domingo, 1 de outubro de 2017

PRETÉRITO-MAIS-QUE-PERFEITO - SENTIDO, EMPREGO

Para se falar no sentido desse tempo verbal, é necessário antes falar em 'pretérito perfeito'. Pretérito perfeito é um passado acabado.Indica uma ação que inicia e termina no passado. Exemplo: O menino acordou. Esta ação começou e acabou antes do momento em que é anunciada. É ação concluída, terminada.
O pretérito mais-que-perfeito traz uma ação passada em relação a outra ação também passada. São necessários dois verbos. Duas ocorrências, que acontecem em tempos diferentes. Exemplo: A mãe já tinha entrado no quarto, quando o menino acordou. Há duas circunstâncias passadas: no entanto, o fato de o menino acordar foi anterior ao fato de a mãe entrar no quarto. O que é essencial aqui é a não-simultaneidade das circunstâncias. O pretérito mais-que-perfeito é o tempo verbal que indica uma ocorrência passada, anterior a outra ação também passada.
Em português, temos três possibilidades de formá-lo. Uma mais popular, usando o 'pretérito imperfeito' do verbo 'ter' e o particípio passado do verbo que se está conjugando. É a forma que aparece no exemplo acima: O menino já 'tinha acordado'.... Uma segunda forma, mais erudita do que a primeira, formada também por tempo composto: 'pretérito imperfeito' do verbo 'haver' e o particípio passado do verbo a ser conjugado: O menino já havia acordado, quando a mãe entrou no quarto. Por fim, pode-se empregar uma forma mais erudita ainda, menos usada, no entanto: usa-se, na oração principal, o tempo mais-que-perfeito simples: O menino já 'acordara', quando a mãe entrou no quarto. O raciocínio é longo, mas aborda uma circunstância eminentemente simples.

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