domingo, 4 de março de 2018

O DANÚBIO DOS MEUS SONHOS AZUIS

Oscar Luiz Brisolara
Deliciava-me com a mágica valsa de Strauss. Por longos anos, meu Danúbio era azul... pequeno... quase um córrego cortando a plácida e romântica Viena, com seus esplêndidos palácios de princesas deslumbrantes...
De nada me haviam valido as aulas de geografia. O caudaloso e navegável Danúbio ficara apenas nas informações arquivadas em outra pasta...
Continuava em minha alma o plácido rio de águas límpidas, azuladas e poéticas...
Naquela plácida tarde outonal de setembro, vínhamos de Bratislava, num confortável ônibus, quando a imensa ponte do Danúbio se nos avultou surpreendente... 
Grandes embarcações desciam em direção ao Mar Negro, que, ao norte, leva à Criméia Russa, e, ao sul, liga-se à Europa mediterrânea. Outos tantos barcos subiam em direção aos poderosos mercados do Reno, da Alemanha e dos países nórdicos...
Entrei em Viena. Procurava o Danúbio de Strauss... Não existia... Estava eternamente saltitando nos pianos do mundo inteiro... na alma do inspirado músico vienense... e no meu espírito sonhador... para sempre... saudoso... dolente... poeticamente azulado...

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