As Digitais dos deuses – Há Ainda Segredos no Egito?
Posted by Thoth3126 on 16/07/2018
Em princípios da noite de 26 de novembro de 1922, o arqueólogo britânico Howard Carter, juntamente com seu patrocinador, lorde Carnarvon, entrou na tumba de um jovem faraó da XVIII. Dinastia, que governou o Egito nos anos 1352-43 a.C. O nome desse faraó, que desde então vem ressoando em volta do mundo, era Tutancâmon. Duas noites depois, no dia 28 de novembro, o “Tesouro” da tumba foi aberto. O local era ocupado por um imenso santuário de ouro e dava acesso a outra câmara, atrás da primeira.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Livro “AS DIGITAIS dos DEUSES”, uma resposta para o mistério das origens e do fim da civilização
Capítulo 1: Brasil e o mapa de Piri Reis
Capítulo 2: Rios na Antártida
Capítulo 4: As Digitais dos deuses: O Voo do Condor
Capítulo 5: A Trilha Inca Para o Passado
Capítulo 6: Ele Veio em uma Época de Caos
Por Graham Hancock, livro “AS DIGITAIS DOS DEUSES”, Tradução de Ruy Jungmann, editora Record 2001.
Parte VII – O Senhor da Eternidade – Egito 2
CAPÍTULO 40 – Há Ainda Segredos no Egito?
De forma bem estranha, essa câmara de Tutancâmon, embora empilhada com um número estonteante de artefatos belos e preciosos, não tinha porta: sua entrada era vigiada por uma efígie de aparência extraordinariamente viva do deus da morte, Anúbis, que tem cabeça de chacal. Com as orelhas empinadas, o deus estava agachado como um cão, as patas dianteiras estendidas para a frente, sobre a tampa de um caixão dourado de madeira, de 1,20m de comprimento, 90cm de altura e 60cm de largura.
Museu Egípcio, Cairo, dezembro de 1993
Máscara mortuária de Tutancâmon
Ainda em cima de seu caixão, mas nesse momento guardado em uma vitrine empoeirada, Anúbis prendeu minha atenção durante um longo e silencioso momento. A efígie fora esculpida em madeira, revestida inteiramente de resina preta e em seguida laboriosamente marchetada de ouro, alabastro, calcita, obsidiana e prata – materiais esses usados com efeito especial nos olhos, que brilhavam vigilantes, transmitindo um senso inquietante de inteligência feroz e concentrada.
Simultaneamente, as costelas finamente desenhadas e os músculos de aparência flexível davam-lhe uma aura de força, energia e graça controladas. Capturado pelo campo de força dessa presença misteriosa e poderosa, lembrei-me vividamente dos mitos universais da precessão dos equinócios, que eu vinha estudando há um ano. Figuras caninas entram e saem desses mitos, isso de uma maneira que, as vezes, parece quase intencional em sentido literário. Eu havia começado a especular se o simbolismo dos cães, lobos, chacais, e assim por diante, não poderia ter sido empregado deliberadamente por construtores de mitos há muito desaparecidos para guiar os iniciados, através de um labirinto de pistas, até reservatórios secretos de conhecimentos científicos.
Entre esses reservatórios, eu desconfiava que um deles era o mito de Osíris. Muito mais do que um mito, ele havia sido dramatizado e representado todos os anos no antigo Egito, sob a forma de uma peça de mistério – uma criação literária “artificial”, transmitida aos pósteros como valiosa tradição desde tempos pré-históricos. Essa tradição, como vimos na Parte V, continha valores relativos à taxa do movimento de precessão dos equinócios, tão exatos e tão coerentes que dificilmente se poderia atribuí-los ao mero acaso. Tampouco parecia um acaso que tivesse sido atribuído ao deus chacal um papel central no drama, servindo como espírito guia de Osíris em sua jornada pelo inferno. Era tentador, igualmente, especular se havia alguma significação no fato de que, nos tempos antigos, Anúbis era chamado pelos sacerdotes egípcios como o “guardião” do segredo e dos escritos sagrados.
Sob a borda sulcada do caixão dourado, onde nesse momento se agacha sua efígie, foi encontrada uma inscrição que dizia: “iniciado nos segredos”. Traduções alternativas do mesmo texto hieroglífico apresentavam as versões seguintes: “aquele que está prestes a descobrir os segredos” e “guardião dos segredos”. Mas havia ainda algum segredo a desvendar no Egito? Após mais de um século de intensivas pesquisas arqueológicas, poderiam as areias dessa terra antiga ainda guardar outras surpresas?
As Estrelas de Bauval e as Pedras de West
Em 1993, uma nova e notável descoberta sugeriu haver ainda muito mais coisas a descobrir sobre o antigo Egito. A descoberta, além disso, não coube a algum arqueólogo com problemas de astigmatismo, a tentear seu caminho através da poeira das idades, mas a um estranho ao campo: Robert Bauval, um engenheiro civil belga com jeito para astronomia, que observou uma correlação nos céus que os “especialistas” jamais haviam notado, tal era a fixação deles na terra sob os pés. O que Bauval viu foi o seguinte: quando as três estrelas do cinturão da constelação de Órion cruzavam o meridiano de Gizé, elas não ocupavam uma linha inteiramente reta, alta no céu do sul. As duas estrelas mais baixas, Al Nitak e Al Nilam, formavam uma diagonal perfeita, ao passo que a terceira, Mintaka, aparecia deslocada para a esquerda do observador, isto é, na direção leste. De forma muito curiosa (como vimos no Capítulo 36) este é exatamente o plano do sítio arqueológico das três enigmáticas pirâmides do platô de Gizé.
Bauval compreendeu que uma vista aérea da necrópole de Gizé mostraria a Grande Pirâmide de Khufu ocupando a posição de Al Nitak, a Segunda Pirâmide, de Khafre, a posição de Al Nilam, enquanto a Terceira, a de Menkaure, apareceria deslocada para leste da diagonal formada pelas duas outras – completando, dessa maneira, o que parecia inicialmente ser um imenso diagrama das estrelas. Seria isso, na verdade, o que as pirâmides de Gizé representavam? Eu sabia que o trabalho posterior de Bauval, entusiasticamente endossado por matemáticos e astrônomos, tinha-lhe confirmado o inspirado palpite. A prova que apresentou (estudada em detalhes no
Capítulo 49) indicava que as três pirâmides constituíam um mapa terrestre inacreditavelmente exato das três estrelas do cinturão de Órion, refletindo, com precisão, os ângulos entre cada uma delas e mesmo (mediante seus respectivos tamanhos) proporcionando alguma indicação de suas magnitudes individuais.
Além do mais, esse mapa estendia-se nas direções norte e sul para abranger várias outras estruturas do platô de Gizé mais uma vez, com precisão impecável (em relação as demais estrelas da constelação de Órion). Não obstante, a verdadeira surpresa revelada pelos cálculos astronômicos de Bauval foi a seguinte: a despeito do fato de que alguns aspectos da grande Pirâmide relacionam-se, na verdade, com a Era das Pirâmides, os monumentos de Gizé, como um todo, foram dispostos para proporcionar um mapa do céu (que muda de aparência através das idades como resultado da precessão dos equinócios) não como era ao tempo da Quarta Dinastia, por volta do ano 2500 a.C., mas como havia parecido – e apenas como havia parecido – por volta do ano 10450 a.C.
O alinhamento estelar com as pirâmides em Gizé inclui várias estrelas de diferentes constelações com a GEOMETRIA SAGRADA presente.
Eu viera ao Egito para percorrer o sítio arqueológico de Gizé em companhia de Robert Bauval e para lhe fazer perguntas sobre sua teoria de correlação estelar. Além disso, queria conhecer-lhe as opiniões sobre que tipo de sociedade humana, se ela de fato existiu, poderia ter o know how tecnológico necessário, em época tão remota no passado, para medir acuradamente as altitudes das estrelas e traçar um plano tão matemático e ambicioso como o da necrópole de Gizé.
E viera também encontrar outro pesquisador que contestou a cronologia ortodoxa do antigo Egito, com a alegação, bem fundamentada, de ter encontrado prova robusta da existência de uma civilização avançada no Vale do Nilo no ano 10000 a.C., ou mesmo antes. Tal como os dados astronômicos de Bauval, a prova estivera à disposição de todos, mas não conseguira atrair a atenção de “egiptólogos” (ignorantes) ortodoxos. O homem responsável por colocá-la à vista do público era um estudioso americano, John Anthony West, que argumentou que os “especialistas’ a haviam ignorado – não porque não a tivessem encontrado, mas porque a encontraram mas não conseguiram interpretá-la corretamente. A prova de West focalizava certas estruturas importantes, notadamente a Grande Esfinge e o Templo do Vale, em Gizé, e, muito distante ao sul, o misterioso Osireion, em Abidos.
Argumentou ele que esses monumentos no deserto apresentam numerosos sinais cientificamente inconfundíveis de terem sofrido intemperismo de água, um agente erosivo ao qual poderiam ter sido expostos em quantidades suficientes apenas durante o período “pluvial” úmido que acompanhara o fim da última Era Glacial, por volta de 11.000 a.C. A implicação desse padrão peculiar e extraordinariamente característico de intemperismo por “precipitação induzida” era que o Osireion, a Esfinge e outras estruturas associadas tinham sido construídas antes do ano 10000 a.C. Um jornalista investigativo britânico resumiu o efeito nas seguintes palavras:
West é, realmente, o pior pesadelo que pode acontecer a um “acadêmico erudito”, porque lá vem alguém inteiramente estranho ao campo, com uma teoria bem-elaborada, bem-apresentada, coerentemente descrita, cheia de dados que os “egiptólogo e acadêmicos eruditos” não podem refutar e que lhe puxa o tapete sob os pés. Se assim, como é que ele enfrenta a situação? Ignora-a. Alimenta a esperança de que ela desapareça… e ela não desaparece (porque é verdadeira).
A razão por que a nova teoria não desaparecia, em nenhuma circunstância, a despeito de ter sido repelida por dezenas de “competentes egiptólogos”, era que ela recebera apoio geral de outro ramo das ciências – a geologia. O Dr. Robert Schoch, professor de geologia da Universidade de Boston, desempenhou um papel importante na validação das estimativas de West sobre a verdadeira idade da Esfinge, tendo suas opiniões sido endossadas por quase 300 de seus colegas na convenção anual de 1992, da Sociedade Geológica da América. Desde então, quase sempre travada na penumbra, uma acrimoniosa discussão começou a queimar entre geólogos e egiptólogos. E embora poucas pessoas além de John West estivessem dispostas a dizer isso, o que estava em jogo nessa discussão era uma reviravolta completa nas ideias aceitas sobre a evolução da civilização humana. Diz West:
Disseram-nos (os “grandes eruditos e acadêmicos”) que a evolução da civilização humana é um processo linear que ocorreu dos broncos homens das cavernas para nós, os “espertos”, com nossas bombas de hidrogênio e pasta de dente listrada. Mas a prova de que a Esfinge é muitos, muitos milhares de anos mais velha do que pensam os arqueólogos, que precedeu em muitos milhares de anos até o Egito dinástico, significa que certamente existiu, em algum ponto distante da história, uma civilização avançada e sofisticada – como afirmam todas as lendas.
As minhas próprias viagens e pesquisas nos quatro anos anteriores haviam aberto meus olhos para a possibilidade eletrizante de que essas lendas pudessem ser verdadeiras e este era o motivo por que eu voltava ao Egito para me encontrar com West e Bauval. Eu estava impressionado com a maneira como suas linhas de pesquisa, até então muito separadas, haviam convergido de modo tão convincente, no que pareciam ser as impressões digitais astronômicas e geológicas de uma civilização perdida, uma civilização que poderia ou não ter surgido no Vale do Nilo, mas que parecia já ter existido em época tão remota quando o undécimo milênio (11.000) antes de Cristo.
O Caminho do Chacal
Anúbis, guardião dos segredos, deus da câmara funerária, divindade de cabeça de chacal, desbravadora dos caminhos dos mortos, guia e companheiro de Osíris… Eram 5h da tarde, tempo de encerramento do expediente no Museu do Cairo, quando Santha disse que estava satisfeita com as fotos que havia tirado da sinistra efígie negra. No andar inferior, guardas usavam seus apitos e batiam palmas, enquanto procuravam tanger para fora dos salões os últimos visitantes, embora, no segundo andar do prédio de cem anos, onde o antigo Anúbis se agachava em sua vigilância eterna, tudo estivesse em silêncio, imóvel. Deixamos o sombrio museu e saímos para a luz do sol, que ainda banhava a movimentada praça Tahrir, no Cairo.
Anúbis, refleti, compartilhara seus deveres como espírito guia e guardião dos textos sagrados com outro deus, cujo símbolo e tipo haviam sido também o chacal e cujo nome, Upuaut, literalmente significa Desbravador de Caminhos. Ambas as divindades caninas estiveram ligadas desde tempos imemoriais com a cidade antiga de Abidos, no alto Egito, cujo deus original, Khenti-Amentiu (o estranhamente denominado “O Maior dos Ocidentais”) havia sido representado também como membro da família dos cães, geralmente deitado sobre uma coluna preta. Haveria alguma importância no reaparecimento constante em Abidos de todas essas referências míticas e simbólicas a cães, com a promessa de segredos vitais prestes a ser revelados? Valia a pena tentar descobrir, uma vez que as extensas ruínas existentes nesse local incluíam a estrutura conhecida como Osireion, que a pesquisa geológica de West indicava que poderia ser muito mais antiga do que pensavam os arqueólogos.
Além disso, eu já havia combinado me encontrar com West dentro de alguns dias na cidade de Lúxor (antiga Tebas), no alto Nilo, a menos de 200km ao sul de Abidos. Em vez de voar diretamente do Cairo para Lúxor, como pensara inicialmente fazer, compreendi nesse momento que seria inteiramente viável ir por estrada de rodagem e visitar Abidos e vários outros sítios arqueológicos ao longo do caminho. Nosso motorista, Mohamed Walili, esperava-nos em um estacionamento subterrâneo nas vizinhanças da praça Tahrir. Homem idoso, grandalhão, alegre, ele era dono de um escalavrado táxi Peugeot, do tipo que geralmente faz ponto no lado de fora do hotel Mena House, em Gizé.
Nos últimos anos, em nossas frequentes viagens de pesquisa ao Cairo, havíamos feito amizade com ele e, nesse momento, Walili era nosso motorista oficial sempre que visitávamos o Egito. Pechinchamos durante algum tempo sobre a diária apropriada para a longa viagem de ida e volta a Abidos e Lúxor. Numerosas questões precisavam ser levadas em conta, incluindo o fato de que algumas áreas pelas quais passaríamos haviam sofrido recentemente ataques terroristas de militantes islâmicos. No fim, concordamos sobre o preço e combinamos partir bem cedo na manhã seguinte.
Se você REALMENTE tem interesse em saber QUEM construiu as Pirâmides, no EGITO e no MÉXICO, QUANDO, para QUAL FINALIDADE, e as CONSEQUÊNCIAS, por favor leia TODO O MATERIAL sobre o planeta MALDEK.
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