sexta-feira, 19 de abril de 2019

AS DIGITAIS DOS DEUSES - (2) RIOS NA ANTÁRTIDA


As Digitais dos deuses: (2) Rios na Antártida
Posted by Thoth3126 on 19/04/2019

Nas férias de Natal de 1959-60, Charles Hapgood procurava dados sobre a Antártida na Sala de Obras de Referência da Biblioteca do Congresso, em Washington, D.C. Durante várias semanas consecutivas, prosseguiu nesse trabalho, absorto na pesquisa, cercado por literalmente centenas de mapas e cartas medievais. Descobri [escreveu ele] um sem-número de coisas fascinantes e inesperadas e várias cartas mostrando o continente antártico. Certo dia, virei uma página e fiquei paralisado, transfixado. Lançando meus olhos sobre o hemisfério Sul de um mapa-múndi desenhado por Oronteus Finaeus em 1531, senti a convicção imediata de que descobrira nele um mapa inegavelmente autêntico da verdadeira Antártida (sem a cobertura de gelo).
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Livro “AS DIGITAIS dos DEUSES”, uma resposta para o mistério das origens e do fim da civilização – CAPÍTULO 2 – Rios na Antártida
Por Graham Hancock, livro “AS DIGITAIS DOS DEUSES”, Tradução de Ruy Jungmann, editora Record 2001.
A forma geral do continente da Antártida era surpreendentemente parecida com o esboço encontrado em mapas modernos. A posição do polo Sul, quase no centro do continente, parecia mais ou menos correta. As cordilheiras que seguiam as costas sugeriam as numerosas cadeias de montanhas descobertas na Antártida em anos recentes. Era óbvio, também, que esse mapa não constituía uma criação atamancada da imaginação de alguém. As cadeias de montanhas apareciam bem individualizadas, algumas claramente costeiras e, outras, não. Originando-se nelas, rios corriam em direção ao mar, seguindo, em todos os casos, o que pareciam bacias hidrográficas naturais, muito convincentes. Esse fato sugeria, claro, que as costas deveriam ter estado livres de gelo ao ser desenhado o mapa original. O interior profundo, porém, estava inteiramente livre de rios e montanhas, sugerindo esse fato que gelo poderia ter estado presente nessa região.

Um estudo mais profundo do mapa de Oronteus Finaeus, realizado por Hapgood e pelo Dr. Richard Strachan, do Massachusetts Institute of Technology, confirmou os fatos seguintes:

1. O mapa havia sido copiado e compilado de mapas primários anteriores, desenhados de acordo com certo número de projeções diferentes.
2. O mapa mostrava, de fato, condições não-glaciais nas regiões costeiras da Antártida, notadamente na Terra da Rainha Maud, Terra de Enderby, Terra de Wilkes, Terra de Vitória (a costa oriental do mar de Ross) e Terra de Marie Byrd.
3. Tal como no caso do mapa de Piri Reis, o perfil geral do terreno e os acidentes físicos visíveis correspondiam estreitamente a mapas de levantamentos sísmicos das superfícies de terras subglaciais da Antártida.

O mapa de Oronteus Finaeus, concluiu Hapgood, parecia documentar “a surpreendente sugestão de que a Antártida fora visitada, e talvez colonizada, numa época em que as condições eram predominante, se não inteiramente, não-glaciais. Dispensa dizer que o mapa implicava uma antiguidade muito remota… [Na verdade] o mapa de Oronteus
Finaeus leva a civilização dos homens que desenharam o mapa original a uma época contemporânea do fim da última Idade Glacial no hemisfério Norte.”


O Mar de Ross

Prova adicional em apoio dessa ideia é encontrada na maneira como o mar de Ross foi mostrado por Oronteus Finaeus. Nos locais onde hoje grandes geleiras, como a Beardmore e a Scott, desembocam no mar, o mapa de 1531 mostra estuários, extensas baías e indicações de rios. A implicação inconfundível desses acidentes geográficos é
que não havia gelo no mar de Ross, ou em suas costas, quando foram desenhados os mapas primários usados por Oronteus Finaeus. “Teria que haver também uma grande extensão de terra livre de gelo para alimentar os rios. Atualmente, todas essas costas e as terras que ficavam mais para trás encontram-se profundamente sepultadas sob
uma calota de gelo, com uma espessura de 1.600m, enquanto que, no próprio mar de Ross, são encontrados icebergs flutuantes de centenas de metros de espessura”.

A prova relativa ao mar de Ross implica forte corroboração à ideia de que a Antártida deve ter sido mapeada por alguma civilização desconhecida durante o período, muito extenso, em que a região ficou livre do gelo, e que terminou por volta do ano 4000 a.C. Essa conclusão é robustecida pelo trabalho das sondas usadas em 1949
para coleta de núcleos-testemunho por uma das expedições do almirante Byrd à Antártida, com o objetivo de tirar amostras dos sedimentos do leito do mar de Ross. Os sedimentos revelaram numerosas camadas de estratificação claramente demarcadas, refletindo diferentes condições ambientais em diferentes épocas: “depósitos marinhos glaciais grossos”, “depósitos marinhos glaciais médios”, “depósitos marinhos glaciais finos”, e assim por diante. A
descoberta mais surpreendente, contudo, foi “que grande número de camadas era formado de sedimentos variados, de fina granulação, tais como os que são trazidos para o mar por rios que fluem de terras de clima temperado (isto é, livres de gelo)…”.

Usando o método de datação por iônio, criado pelo de. W.D. Urry (que utiliza três elementos radioativos diferentes encontrados na água do mar), pesquisadores do Carnegie Institute, em Washington, D.C., conseguiram provar, além de qualquer dúvida razoável, que caudalosos rios, trazendo sedimentos muito variados de fina granulação, haviam realmente existido na Antártida há cerca de 6.000 anos, conforme demonstrava o mapa de Oronteus Finaeus. Só depois dessa data, por volta do ano 4000 a.C., “é que o sedimento de tipo glacial começou a ser depositado no leito do mar de Ross… Os núcleos-testemunho indicam que condições quentes prevaleceram durante um longo período, antes daquela data”.

Mercátor e Buache

Os mapas de Piri Reis e de Oronteus Finaeus, portanto, proporcionam-nos um vislumbre da Antártida que nenhum cartógrafo dos tempos modernos poderia ter visto, em nenhuma hipótese. Por si mesmas, claro, essas duas peças de prova não seriam suficientes para nos convencer de que poderíamos estar olhando para as impressões digitais de uma civilização perdida. Mas três, quatro, ou seis mapas desse tipo poderiam ser refutados com igual justificação?
Seria seguro, ou razoável, por exemplo, continuar a ignorar as implicações históricas de alguns dos mapas elaborados pelo mais famoso cartógrafo do século XVI, Gerard Kremer, conhecido também usada na maioria dos mapas-múndi modernos, esse enigmático indivíduo (que realizou uma inexplicada visita à Grande Pirâmide do
Egito em 1563), foi, segundo consta de documentos, “infatigável na busca (…) do saber de épocas remotas”, tendo passado muitos anos acumulando diligentemente uma vasta e eclética biblioteca de obras de referência de mapas primários antigos.

Mapa de Buache, Paris 1754

No que é muito importante, Mercátor incluiu o mapa de Oronteus Finaeus em seu Atlas de 1569 e mostrou também a Antártida em vários outros mapas que ele mesmo produziu no mesmo ano. Entre as partes do continente sul ainda não descobertas na época e constantes do mapa figuram o cabo Dart e o cabo Herlacher, na Terra de Marie Byrd, o mar de Amundsen, a ilha Thurston, na Terra de Ellsworth, as ilhas Fletcher, no mar de Bellinghausen, a ilha Alexander, a península Antártica (Palmer), o mar de Weddell, o cabo Norvegia, a cordilheira Regula, na Terra da Rainha Maud (sob a forma de ilhas), as montanhas Muhlig-Hoffinan (como ilhas), a costa Príncipe Harald, a geleira Shirase, como estuário, na costa Príncipe Harald, a ilha Padda, na baía Lutzow-Holm, e a costa Príncipe Olaf, na Terra de Enderby.

“Em alguns casos, esses acidentes geográficos são claramente mais reconhecíveis do que no mapa de Oronteus Finaeus”, observou Hapgood, “e parece claro, de modo geral, que Mercátor dispunha de mapas primários, além dos usados por Oronteus Finaeus”. E não apenas Mercátor. Philippe Buache, cartógrafo francês do século XVIII, publicou um mapa da Antártida muito tempo antes de o continente meridional ter sido “descoberto” oficialmente. O notável no mapa de Buache é que parece ter se inspirado em um mapa primário desenhado antes, talvez
milhares de anos antes, diferente dos usados por Oronteus Finaeus e Mercátor. E o que Buache nos mostra em uma representação sobrenaturalmente precisa é como a Antártida deveria ter parecido quando não havia lá absolutamente nenhum gelo. O mapa revela a topografia subglacial de um continente inteiro, do qual nem mesmo
nós tivemos conhecimento completo até 1958, data do Ano Geofísico Internacional, quando foi realizado um levantamento sísmico completo da região.

O levantamento simplesmente confirmou o que Buach proclamou em 1737, ao publicar seu mapa da Antártida. Baseando o trabalho cartográfico em fontes antigas ora perdidas, o acadêmico francês desenhou uma clara via navegável de um lado a outro do continente, dividindo-o em duas massas principais de terra, a leste e a oeste da
linha hoje assinalada como montanhas Transantárticas. Essa via navegável, ligando os mares de Ross, Weddell e
Bellinghausen, teria realmente existido, se a Antártida houvesse estado livre de gelo. Conforme demonstraram os resultados do Ano Geofísico Internacional, de 1958, o continente (que nos mapas modernos aparece como uma massa de terra contínua) consiste de um arquipélago de grandes ilhas, com gelo compacto de 1.600m de
espessura entre elas, projetando-se acima da superfície do mar.

A Época dos Cartógrafos

Conforme vimos, numerosos geólogos ortodoxos acreditam que há milhões de anos existiram, pela última vez, vias fluviais nessas bacias ora cobertas de gelo. Do ponto de vista dos estudiosos, porém, é igualmente ortodoxo afirmar que nenhum ser humano existia naqueles tempos remotos, quanto mais seres humanos capazes de mapear acuradamente as massas continentais da Antártida. O grande problema levantado pela prova oferecida por Buache/AGI é que essas massas parecem realmente ter sido mapeadas quando se encontravam livres de gelo. Esse fato apresenta aos estudiosos duas proposições mutuamente contraditórias.

Qual delas é a correta?

Se formamos com a facção dos geólogos ortodoxos e aceitamos que milhões de anos se passaram indubitavelmente desde que a Antártida esteve, pela última vez, inteiramente livre de gelo, então toda prova de evolução humana, laboriosamente acumulada por cientistas ilustres desde o tempo de Darwin, deve carecer de fundamento. E parece
inconcebível que isso tenha acontecido: o registro fóssil deixa meridianamente claro que há milhões de anos existiam apenas ancestrais ainda não evoluídos da humanidade – hominídeos de testa baixa, que se arrastavam pelo chão com as juntas dos dedos tocando a terra, incapazes de trabalhos sofisticados como a elaboração de mapas.

Uma galera com que os fenícios visitaram o Brasil 2.500 anos antes de Cabral…

Deveríamos, então, supor a intervenção de cartógrafos alienígenas, a bordo de espaçonaves em órbita, a fim de explicar a existência de mapas sofisticados de uma Antártida livre de gelo? Ou deveríamos pensar novamente nas implicações da teoria de Hapgood sobre o deslocamento da crosta da terra, o que permitiria que o continente sul
houvesse ficado livre de gelo há uns 15.000 anos, da forma mostrada por Buache?

Seria possível que uma civilização humana, suficientemente desenvolvida para ter condições de mapear a Antártida, pudesse ter surgido cerca de 13.000 anos antes de Cristo e, em seguida, desaparecido? E, se isso aconteceu, quanto tempo depois? O efeito combinado dos mapas de Piri Reis, Oronteus Finaeus, Mercátor e Buache é a forte, embora perturbadora, impressão de que a Antártida deve ter sido continuamente mapeada durante um período de vários milhares de anos, à medida que a calota de gelo expandisse gradualmente a partir do interior, aumentando seu alcance a cada milênio, mas só conseguindo cobrir todas as costas do continente sul por volta do ano 4000 a.C. As fontes primárias dos mapas de Piri Reis e Mercátor deveriam, portanto, ter sido preparadas perto do fim desse
período, época em que, na Antártida, só as costas se encontravam livres de gelo. A fonte usada no mapa de Oronteus Finaeus, por outro lado, parece ter sido muito anterior, quando a calota de gelo existia apenas no interior profundo do continente, ao passo que a de Buache teve origem, aparentemente, em data ainda mais antiga (por volta do
ano 13000 a.C.), quando não havia absolutamente gelo na Antártida.

A América do Sul

Teriam sido outras partes do mundo objeto de levantamento topográfico e mapeadas com precisão a intervalos muito separados durante a mesma época, ou seja, aproximadamente dos anos 13000 a 4000 a.C.? A resposta talvez se encontre, mais uma vez, no mapa de Piri Reis, que contém mais mistérios do que apenas a Antártida:
Desenhado em 1513, o mapa revela um misterioso conhecimento da América do Sul – não só da costa oriental, mas também dos Andes no lado ocidental do continente, que, claro, eram desconhecidos na época. O mapa mostra corretamente o rio Amazonas nascendo nessas montanhas inexploradas e delas correndo na direção leste.
Compilado à vista de mais de vinte documentos primários diferentes, de antiguidade variada, o mapa de Piri Reis mostra o Amazonas não apenas uma, mas duas vezes (com toda probabilidade, como resultado de superposição não intencional de dois dos documentos primários usados pelo almirante turco). Na primeira, o curso do Amazonas é mostrado descendo até a foz do rio Pará, embora não conste a importante ilha de Marajó. De acordo com Hapgood, esse fato sugere que o mapa primário relevante deve ter sido datado de uma época, talvez há 15.000 anos, quando o rio Pará era a principal ou única foz do Amazonas e quando a ilha de Marajó fazia parte do continente, no lado norte do rio. A segunda versão do Amazonas, por outro lado, mostra a ilha de Marajó (e em detalhes fantasticamente exatos), a despeito do fato de que essa ilha só foi descoberta em 1543. Mais uma vez, surge a possibilidade de uma civilização desconhecida, que realizava operações contínuas de levantamento topográfico e mapeamento da face mutável da terra, ao longo de um período de muitos milhares de anos, tendo Piri Reis usado não só os mapas primários mais antigos, mas também os mais recentes deixados por essa civilização.
Nem o rio Orinoco nem o seu atual delta são mostrados no mapa de Piri Reis. Em vez disso, como prova Hapgood, dois estuários, que se estendiam muito terra adentro (numa distância de 160km), foram mostrados perto do local onde se encontra o rio atual. A longitude na quadrícula seria correta para o Orinoco e a latitude também bastante
acurada. Será possível que esses estuários tenham sido soterrados por sedimentos e o delta se estendido por essa distância toda, desde que os mapas primários foram desenhados?
Embora permanecessem desconhecidas até 1592, as ilhas Falkland aparecem em sua latitude correta no mapa de 1513.
A mapoteca de fontes antigas incorporada ao mapa de Piri Reis poderia explicar também o fato de mostrar convincentemente a existência de uma grande ilha no oceano Atlântico, a leste da costa da América do Sul, onde nenhuma ilha existe atualmente. Seria pura coincidência que essa ilha “imaginária” tenha sido localizada exatamente acima da cordilheira suboceânica existente no meio do Atlântico, imediatamente ao norte do equador e a 1.100 km a leste da costa do Brasil, onde os minúsculos rochedos de São Pedro e São Paulo se projetam acima das ondas? Ou teria sido o mapa primário relevante desenhado no auge da última Era Glacial, quando o nível dos mares era muito mais baixo do que hoje e uma grande ilha poderia, realmente, ter ficado exposta nesse ponto?

O mapa de Piri Reis

Níveis do Mar e Eras Glaciais

Outros mapas do século XVI dão também a impressão de que poderiam ter-se baseado em levantamentos topográficos mundiais, realizados durante a última Era Glacial. Um deles foi compilado em 1559 por um turco, Hadji Ahmed, cartógrafo, que, como dizia Hapgood, devia ter tido acesso a alguns mapas primários “de natureza a mais extraordinária”.

O aspecto mais estranho e que logo impressiona na compilação de Hadji é que ela mostra, com grande clareza, uma faixa de território, de quase 1.600km de largura, ligando o Atasca à Sibéria. Essa “ponte continental”, como a chamam os geólogos, efetivamente existiu no passado (no local onde hoje existe o estreito de Bering), mas foi
coberta pelas ondas quando o nível do mar subiu ao fim da última Era Glacial. O aumento do nível do mar foi causado pelo degelo tumultuoso da calota polar, que recuava celeremente por toda parte no hemisfério Norte, por volta do ano 10000 a.C.

Por isso mesmo, é interessante que pelo menos um mapa antigo parece mostrar o sul da Suécia coberto por geleiras remanescentes, do tipo que deve ter sido realmente predominante nessas latitudes. As geleiras remanescentes figuram no famoso Mapa do Norte, de Claudius Ptolomeu. Compilado originariamente no século II d.C., esse trabalho notável do último grande geógrafo da antiguidade clássica ficou perdido durante
centenas de anos e só foi redescoberto no século XV.

Ptolomeu trabalhava como curador da Biblioteca de Alexandria, onde era conservada a maior coleção de manuscritos dos tempos antigos, e foi nela que ele consultou os documentos arcaicos primários que lhe permitiram compilar seu próprio mapa. A aceitação da possibilidade de que a versão original de pelo menos uma das cartas a que ele se referiu teria sido preparada por volta do ano 10000 a.C. contribui para explicar por que o mapa mostra geleiras, características dessa exata época, juntamente com “lagos (ou) sugerindo a forma dos lagos e
cursos d’água atuais que lembram muito correntes glaciais (…) descendo das geleiras para os lagos”.

É provavelmente desnecessário acrescentar que ninguém nos tempos romanos, época em que Ptolomeu elaborou seu mapa, tinha a menor suspeita de que eras glaciais poderiam ter coberto outrora o norte da Europa. Nem ninguém no século XV (quando foi redescoberto o mapa) possuía tal conhecimento. Na verdade, é impossível dizer como as geleiras remanescentes e outros acidentes geográficos mostrados no mapa de Ptolomeu poderiam ter sido constatados em levantamentos, imaginados ou inventados por qualquer civilização conhecida anterior à nossa.

São óbvias as implicações desse fato. Como também são as de outro mapa, o “Portolano”, de lehudi Ibn Ben Zara, desenhado em 1487. Essa carta da Europa e norte da África pode ter sido baseada em fonte ainda mais antiga do que a usada por Ptolomeu, porquanto aparentemente mostra geleiras muito ao sul da Suécia (na verdade, aproximadamente na mesma latitude da Inglaterra) e o Mediterrâneo, o Adriático e o Egeu como devem ter sido antes do derretimento da calota europeia. O nível do mar, claro, teria sido muito mais baixo do que é hoje. É interessante notar, por exemplo, na seção do Egeu do mapa, que existiam muito mais ilhas do que atualmente. À primeira vista, esse fato parece estranho. Contudo, se dez ou doze mil anos se passaram desde a era em que foi elaborado o mapa de Ibn Ben Zara, a discrepância pode ser explicada sem dificuldade: as ilhas perdidas devem ter sido cobertas pelo nível do mar que subia ao fim da última Era Glacial.

Mapa, o “Portolano”, de lehudi Ibn Ben Zara de 1487

Mais uma vez, parece que estamos olhando para as impressões digitais de uma civilização desaparecida – uma civilização capaz de produzir mapas incrivelmente precisos de partes muito separadas da terra. Que tipo de tecnologia e que estado da ciência e da cultura teriam sido necessários para realizar um trabalho dessa natureza?

Saiba mais, leitura adicional:

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