Historias da Terra, Maldek e do sistema solar – Petrimmor de Cartress (6)
Posted by Thoth3126 on 16/02/2019
“As crianças da raça antiga do mundo da Terra começaram a mudar. Elas não eram mais capazes de serem ensinadas, até mesmo para falarem. Eles desejavam apenas comer, fornicar, o delírio e matar todos aqueles que possuíam qualquer tipo de razão. Tal era a sua fome que comiam carniça e até mesmo uns aos outros. Tudo isso aconteceu após as convulsões começarem na Terra inteira, com os céus do planeta se obscurecendo completamente pelas cinzas e fumaça tóxica e venenosa de milhares de vulcões em erupção, e o planeta então foi sacudido por violentos terremotos e terríveis tempestades”. Eu Sou Sycorant de Omuray (a lua Titã) o maior dos planetoides do Radiar Summer, que vocês conhecem como o planeta Saturno.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
PETRIMMOR DE CARTRESS, histórias do planeta MALDEK, da TERRA e do SISTEMA SOLAR – Parte VI. Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da Federação Galáctica, páginas 389 a 436.
PETRIMMOR DE CARTRESS, PARTE 6:
Após chegarmos ao local da residência para a qual fôramos convidados, anunciamos a nossa chegada com gritos, como era o costume entre os povos da Terra. Então veio uma resposta do interior da casa, dizendo, “Estamos com medo dos gigantes. Por favor mande-os embora”. Eu assegurei ao nosso anfitrião que eles iriam embora em breve.
Antes de ter nos deixado, Rendowlan me perguntou se poderia me visitar na hospedaria no dia seguinte, juntamente com o seu grupo, no que concordei prontamente. Minha mente estava fervilhando com a ideia de que o nosso encontro poderia nos levar na obtenção dos meios para retornarmos ao nosso planeta natal em Cartress.
No dia seguinte, a primeira pergunta que fiz ao nodiano Rendowlan foi se ele poderia arranjar para que nós fossemos levados de volta ao nosso mundo de Cartress. Ele pensou um pouco e me disse, “Eu não sei onde o seu planeta Cartress fica, mas vou localizar um dos navegadores gracianos para identificar o sistema estelar de seu planeta. Nós sequer ainda sabemos onde o planeta Gracyea fica localizado. O melhor que posso fazer no momento por você é lhe oferecer uma viagem para meu planeta Nodia. Mais tarde, estando lá poderemos descobrir como leva-lo de volta para seu planeta Cartress.”
Rendowlan então passou a nos contar como todos os grandes sistemas radiares (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) e os seus planetoides assim como os demais planetas do sistema solar da Terra estavam se transformando em esferas inabitáveis para suas populações humanas, após a explosão do planeta Maldek. Ele também me informou que os nodianos estavam transferindo as populações humanas destes mundos para o planeta Terra, que era o único planeta que ainda apresentava condições para tanto.
Ele então apontou para os seus gigantes guarda costas marcianos e me disse que eles foram alguns dos primeiros imigrantes a chegarem na Terra evacuados de seu planeta natal, Marte. Ele então me solicitou que o ajudássemos a estabelecer uma estação de recepção junto a hospedaria para todos os humanos refugiados que começariam a chegar na Terra resgatados de seus planetas moribundos. Ele leu os meus pensamentos e acrescentou, “Os maldequianos não nos causarão, a nós e a vocês, nenhum problema.”
A ESTAÇÃO PETRIMMOR E A CHEGADA DE RANCER-CARR, O ZONE-REX
Nos anos que se seguiram, a área circunvizinha a hospedaria se desenvolveu e cresceu tanto que abarcou as cidade vizinha. A área foi chamada de Petrimmor Station pelos nodianos. A estação na realidade era apenas uma das centenas de estações que receberam milhares de refugiados que eram nativos dos planetas Marte e Vênus (Wayda) e dos planetoides do radiar Trake (Netuno). Refugiados destes locais também foram recebidos em estações que foram criadas para receber seres humanos dos planetoides do radiar Relt (Júpiter) e dos planetoides de Sumer (Saturno).
Os primeiros refugiados a chegarem em grande número, trazidos por espaçonaves nodianas e da Federação, foram os marcianos. Não importa quantos milhões (a destruição de Maldek foi a cerca de 251 milhões de anos atrás) de anos já se passaram desde aqueles tempos difíceis, eu me lembro como se tivesse acontecido ontem.
O primeiro mês vivendo junto com os marcianos foi como viver no inferno, até aquele maravilhoso dia em que uma negra e brilhante espaçonave nodiana aterrissou próximo a Petrimmor Station e dela desceu aquele que usava a coroa do Dragão Vermelho, Rancerr Carr, que por divino direito era o Zone Rex (uma espécie de rei) do planeta chamado de Sol Quatro (o planeta na quarta órbita do sol, ou seja Marte). Eu agradeço aos Elohim por aquele dia especial.
Os marcianos eram uma raça de seres humanos que não aceitavam instruções ou sequer as ouviam. Se houve alguma coisa que a migração dos marcianos para a Terra causou em sua raça foi o sentimento de união em um único povo. Eles puseram de lado seu comportamento belicoso que haviam desenvolvido nas constantes guerras entre suas diferentes tribos em seu planeta natal. Consequentemente isto deixou algo faltando em sua psique coletiva, que os levaram a procurar e identificar um novo inimigo contra o qual pudessem descarregar a sua agressividade reprimida.
Centenas de anos governados duramente pelos seus bar-rexes, os senhores da guerra (uma espécie de senhor feudal de Marte) provocaram neles um grande ressentimento em relação a qualquer autoridade. Portanto, porque eu, de algum modo parecia ser uma figura com autoridade, fiquei no topo da sua lista de potenciais inimigos. A minha segurança física contra ataques físicos vinha do fato que eles pensavam que eu era um tolo, pois somente um estúpido tentaria demonstrar autoridade sem a proteção de uma força militar para lhe garantir proteção e o cumprimento de suas ordens.
OS IMIGRANTES MARCIANOS
As coisas poderiam ter sido mais fáceis se os marcianos tivessem chegado em grupos menores, mas não foi este o caso em virtude da urgência na evacuação do planeta Marte. Milhares de marcianos chegavam a cada semana. Este também era o caso nas demais estações espalhadas por todo o planeta Terra. As espaçonaves nodianas de transporte, depois de receberem suas ordens, cumpriam com sua tarefa de evacuação de populações planetárias inteiras, atuando independentemente das demais.
Eles faziam tantas viagens quantas fossem possível para evacuar o máximo de pessoas no menor prazo possível, devido as condições que todos os planetas e planetoides do sistema solar apresentavam após a explosão de Maldek. Eles esperavam finalizar suas missões de resgate rapidamente para partir do sistema solar local, assim como eu e meu grupo também desejávamos tanto.
Os marcianos não permitiam que nós os registrássemos quando de sua chegada na estação Petrimmor, apesar de terem concordado com isto antes de sua partida de Marte, assim nós não tínhamos a menor ideia de quem era quem. A única coisa com que tínhamos para trabalhar era uma contagem por cabeça feita pelos nodianos e algumas relações de embarque feitas pelos próprios marcianos que nem nós ou qualquer marciano comum conseguiria ler.
Dell gastou vários dias procurando em vão entre as multidões de marcianos por alguém que conseguisse ler as listagens marcianas de passageiros evacuados para a Terra. Alem destas listagens havia um certo número de ROMs mentais nodianos que identificava visualmente cada marciano evacuado para a Terra, juntamente com seus registros históricos e seus nomes. O nosso problema era que não tínhamos nenhum aparelho, nodiano, Graciano, traqueano, ou qualquer instrumento que pudesse permitir a alguém o acesso as informações contidas nos ROM mentais.
Interior de uma nave mãe de comando da Federação Galáctica, em órbita estacionária da Terra em outros níveis de consciência.
Nós perguntamos a todos os comandantes das naves nodianas que havia depositado sua carga de refugiados marcianos em nossa estação de recepção em Petrimmor se ele poderia emprestar alguém que pudesse nos ajudar. Em todos os casos recebemos uma resposta negativa. Eu logo percebi que estes comandantes não tinham nenhuma intenção de sujeitar nenhum membro de sua tripulação às óbvias condições caóticas que prevaleciam em nossa estação de recepção de Petrimmor.
Os nodianos finalmente perceberam que nossa estação já não poderia mais receber imigrantes marcianos e começaram a depositar os extraviados (aqueles que originalmente resistiram em ser evacuados) em outros locais no planeta Terra, mas não sem antes descarregarem milhares de cabeças de carneiros e camelos marcianos em nossa estação. Dentro de dias após sua chegada, um grande número destes animais começou a morrer.
Eles não puderam tolerar e se adaptar a drástica mudança de atmosfera de Marte para a atmosfera e gravidade do planeta Terra, respirar ar da Terra mais rico em gases nobres (hidrogênio e oxigênio). Mais tarde os animais de fora da Terra eram trazidos após um período de preparação, para evitar grandes perdas da fauna dos demais planetas e planetoides do sistema solar. Todos estes esforços apenas levemente aumentou a quantidade de animais que sobreviviam.
Muitos anciões marcianos também desenvolveram inúmeros problemas respiratórios. Nós não tínhamos na estação um número adequado de pessoal médico de qualquer raça para prestar atendimento adequado a milhares de pessoas e como resultado, muitos marcianos doentes também morreram após semanas de seu desembarque na Terra. Naquele momento era prática dos marcianos cremarem os seus mortos, mas preservar enterrando em tumbas os membros mais proeminentes de sua raça.
A grande quantidade de corpos que necessitaram ser cremados rapidamente acabou com todo o material combustível natural existente próximo a estação Petrimmor e os marcianos relutantemente tiveram que começar a enterrar os corpos de seus compatriotas em sepulturas coletivas. Em breve o baixo nível de suprimentos de alimentos levou os marcianos a procurarem por comida em locais cada vez mais distantes e seguindo em todas as direções, assaltando fazendas e locais onde o povo da Terra estocava alimentos.
O único modo para notificar Nodia que estas coisas estavam acontecendo foi de entrar em contato com a tripulação de espaçonaves nodianas e esperar que eles informassem através da telepatia as autoridades responsáveis do planeta Nodia sobre a situação no planeta Terra. Eu não me isolei dos marcianos, apesar de desejar muito isso. Pelo contrário, procurei entre eles esperando encontrar alguém de sua espécie que eles respeitassem e que pudesse me ajudar no estabelecimento de algum tipo de organização benéfica que pudesse ajudá-los com os seus inúmeros problemas.
Então três coisas aconteceram que começaram a alterar o quadro geral. O primeiro foi o de que, exceto por alguns sobreviventes, poucos voltaram das perambulações em ataques a fazendas e depósitos de alimentos para seus acampamentos. Os sobreviventes relataram que encontraram e lutaram contra várias e grandes unidades militares maldequianas de soldados Krates, que os superaram largamente em número e em armamentos. Os maldequianos tinham a intenção de manter os marcianos definhando até que todos morressem de fome. Por causa de seu tamanho e habilidades em guerras, por ser um povo guerreiro e de porte avantajado fisicamente, os maldequianos decidiram eliminar todos os marcianos que fossem possíveis.
A CHEGADA DO GRACIANO OLBEY-COBEX
Em uma tarde Dell chegou ao nosso quartel general com um jovem vestido no estilo marciano. Eu logo percebi que este jovem amigo na realidade era um Graciano e não marciano. O seu nome era Olbey-Cobex. Ele me relatou que havia sido feito prisioneiro pelos marcianos, quando esteve no planeta Marte, momentos antes da última espaçonave Graciana ter abandonado aquele planeta. Ele era um piloto de espaçonave e, mais importante, era um telepata muito bom.
Olbey-Cobex foi uma resposta às minhas preces. Ele mentalmente contatou seu planeta natal, Gracyea e descobriu que seu povo e os nodianos haviam feito uma união. Uma decisão havia sido tomada pelas duas raças que estava baseada no fato de que por causa dos maldequianos agora odiarem os gracianos e os marcianos estarem resentidos com os gracianos, seria melhor deixar que os contatos físicos e as negociações entre estes três povos (de Marte, Gracyea e Maldek) fossem conduzidas pelos nodianos do planeta Nodia, do sistema estelar de SOST.
Uma das coisas que aprendi durante este contato é que agora os nodianos sabiam onde o planeta Gracyea estava localizado (qual sistema solar) dentro do vasto universo, então agora eles também saberiam onde estava localizado o meu planeta natal de Cartress. Eu comecei a perguntar a cada tripulação das espaçonaves nodianas que aterrissavam perto da estação Petrimmor se eles estavam escalados para retornarem ao seu planeta Nodia em um futuro próximo. Em cada caso eles me informavam que eles próprios, a tripulação, estavam esperando ansiosos em serem substituídos por uma nova tripulação e assim poder retornar a Nodia.
Eles me informaram que uma enorme espaçonave mãe nodiana, carregada com alimentos, remédios e outros itens cruciais especificamente formulados para a sobrevivência de cada povo imigrante de fora da Terra estava chegando em nosso sistema solar e estacionaria em órbita do radiar Sumer (Saturno). Eu decidi esperar pela chegada desta nave mãe nodiana e então fazer todos os esforços possíveis para alcançar Rendowlan e a sua promessa de levar a mim e meu grupo para Nodia e então para dali retornar ao meu mundo natal em Cartress. O problema agora era que eu não via ou sequer ouvi algo sobre Rendowlan nos últimos anos.
Mais tarde, em um final de dia o céu se tornou em um cinza sombrio e nuvens em forma de cones começaram a se formar no horizonte escuro. Nem mesmo as pessoas nativas da Terra haviam testemunhado um fenômeno parecido antes em suas vidas. Vários destes redemoinhos desceram dos céus e passaram pelo meio do acampamento dos marcianos arrancando e destruindo o teto da hospedaria onde eu e meu grupo vivíamos e trabalhávamos em nossas obrigações diárias com os refugiados. Os enormes tornados mataram muitas pessoas e devastaram a área. Os marcianos acreditaram que os tornados eram armas letais recentemente desenvolvidas pelos maldequianos. Naquele tempo até mesmo eu pensei que eles poderiam estar certos.
Após a devastação dos tornados no acampamento de refugiados não foi mais possível manter os marcianos juntos, eles realmente quebraram a sua unidade racial e se dividiram em numerosos bandos e se espalharam em todas as direções abandonando o acampamento. A lógica deste raciocínio era de que eles seriam menos vulneráveis aos ataques “desta nova arma” (os tornados) desenvolvida pelos maldequianos, se eles não estivessem concentrados em apenas uma única área. Após os marcianos terem se dispersado, o número restante de marcianos se reduziu para cerca de apenas 1% do grupo original. Nós não tínhamos de modo algum como dizer para onde os grupos de marcianos haviam se dirigido ou de como eles estavam conseguindo sobreviver dispersos sem abrigo, água e alimentos.
Um dia duas espaçonaves negras nodianas aterrissaram próximo à estação Petrimmor, a primeira trazendo o chefe supremo dos marcianos, o zone-rex Rancer Carr, e após algumas horas a segunda espaçonave trouxe representantes da Casa de Comércio de Domphey, Nisor de Mor e sua esposa Ivatcala. Eles vieram nos preparar para a chegada de pessoas de outro mundo moribundo do sistema solar, o planeta mais próximo do sol, Wayda (Vênus). O zone-rex marciano Rancer-Carr me pareceu diferente dos demais membros de sua raça.
Ele falava fluentemente a linguagem de Gracyea de Olbey-Cobex e as línguas de Maldek, de Nodia e dos nativos da Terra. A tripulação da espaçonave em que ele viera estava reduzida ao mínimo possível requerido para operar com segurança o veículo interestelar. Esta providência havia sido tomada para deixar livre vários aposentos para vários marcianos ocuparem que o zone-rex tinha selecionado para se juntar a ele na procura aérea pelos bandos de marcianos que recentemente haviam partido da nossa estação Petrimmor. Este ato temporariamente havia me providenciado contato com cerca de vinte e cinco telepatas Trakes treinados pelos nodianos.
Eles estavam egoisticamente motivados para telepaticamente informar aos Nodianos que eles queriam partir da Terra assim que fosse possível. O número de traqueanos diminuía a cada espaçonave nodiana que decolava . Mesmo hoje eu lembro vividamente da reação dos marcianos na estação Petrimmor quando viram a figura de seu principal governante zone-rex. Eles permaneciam imóveis e no mais absoluto e respeitoso silêncio, um silêncio que me fez perceber a quanto barulho eu já havia me costumado a ouvir trabalhando na estação.
Depois que o zone-rex marciano Rancer-Carr disse ao seu povo para que aceitasse a minha autoridade, ele então os informou em seguida que ele deveria retornar assim que possível para leva-los ainda para um novo planeta em um distante sistema solar onde eles poderiam finalmente se estabelecer melhor e definitivamente, o planeta se chamava MOLLARA e fica localizado no Aglomerado estelar das Plêiades.
Fim da sexta parte. Continua …
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