O Futuro Está Chamando-Parte 5B: Uma Ideia Para a Qual o Tempo Chegou
Posted by Thoth3126 on 19/02/2019
O Futuro Está Chamando – Parte 5 B: Uma Ideia Para a Qual o Tempo Chegou
A outra coisa que precisamos compreender é que o coletivismo não se contenta com a persuasão; o método deles é a coerção. Se vale a pena fazer alguma coisa, então vale a pena forçar as pessoas a fazerem aquilo — este é um dos preceitos do coletivismo, não a liberdade de escolha, mas forçar as pessoas a fazerem aquilo que elas devem fazer; esta é a filosofia deles. Por exemplo, vamos falar sobre proteger as pessoas em caso de acidentes de automóveis.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
O Futuro Está Chamando – Parte 5 B: Uma Ideia Para a Qual o Tempo Chegou
Por G. Edward Griffin — Em Freedom Force International, revisado pelo autor em 31/01/2015 em http://www.freedomforceinternational.org
© 2004-2005 G. Edward Griffin – Revisado pelo autor em 7/10/2005
36min40s
Podemos dizer: “Os cintos de segurança são uma coisa boa; vamos aprovar uma lei e forçar todos a usarem o cinto de segurança, quem não usar poderá ser preso.” Os individualistas, que estão no outro campo, dizem: “Os cintos de segurança são uma coisa boa, mas não acho que devamos coagir as pessoas a usá-los. Vamos educá-las, vamos convencê-las, vamos dar o bom exemplo, qualquer coisa, mas não vamos prender ninguém que não use seus cintos de segurança.” Esta é a divisão — os coletivistas acreditam na coerção e a melhor arma de coerção é a lei.
Lenin: “A única coisa que importa é que você precisa chegar ao poder. Faça qualquer coisa que seja necessária para chegar ao poder. Esqueça os debates; minta, engane, mate, faça qualquer coisa para chegar ao poder”.
É por isto que os coletivistas gravitam em torno do governo, porque o governo é o instrumento por meio do qual eles podem implementar seus esquemas e planos sobre como “aprimorar a sociedade”, por que eles vão forçar as pessoas a fazerem aquilo usando a força de coação do governo. É por isto que sempre encontramos o governo ocupado por coletivistas. Pessoas como nós talvez não acreditem na coerção. Não queremos ir para o governo; preferimos estar no setor privado. Assim, temos esta situação desequilibrada em que todas as pessoas com poder são coletivistas e precisamos fazer alguma coisa para mudar isto.
38min25s
Nos anos 1960 eu me interessei por todos esses sistemas coletivistas e totalitários e então comprei um exemplar de Minha Luta (Mein Kampf), de Adolf Hitler; a leitura me causou medo. Vi como ele usava o coletivismo para manipular as massas. Também estudei o sistema fascista e li as obras dos comunistas, como Lenin, Stalin e outros. Durante certo tempo frequentei uma livraria comunista em Los Angeles, chamada “Livraria do Povo” — eles não sabiam por que razão eu ia lá e pensavam que eu tinha sido recrutado recentemente, de modo que me convidaram para participar de um grupo de discussão. E eu fui.
Eu queria aprender e descobri sobre o que eles falavam, e o que pensavam. Comprei e li os livros deles. Uma das coisas que aprendi durante aquele período de esclarecimento foi a diferença entre um Marxista e o que eles chamam de Marxista-Leninista — isto pode parecer irrelevante para muitas pessoas, mas é uma distinção importante. Um Marxista é alguém que leu os escritos de Karl Marx, como O Capital e o Manifesto Comunista e acredita naquilo de todo o coração. “Trabalhadores de todo o mundo, unam-se, lancem fora as correntes colocadas pelos exploradores capitalistas. Levantem-se contra o racismo e a guerra. A cada um segundo sua capacidade, de cada um segundo suas necessidades”, e assim por diante — todos os bordões marxistas parecem tão bons e corretos para a mente idealista.
E existem então os Marxistas-Leninistas — eles também leram os escritos de Karl Marx e acreditam em tudo que está ali, mas também leram os escritos de Vladimir Ilich Lenine acreditam naquilo — aqui está a diferença. Lenin disse:
“Camarada, não faz diferença o que você pensa, o que você sabe, quantos livros já leu, o quão inteligente você é — a única coisa que importa é que você precisa chegar ao poder. Faça qualquer coisa que seja necessária para chegar ao poder. Esqueça os debates; minta, engane, mate, faça qualquer coisa para chegar ao poder. Depois, quando você tiver o poder, então poderá se dar ao luxo dos debates, pois você poderá matar qualquer um que discordar de você.”
Vladimir Ilich Lenin: Seu avô materno era judeu Askenazi.
Isto é {o judeu khazar Vladimir Ilyich Ulyanov} Lenin; ele ensinou isto. Ele dizia que promessas são como a crosta das tortas, elas são feitas para serem quebradas. 41min30s. Ele disse:
“Camaradas, se vocês forem a um país onde existam sólidas tradições nacionalistas e a população tiver uma afinidade com a herança cultural, vocês entram lá e dizem: ‘Vocês são um povo estúpido; vocês precisam é do Comunismo Internacional’? É claro que não, pois eles os rejeitariam. Vocês vão lá e dizem aquilo que eles querem ouvir. Vocês serão os nacionalistas, vocês serão os maiores defensores da cultura deles e de suas tradições, mais do que eles mesmos, para que eles os sigam. Eles os colocarão em posições de poder. Agora, depois que vocês chegarem ao poder, então poderão trocar suas posições, por que vocês agora detêm o poder. É assim que vocês devem fazer, ele disse. Os camaradas vão a um país onde o Comunismo não é bem visto e dizem: ‘Sou um comunista?’ Não! Coloquem algumas pessoas para este propósito e, enquanto todos estiverem olhando para elas — elas deverão ter em mãos suas foices e martelos — nossos verdadeiros agentes estarão se movimentando em direção aos centros de poder da sociedade, dizendo: “Não sou comunista; na verdade sou anticomunista.”
Lenin dizia: “Vocês serão os líderes do Movimento Anticomunista, para que as pessoas os sigam para sua própria destruição.” Isto é Lenin; isto é o Leninismo. Portanto, quando você ouvir alguém dizer que é um Marxista-Leninista, agora você sabe sobre o que ele está falando. Ele não é um socialista e idealista; estas pessoas apenas têm um plano para chegarem a tomada do poder (em qualquer país).
43min23s
De todas as nações do mundo que foram tomadas por aquilo que costumávamos chamar de Comunismo, nenhuma delas foi tomada por Marxistas; todas foram tomadas por Marxistas-Leninistas. É importante saber; é contra isto que nos posicionamos.
Esta filosofia, embora tenha sido tão bem descrita por Lenin, é seguida por aqueles em todos os campos coletivistas. Ela é seguida pelos Socialistas Fabianos, os Rodesianos, caso você queira usar esse termo. Eles compreendem essa filosofia. Na verdade, existem políticos locais em suas cidades que seguem essa mesma estratégia sem sequer saber que Lenin escreveu sobre o assunto. Se você se sentasse e procurasse descobrir um modo de enganar as pessoas e chegar ao poder, provavelmente não seria assim tão brilhante. Precisamos compreender que esta filosofia é discutida e seguida hoje por aqueles que chegaram ao poder.
44min30s
A outra coisa que precisamos compreender é que todos os coletivistas compartilham uma estratégia comum para chegarem ao poder. Mencionei anteriormente que eles capturam o controle dos centros de poder na sociedade — grupos ou organizações em que as pessoas trabalham, as associações voluntárias em muitos casos, e que eles têm líderes. Assim, eles coletivizam em ambos esses campos, sempre tentam colocar seus homens em posições de liderança nessas organizações, para que alguns poucos homens dominem todos os demais. Esta é a estratégia deles para a conquista.
45min13s
Gostaria de citar para vocês uma declaração que foi feita por um obscuro indivíduo chamado Joseph Cornfeder. Tenho certeza que a maioria aqui nunca ouviu falar nesse nome; ele foi um dos primeiros membros do Partido Comunista dos EUA. Ele ingressou no comunismo em 1919, viajou a Moscou e recebeu treinamento lá. Mais tarde, rompeu e decidiu que aquilo não era o que ele desejava para seu povo. Ele viu toda a farsa, as mentiras e a enganação e decidiu romper. Muitos comunistas fizeram isto naquele tempo, pois eram idealistas.
Cornfeder se desligou e tentou se esquecer de tudo. Mas, depois ele decidiu contar o que realmente estava acontecendo e por que tinha rompido com o Partido Comunista russo. Ele começou a falar contra aquilo que ele mesmo tinha feito. Em um discurso em San Francisco, em 1955, ele disse o seguinte: “As verdadeiras características do Partido Comunista”, lembre-se, não estamos falando apenas do Partido Comunista, esta era apenas a área de especialidade dele, “as verdadeiras características são encontradas não tanto em suas teorias, mas em seus métodos de organização. Tenha em mente que eles estão aplicando um novo conceito de guerra — o conceito de conquistar um país a partir de dentro”.
“Como você conquista um país a partir de dentro? Você o conquista capturando as organizações que operam dentro daquele país — os sindicatos de trabalhadores, as organizações de fazendeiros, a Associação de Imprensa, a Associação dos Professores, os clubes políticos, as agências do governo, etc. Tudo são considerados como centros de poder. A soma total das organizações é a soma do poder total. O partido se organiza dentro dessas organizações, grupo por grupo. Para lutar eficazmente contra os comunistas, seria necessário fazer a mesma coisa ao inverso — a simples aprovação de resoluções não conseguirá enfrentar esse tipo de inimigo.”
47min30s
Rapaz, como ele estava certo! Achamos que basta aprovar uma resolução, ou enviar uma carta para nosso deputado no Congresso, que algo assim vai solucionar todo o problema, enquanto estas pessoas têm uma estratégia desta magnitude e tomaram o controle dos centros de poder na sociedade e representam hoje “nossas lideranças”.
Vamos revisar a força dos nossos oponentes: Eles têm um plano, têm uma ideologia, sabem o que querem, são organizados, possuem disciplina, têm financiamento, têm treinamento, têm comunicações e isto tudo há muito e muito tempo. O objetivo deles é a conquista mundial dos governos e estão na estrada, marchando. Isto é o que sabemos sobre nossos oponentes.
48min30s
Agora, perguntamos: O que sabemos sobre nós mesmos? É aqui que as coisas realmente se tornam deprimentes. O que sabemos sobre nós mesmos? Bem, em geral, e não estou falando de ninguém aqui em particular, mas nunca se sabe, acontece. Mas, em geral, a população está preocupada demais com as questões econômicas: sobreviver, chegar lá em primeiro lugar, poupar dinheiro, trabalhar como um camelo para ganhar o pão, manter um teto sobre suas cabeças, pagar as mensalidades em dia, enviar as crianças para a escola e comprar tudo o que for necessário para elas. Preciso de um novo sofá, de um novo carro, preciso de uma promoção, ou talvez de um novo emprego.
Estamos todos SEMPRE envolvidos com as questões econômicas. Isto tudo toma cerca de 80% do nosso tempo consciente (OU MAIS). Se não for isto, temos esta rotina infindável de trabalho e diversão. Se não estamos trabalhando, como vamos nos divertir? Bem, aquele jogo de golfe, assistir aos eventos esportivos ou viajar em férias. Gostamos de nos entreter, não apreciamos o trabalho organizacional. Quem quer se envolver em uma organização? Existe toda aquela luta pelo poder e lutas por algumas questões menores em política.
Você está brincando, eu detesto os políticos; eu jamais iria sujar minhas mãos em política. Isto deixa tudo para o inimigo. Não há oposição vinda da nossa parte. Queremos liberdade, mas não sabemos como obtê-la. Não sabemos exatamente o que ela significa. Não temos pista alguma, não conseguimos defini-la. Quantas pessoas podem realmente se levantar e dizer: acredito que a essência da liberdade é isto, isto, isto e isto. Alguém quer debater?
50min47s
A maioria das pessoas acha que liberdade é não estar na cadeia, é poder ir e vir. E isto é tudo. Elas não têm um credo, não têm uma visão da vitória e, na maioria dos casos, sequer sabem que estamos em uma batalha. Além disso, se tivessem uma visão da vitória, elas não saberiam como construir um mundo melhor. Quais passos deveriam ser dados: este, depois este, depois este outro. Nossos oponentes têm todas essas coisas em mente. Nós não temos nenhuma delas. Portanto, a resposta à pergunta é que estamos perdendo a batalha não porque somos inferiores, ou porque nossos inimigos são superiores, mas por que nunca os enfrentamos no campo de batalha.
Nem sequer fomos para o campo de batalha. A maioria de nós não tem a intenção de lutar. Como enfrentamos o inimigo no campo de batalha? Agora, vamos retornar a esta questão. O que vamos fazer no caso da analogia do navio? Como enfrentamos aqueles piratas em uma batalha? A resposta é muito clara. Cornfeder nos deu a resposta — um indivíduo muito pouco conhecido nos deu a resposta.
52min
Vamos Tomar de Volta os Centros de Poder, um por um, Exatamente da Forma como os Perdemos. Agora, isto foi uma epifania para mim, que ocorreu já tarde em minha carreira. Como mencionei anteriormente, estou nas trincheiras, tentando defender estes princípios da liberdade, mais ou menos desde o início dos anos 1960. Eu me lembro claramente que disse a um grupo de ouvintes: “O poder é perigoso; o poder é o problema. Estas pessoas (os coletivistas) têm todo este poder sobre nossas vidas. O problema é o poder. Precisamos rejeitar o poder. Nós mesmos não precisamos ter poder; precisamos lutar para eliminar o poder.”
Mas então, acordei certa manhã e compreendi: Uau! É por isto que perdemos. Nunca houve uma tirania na história que tenha sido derrubada, a não ser por um poder igual ou superior. Nunca. Enquanto rejeitarmos o poder como um meio para os nossos fins, estamos dizendo que não podemos e não iremos vencer. Foi difícil para mim encarar isto, pois era uma reviravolta completa no meu modo de pensar até aquele ponto. Mas, entendi que esta é a razão por que estamos perdendo — por que nunca estivemos dispostos a chegar ao poder. Esta era a peça que faltava no quebra-cabeças.
53min30s
Lenin estava errado em sua ideologia e moralidade, mas estava certo nas três grandes lições do poder, que são:
(1) Não faz diferença o que você pensa se os outros é que detém o poder.
(2) O poder não busca aqueles que são virtuosos. Apenas por que somos bons, isto não significa que vamos vencer. O poder não busca aqueles que são virtuosos; ele pertence àqueles que o procuram e o alcançam.
(3) Depois que o poder for adquirido, ele precisa ser usado para se defender contra aqueles que possam querer tomá-lo de você.
Eu não gosto destes princípios; gostaria que eles não fossem verdadeiros, mas eles são. Na verdade, o terceiro é a razão por que perdemos o controle do nosso país (os EUA). Nós não defendemos o poder que o povo americano tinha sobre seu próprio sistema. Nós perdemos o poder, primeiro de tudo, por que não estávamos cientes que havia um inimigo tentando tirá-lo de nós e, em segundo lugar, mesmo aqueles que estavam cientes, como era o meu caso, nos primeiros dias rejeitavam possuir o poder.
O senador Fulbright estava errado em ideologia, mas estava certo em compreender que aqueles que detêm o poder sempre educarão a população e determinarão o rumo que o navio seguirá. Apenas uma questão importa: quem deterá o poder?
55min
A nação americana foi fundada por um grupo da elite; eles detinham o poder; eles eram aqueles que já estavam na legislatura dos governos coloniais; eles tinham o poder. A Revolução Americana não foi feita por um grupo de fazendeiros armados, mais ou menos organizados, que disseram: Os britânicos estão vindo. Sim, eles estavam lá, mas estavam lá por que tinham líderes que detinham o poder em seus governos locais. Sem isto, a Revolução Americana não teria sido bem-sucedida. Se vocês compreenderem estas lições, então, e somente então, estarão prontos para modificarem o rumo da história.
56min
Agora, finalmente, vamos falar sobre a Freedom Force. A Freedom Force não é um programa acadêmico, ou um clube de estudos, ou um comitê para escrever cartas, mas é uma rede de guerreiros ideológicos e uso esta palavra com muito cuidados, cujo objetivo é nada menos do que chegar ao poder. É por isto que a divisa da Freedom Force é uma expressão latina que diz Imponentes defendere libertatem no possunt, o que significa “Aqueles que não têm poder não podem defender a liberdade.”Permita-me repetir isto, pois é o ponto fundamental desta minha apresentação: “Aqueles que não têm poder não podem defender a liberdade.”
57min
Agora, todos nós nos lembramos que Lord Acton advertiu que o poder corrompe e que o poder absoluto corrompe absolutamente. E isto é verdade, não há nada mais corruptor do que o poder. Todavia, aqui estou eu diante de vocês para dizer que precisamos procurar alcançar o poder. O quão perigoso isto pode ser? A resposta é que é perigoso. Ter armas é perigoso; muita gente morre com armas. Uma coisa ainda mais perigosa é não possuir armas. O poder político é perigoso; se sair do controle, pode corromper as pessoas. A única coisa mais perigosa é não possuir poder.
Sim, o poder é perigoso e qualquer rumo de ação que considere isto sem reconhecer esse perigo e sem tomar medidas específicas para garantir que aqueles de nós, que estejam envolvidos, não sejam ou não possam ser corrompidos pelo poder que buscamos, cometem um grande erro. Nosso movimento precisa incorporar ideias, conceitos e mecanismos que garantam que, aqueles de nós, ainda não, mas quando formos bem-sucedidos, em algum momento no futuro, e tenhamos recapturado o controle dos centros de poder na sociedade, precisamos ter mecanismos estabelecidos para que o poder não possa nos corromper, pois somos corruptíveis. Como fazemos isto?
58min35s
Bem, acho que a Constituição Americana foi um bom passo na direção correta, mas ela não é perfeita; podemos ver que ela não é perfeita, ou não teríamos perdido os princípios que estão envolvidos. Há imperfeições nela. Acredito que os homens que redigiram a Constituição eram brilhantes. Não acredito que já tenhamos visto outro grupo de homens de grandes mentes e intelectuais na história. Mas, apenas por que isto é verdade, não significa que o documento que eles criaram seja absolutamente perfeito em todos os aspectos. Posso ver que uma falha na Constituição, em minha opinião, é o fato de ser um documento administrativo, em vez de um documento de ensino.
É possível ler a Constituição sem compreender os princípios ideológicos que estão incorporados dentro dela. Para compreender por que aqueles artigos foram colocados ali você precisa ir a outra parte — aos Federalist Papers, às cartas particulares escritas pelos Pais Fundadores, aos debates que ocorreram enquanto a Constituição estava sendo elaborada. É ali que você encontrará os argumentos em defesa do individualismo, em defesa da liberdade, mas isto não pode ser encontrado na própria Constituição — ali estão apenas os mecanismos.
Mesmo se exigíssemos que as crianças em idade escolar lessem a Constituição, o que não fazemos, infelizmente, mas mesmo se o fizéssemos, elas não saberiam, lendo a maior parte, nada sobre isto para colocar em seus corações e mentes. Mas, se a explicação racional de todos aqueles artigos tivesse sido escrita na Constituição, talvez como anotações laterais, por exemplo assim: “Estamos fazendo isto por causa disto, disto e disto”, acredito que teríamos uma boa chance de sobrevivência. Mas, a coisa mais brilhante sobre a Constituição Americana é que ela é um documento negativo. Ela não outorga poder; pelo menos não a Carta dos Direitos. A Carta dos Direitos não outorga poder; ela limita o poder. Ela não diz: “O Congresso fará isto, isto e mais isto.” Ela diz: “O Congressão não fará isto, nem isto, nem isto.” Sim, essas limitações do poder tornam este conceito merecedor do nosso apreço.
1h01min
Acho que foi Thomas Jefferson que recebeu uma carta de um amigo logo após a elaboração da Constituição. A carta dizia: “Sr. Jefferson, agora que temos nossa Constituição, como podemos ter a certeza que somente homens bons serão eleitos para o governo?” A resposta de Jefferson foi quase irada: “Não me fale sobre homens bons; ao revés, vamos amarrá-los e impedir que façam mudanças na Constituição.” O que ele estava dizendo, em essência era: “É claro que teremos alguns malandros concorrendo ao cargo; é claro que alguns deles serão eleitos. Qualquer sistema que dependa somente da eleição de homens bons e de anjos para o governo é um sistema tolo e não vai funcionar.” Os Pais Fundadores sabiam disto, de modo que criaram um sistema que dificultava mudanças na Constituição, um sistema que deveria amarrar os políticos e evitar que eles abusassem do poder que tinham recebido.
Como eu disse anteriormente, os Pais Fundadores fizeram um bom trabalho, mas não foi suficiente. Com a passagem do tempo aquelas amarras foram cortadas, uma de cada vez, por uma combinação de decisões da Suprema Corte, pelas pessoas que não gostaram daquelas amarras e também devido à ignorância e apatia do público americano, que não compreendeu que havia amarras ali.
1h02min
Portanto, temos um modelo. No mínimo, temos de estabelecer certos princípios que coloquem nosso programa em ação e eles serão princípios negativos. Precisamos ter um Credo da Liberdade, um conjunto de regras, um conjunto de restrições que amarrarão não somente nossos políticos no futuro, mas também aqueles de nós que estão na Freedom Force. Isto me levou finalmente à necessidade de criar algo chamado de Credo da Liberdade. O Credo da Liberdade é a bússola ideológica usada para guiar todos os nossos membros. Ela não é uma plataforma política, não é uma série de questões, como: “Devemos nos opor à imigração ilegal”, ou “Devemos apoiar o sistema da Previdência Social”.
Não, estes são princípios, são princípios eternos e, se compreendermos esses princípios, poderemos usá-los como um gabarito para avaliar todas as questões que aparecerem, sejam hoje, amanhã ou daqui a cem anos. Portanto, a ideia é enfocar os princípios, não as questões e, certamente, não em personalidades. Não posso receber o crédito real por isto; tudo o que vou ler em seguida, e vocês reconhecerão muitas dessas ideias, vieram dos grandes pensadores do passado. Meu papel basicamente foi o de ler a literatura e tentar interpretar o que ela significa, organizar tudo, condensar e colocar em uma folha de papel. Isto foi fácil; precisei de 42 anos para fazer isto. É claro que não trabalhei constantemente, mas aqui está ele, o Credo da Liberdade.
1h04min
O Credo da Liberdade
Acredito que somente os indivíduos têm direitos, não o grupo coletivo; que esses direitos são intrínsecos a cada indivíduo, não concedidos pelo Estado; porque, se o Estado tiver o poder de concedê-los, também terá o poder de negá-los, e isso é incompatível com a liberdade pessoal.
Acredito que um governo justo deriva seu poder unicamente dos governados. Portanto, o Estado não deve se atrever a fazer algo além daquilo que os cidadãos individuais também têm o direito de fazer. Caso contrário, o Estado é um poder em si mesmo e torna-se o mestre, em vez de um servo da sociedade.
Acredito que uma das maiores ameaças à liberdade é permitir que qualquer grupo, independente de sua superioridade numérica, negue os direitos da minoria; e que uma das principais funções de um governo justo é proteger cada indivíduo da cobiça e das paixões da maioria.
Acredito que objetivos sociais e econômicos desejáveis são melhor alcançados pela ação voluntária do que pela coerção da lei. Acredito que a tranquilidade social e a irmandade sejam melhor alcançadas pela tolerância, persuasão, e o poder do bom exemplo do que pela coerção da lei. Acredito que aqueles que estão enfrentando necessidades são melhor servidos pela caridade, que é dar do seu próprio dinheiro, em vez de por meio de políticas de bem-estar social, que dão o dinheiro de outra pessoa por meio da coerção da lei.
Acredito que todos os indivíduos devam ser iguais diante da lei, independente de sua origem nacional, grupo étnico, religião, gênero, educação, status econômico, estilo de vida ou opinião política. Da mesma forma, nenhuma classe deve receber tratamento preferencial, independente do mérito ou da popularidade de sua causa. Favorecer uma classe em detrimento de outra não é igualdade diante da lei.
Acredito que o papel apropriado para o governo é negativo, não positivo; defensivo, não agressivo. Ele existe para proteger, não para prover; porque se o Estado receber o poder de prover para alguns, precisará também tirar de outros, e uma vez que esse poder seja concedido, existem aqueles que o buscarão para seu próprio proveito. Isso sempre leva ao saque legalizado e à perda da liberdade. Se o governo for poderoso o suficiente para nos dar tudo o que queremos, também será poderoso o suficiente para tirar de nós tudo o que temos. Portanto, a função correta do governo é proteger as vidas, a liberdade e a propriedade de seus cidadãos; nada mais. O melhor governo é o menor governo.
Este é o Credo da Liberdade, da Freedom Force.
Obrigado. Muitíssimo obrigado. Vamos agora abrir uma sessão para perguntas.
1h07min
Pergunta 1: O Sr. poderia nos dizer qual é o cronograma para um domínio mundial e qual será o quadro para nossas liberdades individuais?
Resposta: A pergunta é qual é minha opinião sobre o calendário para a dominação mundial (NWO-Nova Ordem Mundial) e o que isto significará para nós quando acontecer. Minha resposta poderá surpreender vocês. Já aconteceu. Não é algo que vai acontecer. Já aconteceu muito tempo atrás. Eles estão apenas elevando gradualmente a altura dos muros. Gradualmente, dia a dia, existem mais restrições, novas leis, mais regras e regulamentações. Chegará um tempo quando eles soarão a campainha e dirão: OK, a Nova Ordem Mundial começa hoje; mas ela já começou muito tempo atrás. O que significa para nosso futuro é que viveremos em abjeto coletivismo, não muito diferente do que viveu o povo na Rússia Soviética nos anos 1960 e 1970, com a diferença que teremos um padrão de vida um pouco mais alto por causa da qualidade do nosso sistema econômico e de produção, mas mesmo nisto, acredito que estamos caindo, porque em um sistema coletivista, tanto a produção quanto os serviços deterioram e acredito que terminaremos de forma parecida como um país do Terceiro Mundo, que é o que eles querem — todos os países com aproximadamente o mesmo padrão.
1h09min
Pergunta 2: Onde Deus se encaixa em tudo isto? Quando nossa Constituição foi escrita, ela foi baseada no fato que as pessoas governam a si mesmas como indivíduos, por causa dos Dez Mandamento e por causa da crença em Deus. Parece que nosso país está tentando cuidar e prover para todos — vimos o Furacão Katrina, outros furações e toda a destruição. Como o fator Deus se encaixa?
Resposta: Esta é uma grande questão e posso pensar em vários modos de abordá-la, mas deixe-me começar com aquilo que está em minha mente agora. É difícil falar sobre uma divindade sem fazer uma dissertação teológica; particularmente sou incapaz de fazer isto muito bem e não estou qualificado. Portanto, meus comentários precisam ser direcionados mais para os lados econômico e político e deixar as questões teológicas para aqueles que estão melhor qualificados para esta discussão. Mas, vou dizer o seguinte no lado teológico: Os coletivistas são inimigos mortais de todas as religiões, por que reconhecem que quando as pessoas têm fé religiosa, elas são leais a alguma outra coisa que não ao Estado e os coletivistas não gostam disto.O Estado precisa ser tudo; o Estado precisa ser a religião; a pessoas precisam literalmente adorar ao Estado para serem salvas. Alguns dos primeiros autores que escreveram sobre este tópico disseram isto, em linguagem bem clara — que o coletivismo precisa ser a nova religião do homem. Eles foram bem claros nisto. Logicamente, vemos que os coletivistas se opõem a qualquer lealdade que divida as pessoas de afinidade ao Estado. Qualquer lealdade, como à família — se você tiver pessoas que procuram o suporte da família, em vez de o Estado, o Estado não gosta disto, porque agora você é independente do Estado. Portanto, acredito que por esta razão, existe uma hostilidade mortal dos coletivistas por todas as religiões, por que elas afastam o homem do Estado.
1h11min30s
Pergunta 3: Para mim, parece que o Sistema da Reserva Federal (FED-Federal Reserve) é algo que precisa ser eliminado neste mesmo processo de recuperação das nossas liberdades.
Resposta: A questão basicamente é como a Reserva Federal se encaixa no plano de recuperação. Logicamente, ela é um enorme obstáculo que está no caminho; enquanto existir a Reserva Federal, o poder completo da economia será colocado nas mãos daqueles que estão com o poder — os coletivistas que capturaram os centros de poder da sociedade. Como nos livramos do Sistema da Reserva Federal? Bem, não nos livramos dele enviando cartas de petições aos congressistas que votaram pela criação do sistema — eles estão dedicados a ele, estão comprometidos com ele, dependem dele, temem as pessoas que dirigem o Sistema, devem suas carreiras políticas a essas pessoas. Você pode enviar cartas de petição, mas eles não farão nada para extinguir o Sistema da Reserva Federal. Portanto, o que fazemos? Temos de substituir os congressistas. É por isto que precisamos retornar aos fundamentos e recapturar o controle dos centros de poder da sociedade.
1h2min55s
Pergunta 4: Para mim, parece que o sistema teocrático é muito contrário às liberdades. (Não perfeitamente audível ou compreensível).
Resposta: O cavalheiro me pediu para comentar sobre o terceiro grande elemento no mundo do totalitarismo hoje — que é a Teocracia. Ele observou que eu disse que minha apresentação se aplicava ao mundo ocidental. O Ocidente está infectado pelo coletivismo, mas grande parte do restante do mundo tem de contender com a Teocracia — e o resultado final para as pessoas que vivem sob os dois sistemas é muito parecido — e isto não inclui a liberdade e, de diferentes formas, eles justificam a restrição dos esforços humanos, das atividades humanas. No sistema coletivista, eles dizem que você precisa ser obediente ao Estado, porque o Estado representa o bem maior da sociedade, o bem maior do maior número de pessoas. Mas, no sistema Teocrático eles dizem que você precisa ser obediente ao Estado, porque o Estado representa a vontade de Deus. De ambos os modos, precisamos ser subservientes às vontades do Estado, mas as vontades do Estado sempre são determinadas por aqueles que detêm o poder do Estado. Novamente, isto também se resume a muitos servirem a alguns poucos. Apenas a forma exterior é que é diferente.
1h14min45s
Pergunta 5: A regra de ouro diz que aquele que possui o ouro faz as regras. O que você acha que acontecerá com o preço do ouro nos próximos anos? Ouro e prata. Seu livro mudou minha forma de ver o mundo. Sou um corretor e trabalho com compra e venda de ouro e prata; tenho de comprar lingotes para meus clientes. Gostaria de saber o que o Sr. acha que vai acontecer. Em algum ponto no futuro será proibido possuir ouro e prata? A China está comprando ouro, a Índia está comprando ouro alucinadamente, assim como a Rússia, nos EUA as pessoas estão começando a comprar ouro, porque o dólar está valendo cada vez menos. O que o Sr. acha que vai acontecer?
Resposta: Bem, a questão aqui é que temos um corretor de ouro e prata que quer saber o que eu acho que vai acontecer no mercado dele. (Risos) O que eu acho? É óbvio que não sei. Mas, se há um lugar para os preços do ouro e da prata irem, esse lugar é para cima. Aqueles que dominam esse mercado estão vendendo opções, não opções, mas licenças para ouro e prata, eles mantiveram os preços contraídos durante muito tempo, acho que muito abaixo dos preços naturais. Não acredito que eles conseguirão manter isto por muito tempo. Mais cedo ou mais tarde, eles terão de soltar as amarras. Na verdade, eles já fizeram isto; houve um aumento considerável nos últimos meses, mas acho que os preços subirão ainda mais.
A outra pergunta é ainda mais interessante. Possuir ouro e prata vai se tornar ilegal no futuro? Acredito que eles tentarão isto. Por que não fariam? Se você estivesse no lugar deles, não tentaria isto? Depende apenas se haverá ou não oposição suficiente do público, mas eles também podem rechaçar isto. Portanto, acredito que eles tentarão. Portanto, a resposta é, lembrem-se, não há solução, exceto recapturar o controle do navio. Se você acha que poder pegar todo seu ouro e prata e sair para enfrentar as ondas e a tempestade, isto não funcionará. Precisamos recapturar o controle do navio.
Agora, voltando à estratégia. Recapturar o Navio. Não se sinta desanimado com os números pequenos. Não precisamos de 51% da população do nosso lado. Não precisamos nem mesmo de 51% dos eleitores. A maioria nunca decide coisa alguma.Sabemos disto. Quem decide são aqueles que lideram (ou conduzem) a maioria. Este é o ponto de tudo isto. A hierarquia coletivista faz isto selecionando os candidatos, moldando as questões e controlando o fluxo das informações. Eles são aqueles que detêm o poder. Eles constituem menos de 1% da população. Tudo o que precisamos fazer é olhar para o Conselho da Relações Internacionais-CFR como um exemplo. Este é nosso modelo a seguir. É a forma como foi feito. É assim que vamos fazer, O coletivismo e a liberdade são inimigos mortais; somente um sobreviverá. Todos os que estão aqui serão forçados pelos eventos a tomarem uma decisão. E não fazer nada é uma decisão em si mesmo; é uma decisão automática; é uma decisão que nos colocará em servidão. Se vocês decidirem se levantar em defesa da liberdade, então a Freedom Force aguarda por vocês.
1h18min47s
Para encerrar, quero dizer que o futuro está chamando. Você consegue ouvir? Eu o ouço todas as manhãs. Eu o ouço durante o dia inteiro. Ouço as vozes dos meus netos e dos netos deles. Eles me chamam pelo nome: “Papai, papai, o que você está fazendo? O que aconteceu com minha liberdade? O que você está fazendo?” Em minha mente, posso me ver respondendo: “Aguardem, aguardem. Estou fazendo tudo o que posso por vocês.” Mas, não consigo ouvir as vozes de ninguém mais. Eu me pergunto se o mundo se tornou tão ensurdecido pelo som das caixas registradoras, da música Rock, dos eventos esportivos, dos programas enlatados, pelas novelas e comédias de situação na televisão que não consegue mais ouvir. Bem, eu ouvi e já dei minha resposta para todos eles. Agora, eu ficaria muito contente se você acrescentar sua voz à minha para que juntos possamos responder aos nossos descendentes que estão no futuro, dizendo: “Aguardem, aguardem, estamos fazendo tudo o que podemos e não os decepcionaremos.” Obrigado.
G. Edward Griffin é autor e produtor de filmes documentários com muitos títulos de sucesso. Incluído no Who is Who in America, ele é bem conhecido por causa de seu talento em pesquisar tópicos difíceis e apresentá-los em termos claros que todos podem compreender. Ele lida com assuntos tão diversos quanto arqueologia e história do antigo Egito, o Sistema da Reseva Federal e os bancos internacionais, terrorismo, subversão interna, a história da tributação, política externa norte-americana, ciência e política do tratamento do câncer, a Suprema Corte e as Nações Unidas. Suas obras mais conhecidas incluem The Creature From Jekyll Island, World Without Cancer, The Discover of Noah’s Ark, Moles in the High Places, The Open Gates of Troy, No Place to Hide, The Capitalist Conspiracy, More Deadly Than War, The Grand Design, The Great Prison Break, e The Fearful Master.
Griffin é formado pela Universidade de Michigan, onde estudou Linguagem e Comunicações. Ele recebeu o cobiçado Prêmio Telly por excelência em produção para a televisão, é o criador dos arquivos de áudio Reality Zone, e é presidente da America Media, uma empresa de editoração e produção de vídeos no sul da Califórnia. Ele também participou da diretoria da The National Health Federation e da The International Association of Cancer Victors and Friends, e é fundador e presidente da The Cancer Cure Association. É o fundador e presidente da Freedom Force International.
Vídeo da apresentação em https://www.youtube.com/watch?v=y1-0o0cSw24
Data da publicação: 27/8/2014 – Transferido para a área pública em 2/11/2015 – Patrocinado por: C. K. S. e S. G. S.
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/futuro-5.asp
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