Encontraste-me um dia no caminho 
Em procura de quê, nem eu o sei.
 — Bom dia, companheiro — te saudei, 
Que a jornada é maior indo sozinho.
É longe, é muito longe, há muito espinho! 
Paraste a repousar, eu descansei... 
Na venda em que poisaste, onde poisei, 
Bebemos cada um do mesmo vinho.
É no monte escabroso, solitário.
Corta os pés como a rocha dum calvário,
E queima como a areia!... Foi no entanto
Que chorámos a dor de cada um... 
E o vinho em que choraste era comum: 
Tivemos que beber do mesmo pranto.
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