Criei-me entre bois... galinhas e formigas... Foram anos, tempos e costumes, que me ficaram nas entranhas da alma, depois do longo olvido das lides do campo. Hoje não sou agricultor, é certo. Não cultivo terras, não capino ervas... mas uma nostalgia mora eternamente dentro de mim... capins, besouros, caniços baloiçantes... Sobrevêm-me sorrateiramente metáforas rurais, que me surpreendem, sem compreender esses embriões do espírito...
Os que me conhecem conseguem entrever nos meus modos, minhas falas e até nos traços de meu rosto as marcas da terra...
Os que mexem meus escritos, que me são um pouco mais íntimos, os peritos das artes da palavra também, então, estes mesmos surpreendem restolhos de solo...
Mas que seria dos traços da essência do ser, se apenas repetíssemos os modelos?...
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