Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Depois
de um ano, muitas nuvens ainda envolvem o caso Charlie Hebdo. A razão do ataque
teria sido mesmo o ódio extremo
gerado pelas caricaturas do jornal, que haviam publicado sátiras sobre
líderes islâmicos, inclusive sobre o próprio profeta Maomé?
Enfim, as pesquisas, até hoje, apontam para
antecedentes como a sangrenta luta separatista da Argélia, do domínio francês
nos meados do século XX, até mesmo de certo modo confirmado pela origem
argelina dos irmãos autores do ataque Said e Chérif Kouachi. Mais genericamente
menciona-se a condição de exclusão em que vive grande parte da população de
origem árabe nos países da Europa.
Pois divulga-se agora a informação
bombástica de que o Charlie Hebdo havia sido adquirido por um poderoso grupo
financeiro, pouquíssimo tempo antes do atentado. Em artigo intitulado: “Os Rothschild também são Charlie!”, o
jornalista José Mena Abrantes afirma: “Vêm agora a revista
econômica holandesa ‘Quote’ e o jornal alemão ‘NeoPresse’ confirmar-nos que a
família Rothschild ainda não perdeu esse dom profético, pois tinha acabado de
comprar o jornal Charlie Hebdo no passado mês de Dezembro. Os ganhos imediatos
da operação estão à vista. De uma modesta tiragem de algumas dezenas de
milhares de exemplares, a edição do jornal posterior ao atentado atingiu a
cifra de sete milhões, publicada em vinte países com versões em cinco línguas,
incluindo o árabe e o turco.”
Que relação poderia ter o magnata dos Rothschild,
o poderoso Jacob Rothschild, com os atentados contra o jornal de Paris, ao
adquirir o periódico? Pode ser que nenhuma, porém que o fato dá margem para
discussões, isso dá.
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