O Livro perdido de Enki – 11ª Tabuleta
Faz cerca de 435.000 anos que astronautas de outro planeta e sistema solar chegaram à Terra em busca de ouro. Depois de aterrissar num dos mares da Terra, desembarcaram e fundaram Eridu, “Lar na Lonjura”.
Com o tempo, o assentamento inicial se estendeu até converter-se na flamejante Missão Terra, com um Centro de Controle de Missões, um espaçoporto, operações de mineração e, inclusive, uma estação orbital em Marte. Este livro conta a história desta saga extraterrestre, contada pelo próprio Enki.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
O Livro Perdido de ENKI – The Lost Book of Enki – Memórias e profecias de um ”deus“ extraterrestre:
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Sinopse da Décima-Primeira Tabuleta
Capítulos iniciais:
- O Livro perdido de Enki – Introdução
- O Livro perdido de Enki – Atestado
- O Livro perdido de Enki – 1ª Tabuleta
- O Livro perdido de Enki – 2ª Tabuleta
- O Livro perdido de Enki – 3ª Tabuleta
A DÉCIMA PRIMEIRA TABULETA
Elogiem a Ninharsag, a pacificadora na Terra!, proclamaram em uníssono os Anunnaki. Durante o primeiro Shar depois do Dilúvio (n.T. entre 10.986 a.C e 7.386 a.C), Ninharsag as engenhou para moderar os humores. Nibiru, a que terei que reabastecer de ouro, estava por cima das ambições e rivalidades existente entre os Anunnaki na Terra. Lentamente, a Terra voltou a se preencher de vida; com as sementes de vida que preservou Enki, o que tinha sobrevivido por si só se acrescentou na terra (plantas), no ar (aves e pássaros) e nas águas (peixes e mamíferos aquáticos).
Mas o mais precioso de tudo, descobriram os Anunnaki, foram os próprios seres remanescentes vivos da Humanidade! Como nos dias passados, quando foram criados os Trabalhadores Primitivos, os Anunnaki, poucos e esgotados, clamaram de novo por Trabalhadores (escravos) Civilizados. Para quando terminou o primeiro Shar depois do Dilúvio (n.T. ano de 7.386 a.C), a pacífica trégua se fez em pedaços por causa de um acontecimento inesperado. A erupção do conflito foi agora entre os clãs de Marduk e Ninurta, não entre os de Enki e Enlil: entre os próprios filhos de Marduk, ajudados pelos Igigi, rompeu-se a tranquilidade.
Durante o tempo que Marduk, Sarpanit e seus filhos esperavam no Lahmu (Marte) a passagem do Dilúvio, os seus dois filhos varões, Assar (Osíris) e Satu (Seth), se apaixonaram pelas filhas de Shamgaz (Semjaza, o chefe dos anjos caídos), o líder dos Igigi; quando voltaram para a Terra, os dois irmãos se casaram com as duas irmãs, Assar (Osíris) escolheu à chamada Haste (Ísis), Satu com a chamada Nebat (Néftis) se comprometeu. Assar optou por viver com seu pai Marduk nas terras escuras (Norte da África, o atual Egito, desde o Sudão mais ao sul), Satu fez sua morada no Lugar de Aterrissagem, onde moravam os Igigi, com seu líder Shamgaz. Shamgaz (Semjaza) estava preocupado com os domínios na Terra: Onde serão senhores os Igigi?
Assim incitava Shamgaz aos outros Igigi, do qual Nebat falava com Satu diariamente; Estando com seu pai, Assar será o único sucessor, herdará as terras férteis (do Rio Nilo)! Assim lhe diziam Shamgaz e sua filha Nebat a Satu dia após dia. Pai e filha tramavam como reter a sucessão só em mãos de Satu. Em um dia propício fizeram um banquete; a ele convidaram ao Igigis e aos Anunnakis. Assar, sem suspeitar de nada, também chegou para celebrar com seu irmão. Nebat, a irmã de sua esposa, preparou as mesas, também pôs banquetas aos pés, Nebat se embelezou; com uma lira na mão, cantou uma canção ao capitalista Assar.
Satu, diante dele, elegia fatias de carne assada, com uma faca lhe servia pedaços de churrasco. Shamgaz, em uma grande traição, oferecia a Assar vinho novo, uma mescla feita por ele, em uma grande vasilha, suficientemente grande para tomá-la em consideração, pôs-lhe o vinho preparado com especiarias. Assar estava de bom humor; ficou de pé e cantou alegremente, acompanhando-se com címbalos na mão. Mais tarde, viu-se vencido pelo vinho misturado, caiu ao chão, com muito sono. “Vamos levá-lo para que durma profundamente”, disseram os anfitriões aos demais no banquete. Levaram a Assar para outra câmara, puseram-no em um ataúde, fecharam o ataúde com fortes presilhas, ao mar o arrojaram. Quando chegou a Haste a notícia do acontecido, ela elevou lamentos a Marduk, o pai de seu marido.
Assar foi brutalmente arrojado às profundidades do mar para que morresse, se teria que encontrar o ataúde com rapidez! Revistaram o mar em busca do ataúde de Assar, encontraram-no à beira da terra escura. Em seu interior jazia o rígido corpo de Assar, o fôlego de vida havia partido das suas entranhas pelo seu nariz. Marduk rasgou suas roupagens, jogou cinzas sobre si mesmo em desespero. Meu filho! Meu filho!, gritava e soluçava Sarpanit, grande era seu pesar e sua luta. Enki estava abatido e chorava: repetiu-se a maldição de Ka-in!, disse a seu filho Marduk em sua angústia. Haste elevou um lamento às alturas, fez petição a Marduk de um herdeiro para vingar-se. Satu deve encontrar a morte.
Me deixe conceber um sucessor de sua própria semente (de Assar), que seu nome se recorde por seu genoma, e que a sua linhagem sobreviva! Isso, ai, não se pode fazer!, disse Enki a Marduk e a Haste. O irmão que assassinou, o irmão do irmão deve ser castigado e preso, por isso se deve perdoar a vida a Satu, de sua semente deve conceber um herdeiro para Assar! Haste ficou desconcertada por estas voltas do destino; muito turvada pela revolta, tomou a determinação de desafiar as normas. Antes que o corpo de Assar fosse envolto e posto em uma mortalha, para ser preservado em um santuário; de seu falo, Haste extraiu a semente (o sêmen) de vida de Assar. Com esta semente, Haste foi fecundada e concebeu, um herdeiro e um vingador de Assar nasceu.
A Enki e a seus filhos, a Marduk e a seus irmãos, Satu disse: Sou o único herdeiro e sucessor de Marduk, da Terra dos Dois Estreitos serei o senhor! Ante o conselho dos Anunnaki refutou Haste a reclamação: Estou com o herdeiro de Assar, com seu filho. Entre os juncos do rio se escondeu com o menino, para evitar a ira de Satu; Horon chamou o menino, educou-o para que fosse o vingador de seu pai. Satu estava desconcertado com isto; Shamgaz não abandonava suas ambições. De ano terrestre em ano terrestre, os Igigi se propagavam do Lugar de Aterrissagem, até os limites do Tilmun, a região sagrada de Ninharsag, chegaram-se a aproximar. Os Igigi e seus Terrestres Amenzaban, invadindo o Lugar dos Carros Celestiais.
Nas terras escuras, o menino Horon se converteu em um herói com os rápidos ciclos vitais da Terra, Horon foi adotado por seu tio avô Gibil, ele o treinou e o instruiu. Gibil forjou para ele umas sandálias aladas para remontar-se no ar, era capaz de voar como um falcão. Gibil fez um arpão divino para ele, suas flechas eram projéteis poderosos. Nas terras altas do sul, Gibil lhe ensinou as artes dos metais e da ferraria. Gibil revelou a Horon o segredo de um metal chamado ferro. Dele, fez armas. Horon, de humanos Terrestres leais levantou um exército. Partiram para o norte, através de terra e rio (atual Nilo), para desafiar a Satu e aos Igigi.
Quando Horon e seu exército de Terrestres chegaram à fronteira do Tilmun, a Terra dos Projéteis, Satu enviou a Horon um desafio: Só entre nós dois é o conflito, nos encontremos na luta um a um! Nos céus do Tilmun, Satu esperou em seu Torvelinho o combate com Horon. Quando Horon se remontou no céu como um falcão para ele, Satu lhe disparou um dardo envenenado, como o aguilhão de um escorpião caiu sobre Horon. Quando Haste viu isto, lançou um grito ao céu, invocou a Ningishzidda. Ningishzidda baixou desde seu navio celestial, chegou para salvar o herói para sua mãe. Com poderes mágicos, Ningishzidda converteu o veneno em algo benévolo para o sangue, à manhã seguinte, Horon estava curado, havia voltado dentre os mortos.
Depois, com um Pilar ígneo, como um peixe celestial com aletas e uma cauda de fogo, Ningishzidda proveu a Horon, os olhos do Pilar trocavam suas cores do azul ao vermelho e de volta ao azul. Horon se elevou no Pilar ígneo para atacar o já triunfante Satu. Perseguiram-se por toda parte; feroz e mortal foi a batalha. Ao princípio, o Pilar ígneo de Horon recebeu um impacto; depois, Horon alcançou a Satu com seu arpão. Satu bateu contra o chão; Horon o amarrou. Quando Horon chegou ante o conselho com seu tio cativo, viram que ele estava cego, com os testículos esmagados, aguentava-se em pé como um cântaro descartado. Que Satu viva cego e sem herdeiros! Assim disse Haste ao conselho. O conselho determinou sua sorte, que terminasse seus dias como um mortal, entre os Igigi (n.T. entre os Anjos Caídos).
Declarou-se Horon triunfador, para herdar o trono de seu pai Assar; sobre uma tabuleta de metal se inscreveu a decisão do conselho, no Salão de Registros a puseram. Em sua morada, Marduk estava feliz com a decisão; mas estava com pena pelo que tinha acontecido: Embora Horon, um filho de Assar, seu filho era, do Shamgaz o Igigi era descendente, um domínio, um lugar como os atribuídos aos Anunnaki, não se tinha dado a ele. Depois de perder a seus dois filhos, Marduk e Sarpanit procuravam distração um no outro. Com o tempo, outro filho lhes nasceria; chamaram-lhe Nabu, o Possuidor da Profecia.
Vem agora o relato de por que se construiu na lonjura um novo lugar dos carros celestiais, e do amor de Dumuzi e Inanna, que Marduk rompeu com a morte de Dumuzi. Foi depois da luta entre Horon e Satu, e sua batalha aérea sobre o Tilmun, quando Enlil convocou a seus três filhos em conselho. Com preocupação pelo que estava acontecendo, disse-lhes: No princípio, os Terrestres se fizeram a nossa imagem e semelhança, agora, os descendentes dos Anunnaki são feito à imagem e semelhança dos Terrestres! Então, foi Ka-in o que matou a seu irmão, agora um filho de Marduk é o assassino pelo seu próprio irmão!
Pela primeira vez, um descendente dos Anunnaki levantou um exército de Terrestres, pôs em suas mãos armas de um metal, que era segredo dos Anunnaki! Dos dias em que Alalu e Anzu puseram a prova nossa legitimidade, os Igigi não deixaram de provocar transtornos e de romper as regras. Agora, as balizas (as Pirâmides de Gizé, no Egito) para se aterrissar na Terra estão situados nos domínios de Marduk, o Lugar de Aterrissagem está em mãos dos Igigi, agora, os Igigi estão avançando para o Lugar dos Carros Celestiais, dizem que, em nome de Satu, vão estabelecer-se em todas as instalações do Céu-Terra! Assim disse Enlil a seus três filhos, e propôs-lhes tomarem medidas contra isso.
Temos que estabelecer em segredo uma nova instalação Céu-Terra alternativa! Que se estabeleça na terra de Ninurta além dos oceanos (n.T. Situada na Planície de NAZCA, na América do Sul, no pés da Cordilheira dos Andes), em meio de Terrestres de confiança! Assim ficou a missão secreta em mãos de Ninurta; nas terras montanhosas (Cordilheira dos Andes) além dos oceanos, junto ao grande lago (Titicaca), levantou um novo Enlace Céu-Terra, pô-lo no interior de um recinto; aos pés das montanhas onde se pulverizavam as sementes (pepitas) de ouro, escolheu uma planície de chão firme; sobre ela fez várias marcas para a ascensão e a descida (das espaçonaves Anunnaki).
As instalações são primitivas, mas servirão para seu propósito! Ao seu devido tempo, Ninurta declarou a seu pai Enlil: Dali podemos continuar as remessas de ouro em pó a Nibiru, dali, em caso de necessidade, também poderemos ascender aos céus exteriores Naquele tempo, o que começou como uma bênção, terminou como um feito horrível. Naquele tempo, Dumuzi, o filho mais jovem de Enki, se apaixonou por Inanna, a filha de Nannar. Inanna, neta de Enlil, ficou cativada pelo senhor do pastoreio. Um amor que não conhece limites os consumiu, a paixão inflamou seus corações. Muitas das canções de amor que, a partir de então, se cantaram durante muito tempo Inanna e Dumuzi foram os primeiros a cantar, narrando o seu intenso amor através das canções.
A Dumuzi, seu filho mais jovem, Enki lhe atribuiu um grande domínio por cima do Abzu; Meluhha, a Terra Negra, chamava-se, ali cresciam árvores de terras altas, suas águas eram abundantes. Grandes touros vagavam entre os trechos de seu rio, muito numeroso era seu ganho, chegava prata de suas montanhas, seu cobre brilhava como o ouro. Dumuzi era muito amado; depois da morte de Assar, era o favorito de Enki. Mas Marduk estava ciumento de seu irmão mais jovem. Inanna era muito amada por seus pais, Nannar e Ningal, Enlil se sentava junto a seu berço.
Era formosa, além de toda descrição, competia em artes marciais com os heróis Anunnaki. De viagens nos céus e de navios celestiais tinha aprendido com seu irmão Utu; os Anunnaki lhe deram de presente uma nave celeste, para que perambulasse pelos céus da Terra. Depois do Dilúvio, na Plataforma de Aterrissagem, Dumuzi e Inanna puseram os olhos um no outro; a dedicação dos Montes artificiais (as pirâmides de Gizé) foi para eles um quente encontro. No princípio estavam indecisos, ele do clã de Enki, ela da linhagem de Enlil. Quando Ninharsag trouxe a paz entre os clãs em disputa, Inanna e Dumuzi engendraram para estarem juntos e longe dos outros, para se dedicar a amarem-se.
Enquanto passeavam juntos, diziam-se palavras doces de amor um ao outro. Permaneciam um ao lado do outro, o coração de um conversava com o coração do outro; Dumuzi rodeou com seu braço a cintura dela, desejava tomá-la como um touro selvagem, Deixa que te ensine! Deixa que te ensine!, dizia Dumuzi a Inanna. Brandamente, ela o beijou, e logo lhe falou de sua mãe: Que mentira poderia lhe contar a minha mãe? O que contará você a Ningal? Vamos falar com minha mãe de nosso amor! De contente, aspergirá perfume de cedro sobre nós! Os amantes foram ao lugar onde vivia Ningal, a mãe da Inanna, Ningal lhes deu sua bênção, a mãe de Inanna aprovou a Dumuzi. O Senhor Dumuzi, é digno como genro de Nannar!, disse-lhe. O mesmo Nannar deu a boas-vindas a Dumuzi como noivo; Utu, o irmão da Inanna, disse que assim seja!
Possivelmente seus esponsais tragam verdadeiramente a paz entre os clãs!, Disse Enlil a todos. Quando Dumuzi falou com seu pai e a seus irmãos de seu amor e de seu compromisso, Enki também pensou na paz através desse casamento, deu sua bênção a Dumuzi. Dos irmãos de Dumuzi, todos exceto Marduk se alegraram com a notícia. Gibil forjou um leito de esponsais de ouro, Nergal enviou-lhes pedras lápis lazúli. Doces tâmaras, a fruta favorita de Inanna, puseram em abundância junto ao leito de núpcias, sob a fruta esconderam as pepitas de lápis lazúli para que Inanna as descobrisse. Como era costume, enviou-se uma irmã de Dumuzi para que perfumasse e vestisse a Inanna, Geshtinanna, a-que-há-de-ser-curada, era seu nome. Revelou-lhe Inanna o que havia em seu coração, de seu futuro com Dumuzi lhe disse: Tenho a visão de uma grande nação, Dumuzi se elevará como um Grande Anunnaki.
Seu nome será exaltado sobre outros, eu serei sua esposa-reinante. Compartilharemos um status principesco, juntos submeteremos aos países rebeldes, eu darei status ao Dumuzi, dirigirei o país retamente! Geshtinanna deu conta a seu irmão Marduk das visões de governo e glória de Inanna. Marduk se inquietou enormemente com as ambições de Inanna; à Geshtinanna contou um plano secreto. Geshtinanna foi até seu irmão Dumuzi, à morada do pastor. Encantada à vista e perfumada, disse-lhe assim a seu irmão Dumuzi: antes que sua jovem esposa durma entre seus braços, deve ter um herdeiro legítimo, nascido de uma irmã! O filho de Inanna não terá direito à sucessão, não crescerá sobre as joelhos de sua mãe!
Ela pôs a mão dele em sua mão, apertou seu corpo contra o seu. Irmão meu, eu deitarei contigo! Noivo, contigo teremos um par de Enki! Assim sussurrou Geshtinanna a Dumuzi, para que surgisse algo nobre de seu ventre. Em seu ventre derramou Dumuzi o seu sêmen, e logo dormiu com as carícias dela. Durante a noite, Dumuzi teve um sonho, visualizou uma premonição de morte: No sonho, viu sete bandidos malvados que entravam em sua morada. O Senhor enviou-a por ti, filho de Duttur!, diziam-lhe. Afugentavam as suas ovelhas, levavam-se a seus cordeiros e seus cabritos, tiravam-lhe seu direito de senhorio, arrancavam-lhe de seu corpo a túnica real, tiravam-lhe e lhe rompiam o bastão de pastoreio, jogavam no chão sua taça. Nu e descalço o levaram preso, punham-lhe grilhões nas mãos, o deixavam moribundo em nome do Falcão e do Pássaro Principesco.
Inquieto e assustado despertou Dumuzi na metade da noite, contou-lhe seu sonho a Geshtinanna. O sonho não é favorável!, disse-lhe Geshtinanna ao conturbado Dumuzi. Marduk te acusará de me haver violado, enviará emissários malvados para que lhe prendam. Ordenará que te julgue e te desonre, para desunir a relação com uma enlilita! Dumuzi gritou como uma besta ferida: Traição! Traição!, gritou. A Utu, o irmão de Inanna, pediu ajuda, a ele enviou uma mensagem; pronunciou o nome de seu pai Enki como um talismã. Dumuzi escapou através do deserto do Emush, o Deserto das Serpentes, correu para ocultar-se dos malfeitores até o lugar das cataratas. Onde as abundantes águas fazem lisa e escorregadia as rochas, então Dumuzi escorregou e caiu; uma avalanche de água destroçou entre a branca espuma seu corpo sem vida.
Vem agora o relato da descida de Inanna até o mundo subterrâneo, sob o Abzu, e a Grande Guerra Anunnaki, e como Marduk foi enterrado vivo no Ekur (dentro da grande pirâmide). Quando Ninagal recuperou o corpo sem vida de Dumuzi das águas do grande lago, levou-se o corpo até a morada de Nergal e Ereshkigal no mundo subterrâneo, sob o Abzu. Sobre uma laje de pedra ficou o cadáver de Dumuzi, um filho de Enki. Quando se enviou a Enki palavra do que tinha acontecido, Enki rasgou a roupa, jogou cinzas sobre sua cabeça. Meu filho! Meu filho!, lamentou-se por Dumuzi. Qual pecado hei cometido para ser assim castigado?, perguntou em voz alta. Quando vim de Nibiru à Terra, EA, Aquele Cujo Lar É as Águas, era meu nome, com a água obtínhamos a força (hidrogênio) de propulsão para os Carros Celestiais, nas águas eu mergulhei; depois, uma avalanche de água varreu a Terra (Dilúvio), nas águas se afogou meu neto Assar, pelas águas agora está morto o meu amado filho Dumuzi!
Tudo o que tenho feito, eu o fiz com propósitos justos. Por que sou castigado? Por que se tornou contra mim o Fado? Assim chorava e se lamentava Enki. Quando através de Geshtinanna se descortinou a veracidade do acontecido, a angústia de Enki se fez ainda maior: Agora, Marduk, meu primogênito, também sofrerá por sua própria ação! Inanna se preocupou e, logo chorou pelo desaparecimento e a morte de seu amado Dumuzi; depois, foi velozmente até o mundo subterrâneo, sob o Abzu, para enterrar o corpo de Dumuzi. Quando Ereshkigal, sua irmã, soube da chegada de Inanna às portas do recinto, Ereshkigal suspeitou de um plano por parte de Inanna. Em cada uma das sete portas, a Inanna se foi retirando cada um dos seus equipamento e das armas que ela levava, depois, nua e indefesa ante o trono de Ereshkigal, foi acusada de intrigar para ter um herdeiro de Nergal, irmão de Dumuzi!
Tremendo de fúria, Ereshkigal não quis escutar as explicações de sua irmã. Solte contra ela as sessenta enfermidades, ordenou-lhe furiosa a seu vizir, Namtar. Com o desaparecimento de Inanna no mundo subterrâneo, sob o Abzu, se preocuparam enormemente seus pais, Nannar foi discutir o assunto com Enlil, Enlil mandou uma mensagem a Enki. Enki soube o que tinha acontecido por Nergal, seu filho, marido de Ereshkigal, com argila do Abzu Enki forjou dois emissários, seres sem sangue humano, imunes aos raios da morte, enviou-os ao mundo subterrâneo sob o Abzu para trazer de volta a Inanna, viva ou morta. Quando chegaram ante a Ereshkigal, Ereshkigal ficou confundida com o aspecto dos dois seres: Serão Anunnakis? São Terrestres?, perguntou-lhes desconcertada. Namtar dirigiu contra eles as armas mágicas de poder, mas saíram ilesos os dois.
Tomaram o corpo sem vida de Inanna, que estava dependurado em uma estaca. Os emissários de argila dirigiram sobre o cadáver dela um Pulsador e um Emissor, depois aspergiram sobre ela a Água da Vida, puseram em sua boca a Planta da Vida. Depois, Inanna se moveu, abriu os olhos; Inanna se levantou dentre os mortos. Quando os dois emissários estavam preparados para levar Inanna de volta ao Mundo Superior, ela lhes ordenou que tomassem também o corpo sem vida de Dumuzi. Nas sete portas do mundo subterrâneo sob o Abzu foi devolvido a Inanna seus equipamentos, suas armas e atributos. À morada de Dumuzi, na Terra Negra, ordenou aos emissários que levassem o amante de sua juventude, para lavá-lo com água pura, para ungi-lo com doce azeite, para envolvê-lo depois em uma mortalha vermelha, e pô-lo sobre uma laje de lápis lazúli; logo, lavrou para ele um lugar de descanso nas rochas, para esperar ali o Dia do Ressurgimento.
Quanto a ela mesma, Inanna se dirigiu para a morada de Enki, queria uma retribuição pela morte de seu amado, exigia a morte de Marduk, o culpado. Já houve suficiente morte!, disse-lhe Enki. Marduk foi o instigador, mas não cometeu assassinato! Quando Inanna soube que Enki não ia castigar a Marduk, Inanna foi a seus pais e a seu irmão. Elevou seus lamentos ao alto céu: Justiça! Vingança! Morte a Marduk!, pediu. Na morada de Enlil se reuniram seus filhos, Inanna e Utu, reuniram-se para um conselho de guerra. Ninurta, que tinha derrotado ao rebelde Anzu, argumentou a favor de fortes medidas. Utu lhes informou de palavras secretas trocadas entre Marduk e os Igigi. Marduk, uma serpente maligna, devemos libertar a Terra de sua presença! Enlil concordou com eles. Quando se enviou a demanda da rendição de Marduk a Enki, seu pai, Enki convocou em sua morada a Marduk e ao resto de seus filhos. Embora ainda chorando a meu amado Dumuzi, devo defender os direitos de Marduk!
Embora Marduk tivesse instigado o mal, por um mau fado, não por mão de Marduk, Dumuzi morreu; Marduk é meu primogênito, Ninki é sua mãe, está destinado para a sucessão. Devemos lhe proteger todos da morte às mãos de Ninurta! Assim disse Enki. Só Gibil e Ninagal tiveram em conta a chamada de seu pai; Ningishzidda se opôs, Nergal vacilava: Só ajudarei se ele se encontrar em um perigo mortal!, disse. Foi depois disso que uma guerra, de desconhecida ferocidade até então, explodiu entre os dois clãs. Foi diferente da luta entre Horon e Satu, descendentes de Terrestres: esta foi uma batalha entre os (“deuses”)Anunnaki, nascidos em Nibiru. A guerra começou por meio de Inanna, que cruzou com sua nave celeste os domínios dos filhos de Enki. Inanna desafiou Marduk ao combate, perseguiu-o até os domínios do Ninagal e de Gibil.
Para ajudá-la, Ninurta disparou os raios fulminantes de seu Pássaro da Tormenta contra as fortalezas do inimigo, Ishkur atacou dos céus com relâmpagos abrasadores e trovões demolidores. No Abzu, varreu os peixes dos rios, dispersou o gado pelos campos. Marduk se retirou para o norte, ao lugar dos Montes (pirâmides) artificiais; lhe perseguindo, Ninurta aspergiu com projéteis venenosos aquelas moradas. Com sua Arma Que Despedaça lhes roubou os sentidos às pessoas daquelas terras, os canais que levavam às águas do rio se tingiram vermelhos de sangue; os resplendores do Ishkur convertiam a escuridão das noites em dias chamejantes.
Enquanto as devastadoras batalhas avançavam para o norte, Marduk se hospedou no mesmo Ekur, Gibil desenhou um escudo invisível para este, Nergal elevou até o céu seu olho que tudo vê. Inanna atacou o lugar escondido com uma Arma Brilhante, dirigida com um corno. Horon chegou para defender a seu avô; o resplendor da arma lhe danificou o olho direito. Enquanto Utu mantinha à distância os Igigi e a suas hordas de Terrestres para além do Tilmun, os Anunnaki, os que apoiavam a um e a outro clã, cerravam batalha aos pés dos Montes (pirâmides) artificiais. Que se renda Marduk, que termine o derramamento de sangue! Estas palavras transmitiu Enlil para Enki. Que falem irmão com irmão!, enviou-lhe uma mensagem Ninharsag a Enki.
Em sua guarida, dentro do Ekur (a grande pirâmide de Gizé), Marduk seguia desafiando a seus perseguidores, da “Casa Que Como uma Montanha É” fez seu último baluarte. Inanna não podia superar a imensa estrutura de pedra, seus flancos lisos desviavam as armas dela. Depois, Ninurta se inteirou de que havia uma entrada secreta, encontrou uma pedra giratória no lado norte! Ninurta atravessou um escuro corredor, chegou a grande galeria, sua abóbada reluzia como um arco-íris com as multicoloridos emissões dos cristais. No interior, alertado pela intrusão, Marduk esperava a Ninurta com as armas dispostas; respondendo com armas, destroçando os maravilhosos cristais, Ninurta seguiu subindo pela galeria.
Marduk se retirou até a câmara (do Rei) superior, até o lugar da Grande Pedra que pulsa. Em sua entrada, Marduk baixou os fechamentos de pedras descendentes, que impediam qualquer entrada. Inanna e Ishkur seguiram a Ninurta ao interior do Ekur; ficaram a pensar o que podiam fazer. Que a hermética câmara oculta seja o ataúde de pedra de Marduk!, disse Ishkur. Ishkur prestou atenção aos três blocos de pedra, dispostos para deslizar-se para baixo. Que morra lentamente, sendo enterrado vivo, assim seja cumprida a sentença de Marduk!, Inanna deu seu consentimento. Ao final da galeria soltaram os três os blocos de pedra, cada um deles fez descender uma pedra para tapar, para encerrar a Marduk como em uma tumba selada por pedras gigantes.
Vem agora o relato de como Marduk foi salvo e partiu para o exílio, e de como se desmantelou o Ekur e se reorganizou o comando sobre as terras e sobre os humanos que nelas habitavam. Longe do Sol e da luz, sem comida nem água, Marduk foi enterrado vivo dentro do Ekur; Sarpanit, sua esposa, elevou um lamento por sua prisão e castigo sem julgamento. Acudiu a Enki, seu sogro, chegou a ele com seu jovem filho Nabu. Marduk deve ser devolvido para estar entre os vivos!, disse-lhe Sarpanit a Enki. Ele a enviou a Utu e a Nannar, que podiam interceder ante a Inanna. Rogou que deem a vida de volta ao senhor Marduk! Deixem que siga vivendo humildemente, deixará de lado qualquer governo! Inanna não se aplacou. Pela morte de meu amado, o Instigador deve morrer!, replicou Inanna.
Ninharsag, a pacificadora, convocou aos irmãos Enki e Enlil, Marduk deve ser castigado, mas não merece a morte!, disse-lhes. Viva Marduk no exílio, que entregue a Ninurta a sucessão na Terra! Enlil se sentiu agradado com suas palavras e sorriu: Ninurta era seu filho, de Ninurta ela era a mãe! Se entre sucessão e vida tenho que escolher, o que posso eu, um pai, dizer? Assim respondeu Enki, com o coração doído. Em minhas terras se estendeu a desolação, a guerra deve terminar, pelo Dumuzi ainda estou de luto; que Marduk viva no exílio! Se a paz deve voltar e Marduk viver, temos que chegar a acordos vinculantes!, disse Enlil a Enki. Todas as instalações que enlaçam céu e Terra se devem confiar só ao meu comando, o governo sobre a Terra dos Dois Estreitos deve dar-se a outro de seus filhos.
Os Igigi que seguem e apoiam a Marduk devem renunciar ao Lugar de Aterrissagem e abandoná-lo, na Terra Sem Retorno, não habitada por nenhum descendente (humano) de Ziusudra, deve exilar-se Marduk! Assim declarou Enlil, energicamente, pretendendo ser o principal entre os irmãos. Enki reconheceu em seu coração a mão do fado: Assim seja!, disse inclinando a cabeça. Só Ningishzidda conhece as entranhas do (piramide) Ekur; que ele seja o senhor de suas terras! depois de que se anunciassem as decisões dos Grandes Anunnaki, se chamou a Ningishzidda para o resgate. Seu desafio era como tirar Marduk das vísceras seladas pelos blocos de pedra gigantes; para liberar ao que vivo está enterrado, deram-lhe uma tarefa inconcebível.
Ningishzidda contemplou os planos (plantas) secretos do Ekur, planejou como evitar os bloqueios: Marduk será resgatado através de uma abertura superior cinzelada (que será aberta) na rocha!, eles disse aos líderes. No lugar que eu lhes mostrar, cortarão uma (nova) entrada nas pedras, de ali, um sinuoso passadiço lhes levará para cima, criando um conduto de resgate. Atravessando vãos ocultos prosseguirão até o centro do Ekur, no vórtice dos vãos, através das pedras se abrirá uma passagem. Abrirão uma entrada até o interior, evitando assim os bloqueios; continuarão por cima da grande galeria, levantarão os três blocos de pedra, e chegarão à câmara superior, a prisão mortal de Marduk!
Mais tarde, os Anunnaki, dirigidos por Ningishzidda, seguiram o plano esboçado, com ferramentas que racham as pedras fizeram a nova abertura, criaram o conduto de resgate, chegaram ao interior do monte artificial, abriram uma saída. Evitando os três blocos de pedra, chegaram à câmara superior, sobre uma pequena plataforma levantaram os restelos; resgataram a Marduk desacordado. Com cuidado baixaram ao seu senhor pelo sinuoso conduto, levaram-lhe até o ar fresco; no exterior, Sarpanit e Nabu esperavam pelo marido e pai; foi uma alegre reunião. Quanto a Marduk seu pai Enki transmitiu os termos para a sua liberação, Marduk se enfureceu: Tivesse preferido morrer que renunciar a meu direito de nascimento!, gritou. Sarpanit tomou em seus braços a Nabu.
Retrocedendo seus passos, Ninurta foi através da grande galeria até a câmara mais elevada, em um arca cavada pulsava o coração do Ekur, a força de sua rede (magnética) se potencializava com cinco compartimentos. Ninurta golpeou o arca de pedra com sua vara; aquela respondeu com uma ressonância. Ninurta ordenou que se tirasse a Pedra Gug, que determina as direções; levou-se até um lugar de sua eleição. Descendo pela grande galeria, Ninurta examinou os vinte e sete pares de cristais de Nibiru em seus nichos. Muitos deles tinham sido avariados em seu combate com Marduk; alguns tinham sobrevivido intactos à luta. Ninurta ordenou que se tirassem os que estavam inteiros de seus ranhuras, os outros os pulverizou com seu raio já “Fora da Casa Que Como uma Montanha É”.
Ninurta então se elevou aos céus com seu Pássaro Negro, prestou atenção à Pedra de Topo (da Grande Pirâmide em Gize); representava a personificação de seu inimigo. Com suas armas a soltou, até o chão a derrubou, foi feita em pedaços. Com isto, termina para sempre o temor a Marduk!, declarou Ninurta vitorioso. No campo de batalha, os Anunnaki reunidos anunciaram seus louvores a Ninurta: Ele se parece com Anu!, gritaram a seu herói e líder. Para substituir à incapacitada baliza se escolheu um monte próximo ao Lugar dos Carros Celestiais, em suas vísceras se colocou os cristais resgatados. Em seu topo se instalou a Pedra Gug, a Pedra de Direção; a esse monte se chamou de Monte Mashu, Monte do Barco Celestial Supremo.
Então, Enlil convocou a seus três filhos; Ninlil e Ninharsag também assistiram. Reuniram-se para confirmar os mandatos sobre as terras de antigamente, para atribuir o governo sobre as novas terras. A Ninurta, que tinha vencido ao Anzu e agora a Marduk, se concederam os poderes de Enlil, para substituir a seu pai em todas as terras. A Ishkur se concedeu o governo e a posse do Lugar de Aterrissagem, nas Montanhas dos Cedros (hoje o Líbano, em Baalbek), unindo assim o Lugar de Aterrissagem a seus domínios do norte. As terras ao sul e ao leste dali, onde se haviam estendido os Igigi e seus descendentes, deram a Nannar como dote imperecível, para que as custodiassem e conservassem seus descendentes e seguidores. A península (do Sinai) onde estava o Lugar dos Carros se incluiu nas terras de Nannar, a Utu confirmaram como comandante do Lugar e do Umbigo da Terra. Na Terra dos Dois Estreitos, como se lembrou, Enki atribuiu a posse e o governo a Ningishzidda. Nenhum dos outros filhos de Enki pôs objeções a isto; mas Inanna se opôs a esta nova partilha!
Inanna reivindicou a herança de Dumuzi para si mesma, seu noivo falecido, a Enki e a Enlil exigiu um domínio para ela sozinha. Os líderes contemplaram como satisfazer as demandas da guerreira Inanna, pediram conselho sobre as terras e os povos aos Grandes Anunnaki que decretam os fados, intercambiaram palavras com Anu em relação à Terra e a seus assentamentos. Tinham se passado quase dois Shars (quase 7.200 anos, já era em torno do ano de 3.786 a.C.) e desde os tempos do Dilúvio, a Grande Calamidade, os Terrestres tinham proliferado, das terras montanhosas voltavam para as terras baixas. Eram descendentes da Humanidade Civilizada através de Ziusudra, estavam misturados com a semente dos Anunnaki.
Os descendentes dos Igigi (os anjos caídos) que se casaram e se mesclaram com as mulheres humanas também estavam por aí, nas terras distantes (América Central, Tenochtitlan) sobreviviam os parentes de Ka-in. Poucos nobres restantes eram os Anunnaki que tinham chegado da realeza de Nibiru, poucos eram seus descendentes perfeitos. Os Grandes Anunnaki consideraram como estabelecer assentamentos para eles mesmos e para os Terrestres, como manter sua nobreza imposta sobre a Humanidade, como fazer que os muitos (humanos terrestres) obedecessem e servissem aos poucos (deuses celestes). Os líderes intercambiaram palavras com Anu a respeito de tudo isto, sobre o futuro. Anu decidiu ir à Terra uma vez mais; com Antu, sua esposa, desejava vir e tomar consciência da situação pessoalmente.
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