terça-feira, 31 de julho de 2018

POR QUE SALVAR AS ABELHAS?


Por que devemos salvar as abelhas?
Posted by Thoth3126 on 31/07/2018

Por que salvar as abelhas.

A drástica redução, em todo o mundo, da quantidade da população desses insetos desperta preocupação porque, além da importância que as abelhas têm para a biodiversidade, elas são responsáveis pela polinização que garante a existência e a produção de quase 40% dos alimentos consumidos por nós — muito mais que apenas o mel, portanto.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

POR QUE DEVEMOS SALVAR AS ABELHAS ?
Por: Raquel Beer – Fonte – http://veja.abril.com.br

As picadas dolorosas e o zunido insistente no ouvido fazem com que, geralmente, as abelhas não sejam lembradas de maneira amistosa – a despeito das delícias do mel. E com uma ressalva fundamental: o mel está longe de ser a grande contribuição das abelhas para a humanidade. Sem elas, metade das gôndolas de alimentos dos supermercados estaria vazia. Por meio da polinização, esses insetos promovem o seu maior impacto na biodiversidade e na produção dos alimentos: 35% das lavouras e 94% das plantas silvestres dependem dessa atividade.

A má notícia é que esse, por assim dizer, “serviço ecológico” está em risco diante de um fenômeno batizado de desordem do colapso das colônias. De 1940 até hoje, o número de abelhas diminuiu de forma drástica no mundo – nos Estados Unidos, o país mais afetado pelo problema, caiu pela metade (veja o quadro na pág. 86). Ainda é misteriosa a razão por trás desse sumiço, apesar de existirem fortes hipóteses.


Na segunda-feira 22, a ONU planeja chamar atenção para o assunto com a divulgação, em evento na Malásia, do relatório Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos. O documento, o primeiro fruto do órgão internacional Plataforma Intergovernamental para Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), procura identificar, entre outros pontos, os motivos que levaram à desordem que faz sumir as colônias e as possíveis soluções.

O trabalho é resultado do esforço conjunto de 75 pesquisadores, de diversas nações. VEJA teve acesso a informações presentes no documento. Ele combina o conhecimento acadêmico que se tem sobre as abelhas e os demais animais polinizadores (como outros insetos, aves e morcegos) e suas contribuições, traz exemplos de boas práticas para a proteção das espécies e propõe soluções para a situação adversa – como a adoção de políticas ambientalistas.

“É um tópico de enorme importância política, visto que o desaparecimento das colônias pode afetar negativamente a economia, além da dieta de cidadãos, de um país inteiro”, ressalta a bióloga Vera Lúcia Fonseca, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do IPBES, o órgão da ONU. “Antes de tudo, o relatório procura conscientizar a todos da importância dos polinizadores, além de promover a união de governos para protegê-los”, completa Vera.


Não é por acaso que a pesquisadora faz referência aos danos econômicos potenciais da desordem. Estima-se que um mercado de 218 bilhões de dólares anuais depende do serviço de polinização prestado pelas abelhas. Os Estados Unidos, o maior exportador agrícola do mundo, perderiam $ 15 bilhões de dólares por ano com a intensificação do problema – no Brasil, o prejuízo seria de $ 12 bilhões de dólares. Isso explica por que, em junho de 2014, o presidente americano Barack Obama transformou o alarme em questão de Estado, ao anunciar a criação de uma força-tarefa, composta de cientistas e políticos, para ir atrás de respostas.

Os estudiosos ainda investigam qual seria a raiz do problema. Acredita-se que sejam dois os principais fatores: a disseminação do uso de pesticidas, que enfraquecem as colônias, e a ação de parasitas, como o varroa, ácaro que ataca o organismo do animal, e o Acarapis woodi, que afeta o sistema respiratório. Entretanto, há consenso de que não existe apenas uma razão (ou duas), e sim um somatório que acabou por construir um cenário cruel para os insetos.

As abelhas estão perdendo seu hábitat quando florestas e jardins dão lugar a construções ou mesmo a plantações de uma única cultura – a espécie necessita de alimentação variada para sobreviver. As intensas mudanças climáticas pelas quais passa a Terra, em consequência do aumento da emissão de gases do efeito estufa pelo homem, também colaboram para o desaparecimento dos insetos. As estações menos definidas, além das elevações e quedas bruscas na temperatura e na umidade, acabam por bagunçar o ciclo de florescimento das flores, das quais as abelhas são dependentes.


Os Estados Unidos são tidos como o país que mais vem se movimentando para combater o ritmo da desordem. O comitê criado por Obama apresentou no ano passado o documento Estratégia Nacional para Promover a Saúde das Abelhas e Outros Polinizadores. Nele, estabeleceu-se como meta reduzir a baixa de abelhas durante o inverno a no máximo 15% em dez anos – hoje, a taxa é de 23%. Nas últimas décadas, após o inverno, as colônias não têm conseguido recuperar-se desses períodos de perda. Caso a diminuição das colônias seja menor nas estações de frio, o efeito esperado é que elas consigam se restabelecer na primavera e no verão.

Também se planeja aumentar a presença de outros polinizadores, como a borboleta-monarca. O governo americano calcula que haja atualmente 30 milhões de exemplares dessa espécie colorida na América do Norte, diante dos 970 milhões que existiam em 1996. O que se espera é reverter a queda, alcançando ao menos o número de 225 milhões. Entre as estratégias para proteger os polinizadores está, por exemplo, a restauração de 28.000 quilômetros quadrados (o equivalente ao território do Havaí) de seus hábitats nos próximos cinco anos.

Por que o lado ocidental do Hemisfério Norte tem sido mais prejudicado que o restante do planeta? O motivo é a dependência das plantações americanas e europeias de apenas um tipo de abelha, a Apis mellifera. Importada da África e da Ásia para a polinização de plantações comerciais, a espécie ganhou a preferência de apicultores por não ser agressiva e manter colônias enormes e resistentes. Agora, porém, ela é a maior vítima da amedrontadora desordem.

Na França, por exemplo, 100.000 colônias de Apis mellifera foram perdidas desde 1995, e a taxa de mortalidade das abelhas triplicou. Diante disso, Paris é uma das cidades que mais têm adotado medidas conservacionistas. Em junho do ano passado, o município assinou o protocolo Abelha: a Sentinela do Meio Ambiente. Nele, a capital francesa se comprometeu a proibir a venda de uma série de pesticidas, além de ampliar o apoio à apicultura.

Até 2020, planeja-se o plantio de 20.000 árvores em jardins parisienses, além de 300.000 novos metros quadrados de espaços verdes – em torno de um quinto da dimensão do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Paris ainda é o centro urbano com a maior presença de criadouros de abelhas da Europa, com um total de 600, ocupando uma área de 4,6 quilômetros quadrados – parte deles instalada em tetos de edifícios e casas.

Há indícios de que a redução no número de abelhas esteja se repetindo, em ritmo acelerado, em outros locais, incluindo países pobres. No entanto, muitas vezes os dados coletados não são suficientes para corroborar a tese. É o caso do Brasil, que não conta com um histórico do número de abelhas em território nacional, de forma que os pesquisadores não têm como comparar o número atual com os anteriores.


Assim, ficam sem saber se a redução é alarmante por aqui. “Mas há sinais de que também sofremos do mesmo mal”, afirma a bióloga Tereza Cristina Giannini, do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável. “Em pesquisas de campo, descobrimos que existem regiões nas quais as plantações apresentam déficit de polinização, refletido na baixa produção de frutas, flores e alimentos”, relata Tereza.

A favor do Brasil, contudo, pesa um ponto que nos deixa em posição de vantagem ante a desordem. O país não é dependente de apenas uma espécie, como ocorre com os Estados Unidos e a Europa. Uma pesquisa da revista científica Apidologie, especializada em apicultura, estima a existência de pelo menos 250 tipos de polinizadores em todo o território brasileiro, dos quais 87% são de abelhas.

Por que, então, pelo mundo afora, apesar da essencialidade desses insetos para o equilíbrio do meio ambiente, as campanhas de proteção a eles não recebem tanta atenção quanto as destinadas aos ursos-polares ou aos elefantes-africanos, por exemplo? Explicou a VEJA a bióloga americana Heather Mattila, do Wellesley College:

“O modo de funcionar do nosso sentimento de empatia está no centro desse dilema. Sentimo-nos próximos de animais parecidos conosco, grandes mamíferos que vivem em grupos e interagem socialmente. Devíamos, porém, olhar direito para as abelhas. Elas trabalham duro para alimentar suas crias, organizam-se em colônias e até se preocupam com a higiene e a segurança de suas casas. Não devia ser tão difícil para o homem identificar-se com esses elementos”.

O.k., se o fator da empatia não funcionar com as abelhas, lembre-se então de quanto elas são fundamentais para garantir a existência de grande parte dos alimentos que chegam à nossa mesa. Perto disso, um zumbido chato não é nada.


“A exposição à verdade muda a tua vida, ponto final – seja essa verdade uma revelação sobre a honestidade e integridade pessoal ou se for uma revelação divina que reestrutura o teu lugar no Universo. Por esse motivo é que a maioria (a massa ignorante do Pão e Circo) das pessoas foge da verdade, em vez de se aproximar dela”. {Caroline Myss}

“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe medo de MUDAR e da própria MUDANÇA.” – Arcanjo Miguel

Muito mais informações, leitura adicional:

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

TERREMOTOS E TSUNAMIS


Encontro de Placas Tectônicas: Imagens Espetaculares
Posted by Thoth3126 on 31/07/2018

Ruptura gigante: surpreendentes fotos subaquáticas que mostram o crescente fosso e a separação e afastamento entre duas placas tectônicas, a da Europa (Eurásia) e da América do Norte
Nadar por uma área de extrema beleza natural, este mergulhador examina os canyons submarinos em ambos os lados, um sendo a placa da Europa e o outro lado a placa da América do Norte. Imagens são das gargantas submarinas gigantescas de água doce Silfra, Nes e Nikulasargja na Islândia.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

IMAGENS SUBMARINAS SURPREENDENTES DO LOCAL ONDE DUAS PLACAS TECTÔNICAS SE AFASTAM, A PLACA DA EURÁSIA E DA AMÉRICA DO NORTE.

Ao DAILY MAIL REPÓRTER – Fonte: http://www.dailymail.co.uk/

Mas esse mergulhador britânico esta realmente mergulhando e dando um passeio na falha (Canyons submarinos) onde se separam duas enormes placas tectônicas, as placas da Eurásia e da América do Norte, que se encontram (se separam) na Islândia.

As Placas se Afastam: Alex Mustard, mergulhou 80 pés (24 metros) na fenda entre as placas da América do Norte e da Eurásia na Islândia para capturar essas fotos com imagens espetaculares da natureza do local.

Alex Mustard, 36, mergulhou na fenda entre as placas da Eurásia e a Norte-Americana, nos canyons de água doce de Silfra, Nes e Nikulasargja localizados na Islândia, para capturar essas fotos espetaculares.

A área está repleta de falhas geológicas, terremotos, erupções vulcânicas, vales, fendas, vulcões e fontes termais, causadas pelas gigantescas placas se afastando para além de cerca de um centímetro por ano.

Maduro para a exploração: a área está repleta de falhas, vales, vulcões e fontes termais, causada pelas placas se afastando cerca de um centímetro por ano

O Sr. Mustard caiu na água com os seus parceiros de mergulho e nadou através das gargantas submarinas gigantescas de água doce Silfra, Nes e Nikulasargja, que tem cerca de 200 pés (60 metros) de profundidade.


Ele também tirou fotos da chaminé Arnarnes Strytur, que forma uma pluma nebulosa enquanto a sua água aquecida (por atividade vulcânica local) à 80º C é ejetada do interior da crosta da Terra e atinge a água gelada do mar a 4º C.

Mapa das placas tectônicas e os limites de onde elas se encontram (separam). No destaque em amarelho a pequena Islândia, país onde foram feitas as imagens.

Alex Mustard, um mergulhador inglês de Southampton, disse:

“As fotos mostram um mergulho no mundo único submarino da Islândia, um local que como em terra, é formado pela paisagem vulcânica do país”. 

Inspiração: o sr Mustard queria capturar em filme características de atividade vulcânica subaquática da Islândia.

‘‘Muitas pessoas visitam a Islândia para ver esses atividades vulcânicas em terra, mas elas também continuam debaixo d’água”.

Para um mergulhador estes são lugares espetaculares para se visitar – ser capaz de “sobrevoar” através da água clara e explorar as falhas em três dimensões.

Alex Mustard, um mergulhador inglês de Southampton

‘Eu mergulhei em todo o planeta e estas, quase certamente são as águas mais claras, limpas e transparentes que eu já estive mergulhando entre todos os locais. Muitas pessoas têm uma experiência de vertigem nas paredes escarpadas com a água tão limpa e transparente.” 

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sábado, 28 de julho de 2018

A GRANDE HERESIA


Grande Heresia
Posted by Thoth3126 on 28/07/2018

CAPÍTULO XVI – A GRANDE HERESIA

Estamos conscientes de que grande parte dos últimos capítulos pode ter causado um choque a muitos leitores, especialmente àqueles que não estão familiarizados com os recentes estudos bíblicos.
Afirmar que o Novo Testamento fez uma interpretação errada de João Batista, como subordinado a Jesus, e que o sucessor oficial de João foi o mágico Simão, o Mago, está tão em contradição com a história «tradicional» que sugere uma completa invenção.
Mas, como vimos, estudiosos do Novo Testamento altamente respeitados fizeram estas descobertas com total independência: limitamo-nos a confrontá-las e a comentá-las.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

CAPÍTULO XVI – A GRANDE HERESIA – Livro “The Templar Revelation – Secret Guardians of the True Identity of Christ”, de Lynn Picknett e Clive Prince.

A maior parte dos eruditos bíblicos modernos concorda que João Batista era um destacado líder político cuja mensagem religiosa, de algum modo, ameaçava destabilizar o status quo da Palestina dessa época – e há muito que se reconheceu que Jesus era uma figura semelhante. Mas como se relaciona esta dimensão política da sua missão com o que descobrimos sobre os seus antecedentes de escolas egípcias de mistérios?
Devemos lembrar que a religião e a política eram uma e a mesma coisa, no mundo antigo, e que qualquer líder carismático que arrastasse multidões era, automaticamente, considerado uma ameaça política pelos poderes vigentes. E estas mesmas multidões seguiriam a orientação do seu líder, o que, no mínimo, deveria perturbar as autoridades. A mistura de religião e política está exemplificada no conceito de rei divino ou César divinizado. No Egito, os faraós eram considerados divindades desde o momento da sua sucessão: começavam por Hórus encarnado – o descendente mágico de Ísis e Osíris – e, terminados os ritos sagrados da morte, tornavam-se Osíris. Mesmo nos tempos do Império romano, a família reinante do Egito, a dinastia grega dos Ptolomeus – da qual Cleópatra é o membro mais famoso – era muito escrupulosa em manter a tradição do faraó-como-deus. A rainha do Nilo identificava-se muito com Ísis e era, por vezes, retratada como essa deusa.


Um dos mais persistentes conceitos associados a Jesus é a sua realeza. «Cristo-Rei» é frequentemente alternado com a designação «Cristo, o Senhor», e, embora ambas sejam usadas simbolicamente, persiste um sentimento difuso de que, de certo modo, ele pertencia à realeza – e a Bíblia está de acordo. O Novo Testamento é inequívoco neste ponto: Jesus era descendente direto do rei David, embora não se possa comprovar a exatidão desta afirmação. O ponto crucial é que o próprio Jesus se considerava de estirpe real ou queria que os discípulos assim o considerassem. Seja como for, não há dúvida de que Jesus pretendia ser o rei legítimo de todo o Israel.
Em face disto, tudo pareceria estar em contradição com a nossa ideia de que Jesus era de religião egípcia – porque prestariam atenção os judeus a um pregador não judaico, quanto mais aceitá-lo como seu rei legítimo? Como vimos no Capítulo XIII, muitos discípulos de Jesus pareciam considerá-lo judeu: presumivelmente, isso era uma parte essencial do seu plano. Contudo, a questão permanece – por que desejaria ele ser rei dos judeus? Se tivermos razão, e ele desejasse recuperar o que julgava ser a religião original do povo de Israel, para restituir ao feroz patriarcado a deusa perdida do Templo de Salomão, que melhor maneira que instaurar-se nos corações e nas mentes das massas como seu legítimo governante?
Jesus pretendia poder político: talvez isto explique o que ele esperava conseguir pela submissão ao rito iniciatório da crucificação e à subsequente «ressurreição» através da intervenção da sua sacerdotisa e companheira do casamento sagrado, Maria Madalena. Talvez acreditasse que, «morrendo» e ressuscitando, se transformaria – à maneira clássica dos faraós – no próprio deus-rei Osíris. Como imortal divinizado, Jesus teria, então, poder material ilimitado. Mas, obviamente, alguma coisa correu mal.
Como exercício gerador de poder, a crucificação teve qualquer coisa de colapso, e, presumivelmente, o esperado afluxo de energia mágica não se materializou. Como vimos, alguns eruditos, tal como Hugh Schonfield, sugerem que é improvável que Jesus tivesse perecido na cruz ou em consequência direta dos suplícios sofridos. Mas parece ter saído derrotado, ou mesmo incapacitado, não só porque o grande arranque para o poder não se materializou mas também Madalena deixou o país, chegando eventualmente a França (Marseille). Podemos especular que, sem Jesus – o seu protetor -, ela sentiu-se subitamente ameaçada pelos seus velhos opositores, Simão Pedro e os seus aliados.
A ideia de que algum judeu se tivesse mostrado receptivo a um líder não judeu parece improvável à primeira vista. Contudo, esse cenário não é impossível – porque ele, de fato, aconteceu. Josefo, em A Guerra Judaica, registra que, aproximadamente vinte anos depois da crucificação, uma figura conhecida na história apenas como sendo o Egípcio, entrou na Judeia e levantou um considerável exército de judeus para expulsar os romanos. Referindo-o como um «falso profeta», Josefo escreve:
“Chegando ao país, este homem, um impostor que se fazia passar por profeta, reuniu 30.000 ingênuos, conduziu-os por regiões desertas até ao monte das Oliveiras, e daí estava preparado para forçar a entrada em Jerusalém, dominar a guarnição romana e apoderar-se do poder supremo, tendo os seus companheiros do ataque como escolta”.

Este exército foi desbaratado pelos romanos, comandados por Félix (o governador que sucedeu a Pilatos), embora o egípcio fugisse e desapareça completamente da história. Embora existissem colônias judaicas no Egito e este aventureiro estrangeiro pudesse ser judeu, este episódio é instrutivo porque alguém que era, pelo menos, considerado egípcio pôde reunir um número substancial de judeus no seu próprio país. Outras evidências, no entanto, sugerem que este líder não era judeu: esta mesma figura é mencionada nos Atos dos Apóstolos (21:38). Paulo acabara de ser salvo da populaça, no Templo de Jerusalém, e colocado «sob proteção» pelos romanos, que estão claramente duvidosos da sua identidade. O capitão da guarda pergunta-lhe:
“Não és tu o egípcio que há pouco tempo provocou um tumulto e conduziu para o deserto quatro mil homens que eram assassinos?”
Paulo responde: “Eu sou um homem que é um judeu de Tarso… “


Este episódio levanta algumas perguntas interessantes: por que deveria um egípcio dispor-se a encabeçar uma revolta palestiniana contra os romanos? E talvez uma pergunta mais pertinente: por que teriam os romanos associado Paulo – um pregador cristão – a um agitador de multidões egípcio? Que teriam eles em comum? Há outro ponto importante: a palavra traduzida por «assassinos», na versão do rei James, é, de fato, sicarii, o nome dos nacionalistas judeus mais ativos, que eram notórios pelas suas táticas terroristas. O fato de, nesta ocasião, poderem agrupar-se a seguir um estrangeiro, demonstra que é possível que o tivessem feito no caso de Jesus.
A nossa investigação sobre Maria Madalena e João Batista lançou alguma luz sobre Jesus. Apercebemo-lo, agora, como radicalmente diferente do Cristo da tradição. Parece haver dois fios principais no conjunto da informação que emergiu sobre ele: um que o liga a um quadro não judeu, especificamente egípcio – e outro em que ele é considerado como rival de João. Se combinarmos os dois fios, que quadro irá emergir?
Os Evangelhos são muito cuidadosos em apresentar um Jesus que era literalmente divino; portanto, toda a gente – incluindo João – era espiritualmente inferior em relação a ele. Mas, quando isso é considerado como mera propaganda, a história, finalmente, faz sentido. A primeira grande diferença, em relação à história geralmente aceita, é que, pondo de lado as ideias pré-concebidas, ele não foi distinguido, desde o princípio, como Filho de Deus, nem o seu nascimento foi acompanhado por hostes angélicas. De fato, a história da sua milagrosa natividade era, em parte, um completo mito e, em parte, «plagiada» da história (igualmente mítica) do nascimento de João.
Segundo os Evangelhos, a missão de Jesus começou depois de João o ter batizado, e os seus primeiros discípulos foram recrutados entre os de João Batista. E é também como discípulo de João que Jesus figura nos textos mandeístas. Contudo, é muito provável que Jesus fosse membro do círculo interno do Batista – e, apesar de João nunca ter proclamado que ele era o esperado Messias, a história pode fazer eco de alguma genuína recomendação feita por ele. Existe mesmo a possibilidade de que ele fosse realmente o herdeiro aparente de Batista, durante algum tempo, mas alguma coisa muito séria aconteceu que fez João refletir e nomear Simão, o Mago, em vez de Jesus.
Parece ter havido um movimento de ruptura com o grupo de João. Presumivelmente, foi o próprio Jesus quem liderou o cisma. Os Evangelhos registram o antagonismo entre os dois grupos de discípulos, e sabemos que o movimento de João continuou depois da sua morte, independente do culto de Jesus. Certamente, houve alguma grande disputa ou luta de poder entre os dois líderes e os seus discípulos: testemunhemos as dúvidas de João, na prisão, sobre Jesus.
Há dois cenários possíveis. O cisma podia ter acontecido antes de João ser preso e ter sido uma ruptura completa. Há esta sugestão no Evangelho de João (3:22-36), mas não nos outros (apenas se concentram em Jesus após o seu batismo). Em alternativa, depois da prisão de João, Jesus podia ter tentado assumir a liderança – por iniciativa própria ou como legítimo lugar-tenente de João. Mas, por alguma razão, ele não foi aceite por todos os discípulos de João Batista.
Como vimos, Jesus parecia ter motivos complexos, mas é inegável que, conscientemente, representou dois importantes dramas religioso-políticos, um esotérico e outro exotérico – respectivamente, a história de Osíris e o profetizado papel de Messias judaico. O seu ministério sugere uma estratégia definida, que foi aplicada em três fases principais: primeiro, atrair as massas através da realização de milagres e curas; depois, logo que as massas começassem a segui-lo, fazendo discursos, prometendo-lhes uma Idade de Ouro (o «Reino dos Céus») e uma vida melhor; e, finalmente, levando-as a reconhecê-lo como o Messias. Devido à hiper-sensibilidade das autoridades relativamente a potenciais agitadores, sem dúvida teve de afirmar o seu messianismo de forma implícita e não proclamá-lo abertamente.


Muitas pessoas, atualmente, admitem que Jesus tinha uma agenda política, mas que ainda é considerada secundária em relação à sua doutrina. Compreendemos que era necessário colocar as nossas hipóteses sobre o seu carácter e ambições no contexto do que ele pregava. A ideia de que ele defendia um sistema ético coerente, baseado na compaixão e no amor, é tão divulgada que é considerada provada.

Virtualmente para toda a gente, da maioria das religiões, Jesus é a epítome da suavidade e da bondade. Atualmente, ainda que ele não seja considerado como o filho de Deus, ainda é julgado um pacifista, um campeão dos excluídos e do amor pelas crianças. Para os cristãos, e para um grande número de não-cristãos, Jesus é apercebido como a pessoa que quase inventou a compaixão, o amor e o altruísmo. Evidentemente, esse não é o caso; é óbvio que sempre existiram boas pessoas, em todas as culturas e religiões, mas, especificamente, a religião dos adoradores de Ísis da época dava grande ênfase à responsabilidade e moralidade pessoais, à defesa dos valores familiares e ao respeito por todas as pessoas.

Um exame objetivo dos episódios dos Evangelhos revela algo muito diferente do coerente mestre de moral, que se supõe que Jesus tenha sido. Apesar de os Evangelhos serem efetivamente propaganda pró-Jesus, o quadro que eles apresentam do homem e das suas doutrinas é inconsistente e elusivo. Em resumo, as doutrinas de Jesus, tal como o Novo Testamento as apresenta, são contraditórias. Por exemplo, ele exorta os seus discípulos a oferecerem a outra face, a perdoarem aos seus inimigos e a entregarem todos os seus bens ao ladrão que roubar alguns deles *4 – mas, por outro lado, declara: «Eu não vim trazer a paz, mas a espada» *5. Defende o mandamento «Honrarás pai e mãe», mas também afonia:

“Se alguém vier até mim, e não aborrecer o seu pai e mãe, esposa e filhos, e irmãos e irmãs, e a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.

Os seus discípulos podem ter sido incitados a odiar as suas próprias vidas, mas, ao mesmo tempo, são exortados a amar os seus próximos como a si mesmos. Os teólogos tentam explicar estas discrepâncias alegando que algumas máximas devem ser interpretadas literalmente, mas outras, metaforicamente. O problema desta afirmação, no entanto, é que a teologia foi inventada para enfrentar estas contradições. Os teólogos cristãos partem do princípio de que Jesus era Deus. Este é um exemplo primordial de raciocínio vicioso: para eles, tudo o que Jesus diz tem de estar certo, porque ele o disse, e disse-o porque estava certo. Contudo, a teoria cai por terra, se Jesus não fosse Deus encarnado e as flagrantes contradições das palavras que lhe são atribuídas pudessem ser analisadas à crua luz do dia.

Os cristãos atuais têm tendência para pensar que a imagem de Jesus se manteve imutável durante dois mil anos. De fato, a sua imagem atual é muito diferente da imagem de há dois séculos, quando a ênfase era colocada no conceito de juiz severo. A sua imagem muda de era para era, de lugar para lugar. Jesus, como juiz, foi o conceito que inspirou atrocidades, como a cruzada cátara e os julgamentos por feitiçaria; mas, desde a época vitoriana, passou a ser o «suave Jesus, manso e humilde». Estas imagens contraditórias são possíveis porque as doutrinas de Jesus, tal como os Evangelhos, podem ser tudo para todos os homens.

Curiosamente, esta mesma qualidade nebulosa pode, de fato, deter a chave da compreensão das palavras de Jesus. Os teólogos tendem a esquecer que ele se dirigia a pessoas verdadeiras que viviam num contexto político real. Por exemplo, os seus discursos pacifistas podem ter sido uma tentativa para dissipar as suspeitas das autoridades quanto ao seu potencial subversivo. Dada a agitação da época, os agrupamentos dos seus partidários teriam incluído informantes e ele tinha de ter cuidado com o que dizia. (Afinal, João fora preso devido a suspeitas de que pudesse vir a provocar uma rebelião.) Jesus tinha de ser muito cuidadoso: por um lado, tinha de conseguir apoio popular, mas, por outro, tinha de se fazer notar como não representando qualquer ameaça ao status quo – até que estivesse preparado.

E sempre importante compreender o contexto de qualquer afirmação que Jesus faz. Por exemplo, a frase «Deixai vir a mim as criancinhas” é quase universalmente considerada como um belo exemplo da sua suavidade, acessibilidade e amor pelos inocentes. Ignorando o fato de que os políticos sempre beijaram criancinhas, devemos lembrar que Jesus gostava de desafiar as convenções – acompanhava com mulheres de moral duvidosa e mesmo com cobradores de impostos. Quando os discípulos tentavam deter as mães e as crianças, Jesus interveio e mandou-as avançar. Este podia ser outro exemplo do seu prazer em não respeitar as convenções ou simplesmente mostrar aos discípulos quem dava as ordens. Do mesmo modo, quando Jesus se refere às criancinhas:

“Qualquer um que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó (pedra) de moinho e fosse lançado ao mar.”


A maior parte das pessoas interpreta estas palavras como uma afirmação do amor do seu Deus pelas crianças. Mas poucas pessoas notam a qualificação – «que crêem em mim». Nem todas as crianças estão habilitadas ao seu amor, apenas aquelas que pertencem aos seus discípulos. De fato, ele está a abusar da insignificância das crianças dizendo, com efeito, «mesmo uma criança que me segue é importante». A ênfase não é nas crianças – é na sua própria importância.

Como vimos no caso da Oração do Senhor, as palavras de Jesus mais conhecidas – e mais famosas – são também, ironicamente, as mais discutíveis. «Pai Nosso, que estais no Céu» não era uma expressão inventada por Jesus: parece que João também as usava, na época, e, seja como for, elas tinham origem nas orações a Osíris-Amon. E é também o caso do Sermão da Montanha – como escreve Bamber Gascoigne, em The Christians, «Nada no Sermão da Montanha é exclusivamente original de Cristo». Mais uma vez, verificamos que Jesus profere palavras que já tinham sido atribuídas a João Batista. Por exemplo, no Evangelho de Mateus (3:10), João diz «[…] toda a árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo».

Depois, mais tarde, no mesmo Evangelho (8:19-20), no Sermão da Montanha, Jesus repete esta metáfora, palavra por palavra, acrescentando: «Porque pelos frutos as conhecereis.» Embora seja improvável que Jesus tivesse feito o sermão conhecido por Sermão da Montanha, é provável que ele representasse os pontos-chave da sua doutrina – como ela foi interpretada pelos evangelistas. Embora um desses elementos, pelo menos, já fosse reconhecido como pertencente à mensagem de João, o sermão é, sem dúvida, complexo: inclui declarações éticas, espirituais – e mesmo proféticas – e, portanto, merece um exame mais atento.

A evidência de que Jesus tinha uma agenda política é excepcionalmente forte. Partindo deste princípio, muitas das suas elusivas máximas fazem sentido. O Sermão da Montanha parece ser formado por uma série de curtas frases que são particularmente reconfortantes devido à autoridade com que são proferidas, tais como «bem-aventurados os puros de coração porque eles verão Deus». Contudo, os cínicos podem considerá-las apenas como uma série de lugares-comuns, ou melhor, de promessas absurdas («bem-aventurados os humildes porque eles possuirão a Terra»). Afinal, todos os revolucionários da história tentaram tornar-se populares junto das pessoas vulgares, apelando especialmente aos descontentes e aos pobres, tal como um político podia, atualmente, fazer promessas aos desempregados. Tudo isto se ajusta, como um todo, à agenda de Jesus: os seus repetidos ataques aos ricos são uma parte essencial do seu apelo ao apoio popular, dado que os ricos sempre foram o foco de descontentamento.

Permanece o fato de que as palavras de Jesus – «amai os vossos inimigos /bem- aventurados os pacíficos /bem-aventurados os misericordiosos – parecem ser as de um homem genuinamente misericordioso, afetuoso e solícito. Fosse, ou não, o filho de Deus, ele parece ter encarnado um espírito notável. Se aparentamos expressar algum cinismo sobre o homem e os seus motivos, só o fazemos porque acreditamos que a evidência sugere que ele é justificado. Para começar, e como vimos, as palavras de Jesus – pelo menos, tal como os Evangelhos as registram – eram geralmente ambíguas, algumas vezes completamente contraditórias, e, ocasionalmente, pode provar-se que foi João Batista o seu autor.

Mesmo assim, as nossas sugestões podiam ser consideradas contraditórias: por um lado, questionam os motivos e mesmo a integridade de Jesus, enquanto, por outro, o alinham firmemente ao terno e misericordioso culto de Ísis (culto ao Feminino Divino). Contudo, não há qualquer contradição: ao longo da história, homens e mulheres foram atraídos por um grande número de religiões ou de sistemas políticos e tornaram-se seus adeptos fervorosos e só mais tarde os usaram para promover as suas próprias causas, talvez mesmo convencidos de que visavam os melhores interesses da sua organização. Tal como a história revelou que o cristianismo – que se proclama a religião do amor e da misericórdia – criou filhos e filhas que viveram vidas menos do que exemplares, também a religião de Ísis sofreu as depredações da natureza humana ao longo dos anos.

Assim, Jesus era um mágico taumaturgo que atraía as multidões porque as entretinha. A expulsão de demônios devia ter sido espetacular e garantia que o exorcista fosse motivo de conversas durante meses, depois de ter abandonado a aldeia. Tendo captado a atenção das multidões, Jesus começou a doutriná-las para se instituir como Messias. Mas, como vimos, Jesus começou por ser discípulo de João, o que sugere a pergunta – Batista tinha as mesmas ambições? Infelizmente, dada a escassa informação disponível, é impossível ir além da especulação. E, embora a imagem que temos de João dificilmente seja a de um ativo organizador político, a nossa concepção daquela figura, severamente justa, provém das páginas da propaganda do movimento de Jesus – os Evangelhos do Novo Testamento. 

Por um lado, Herodes Antipas mandara prender João (segundo o mais fiável relato de Josefo) porque o considerava um subversivo potencial, mas a prisão foi mais um gesto de antecipação do que uma reação a alguma coisa que ele tivesse dito ou feito. Por outro lado, os discípulos de João, incluindo os mandeístas, não parecem reconhecer ao seu líder qualquer ambição política, mas talvez isso se deva ao fato de João ter sido preso antes de se ter podido manifestar – ou apenas porque desconheciam os seus motivos secretos.


O acontecimento que marcou o momento em que Jesus entrou em ação parece ter sido o da multiplicação dos pães. Os Evangelhos descrevem-no como um piquenique milagroso, com um espantoso número de pessoas e a multiplicação do magro recurso de cinco pães de centeio e dois peixes, de forma a alimentar cinco mil pessoas – mas, na época, a história tinha um profundo significado, que se perdeu: primeiro, o milagre é totalmente diferente de todos os outros atribuídos a Jesus – os outros milagres, que se destinavam ao público em geral, diziam respeito a curas de vários gêneros. Em segundo lugar, os próprios Evangelhos sugerem que há alguma coisa importante neste episódio que nem eles próprios compreendem. O próprio Jesus reforça esta sugestão com estas palavras misteriosas: «Vós procurais-me, não porque compreendais os sinais mas porque comeis os pães.» No Evangelho de Marcos, pelo menos, ninguém se mostra assombrado pelo acontecimento. Como escreve A. N. Wilson:

O milagre, ou sinal, concentra-se na comida e não na multiplicação do pão. Na verdade, é notório que, no relato de Marcos, ninguém revela o menor espanto por este incidente. Quando Jesus cura um leproso ou um cego, toda a gente tem conhecimento disso. Em Marcos, não há absolutamente nenhum assombro.

A importância da multiplicação dos pães não era a sua natureza paranormal. É possível que os evangelistas inventassem a parte milagrosa da história, porque eles sabiam que deviam realçá-la, embora não soubessem exatamente o por quê. O ponto-chave é que se encontravam lá, segundo o Evangelho, cinco mil homens – também podia haver um número não especificado de mulheres e crianças, mas elas são irrelevantes nesta história. O relato pode começar por referir as cinco mil pessoas, mas, mais tarde, especifica que esta era uma multidão de homens. Há nisto um significado especial: é realçado que Jesus os mandou sentar todos juntos. A. N. Wilson escreve:

Que os homens se sentem! Que se sentem os essénios! Que se sentem os fariseus! Que se sente Iscariotes… que se sente Simão, o Zelota, com este grupo de guerrilha terrorista! Sentem-se. Oh! Homens de Israel!

Com efeito, Jesus fazia sentar, de forma pacífica, facções até então inimigas para partilharem uma refeição ritual. Como defende A. N. Wilson, parece ter sido literalmente uma reunião de clãs – um grande agrupamento de velhos inimigos, temporariamente, pelo menos, reunidos por Jesus, o antigo discípulo de João Batista. A própria linguagem de Marcos (6:39-40) é altamente sugestiva dum acontecimento militar:

E ordenou [aos discípulos] que fizessem sentar a todos, em grupos, sobre a erva verde. E eles sentaram-se em grupos de cem e de cinquenta.

Segundo o Evangelho de João (6:15), foi em consequência direta do «milagre dos pães» que aqueles homens quiseram fazer de Jesus rei. Evidentemente, foi um grande acontecimento, mas parece ter mais importância que o significado óbvio – porque ele acontece imediatamente após a decapitação de João. Mateus (14:13) relata assim a história:

E Jesus, ouvindo isto [a morte de João], retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, afastado, e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.

Jesus pode ter ficado tão sucumbido pela dor, ao receber a notícia da morte de João, que necessitasse da paz de uma região deserta, que, infelizmente, em breve foi abalada pela chegada de uma multidão de pessoas que queriam ouvi-lo pregar. Talvez as pessoas desejassem assegurar-se de que os ideais de João não tinham morrido com ele e de que a sua continuidade estava assegurada através de Jesus.

Seja como for, a morte de João foi muito importante para Jesus. Preparou-lhe o caminho para se tornar líder do grupo e, possivelmente, para tomar a direção de toda aquela gente. E provável que ele já tivesse tomado a direção do movimento de João, depois da prisão deste, e, quando as pessoas tiveram a notícia da subsequente execução de Batista, acorressem a seguir o seu lugar-tenente, Jesus.

Surgem muitas perguntas sem resposta relacionadas com todo o episódio da prisão de João: mais uma vez, parece que os evangelistas estão a esconder alguma coisa. Segundo os Evangelhos, João foi preso por ter condenado publicamente o casamento ilegal de Herodes com Herodíades, enquanto o relato de Josefo afirma que João foi preso por ser considerado uma ameaça, efetiva ou potencial, ao governo de Herodes. No seu relato, Josefo não apresenta pormenores das circunstâncias da morte de Batista nem do modo como foi executado. E há também a mudança de opinião, aparentemente súbita, de João sobre o messianismo de Jesus: talvez tivesse sabido alguma coisa sobre Jesus enquanto estava na prisão, e que lançasse dúvidas sobre ele. E, como vimos, há alguma coisa claramente insatisfatória nas razões apresentadas para a morte de João: segundo os Evangelhos, Herodes foi persuadido por Herodíades a mandar matar João, tendo Salomé como intermediária.


A morte de João, segundo a versão dos Evangelhos, apresenta vários problemas. Referem que Salomé, agindo segundo as instruções da mãe, Herodíades, pede a Herodes a cabeça de João Batista – e ele acede, embora com relutância. Este é um cenário extremamente improvável: dado o que se conhece sobre o grau da popularidade de João, dificilmente Herodes seria suficientemente tolo para o mandar matar por um capricho tão perverso. João Batista, enquanto vivo, pode ter constituído uma ameaça, mas talvez se tivesse tomado muito mais perigoso como mártir. Herodes, evidentemente, pode ter considerado que valia a pena correr o risco e ter exercido a sua autoridade, independentemente da grandeza do movimento de Batista. Nesse caso, teria mandado executar João, por sua ordem inequívoca: certamente, não teria atuado numa questão grave simplesmente para satisfazer uma enteada sádica. Dadas as circunstâncias, parece estranho que não tivesse havido uma enorme agitação civil ou mesmo uma revolta. Como vimos, Josefo regista que o povo atribuiu a esmagadora derrota sofrida, pouco depois, pelo exército de Herodes a castigo divino pela morte de João, o que, no mínimo, revela que a tragédia teve um forte e duradoiro impacto.

Contudo, não houve nenhuma revolta. Em vez dela, toda a tensão foi dissipada por Jesus, que, como vimos, imediatamente presidiu à multiplicação dos pães. Jesus acalmou a multidão? Conseguiu reconfortá-la pela morte do seu amada Batista? Pode tê-lo feito, mas, nos Evangelhos, não há qualquer referência a esse respeito. Mas é evidente que muitos dos discípulos de João aperceberam Jesus como tendo revestido o manto do seu líder morto.

Assim, a morte de João, segundo a versão dos Evangelhos, faz pouco sentido. Por que teriam eles achado necessário inventar uma história tão complicada? Afinal, se a sua intenção fosse simplesmente minimizar a grandeza do movimento de João, podiam tê-lo transformado no primeiro martírio cristão. Deste modo, descrevem-na como a consequência de uma sórdida intriga palaciana. Mas por que fariam os evangelistas os possíveis por insistir em que Herodes surgisse como um homem decente, persuadido por mulheres astuciosas a ordenar um ato tão terrível? Parece, portanto, que existira uma intriga palaciana que rodeava a morte de João, e que era demasiado conhecida para que os evangelistas a ignorassem. Mas, ao reescrever a história para servir os seus propósitos, os evangelistas, involuntariamente, criaram um absurdo.

Herodes Antipas não beneficiou, de modo algum, com a morte de João – a condenação do seu casamento era, presumivelmente, muito conhecida e o mal estava feito. No entanto, verificava-se o inverso: a morte de João tornava-lhe a situação mais difícil. Então, quem se beneficiou com a morte de João? Segundo a teóloga australiana Barbara Thiering, tinham circulado rumores, na época, que atribuíam a responsabilidade à facção de Jesus.

Por chocante que possa parecer, de início, nenhum outro grupo conhecido teria se beneficiado mais com o afastamento de João Batista. Apenas por esta razão, os apoiantes de Jesus não deviam ser ignorados, se – como suspeitamos – a morte de João fosse, de fato, um assassínio inteligentemente planejado. Afinal, conhecemos a identidade do líder rival sobre o qual ele decidiu levantar dúvidas enquanto estava na prisão, no que deve ter constituído a sua última declaração pública.

Contudo, albergar suspeitas é uma coisa e encontrar provas que as apoiem é outra muito diferente. Depois de terem passado dois mil anos, evidentemente que é impossível encontrar pistas novas e diretas sobre a verdade desta questão, mas ainda é possível descobrir o esboço de um quadro de provas circunstanciais que, certamente, nos fazem refletir. Afinal, como vimos, deviam existir razões específicas para a tradição joanina, para – na melhor das hipóteses – a frieza dos heréticos, em relação a Jesus, e, na mais extrema, para a forte hostilidade dos mandeístas em relação a ele. As razões deviam residir nas circunstâncias que rodearam a morte de João.

Curiosamente, embora este seja um dos mais famosos de todos os episódios do Novo Testamento, apenas conhecemos o nome da filha de Herodíades – Salomé – graças a Josefo. Os evangelistas evitaram cuidadosamente referi-lo, embora registrem os nomes de todos os outros protagonistas principais desta cena. Seria possível que eles estivessem deliberadamente a escondê-lo?

Jesus tinha uma discípula chamada Salomé. Contudo, apesar de o seu nome ser referido como uma das mulheres que se encontrava junto da cruz e que acompanhou Madalena ao túmulo, no Evangelho de Marcos, em Mateus e Lucas – que usou Marcos como fonte -, ela desapareceu misteriosamente. Além disso, já vimos a curiosa omissão do episódio, aparentemente inócuo, do Evangelho de Marcos, que é revelado em The Secret Gospel de Morton Smith:

Depois ele entrou em Jericó. E a irmã do jovem que Jesus amava estava lá, acompanhada pela mãe de Jesus e por Salomé, mas ele recusou recebê-las.

Ao contrário da omissão da ressurreição de Lázaro, não há nenhuma razão óbvia para excluir este incidente. Assim, parece que os evangelistas tinham motivos próprios para não se referirem a Salomé. (Ela surge, no entanto, no Evangelho de Tomás – um dos textos de Nag Hammadi – deitada num sofá com Jesus, no chamado Evangelho Perdido dos Egípcios e na Pistis Sophia, onde é retratada como discípula e catequista de Jesus.) Sabe-se que Salomé era um nome vulgar, mas o próprio fato de que era suficientemente importante para que os evangelistas o eliminassem, com tanto cuidado, tem o efeito de chamar a atenção para a Salomé que seguia Jesus.


Certamente, João Batista tinha-se tornado um embaraço para o movimento cismático de Jesus. Mesmo na prisão, ele conseguira expressar as suas dúvidas sobre a posição do seu antigo discípulo – que eram tão preocupantes que, como vimos, o seu sucessor oficial não foi Jesus, mas Simão, o Mago. Depois, este carismático profeta, com um considerável movimento, é morto devido a um capricho da família Herodes, que não podia ser tão ingênua que subestimasse a reação potencial do povo.

Como vimos, alguns eruditos, tal como Hugh Schonfield, defendem, de forma convincente, que existia um grupo-sombra que parece ter facilitado a missão de Jesus – e que podia ter considerado prudente afastar definitivamente Batista. A história está cheia de exemplos de mortes convenientes, as de Dagoberto II e de Thomas Becket, que, de uma só vez, afastaram os dissidentes e o obstáculo final à ambição do novo regime. Talvez a execução de João se enquadre nesta categoria. Este grupo teria concluído que era tempo de afastar da cena o grande rival de Jesus? É evidente que Jesus podia ter ignorado totalmente o crime cometido em seu proveito, tal como Henrique II nunca pretendeu que os cavaleiros matassem o arcebispo Thomas Becket.

O grupo que apoiava Jesus parece ter sido rico e influente, portanto, podia ter tido contatos no interior do palácio de Herodes. Sabemos que isto não era impossível, porque mesmo os discípulos imediatos de Jesus tinham, pelo menos, um contato conhecido dentro do palácio: os Evangelhos referem o nome da discípula Joana como sendo a mulher de Chuza, o mordomo de Herodes.

Seja qual for a verdade da questão, o fato é que havia alguma coisa que corria muito mal na relação entre Batista e Jesus, alguma coisa em que os heréticos acreditaram durante séculos e que os eruditos estão, por fim, a começar a reconhecer, ainda que seja apenas o fato de que eram rivais. No mínimo, a antipatia dos heréticos por Jesus pode basear-se na ideia de que ele não passava de um oportunista sem escrúpulos, que explorou a morte de João em proveito próprio, assumindo a liderança do movimento com uma prontidão indecorosa – especialmente quando o legítimo sucessor de João era, realmente, Simão, o Mago. Talvez o mistério que rodeia a morte de João apresente a solução para a ênfase, de outro modo inexplicável, na veneração de João, superior à de Jesus, entre os grupos que discutimos ao longo desta investigação.

Como vimos, os mandeístas veneram João como o «Rei da Luz», enquanto depreciam Jesus como um falso profeta que desencaminhou o povo – exatamente como é retratado no Talmude, onde também é descrito como feiticeiro. Outros grupos, como os Templários, adotaram uma perspectiva menos radical, mas, todavia, veneravam João acima de Jesus. Esta veneração encontrou suprema expressão na Virgem dos Rochedos de Leonardo e é reforçada por elementos de outras obras, que discutimos no Capítulo I.

Quando, pela primeira vez, reparamos na obsessão de Leonardo pela supremacia de João Batista, interrogamos-nos se ela seria apenas uma fantasia da sua parte. Mas, depois de examinar minuciosamente o conjunto de evidências da existência de um culto mais vasto de João, fomos forçados a concluir que não só esse culto existia mas também que sempre existira, paralelo à Igreja romana, mantendo o seu segredo bem guardado. A Igreja de João teve vários rostos, ao longo dos séculos, como o dos antigos guerreiros-monges e o do seu braço político, o Priorado de Sião. Secretamente, muitos veneravam João quando dobravam o joelho perante «Cristo» – como vimos, o Priorado de Sião, que confere aos seus grão-mestres o título de «João», deu início a esta tradição com «Jean II». Pierre Plantard de Saint-Clair explica este fato com o que parece ser uma non sequitur: «João I» está reservado para Cristo.

Evidentemente, apresentar bons argumentos a favor da existência de grupos que acreditaram que Jesus era um falso profeta, ou mesmo que tivera participação no assassínio de João Batista, não é, de modo algum, a mesma coisa que provar que estas coisas foram, de fato, assim. O que é certo é que as duas Igrejas existem lado a lado há dois mil anos; a Igreja de Pedro, que venera Jesus não só como o único homem perfeito mas também como Deus encarnado – e a Igreja de João, que considera Jesus como exatamente o oposto. Talvez nenhuma delas tenha o monopólio da verdade e que o que vemos refletido nestas facções opostas seja apenas a continuação da antiga contenda entre os discípulos dos dois mestres.

Contudo, o próprio fato da existência de uma tradição, como a Igreja de João, demonstra forçosamente que há muito devia ter sido feita uma reavaliação radical das personagens, papéis e legados de João Batista e de Jesus «Cristo». Mas aqui está em jogo muito mais do que isso.

Se a Igreja de Jesus assentar na verdade absoluta, então, a Igreja de João assenta numa mentira. Mas, se invertermos a situação, somos confrontados com a possibilidade de umas das mais terríveis injustiças da História. Não estamos a afirmar que a nossa cultura tenha venerado o Cristo errado, porque não há nenhuma prova de que João Batista pretendesse esse papel ou de que ele tivesse existido, tal como o interpretamos hoje, até que Paulo o inventasse para Jesus. Mas, em todo o caso, João foi morto devido aos seus princípios, e acreditamos que eles tinham origem direta na tradição da qual ele adotou o ritual do batismo. Esta era a antiga religião da gnose pessoal, da iluminação, da transformação espiritual do indivíduo – os mistérios do culto de Ísis e Osíris.


Jesus, João Batista e Maria Madalena pregavam, essencialmente, a mesma mensagem – mas, ironicamente, não era aquela que a maioria das pessoas supõe ser. Este grupo do século I introduziu a sua forma de intenso conhecimento gnóstico do divino na Palestina, batizando os que desejavam possuir este conhecimento místico – iniciando-os na antiga tradição ocultista. Também faziam parte deste movimento Simão, o Mago, e a sua consorte Helena, cuja magia e milagres eram, como os associados a Jesus, parte intrínseca das suas práticas religiosas. O ritual era central para este movimento, desde o batismo até à representação dos mistérios egípcios. Mas a suprema iniciação acontecia através do êxtase sexual.

Contudo, nenhuma religião, seja qual for o seu credo, garante superioridade moral ou ética. A natureza humana sempre se manifesta, criando o seu próprio sistema híbrido, ou, nalguns casos, a religião torna-se num culto de uma personalidade. Este movimento, na essência, pode ter sido dedicado à Ísis, com toda a ênfase no amor e na tolerância que a religião pretende instilar; mas, mesmo na sua pátria, o Egito, registraram-se muitos casos de corrupção entre os sacerdotes e as sacerdotisas. E nos dias turbulentos da Palestina do século I, quando os homens ansiavam por um Messias, a mensagem confundiu-se com uma vaga de ambições pessoais. Como sempre, quanto mais alta é a posição mais provável é o abuso do poder.

As conclusões e implicações desta investigação serão novidade para a maioria dos leitores, e, sem dúvida, chocantes para muitos. Contudo, como esperávamos demonstrar, estas descobertas surgiram gradualmente, à medida que examinávamos as evidências. Em muitos casos, existiu o que muitas pessoas considerarão um forte apoio dos estudos modernos. E, no final, o quadro que emerge é, no mínimo, muito diferente daquele a que estávamos habituados a aceitar.

O novo quadro das origens do cristianismo e do homem, em cujo nome foi fundada uma religião, comporta implicações de profundidade surpreendente. E, embora estas implicações sejam novidade para muitas pessoas, elas foram reconhecidas por um estrato particularmente obstinado da sociedade ocidental, desde há séculos. E estranhamente perturbador considerar, mesmo por um momento, a possibilidade de os heréticos terem razão.

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”. – Mateus 7:13,14

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Mateus 7:15-19

“Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre MUITA aflição”– Provérbios 13, 20

“Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes” – 1 Coríntios 15, 33

Saiba mais, leitura adicional:

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APENAS SEIS CORPORAÇÕES CONTROLAM A MÍDIA NOS EUA


Mídia nos EUA: apenas 6 Corporações controlam (manipulam) a Informação.
Posted by Thoth3126 on 18/07/2018

Em 1983, havia cerca de 50 corporações que controlavam a grande maioria de todos os meios de comunicação nos Estados Unidos. Hoje, a propriedade da mídia jornalística esta concentrada nas mãos de apenas seis-6 corporações de mídia incrivelmente poderosas. 
Esses gigantes corporativos controlam a maioria do que assistimos, ouvimos e lemos todos os dias. Eles são donos de redes de televisão, canais de TV a cabo, estúdios de cinema, jornais, revistas, produtoras de filmes, editoras, gravadoras e até mesmo de muitos dos nossos sites favoritos …
{n.t.- Excerto do Post: “Anjos Caídos, The Watchers (os Vigilantes)”: Usaremos nossa mídia para controlar o fluxo de informações e o sentimento deles em nosso favor. Quando eles se insurgirem contra nós vamos esmagá-los como insetos, pois eles são menos do que isso. Eles serão impotentes para fazer qualquer coisa pois eles não terão armas. Suas mentes estarão limitadas por suas crenças e hábitos, as MESMAS crenças e hábitos que NÓS ESTABELECEMOS para suas vidas desde tempos imemoriais (desde o surgimento da Babilônia). Usaremos todas as ferramentas que temos para fazer isso. As ferramentas serão fornecidas pelo trabalho deles. Vamos torná-los inimigos entre si e que odeiem seus vizinhos. Nós iremos sempre esconder a verdade divina deles, de que somos todos um… Fim de citação}. 
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Mídia dos EUA, as seis Corporações Gigantes que controlam e manipulam a (DES) INFORMAÇÃO. Infelizmente, a maioria dos norte americanos nem sequer para e reflete sobre quem os está alimentando com as horas intermináveis de notícias manipuladas e (um monte de baboseiras) entretenimento que eles engolem diariamente (enquanto consomem quilos e litros de porcarias à frente da TV). 



A maioria dos americanos (e da população mundial) não parece realmente se preocupar com quem detém o controle dos seus meios de comunicação. Mas deveriam. A verdade é que cada um de nós está profundamente influenciado pelas mensagens que estão constantemente sendo trituradas em nossas cabeças pela mídia. O americano médio assiste há 153 horas de televisão por mês (6,375 dias ou 21,25% do mês inteiro). 

Na verdade, a maioria dos americanos começam a se sentir fisicamente desconfortável se ficar muito tempo sem ver ou ouvir alguma coisa na TV. Infelizmente, a maioria dos americanos se tornou absolutamente viciado em notícias (induzidas) e shows de entretenimento (pura baboseira) e a propriedade de todas as notícias e a produção de entretenimento que desejamos está ficando concentrada nas mãos de cada vez menos pessoas a cada ano.

As seis empresas que coletivamente controlam a mídia dos EUA são hoje a Time Warner, Walt Disney, Viacom, Rupert Murdoch, CBS Corporation e NBC Universal. Juntas, as “Big Six” (Seis Grandes) redes de notícias absolutamente dominam o entretenimento nos Estados Unidos. 

Mas até mesmo as áreas de mídia que o “Big Six” não controlam completamente estão se tornando cada vez mais concentradas. Por exemplo, a Clear Channel possui agora mais de 1.000 estações de rádio em todos os Estados Unidos. Empresas como Google, Yahoo, Facebook e Microsoft estão cada vez mais dominando a Internet.

Mas é o “Big Six”, que são as maiores preocupações. Quando você controla o que os americanos assistem, ouvem e leem você ganha um grande controle sobre o que eles pensam e sobre as suas vidas. Eles não chamam isso de “programação” para nada. Em 1983 já era ruim o suficiente para que cerca de 50 empresas dominassem a mídia dos EUA. Mas desde aquela época, o poder do controle sobre a mídia tornou-se rapidamente concentrado nas mãos de cada vez menos pessoas….


“Em 1983, cinquenta corporações dominavam a maior parte de todos os meios de comunicação de massa e a maior concentração de mídia na história foi um negócio de US$ 340milhões. … Já em 1987, essas cinqüenta empresas ficaram reduzidas a 29. … Em 1990, as 29 empresas se reduziram para 23. … Em 1997, as maiores empresas eram apenas em número de dez e envolveu cifra de Us$ 19 bilhões de dólares do acordo de fusão Disney-ABC, no momento em que havia a maior concentração de mídia até então. … Mas em 2000 a corporação AOL Time Warner envolveu US$ 350 bilhões de dólares resultante da fusão que foi de mais de 1.000 vezes maior do que o maior negócio do ramo feito em 1983″ – Extraído do livro de Ben H. Bagdikian, ’’O Monopólio da Mídia’’, Sexta Edição, (Beacon Press, 2000), páginas 20 e 21.

Hoje, apenas seis colossais torres gigantes de mídia detém todo o resto. Grande parte das informações no quadro abaixo vem via mediaowners.com. O gráfico abaixo revela apenas uma pequena fração dos meios de comunicação que estes seis gigantes realmente possuem ….

O número de empresas de comunicação que controlam a maioria das empresas de mídia dos EUA hoje é de apenas CINCO grupos.

Time Warner

Home Box Office (HBO), Time Inc.,Turner Broadcasting System Inc., Warner Bros Entertainment Inc., CW Network (propriedade parcial), New Line Cinema, Time Warner Cable, Cinemax, Cartoon Network, TBS, TNT, America Online, MapQuest, Moviefone, Marie Clare, Castle Rock, Sports Illustrated, TMZ Fortune , a revista People

Walt Disney

ABC Television Network, Disney Publishing, ESPN Inc., Disney Channel, SOAPnet, A & E, LIFE, Buena Vista Home Entertainment, Buena Vista Theatrical Productions, Buena Vista Records, Disney Records, Hollywood Records, Miramax Films, Touchstone Pictures, Walt Disney Pictures, Pixar Animation Studios, Buena Vista Games, Hyperion Books.

Um antigo e estranho, mas nada sutil anúncio do refrigerante 7up, usando a fofura dos bebês para vender refrigerante !!!

Viacom

Paramount Pictures, Paramount Home Entertainment, Black Entertainment Television (BET), Comedy Central, Television Country Music (CMT), Logo, MTV, MTV Canadá, MTV2, Nick Revista, Nick at Nite, Nick Jr., Nickelodeon, Noggin, Spike TV, The Movie Channel, TV Land e VH1. 

News Corporation

Dow Jones & Company, Inc., FOX REDE de televisão, The New York Post, FOX Searchlight Pictures, Beliefnet, FOX Business Network, FOX Kids Europe, FOX News Channel, FOX Sports Net, FOX Television Network, FX, My Network TV, MySpace, News Limited Notícias, Phoenix InfoNews Canal, Phoenix Filmes Canal, Sky PerfecTV, Velocidade Canal, STAR TV Índia, STAR TV Taiwan, Star World, Times Higher Education Supplement Revista, Tempos revista literária do Suplemento, Times de Londres, 20th Century Fox Home Entertainment, 20th Century Fox International, 20th Century Fox Studios, 20th Century Fox Television, BSkyB, DIRECTV, The Wall Street Journal, FOX Broadcasting Company, FOX, Interactive Media, FOXTEL, HarperCollins Publishers, O National Geographic Channel, National Rugby League, Notícias Interativo, Notícias exterior, Radio Veronica, ReganBooks, Sky Italia, Sky Radio Dinamarca, Sky Radio Alemanha, Sky Radio Holanda, ESTRELA Zondervan


CBS Corporation

CBS News 
CBS Sports 
CBS Television Network 
CNET 
Showtime 
TV.com 
CBS Radio Inc. (130 estações) 
CBS Consumer Products 
CBS Outdoor 
CW Network (50% de participação) 
Infinity Broadcasting 
Simon & Schuster (Pocket Books, Scribner) 
Westwood Rede Radio One

NBC Universal

Bravo, CNBC, NBC News, MSNBC, NBC Sports, Rede televisão NBC, Oxigen, SciFi Revista, SyFy (Sci Fi Channel), Telemundo, EUA Network, Weather Channel, Focus Features, NBC Universal Television Distribution, NBC Universal Television Studio, Paxson Communications (apropriação parcial), Trio, Universal Parks & Resorts, Universal Pictures, Universal Home Studio vídeo.

Estas gigantescas corporações de mídia não existem objetivamente para dizer a verdade ao povo americano (ou para qualquer outro povo). Pelo contrário, o objetivo principal de sua existência é para ganhar dinheiro e controlar e manipular a mente das massas.

Estas corporações gigantescas de mídia não vão fazer nada para ameaçar os seus relacionamentos com os seus maiores anunciantes (também grande corporações como as maiores empresas farmacêuticas que literalmente gastam bilhões em publicidade, para vender veneno) e de uma forma ou outra dessas corporações gigantes de mídia estão sempre indo expressar os pontos de vista ideológicos dos seus proprietários (ou de quem os controla). 


Felizmente, um número crescente de norte americanos está começando a acordar e estão percebendo que a grande mídia não deve ser nada confiável. 

De acordo com uma nova pesquisa que acaba de ser lançado pelo Instituto Gallup, o número de americanos que têm ainda alguma confiança na mídia impressa (57 %) está em uma acentuada queda nunca vista antes em todos os tempos.

Essa é uma razão pela qual vemos as mídias alternativas apresentarem um crescimento tão rápido ao longo dos últimos anos. Os principais e tradicionais meios de comunicação tem vindo a perder credibilidade a um ritmo vertiginoso, e os americanos estão começando a procurar outro lugar para ver a verdade sobre o que realmente está acontecendo.

Você acha que alguém no fluxo de notícias normal vai realmente lhe dizer que a Reserva Federal dos EUA é ruim para a América, ou que estamos diante de uma terrível bolha de derivativos (criada artificialmente em 2008) no mercado financeiro que poderia destruir o sistema financeiro do mundo inteiro? 

Você acha que alguém na grande mídia iria realmente lhe dizer a verdade sobre a desindustrialização da América ou a verdade sobre a cobiça voraz do grupo Goldman Sachs e de suas manipulações no mercado financeiro, ou que o mercado financeiro se transformou em um enorme Casino?

Claro que há alguns repórteres corajosos na grande mídia que conseguem escapar e trazer à luz algumas histórias do passado de seus patrões corporativos de vez em quando, mas em geral há um entendimento muito claro de que há certas coisas que simplesmente não será dito ou permitido que você tome conhecimento, na principal corrente de notícias.

Mas os norte americanos estão se tornando cada vez mais esfomeados pela verdade, e eles estão se tornando cada vez mais insatisfeitos com a idiotização e robotização dos meios de comunicação e que eles estão publicando como “notícia difícil de aceitar” nos dias de hoje. Então o que você pensa sobre o estado dos principais meios de comunicação? Sinta-se livre para deixar um comentário com sua opinião em http://theeconomiccollapseblog.com/


ABAIXO ALGUMAS DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELOS “FORMADORES, MANIPULADORES E CONTROLADORES DE OPINIÕES”, HÁBITOS, PENSAMENTOS E O COMPORTAMENTO COLETIVO, PERPETRADO POR AQUELES QUE CONTROLAM TODO O SISTEMA ATRAVÉS DO CONTROLE DO CONTEÚDO E PROGRAMAÇÃO DAQUILO QUE É PRODUZIDO E PUBLICADO PELOS GRANDES CONGLOMERADOS DE MÍDIA DO PLANETA:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO. 

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da história humana, da economia, da psicologia, da política, da neurobiologia e da cibernética.

“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado (com baboseiras), ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja/fazenda como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES. 

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o (aparente) mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da sua própria liberdade. Ou também criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário para combater a pseudo crise (criada artificialmente), com o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ganhos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa (bovina), tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE FOSSEM CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental (o que é a realidade quando analisada do ponto de vista da CONSCIÊNCIA do indivíduo, a maioria da população TEM MENTALIDADE infantil). Quanto mais se intenciona buscar enganar ao espectador, mais se busca a adoção de um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL (medo) MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO MENTAL.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias manipuladas e preconcebidas, desejos, medos e temores, compulsões, ou para induzir comportamentos …


7- MANTER O PÚBLICO EM GERAL NA IGNORÂNCIA, MEDIOCRIDADE E IMBECILIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua própria escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE COM A MEDIOCRIDADE.

Promover ao consciente de massa público para achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar, imbecil e inculto…(movimento punk, drogas …)

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução e MUDANÇA NO STATOS QUO CONTROLADO o que beneficia os manipuladores e controladores do sistema!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo.

Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior, tenaz e um grande poder sobre a VONTADE dos indivíduos do que os indivíduos sabem sobre si mesmos. A massa imbecilizada e ignorante é controlada sem saber que isso acontece, devido às muitas sutilezas empregadas nos métodos de controle do consciente coletivo (A MAIORIA VIVE EM UMA PRISÃO SEM GRADES). 


Dizem que existem três tipos de pessoas no mundo:
Aquelas que fazem as coisas acontecerem;
Aquelas que observam as coisas acontecerem e
Aquelas que ficam se perguntando o que aconteceu????

A vasta maioria da humanidade encontra-se nas duas últimas categorias. A maioria tem “olhos para ver”, mas não enxerga o que está acontecendo. A maioria tem “ouvidos para ouvir”, mas não compreende o que está acontecendo: “LOCAL, NACIONAL ou INTERNACIONALMENTE.”

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