDARS, 1992, p. 94).

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.(GENESIS, cap. 1, ver. 26).

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.(GENESIS, cap. 2, ver. 7).


Enkidu foi criado inocente, longe da malícia da civilização, vivendo entre as criaturas selvagens e compartilhando a natureza com elas:

“Ele era inocente a respeito do homem e nada conhecia do cultivo da terra. Enkidu comia grama nas colinas junto com as gazelas e rondava os poços de água com os animais da floresta; junto com os rebanhos de animais de caça, ele se alegrava com a água”.(SANDARS, 1992, p. 94).

“Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento”. (GENESIS, cap. 1, ver. 29-30).

O rei Gilgamesh, sabendo da existência de Enkidu, incumbe uma missão a uma das prostitutas sagradas do templo da deusa Ishtar (deusa do amor e da fertilidade): seduzir Enkidu e trazê-lo para dentro das muralhas de Uruk. Enkidu deixou-se seduzir pela rameira e perdeu sua inocência, além de seu poder selvagem, tornando-se conhecedor da malícia do homem. Arrependido, lamenta-se, mas a rameira consola-o enfatizando as vantagens desta nova vida que está por vir:

“Enkidu perdera sua força pois agora tinha o conhecimento dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração”.(SANDARS, 1992, p. 96).

“Olho para ti e vejo que agora és como um deus. Por que anseias por voltar a correr pelos campos como as feras do mato?” (SANDARS, 1992, p. 99).

“Porque Deus sabe que no dia em que comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (GENESIS, cap. 2, ver. 5).


Nesta comparação com a tentação no Éden, não identificamos diretamente os fatos, mas sim, as idéias. A prostituta sagrada, condenada também em outros livros da bíblia, pode ser compilada como o fruto proibido, a serpente e a própria Eva, com o poder de seduzir o homem e tirar sua inocência com falsas promessas.

Enkidu, já na cidade de Uruk, enfrenta o rei Gilgamesh em combate. Vencendo-o, é reconhecido pelo rei como irmão, pois este jamais havia enfrentado alguém com tamanha força. Formando-se então uma grande amizade que protagoniza grandes aventuras e tragédias ao longo da epopéia. Gilgamesh e Enkidu partiram então para a floresta de cedros (provavelmente, o atual Líbano), onde enfrentaram o monstro Humbaba, a sentinela da floresta.

Este se irrita com Enkidu, por profanar a floresta sagrada dos cedros inferiorizando-o e humilhando-o com palavras semelhantes às palavras de Deus, ao condenar o homem por comer do fruto proibido. Novamente não vemos relação direta entre os fatos, mas uma linha comum de pensamento é verificada entre os textos onde, a profanação e a desobediência são punidas com a servidão:

“… tu, um mercenário, que depende do trabalho para obter teu pão!” (SANDARS, 1992, p. 119).

“… maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida”.(GENESIS, cap. 3, ver. 16).

“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado”.(GENESIS, cap. 3, ver. 19).

Os heróis, com a ajuda de Shamash (deus sol, protetor de Gilgamesh), matam o monstro Humbaba cortando-lhe a cabeça. Fato que irritou o poderoso Enlil (deus da terra, do vento e do ar universal), que exigiu a vida de um dos heróis pelo insulto.

A deusa Ishtar, vendo a força e beleza do herói, apaixona-se por Gilgamesh que a despreza, provocando a cólera da deusa. Então, Ishtar enviou a terra, um monstro com a missão de destruir o herói: o Touro Celeste. Mas a dupla de heróis novamente é vitoriosa. Então, Enkidu zomba da deusa derrotada atirando-lhe pedaços do touro mutilado. Enlil enfurecido com a atitude do mortal decide enfim qual dos dois heróis deverá morrer. Enkidu então adoece e, sucumbindo à doença, impulsiona o rei Gilgamesh a sua missão final: a busca da imortalidade. 

Representação de Gilgamesh (esquerda) e Enkidu (direita) e o touro alado.

A primeira semelhança encontrada pelos tradutores das tábuas em escrita cuneiforme é a mais impressionante. Foi a mola propulsora de toda a discussão sobre a veracidade dos textos bíblicos, pois a descrição do dilúvio não só é a mais bem conservada tábua de toda a epopéia, mas a mais rica em detalhes e semelhanças com a descrição no Gênesis. Além de que, outras narrativas do dilúvio foram encontradas em forma de poemas isolados e com outros personagens, como as tábuas de Atra-Hasis, a Epopéia de Erra, e os textos do rei Ziusudra9.

Na epopéia, Gilgamesh parte em busca da imortalidade, e para isso, precisa obter este segredo dos deuses com o imortal Utnapishtim (Noé do Gênesis). Para encontrar o imortal, Gilgamesh enfrentou uma longa jornada, cheia de perigos e provações. Ao encontrar Utnapishtim, ouve que este não poderá lhe tornar imortal, mas poderá revelar ao herói como se tornara um e conta do dia em que os deuses, desgostosos com a sua criação (a humanidade), resolveram eliminá-la da terra:

“Naqueles dias a terra fervilhava, os homens multiplicavam-se e o mundo bramia como um touro selvagem. Este tumulto despertou o grande deus. Enlil ouviu o alvoroço e disse aos deuses reunidos em conselho: ‘O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia.’ Os deuses então concordaram em exterminar a raça humana”.(SANDARS, 1992, p. 149).

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”.(GENESIS, cap. 6, ver. 5).

“A terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência”.(GENESIS, cap. 6, ver 11).

“Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves do céu; porque me arrependo de havê-los feito”.(GENESIS, cap. 6, ver 7).

Ea/Enki (deus da água doce e da sabedoria, patrono das artes e protetor da humanidade), avisa Utnapishtim em um sonho das intenções de Enlil e orienta-o de como sobreviver à catástrofe que estaria por vir:

“… põe abaixo tua casa e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar; despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da embarcação que deverás construir: que a boca extrema da nave tenha o mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto, tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a semente de todas as criaturas vivas. (…) Eu carreguei o interior da nave com tudo o que eu tinha de ouro e de coisas vivas: minha família, meus parentes, os animais do campo – os domesticados e os selvagens – e todos os artesãos”.(SANDARS, 1992, p. 149-151).

“Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos, e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento, de cinqüenta a largura, e a altura de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de alto; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro”.(GENESIS, cap. 6, ver 14-16).

“… entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares contigo”.(GENESIS, cap. 6, ver. 18).


Enlil então envia uma tempestade de grandiosas proporções, fazendo com que toda a terra desaparecesse sobre as águas:

“Caiu a noite e o cavaleiro da tempestade mandou a chuva.(…) Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra.” (SANDARS, 1992, p. 151-153).

“… nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as portas do céu se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites”.(GENESIS, cap. 7, ver. 11-12). E toda a humanidade foi exterminada:

“… agora eles (humanos) flutuam no oceano como ovas de peixe”. (SANDARS, 1992, p. 152).

“Assim foram exterminados todos os serem que havia sobre a face da terra …” (GENESIS, cap. 7, ver. 23).

Com o passar dos dias, a tempestade ameniza-se e o dilúvio começa a serenar:

“Na alvorada do sétimo dia o temporal vindo do sul amainou; os mares se acalmaram, o dilúvio serenou”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Deus fez soprar um vento sobre a terra e baixaram as águas. Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva do céu se deteve”. (GENESIS, cap. 8, ver. 1-2).

Após a calmaria do grande oceano que se formara, Utnapishtim solta uma pomba para ver se há terra firme para que então possa desembarcar:

“Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei uma andorinha, que voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, voou de uma lado para outro, grasnou e não mais voltou para o barco”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca, e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas sobre a terra. Depois soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias, e de novo soltou a pomba for a da arca. A tarde ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda mais sete dias, e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele”.(GENESIS, cap. 8, ver. 6-12).


Após a bonança, já em terra firme e grato ao deus Ea por ter lhe salvo a vida, Utnapishtim prepara um sacrifício aos deuses: “Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Então Noé removeu a cobertura da arca, e olhou, e eis que o solo estava enxuto”.(GENESIS, cap. 8, ver 13).

“Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”.(GENESIS, cap 9, ver 20).

Enlil, furioso com Ea/ENKI por ter permitido que um humano sobrevivesse e conhecendo o segredo dos deuses, viu-se sem alternativa que não a de transformar Utnapishtim em um imortal, para que sua maldição de que nenhum mortal sobrevivesse se completasse. Gilgamesh desapontado por não ter tido sucesso em busca da imortalidade, prepara seu retorno para Uruk, mas é abordado pela esposa de Utnapishtim que, compadecida com o fracasso do herói, revela-lhe o segredo da imortalidade em que, nas profundezas do mar, havia uma planta maravilhosa, e quem a comesse, seria eternamente jovem. O herói então mergulha no mar profundo, ferindo-se, mas obtendo a tão desejado segredo.

Tomado de rara compaixão, Gilgamesh decide não comer sozinho o maravilhoso fruto, mas sim dividi-lo com os anciãos da cidade de Uruk. No retorno para casa, Gilgamesh é surpreendido por uma serpente marinha que lhe rouba a flor, perdendo para sempre o segredo da imortalidade:

“Se conseguires pegá-la (a planta sagrada), terás então em teu poder aquilo que restaura ao homem sua juventude perdida. (…) Vem ver esta maravilhosa planta. Suas virtudes podem devolver ao homem toda a sua força perdida. (…) mas nas profundezas do poço havia uma serpente, e aserpente sentiu o doce cheiro que emanava da flor. Ela saiu da água e a arrebatou”.(SANDARS, 1992, p. 160).


Apesar dos fins da ação de comer o fruto sejam diferentes (a morte e a imortalidade), podemos fazer uma analogia da função da serpente em roubar a imortalidade do homem: sendo tirando-lhe a oportunidade da vida eterna pela sua obtenção, como na Epopéia de Gilgamesh; sendo condenando-lhe a morte pela cessão do fruto ao homem, como no livro do Gênesis. Gilgamesh então ficou desolado e abatido, pois além de fracassar em sua missão, perdera para sempre o irmão Enkidu, restando-lhe apenas, melancolicamente esperar o dia de sua morte chegar.

No livro do Gênesis, não encontramos somente semelhanças com a Epopéia de Gilgamesh, mas com outros textos antigos, como o sumeriano Mito de Dilmum onde o deus Enki, o senhor das águas profundas e do abismo que suporta a terra; e Nintu, a virgem pura, deusa que presidia aos partos; habitavam sozinhos num mundo cheio de delícias sem que nada existisse além do par divino, caracterizando uma descrição muito semelhante do que seria e onde seria o jardim Éden:

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. (…) E saía um rio do Éden para regar o jardim, e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. (…) O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates”. (GENESIS, cap. 2, ver. 8-14).

5. Considerações finais. 

É impossível afirmar a influência direta da Epopéia de Gilgamesh sobre a escrita do livro do Gênesis, pois tanto um como o outro poderiam ter sido influenciados por histórias ainda mais antigas e difundidas no Oriente, ao mesmo tempo em que é inegável que o mundo situado entre o Mediterrâneo e os Montes Zargos, onde havia intensa circulação de mercadores de diferentes etnias e religiões variadas, era pequeno demais para descartar qualquer influência cultural entre eles.

Os hebreus, possivelmente muito antes de seus períodos de cativeiro na Babilônia e Assíria (esse cativeiro foi apenas “uma volta às origens do próprio povo hebreu” pois o primeiro patriarca hebraico, Abraão, era natural de UR, tendo recebido ordens de “deus” para se mudar para Canaã, a Terra Prometida nos primórdios da história hebraica, que se inicia em 3.760 AC!!), já tiveram contato com as lendas e mitos sumério-acadianos e que por várias razões, os utilizaram na formulação de suas próprias lendas, o que sugere que seu deus, JEOVÁ, toma por empréstimo características de deuses como Anu, Enlil e EA/ENKI, seja criando a terra e o homem, seja julgando-os por seus atos, seja compadecendo-se de seu povo e os protegendo.

Acima: A Região da Mesopotâmia no destaque as cidades criadas pelos “deuses” de Nibiru, os Annunaki e Nephilins. O Jardim do Éden extraterrestre, entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje é o IRAQUE… o local da criação do homem por EA/EnKi e onde viveu GILGAMESH.

Acreditamos ser impossível obter conclusões definitivas sobre as influências de um texto sobre o outro, ou principalmente, da formação de um pensamento religioso sem a existência do pensamento antecessor, sem que se faça juízo de valores como é recomendado a um historiador, mas ao se estudar o contexto em que o Gênesis é idealizado e escrito, tomando aqui, palavras de Finkelstein e Silberman, observa-se que “a saga histórica contida na Bíblia (…) não foi uma revelação miraculosa, mas um brilhante produto da imaginação humana”.10

Para saber mais, leitura adicional: 

Notas: 

1SANDARS, N. K. A epopéia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 11-12.

2Os 5 primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

3GRELOT, P. Homem quem és? São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 14.

4CHARTIER, Roger. Textos, impressão, leituras. In: HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 211-238.

5FINKELSTEIN, Israel; SILBERMAN, Neil Asher. The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. New York: The Free Press, 2001, p. 38.

6TIGAY, Jeffrey. On the evolution of the Gilgamesh epic. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1982, p. 11.

7ZILBERMAN, Regina. Nos princípios da epopéia: Gilgamesh. In: BAKOS, Margaret Marchiori; POZZER, Katia Maria Paim. JORNADA DE ESTUDOS DO ORIENTE ANTIGO: LÍNGUAS ESCRITAS E IMAGINÁRIAS, 3., 1997, Porto Alegre.Anais … trabalho 4. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 58.

8BOUZON, Emanuel. Ensaios babilônicos: sociedade, economia e cultura na Babilônia pré-cristã. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 126.

9CHARPIN, Dominique. El mundo de la biblia: Mesopotamia y la biblia. Valencia: EDICEP, 1984, p. 9.

10FINKELSTEIN; SILBERMAN. The Bible … 2001. p. 13. 

Referências Bibliográficas:

BÍBLIA, V. T. Gênesis. Português. A bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969. Cap. 1-9. 

BÍBLIA, V. T. Gênesis. Português. A bíblia de Jerusalém. Tradução Theodoro Henrique Maurer Jr.. São Paulo: Edições Paulinas, 1985. Cap. 1-9. 

BOUZON, Emanuel. Ensaios babilônicos: sociedade, economia e cultura na Babilônia pré-cristã. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998. 

CHARPIN, Dominique. El mundo de la biblia: Mesopotamia y la biblia. Valencia: EDICEP, 1984. 

CHARTIER, Roger. Textos, impressão, leituras. In: HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 

FINKELSTEIN, Israel; SILBERMAN, Neil Asher. The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. New York: The Free Press, 2001.

GRELOT, P. Homem quem és? São Paulo: Edições Paulinas, 1980.

SANDARS, N. K. A epopéia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 

ZILBERMAN, Regina. Nos princípios da epopéia: Gilgamesh. In: BAKOS, Margaret Marchiori; POZZER, Katia Maria Paim. JORNADA DE ESTUDOS DO ORIENTE ANTIGO: LÍNGUAS ESCRITAS E IMAGINÁRIAS, 3., 1997, Porto Alegre.Anais … trabalho 4. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998. 

Referências Eletrônicas: 


-CLOUGH, Brenda W. A short discussion of the influence of the Gilgamesh Epic on the bible. Disponível emhttp://www.sff.net/people/Brenda/gilgam.htm, 1999. Acesso em: 27 jul. 2003.

-CORREA, Maria Isabelle Palma Gomes. Mitos Cosmogônicos: Suméria e Babilônia. Disponível em http://www.galeon.com/projetochronos/chronosantiga/isabelle/Sum_indx.html, 200-. Acesso em: 18 ago. 2003. 

-LOPES, Fabiano Luis Bueno. Exílio e retorno dos judeus na Babilônia. Disponível em http://www.galeon.com/projetochronos/chronosantiga/fabiano/fab_ind.htm, 200-. Acesso em: 18 ago. 2003. 

-SUBLETT, Kenneth. Epic of Gilgamesh. Disponível em http://www.piney.com, 2003. Acesso em: 27 jul. 2003.

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