segunda-feira, 2 de maio de 2016

PALÁCIO QUIRINAL - ROMA

Palácio Quirinal - Residência do Presidente da Itália
O Palácio do Quirinal é um palácio localizado sobre a colina homônima, em Roma. É um antigo palácio papal e atual residência oficial do Presidente da Itália, sendo um dos símbolos do Estado italiano.
Em 1583, o papa Gregório VIII começou a construção de uma residência estival numa área considerada mais sã que a colina do Vaticano e o palácio de Latrão, fora dos muros. 
Os trabalhos terminaram em 1585. Nesse mesmo ano, a morte do Papa impediu Mascarino de realizar um segundo projeto que previa a ampliação do palacete para transformá-lo num grande palácio com alas porticadas paralelas e um grande pátio no seu interior. O edifício construído por Mascarino ainda se pode reconhecer na fachada norte do Pátio de Honra,
O edifício de Ottaviano Mascarino foi construído sobre um terreno pertencente então à família Carafa e arrendado a Luigi d'Este, a quem o Papa, ao que parece, queria deixar o palacete. Por esse motivo, o papa Sixto V fez com que a Câmara Apostólica adquirisse o terreno em 1587 e só depois interveio na ampliação do palácio. O arquitecto Flaminio Ponzio seria utilizado por Sisto V em todas as grandes obras arquitetônicas e urbanísticas do seu pontificado. Fontana empenhou-se numa remodelação completa da zona, com a construção do eixo das ruas Pia e Felice, o consequente cruzamento das Quattro Fontane (Quatro Fontes) e a definição da outra residência "privada" do pontífice em Termini.
O papa Paulo V encarregou Flaminio Ponzio da finalização das obras sobre a zona principal do palácio e dos trabalhos de ampliação. Este arquitecto realizou a ala sobre o jardim, a sala de reuniões (atual Salão das Festas) e a Capela da Anunciação, decorada entre 1609 e 1612 por Guido Reni
O papa Urbano VIII adquiriu muitos terrenos que ampliaram a propriedade em direção a leste, beneficiando, sobretudo, o jardim que quase duplicou a sua superfície. O mesmo Papa mandou, mais tarde, elevar um muro que rodeou o novo perímetro do complexo do Quirinal. Algumas partes sobreviventes deste muro são ainda visíveis na rua dos jardins.
Palácio Quirinal - vista aérea
Os jardins do Quirinal, famosos pela sua posição privilegiada que quase os converte numa ilha elevada sobre Roma, foram modificados ao longo dos séculos segundo os gostos e as necessidades das sucessivas Cortes Papais. A atual distribuição integra uma parte do jardim original do século XVI, situada em torno do palácio. O jardim "romântico", da segunda metade do século XVII, conserva daquela época a esplêndida Casa de Café edificada por Ferdinando Fuga como vestíbulo de Bento XIV decorada com esplêndidas pinturas de Girolamo Pompeo Batoni e Giovani Paolo Pannini.
O Palácio do Quirinal serviu de residência estival aos Papas até 1870, quando Roma foi conquistada pelo Reino da Itália. O último pontífice a habitar no palácio foi o papa Pio IX. Passou, então, a ser a residência oficial do Rei.
Em setembro de 1870, o que restava dos Estados Pontifícios desapareceu. Cerca de cinco meses depois, em 1871, Roma tornou-se na capital do novo Reino da Itália. O palácio foi ocupado durante a invasão de Roma e tornou-se na residência oficial dos Reis de Itália, embora na realidade alguns monarcas, nomeadamente o Rei Vítor Emanuel III (reinou de 1900 a 1946), tenham vivido em residências privadas noutros locais, sendo o Quirinal usado somente como gabinete e para funções de estado. A monarquia foi abolida em 1946 e o palácio tornou-se na residência oficial e local de trabalho do Presidente da República Italiana.
Os dois primeiros presidentes da República Italiana, Eurico de Nicola e Luigi Einaudi, não viveram no Quirinal.
Giovanni Groncchi foi o primeiro presidente que viveu no palácio, seguido por Antonio Segni, Giuseppe Saragate,e Giovani Leone, todos eles com as respectivas famílias. Alessandro Pertini e Francesco Cossiga utilizaram o Quirinal como gabinete de trabalho mas nunca habitaram ali. Osdcar Luigi Scalfro residiu no palácio durante metade do seu mandato. Os seus sucessores, Carlo Azeglio Ciampi e Giorgo Napolitano também o habitaram.
O Palácio do Quirinal hospeda os gabinetes e os aposentos do Chefe de Estado. Na grande ala da via do Quirinal, a denominada Manga Longa, encontram-se os Apartamentos Imperiais, os quais foram especialmente preparados, decorados e mobilados para as duas visitas que o kaiser Guilherme II realizou à Itália, em 1888 e 1893. Estes apartamentos acolhem, atualmente, os monarcas e chefes de estado estrangeiros em visita oficial ao Presidente da República.




No palácio podem encontrar-se diversas coleções artísticas de tapetes, pinturas e esculturas, carruagens, relógios, móveis e porcelanas, muitas das quais chegaram de outras residências italianas, sobretudo de cortes pré-unitárias, como é o caso do mobiliário pertencente ao Palazzo di Colorno.



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