Oscar Brisolara
Passara tempos sem conta na montanha...
Anos, quantos? ... nem ele sabia...
Aprendera a intimidade das alturas...
Melhor, acolhera o silêncio e a solidão dos píncaros...
Alimentara-se do pó das estrelas depositado pelos
milênios...
Na planície, guardara infindáveis silêncios nas
profundidades do espírito...
Falava, nada... a ninguém jamais nada dizia...
Todos, no entanto, tudo ouviam de seus
intermináveis silêncios...
Por todas as aldeias falava-se de sua imensa
sabedoria...
Um dia, como viera, desaparecera na prega da
montanha...
Do profeta silencioso, somente restou um rastro
luminoso nas almas e nos corações saudosos...
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