quarta-feira, 28 de outubro de 2015

MILENAR ILHA GREGA DE LESBOS - HAVERIA UMA VOLTA AOS TEMPOS DA POETISA SAFO?



Lesbos,  Λέσβος em grego clássico, é a terceira ilha grega levando em consideração o tamanho de seu território. Situa-se ao nordeste do Mar Egeu, quase na costa da atual Turquia. Tem uma área de 1630 km2, com 320 km de litoral. A população atual está aproxima-se dos 90.000 habitantes.
A capital da ilha, desde a antiguidade, é Mitilene, onde reside um terço da população. Aí viveram duas personagens importantes da literatura grega: o poeta Alceu, e especialmente a poetisa Safo.
Safo tinha uma escola para preparação de moças para o casamento e era homoafetiva feminina confessa. Por essa razão, o termo lésbica designa a homoafetividade feminina.
De acordo com o espírito dos antigos gregos, criaram-se mitos específicos do local. A mitologia tinha como escopo explicar as origens ontológicas dos fenômenos universais que envolvem a realidade particular.
Os mitos específicos do local dão conta da origem da população de Lesbos. Xanto, filho de Triopas, rei dos pelasgos de Argos, conquistara parte da região da Lícia, na Ásia Menor, e dividido a ilha de Lesbos entre seu povo.
Passadas sete gerações, e ocorrido o dilúvio de acordo com a versão grega, a ilha voltou a ser desabitada. Veja-se que, segundo os gregos, Deucalião e Pirra, os primeiros seres humanos da Grécia (como Adão e Eva da narrativa bíblica) tinham originado um grande povo. Zeus, irritado pelo desejo dos pelasgos de igualar-se aos deuses, pune-os com um dilúvio. Como Deucalião era filho do deus Prometeu, este o avisou antecipadamente dos desígnios de Zeus.
Deucalião construiu um barco de madeira, salvando-se, com a família, das águas do dilúvio. Porém, todos os demais homens morreram, ficando Lesbos novamente desabitada.
Macareu, um nativo de Olenus e filho de Crinacus, filho de Zeus, tomou posse da ilha com seu povo, em maior parte formada de jônios.
Em seguida chegou Lesbos, filho de Lápites, por sua vez filho de Éolo, divindade dos ventos, que por seu lado era filho de Hipotes, que se casou com Metímna, filha de Macareu, o qual deu seu nome à ilha. Assim, ela passou a chamar-se Lesbos, desde então.
Outra filha de Macareu tinha o nome de Mitilene, que deu nome à capital da ilha. Como os versos da poetisa homoafetiva Safo passaram a ser denominados de versos lésbicos, a palavra lésbica passou a designar a mulher homoafetiva.
A Ilha de Lesbos é um lugar encantador. É habitada há milênios por um povo culto e simples. Hoje, é um dos pontos turísticos da região mais visitados do Mar Egeu.




SAPHO - POETISA GREGA - É UM AFRESCO DAS RUÍNAS DE POMPÉIA


Novas Safos na ilha de Lesbos


"A história de Amina Arraf, a síria lésbica que garantia no seu blog ter sido presa e torturada e até foi “entrevistada” pelo “The Guardian”, mas afinal é um professor americano a viver na Escócia não levanta apenas a questão da intoxicação informativa que por aí pulula, apenas com o objectivo de manipular a opinião pública. Põe também em dúvida as notícias que nos chegaram de Tunes, do Cairo e até de Trípoli durante a “Primavera Árabe” e desacredita o jornalismo e os jornalistas, pela forma leviana como nos transmitem, encadernadas em verdades irrefutáveis, verdadeiros embustes.
Estes factos nem sequer são novos. À escala nacional assistimos, nos últimos anos, a uma manipulação despudorada visando um primeiro-ministro. Algo do que se escreveu será verdade, mas a maioria das notícias foi fabricada em tertúlias conspiratórias que se serviram das redacções para denegrir Sócrates. (Não me refiro apenas, como é óbvio, ao caso da homossexualidade do ex-primeiro ministro e da sua relação com Diogo Infante, inventona já desmontada e cujos autores são conhecido) .
O que é novo na relação identitária da Internet é o facto de estar a crescer o número de homens que se fazem passar por lésbicas, abrangendo áreas que vão para além da informação.É o caso, por exemplo, de Paula Brooks, editora desde 2008, do site norte-americano de notícias para lésbicas Lez Get real, que afinal se chama Bill Graber e conseguiu enganar jornais credíveis como o Washington Post. Neste caso, foi o próprio jornal a descobrir a identidade da falsa lésbica e a penitenciar-se junto dos leitores.
Não sei se haverá entre nós algum internauta que se faça passar por lésbica, mas já temos um professor universitário que, disfarçando-se de mulher, atraiu alguns homens a encontros amorosos. Bom, isso é outra história, sobre a qual talvez escreva num outro dia.
Até lá deixo-vos com a pergunta: qual será a razão que leva os homens a assumir-se como lésbicas na Internet? Estaremos na presença de uma nova escola de Safo?" (Postado por Carlos Barbosa de Oliveira em 16 de junho de 2011 - disponível em
 http://cronicasdorochedo.blogspot.com.br/2011/06/novas-safos-na-ilha-de-lesbos.html).

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