China cria sistema de pagamento em rublo e yuan deixando dólar de lado
Posted by Thoth3126 on 15/10/2017
Pequim cria sistema de pagamento em rublo e yuan deixando dólar de lado.
O Sistema de Comércio Cambial da China (CFETS, na sigla em inglês), gerenciado pelo Banco Popular da China, anunciou ter criado um sistema de pagamento que permite realizar transações tanto em yuan como em rublo.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
China cria sistema de pagamento em rublos e yuans deixando o dólar dos EUA de lado.
Fonte: https://br.sputniknews.com/
Trata-se do sistema “payment versus payment” ou PVP (Pagamento versus pagamento), lançado em 9 de outubro depois da autorização do Banco Popular da China. Com o sistema é possível realizar transações em moedas nacionais da Rússia e da China.
Esta plataforma permitirá aos dois países evitar pagamentos recíprocos em dólar. Segundo o comunicado do CFETS, o novo sistema reduzirá os riscou relacionados ao câmbio de moeda e melhorará a eficiência do mercado de divisas.
Além disso, o CFETS comunicou que planeja criar sistemas semelhantes para transações realizadas em yuan e em outras moedas. Pequim desenvolve todos estes sistemas no âmbito de sua iniciativa a nova Rota da Seda.
A nova Rota da Seda é um projeto incentivado pelo governo chinês que prevê criar uma rede global que une a China à Europa por via terrestre.
Uma revista norte-americana revelou de que medidas Pequim dispõe para superar Washington no âmbito da corrida econômica global.
Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, olha “para trás e pensa em gastar milhões de dólares com o fortalecimento de infraestruturas obsoletas” do país, o líder chinês, Xi Jinping, “olha em frente, alimentando a ideia da nova Rota da Seda, um projeto mundial que tem um valor de um bilhão de dólares”, afirma a revista estadunidense The Weekly Standard.
“Embora os economistas dos países capitalistas creiam na teoria de que uma economia centralizada se destruirá, tarde ou cedo, debaixo do peso das contradições internas, a China é capaz […] de ocupar uma posição econômica importante no mundo”, afirma a edição norte-americana, que revela os 5 passos que Pequim poderia dar para conseguir tal objetivo.
Primeiro, diz a revista, é preciso usar a “manipulação de divisas como uma arma importante na construção do poder econômico nacional, desvalorizando o yuan para estimular as exportações e impulsionando seu valor para deter a fuga de capitais”.
Segundo, se deve proteger as empresas estatais ineficientes, subsidiando-as e exigindo que elas comprem bens chineses para evitar que o desemprego suba a níveis perigosos.
A terceira medida, assinala The Weekly Standard, consiste em “gastar o que for necessário para dominar as indústrias do futuro”, como a indústria aeroespacial, a de inteligência artificial e outras.
A quarta ferramenta, indica a mídia, tem a ver com a compra, “na medida do possível”, de empresas estrangeiras que contem com a tecnologia necessária. Nesse caso, nenhuma empresa estrangeira poderia aceder ao mercado chinês, a menos que compartilhe suas tecnologias com parceiros chineses.
E, finalmente, a quinta e última medida sugere criar “um exército capaz de prevenir o que o país teve que enfrentar no passado […], uma frota oceânica e construir ilhas artificiais que lhe permitam controlar o mar do Sul da China e as rotas marítimas através das quais passa 40% do comércio mundial”.
Washington, por sua parte, também pode recorrer a suas próprias medidas disponíveis para minar os planos dos chineses, particularmente apoiar a campanha que visa impedir que as empresas chinesas adquiram empresas tecnológicas estadunidenses e não permitir ao fundo de capital chinês efetuar investimentos até que cumpra com condições restritas, assinala a edição.
Prevê-se que o líder norte-americano faça uma visita à China no âmbito da sua primeira visita oficial à Ásia entre 3 e 14 de novembro.
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