segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FINADOS - LEMBRANÇA DOS FALECIDOS - MAS RECORDAÇÕES DO AMOR QUE VAI PARA ALÉM DA MORTE - INÊS DE CASTRO E PEDRO I DE PORTUGAL

Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara

CÉLEBRE AMOR ENTRE PEDRO E INÊS QUE ULTRAPASSOU AS CORTINAS DA MORTE

Igreja de Santa Maria no Mosteiro de Alcobaça
Um amor real eternizado na pedra: os túmulos góticos reais de Pedro I, o de Portugal (1320-1367) e de Inês de Castro (1325-1355).

“Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste, e digno da memória
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha.”
(Do Canto III de “Os Lusíadas”, de Camões)

A doce e romântica cidade de Alcobaça, em Portugal, está localizada a 92 km a norte de Lisboa e a 88 km a sudoeste de Coimbra. Seu nome é derivado a aglutinação dos nomes dos rios pelos quais é banhada: o rio Alcoa e o rio Baça.
Lá está o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, primeira obra plenamente gótica edificada em solo português.
A maior atração do mosteiro está no transepto da igreja, um amor real eternizado na pedra: os túmulos góticos reais de Pedro I, o de Portugal (1320-1367) e de Inês de Castro (1325-1355).
Mesmo casado com Constanza de Castela, Pedro se apaixonou por Inês e a tomou como sua amante, tendo com ela vários filhos. O rei Afonso IV, pai de Pedro I, considerando-a uma ameaça ao seu reino, mandou matá-la, em 1355.
Com a morte de Afonso IV, tornou-se rei, o D. Pedro I de Portugal. Imediatamente, D. Pedro declarou que se havia casado com Inês em uma cerimônia secreta em Bragança, fazendo dela a rainha de direito. Conta-se que o rei enlutado procedeu, em seguida, a uma vingança terrível. Exumou o corpo de Inês, apresentou o cadáver à corte e ordenou que todos os seus cortesãos beijassem sua mão decomposta. Forçou também os assassinos de Inês ao mesmo castigo e depois os matou. Este acontecimento dramático viria a inspirar, mais tarde, Camões e muitos outros autores contemporâneos e cineastas.
D. Pedro encomendou suntuosos túmulos de mármore para si e para sua amada. Ambos os túmulos têm efígies dos mortos assistidos por anjos. As laterais do túmulo de Pedro são decoradas com episódios da vida de São Bartolomeu e cenas de sua vida com Inês, incluindo a promessa de que eles estariam juntos até o fim do mundo. Há também cenas da vida de Cristo, estátuas de anjos prontos para despertar Pedro e Inês no Dia do Juízo Final. Como pés dos sarcófagos, criaturas grotescas que representam os inimigos de Pedro aparecem forçadas a suportarem o peso das tumbas Os sarcófagos são as maiores peças de escultura do século XIV em Portugal.
Além dos túmulos dos dois amantes reais, existem neste local os túmulos do século XIII da rainha Urraca de Castela e Rainha Beatriz de Castela.


A doce e romântica cidade de Alcobaça, em Portugal, está localizada a 92 km a norte de Lisboa e a 88 km a sudoeste de Coimbra. Seu nome é derivado a aglutinação dos nomes dos rios pelos quais é banhada: o rio Alcoa e o rio Baça.
Lá está o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, primeira obra plenamente gótica edificada em solo português.
A maior atração do mosteiro está no transepto da igreja, um amor real eternizado na pedra: os túmulos góticos reais de Pedro I, o de Portugal (1320-1367) e de Inês de Castro (1325-1355).

Túmulo de Inês de Castro (1325-1355), no Mosteiro de Alcobaça, Portugal.

Túmulo de Pedro I, o de Portugal (1320-1367), no Mosteiro de Alcobaça. O nosso D. Pedro I, do Brasil (1798-1834), é D. Pedro IV, em Portugal.


Sucessivas invasões no Mosteiro danificaram os túmulos. Mesmo assim, são a principal atração, sendo o destino de casais apaixonados, que, no dia do seu casamento, os visitam para fazerem juras de amor e de fidelidade eterna.



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