Sempre mais me encanto com as palavras inspiradas de Martin Heidegger, quando, em sua obra "O Caminhodo Campo" afirma que a sabedoria é um dom. Procura termos estranhos para sugerir o inefável:
“Esta gaia ciência é uma sageza sutil. Ninguém a obtém sem que já a possua. Os que a têm, receberam-na do caminho do campo. Em sua senda cruzam-se a tormenta do inverno e o dia da messe, a irrupção turbulenta da primavera e o ocaso tranquilo do outono; a alegria da juventude e a sabedoria da maturidade nela surpreendem-se mutuamente. Tudo, porém, se insere placidamente numa única harmonia, cujo eco o caminho do campo, em seu silêncio, leva de um para outro lado. A serenidade que sabe é uma porta abrindo para o eterno. Seus batentes giram nos gonzos que um hábil ferreiro forjou um dia com os enigmas da existência.”
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