domingo, 8 de setembro de 2019

KRISHNA - SUA POSIÇÃO, NASCIMENTO E MORADA (3)


Krishna: Sua Posição, Nascimento e Morada (3)
Posted by Thoth3126 on 08/09/2019

A Consequência de Não se Conhecer Krishna.
Quando os ensinamentos védicos falam sobre as consequências de alguém não ter suficiente fé no Senhor Krishna, ou no processo para conhecê-lO, é algo bastante diferente do que você talvez encontre em outras fés ou religiões, que talvez professem que você vai para um inferno eterno caso você não creia ou que você é um infiel digno de morte ou qualquer outra coisa do gênero.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Krishna: o Seu Nascimento como um homem na Terra – Parte III – Final
Por Sri Nandanandana – Fonte principal: http://voltaaosupremo.com

Contudo, deixar de investigá-lO e conhecer qual é o nosso destino final é algo tido como um desperdício desta vida em particular. O Senhor Krishna explica pessoalmente:

“Se alguém é bem versado em toda a literatura védica, mas deixa de familiarizar-se com o Supremo, tem-se de concluir que toda a sua educação é como o fardo de um animal ou como a manutenção de uma vaca que não dá leite”. (Srimad-Bhagavatam 11.11.18)

Krishna e Arjuna

“Aqueles que adoram os deuses nascerão entre os deuses, aqueles que adoram fantasmas e espíritos nascerão entre tais seres, aqueles que adoram os ancestrais terão com os ancestrais, e aqueles que Me adoram viverão coMigo”. (Bhagavad-gita 9.25)

Assim, a pessoa é autorizada a proceder com sua vida da maneira que queira. O Senhor Krishna permite que cada pessoa se desenvolva em seu próprio caminho e continue vagando pelo universo e por vários tipos de atividades até que comecem a se perguntar sobre o propósito da existência ou se tornem dispostas a um caminho espiritual profundo. As atividades materialistas não é o caminho pelo qual se pode conseguir paz, e a maioria de nós precisa descobrir isso por si mesmo.

Contudo, uma pessoa não pode ser ajudada até que esteja pronta. Até essa hora, portanto, podemos oferecer-lhes o conhecimento espiritual de que necessitam, mas decidirão por si mesmas o quanto desse conhecimento desejam utilizar. Quando, por exemplo, Sri Krishna falou todo o Bhagavad-gita a Arjuna, Ele, ao final, perguntou a Arjuna o que ele gostaria de fazer. Ele tinha que tomar sua decisão. Ele não foi forçado a nada. Da mesma maneira, podemos apenas oferecer este conhecimento para o benefício da humanidade, e cada indivíduo pode decidir o que deseja fazer, ou por quanto tempo deseja continuar com sua existência nos mundos materiais.

A Eterna Morada Espiritual de Krishna

Os textos védicos descrevem que há inumeráveis planetas espirituais no céu espiritual, além desta criação material, cada um com uma das ilimitadas formas do Senhor com incontáveis devotos ocupados a Seu serviço. No centro de todos os planetas espirituais de Vaikuntha (o mundo espiritual, ou, literalmente, “o local sem ansiedade”), está o planeta conhecido como Krishnaloka, ou Goloka Vrindavana. Essa é a morada pessoal da original Suprema Personalidade de Deus, Sri Krishna.

Krishna desfruta de Sua bem-aventurança transcendental em múltiplas formas neste planeta, e todas as opulências dos outros planetas Vaikuntha se encontram ali. Esse planeta tem a forma de uma flor de lótus, e muitos tipos de passatempos acontecem em cada pétala desse lótus, como descreve aBrahma-samhita (5.2,4): “A sublime residência de Krishna, que é conhecida como Gokula, é a morada suprema. Essa morada é o centro de um lótus de milhares de pétalas, e é sustentada por uma fração da energia espiritual de Baladeva chamada Ananta.

O centro desse eterno reino de Gokula é a morada hexagonal de Krishna, e suas pétalas são as moradas das gopis, que são partes e parcelas de Krishna, a quem elas são muitíssimo amavelmente devotadas e similares em essência. As pétalas brilham belamente como muitíssimas muralhas. As folhas estendidas desse lótus são várias divisões similares a jardins e caramanchões, destinados a Sri Radhika e as demais gopis”. O único afazer que Sri Krishna tem no reino espiritual é o desfrute transcendental.

O único afazer dos servos eternos de Krishna é oferecer-Lhe desfrute. Quanto mais desfrute os servos, ou devotos, concedem a Krishna, mais feliz Ele fica. E quanto mais feliz Krishna fica, mais Seus devotos se veem motivados e experimentam êxtase eterno e transcendental. Desta forma, há uma competição sempre crescente de êxtase espiritual entre Krishna e Suas partes integrantes. Esse é o único afazer no mundo espiritual, como confirma o verso seis da Brahma-samhita:

“O Senhor de Gokula é o Senhor Supremo e transcendental, o próprio eu dos êxtases eternos. Ele é superior a todos, ocupa-Se completamente nas recreações do reino transcendental, e não tem associação alguma com Sua potência mundana [material]”.

Embora não seja possível experienciar os passatempos espirituais ou ver a forma do Supremo com sentidos ordinários, podemos, como já dito, espiritualizar os nossos sentidos pela prática do yoga (Bhakti) devocional e alcançar assim a plataforma de perceber o Supremo a todo instante. Nesse momento, começamos a nos tornar conscientes de Krishna e podemos começar a entrar nos passatempos de Krishna, embora ainda estejamos situados dentro deste corpo material.


Caso nos tornemos plenamente espiritualizados dessa maneira, não há dúvidas de que, quando abandonemos este corpo material, retornaremos ao mundo espiritual. Até lá, podemos continuar estudando os textos védicos para nos lembrarmos e nos familiarizarmos com a beleza e amabilidade do mundo espiritual, como descritas a seguir:


“Adoro Goloka, onde residem ilimitadas gopis e onde reside Krishna, o amado das gopis e a forma suprema de Deus, onde todas as árvores são árvores-dos-desejos, onde a terra é composta de pedras filosofais, onde a água é tão doce quanto néctar, onde toda palavra é uma canção, todo passo é uma dança, onde a flauta é a melhor amiga – sempre a anunciar jubilosamente e em todo lugar a presença de Krishna –, cuja refulgência é magnífica e plena de bem-aventurança transcendental, onde tudo o que é desfrutável também é pleno de conhecimento e bem-aventurança, onde inumeráveis vacas leiteiras sempre derramam transcendentais oceanos de leite, onde inexiste passado ou futuro em virtude de o tempo não transcorrer sequer pelo espaço de meio instante. Esse reino de Goloka é conhecido apenas por pouquíssimas almas auto realizadas neste mundo”. (Brahma-samhita, 5.56)

Krishna e as gopis em Goloka Vrindavana.

“O dhama Vrindavana é um local de júbilo sempre crescente. Flores e frutas de todas as estações crescem ali, e essa terra transcendental é repleta do doce som de vários passarinhos. Todas as direções ressoam com o zunir de abelhões, e são servidas por brisas refrescantes e pelas águas igualmente refrescantes do rio Yamuna. Vrindavana é decorada por árvores-dos-desejos tomadas de trepadeiras e belas flores. O pólen dos lótus vermelhos, azuis e brancos ornamentam sua divina beleza. O solo é feito de joias, cuja glória esplendorosa é igual a uma miríade de sóis surgindo no céu de uma só vez”.

“Nesse solo, há um bosque de árvores-dos-desejos, que sempre derramam amor divino. Nesse jardim, há um templo de joias, cujo pináculo é feito de rubis. Várias joias o decoram, em virtude do que permanece brilhantemente refulgente ao longo de todas as estações do ano. O templo é embelezado por abóbadas de cores intensas, brilhando com várias gemas, e traz ainda telhados decorados por rubis e portões e arcadas ataviadas de pedras preciosas. Seu esplendor é igual a milhões de sóis, e é eternamente livre das seis ondas de misérias materiais. Nesse templo, há um grande trono dourado ataviado de muitas joias. É desta maneira que se deve meditar no reino divino do Senhor Supremo, o dhama Sri Vrindavana”. (Gautamiya Tantra 4)

Estudando e ouvindo sobre a beleza do mundo espiritual, compreendemos que tudo pelo que estamos procurando na vida tem sua origem nesse reino eterno. Ali, como se descreve, a pessoa encontra liberdade de todas as dores e de todo sofrimento, e a atmosfera é ilimitadamente plena de beleza, júbilo, felicidade e conhecimento sempre em expansão, bem como relacionamentos amorosos eternos. Nesse reino, ninguém tem as dificuldades de manter o corpo, pois todos possuem formas espirituais.

Krishna e sua consorte, Radharani

Assim, trata-se de um mundo repleto unicamente de recreação e bem aventurança, sem a luta peculiar à manutenção da própria existência em um mundo tridimensional como na Terra. Jamais há fome, e podemos nos banquetear sem nunca ficarmos cheios. Tampouco há lamentação quanto ao passado ou medo do futuro. Descreve-se que o tempo é notado por sua ausência. Assim, as necessidades da alma por completa liberdade e felicidade e amor irrestritos se encontram na atmosfera espiritual. Esse é o nosso

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