ANKH (lê-se ANAK), também conhecida como CRUZ ANSATA, é um símbolo religioso dos antigos egípcios ligado à vida. Inicialmente, significava apenas a vida. Com o correr dos tempos, passou a significar também a vida pós-morte. É frequentemente encontrada em símbolos junto aos túmulos, de modo especial, nos túmulos dos faraós.
Era usada na linguagem pictográfica dos egípcios com o significado de vida. Segundo o blog "arqueologia e teologia':
"A alça oval que compõe o ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos." (http://iadrn.blogspot.com.br/2012/03/o-ankh-e-o-cristianismo.html, disponível em 24/03/2018).
Teria surgido na quinta dinastia egípcia. Foi um período de grande instabilidade religiosa e política no Egito. Passou-se a discordar da divindade dos faraós. A elite social passou a discutir os privilégios dele. Os faraós desse período foram Userkaft, Sahure, Neferirkare, I Kakay, Neferefret, Chepeskaré, Menkauhor, Djedkare Isesi e Unas. Esses reis imperaram entre os anos 2498 e 2345 a. C. Isso ocorreu logo após os poderosos construtores ou invasores das antigas pirâmides, ou sejam, Queops, Quefren e Miquerinos, que geraram imensas depesas aos cofres da monarquia, o que ocasionou o descontentamento das ilustres famílias nobres. Essas, com o período de empobrecimento, viam seus privilégios diminuídos. Nesses períodos de enfraquecimento do poder religioso, sempre usado pelos poderosos para manter seus privilégios, costumam surgir símbolos novos de reverência popular.
Ainda segundo a mesma fonte acima:
"Por suas semelhanças com a cruz cristã, o Ankh chegou a ser assimilado pelos cristãos cópticos, de forma que também é conhecido como a Cruz Ansata, Cóptica ou Cruz Egípcia. Faz parte também do símbolo da Ordem Rosacruz (AMORC). Metaforicamente, a cruz representa a união/intersecção do céu e da terra. Posteriormente, contudo, veio a ser proscrito e identificado como um símbolo pagão (todo símbolo que não é cristão é pagão) e foi levianamente adotado pelo ocultismo e satanismo. É óbvio que o caráter satânico que deram ao Ankh é fruto da ignorância e leviandade com que usam esse símbolo." (idem, ibidem).
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