O Código Cósmico – Capítulo 2 – A Sorte Possui Doze Estações
Posted by Thoth3126 on 27/02/2018
Livro O CÓDIGO CÓSMICO – A fantástica História dos Extraterrestres que Revelaram os Segredos Cósmicos à Humanidade (Zecharia Sitchin):
Os estudiosos há muito reconheceram que no folclore de várias nações sobre um tema determinado, a mesma história básica aparece e reaparece por meio de mitos, disfarces, nomes e localidades diferentes.
Talvez não seja tão estranho que a pedra de basalto na qual Gilgamesh é representado lutando com os leões tenha sido descoberta próxima a uma vila com o nome Ein Samsum – “A Fonte de Sansão”.
Edição e imagens:Thoth3126@protonmail.ch
Livro O CÓDIGO CÓSMICO – A fantástica História dos Extraterrestres que Revelaram os Segredos Cósmicos à Humanidade (Zecharia Sitchin)
O Código Cósmico – Capítulo 2 – A Sorte Possui Doze Estações
Pois, segundo a lenda, Sansão também lutou contra um leão com as mãos nuas e matou-o. Isso ocorreu cerca de 2.000 anos depois de Gilgamesh e certamente não foi nas colinas de Golã. Seria o nome do vilarejo uma simples coincidência, ou a lembrança de um visitante chamado Gilgamesh tornou-se Sansão? De maior significado é a associação com o rei Keret. Embora o local da lenda Cananéia não seja mencionado, é presumido por muitos (por exemplo, Cyrus H. Gordon, Notes on the Legend of Keret A Canaanite Epic of the Bronze Age – “Notas sobre a Lenda de Keret”) que o nome combinado do rei com sua capital na verdade identificava a ilha de Creta.
Lá, segundo as lendas gregas e cretenses, a civilização começou quando o deus Zeus avistou Europa, a bela filha do rei da Fenícia (onde atualmente é o Líbano) e, para aproximar-se, tomou a forma de um touro; raptou-a e nadou com ela nas costas, atravessou o Mediterrâneo e chegou à ilha de Creta. Lá, teve três filhos com Europa, entre os quais Minos, que a seu tempo seria associado com o início da civilização em Creta. Imbuído em suas aspirações de usurpar o trono, Minos apelou a Posêidon, deus dos mares, para que lhe concedesse um sinal de favor divino. Em resposta, Posêidon fez um Touro Divino, branco imaculado, aparecer no mar.
O Palácio de Cnossos ficava localizado Creta. Construído em cerca de 1900 a.C., era o maior e mais importante palácio minóico. Era tão grande, chegando a ter 5 andares e 1300 divisões, que funcionava como um microcosmos, uma pequena cidade com muitas casas pequenas, paredes ricamente decoradas, um fabuloso sistema de canalização e espaço para as cerimônias religiosas.
Minos anunciou que ofereceria o belo touro como um sacrifício aos deuses, mas ficou tão impressionado com ele que, em vez disso, conservou-o para si mesmo. Como castigo, o deus fez com que a esposa de Minos se apaixonasse pelo touro e copulasse com ele; o produto desse encontro foi o legendário Minotauro, uma criatura metade homem, metade touro. Minos então pediu que o arquiteto divino, Dédalo, construísse em Cnossos, a capital de Creta, um labirinto subterrâneo de onde o homem touro fosse incapaz de escapar. Foi chamado de Labirinto. Uma grande escultura em pedra mostrando chifres de touro saúda o visitante dos restos escavados nas ruínas de Cnossos, onde não encontramos as ruínas do Labirinto. No entanto sua lembrança permanece: a forma circular, com um caminho concêntrico com as passagens bloqueadas por paredes radiais, não foi esquecida.
Certamente lembra o sítio arqueológico descoberto em Golã, e faz com que nos voltemos outra vez para a lenda de Gilgamesh, na passagem do encontro com o Touro do Céu. Conforme a narrativa do épico, durante a última noite antes de tentar entrar na Floresta de Cedros, Gilgamesh e Enkidu divisaram um foguete subindo aos céus em meio a labaredas, saído do Campo de Pouso. Na manhã seguinte encontraram a entrada oculta para o local proibido; mal haviam começado a percorrer esse caminho, quando um guardião bloqueou-lhes a passagem. Era “poderoso como os dentes de um dragão, o rosto de um leão feroz, seu avanço como o das águas de uma torrente”. Uma “luz radiante” emanava da testa dele, “devorando árvores e arbustos”; dessa força letal, ninguém podia escapar.
Vendo a situação de Gilgamesh e Enkidu, Utu/Shamash “falou do céu aos heróis”. Aconselhou-os a não correr, mas a se aproximar do monstro, logo que o deus produzisse um vento forte para atirar poeira sobre o monstro guardião. Assim que isso aconteceu, Enkidu avançou e matou-o. Antigas representações dos artistas em selos cilíndricos mostram Gilgamesh, Enkidu e Utu-Shamash juntos contra o robô ameaçador; sua figura lembra a descrição bíblica do “anjo com a espada flamejante” que deus postou à entrada do Jardim do Éden para certificar-se de que Adão e Eva não retornassem. A luta foi também observada por Inana (mais tarde conhecida como Ishtar), irmã-gêmea de Utu/Shamash. Inana/Ishtar possuía um histórico de convencer machos humanos a passarem a noite com ela – uma noite à qual raramente sobreviviam.
Cativada pela beleza de Gilgamesh, que depois da luta banhava-se, nu, numa cachoeira próxima, ela o convidou. “Venha, Gilgamesh, seja meu amante!” Sabendo da fama dela, ele recusou o assédio da deusa. Enraivecida e ofendida pela recusa, Ishtar invocou o Touro do Céu para atormentar Gilgamesh. Correndo para salvar suas vidas, Gilgamesh e Enkidu apressaram-se para Uruk, porém o Touro do Céu alcançou-os às margens do rio Eufrates. Naquele instante de perigo mortal, foi Enkidu outra vez quem avançou e conseguiu atacar e matar o Touro do Céu. Furiosa, Inana/Ishtar “mandou um grito para os Céus”, exigindo que os dois companheiros morressem. Embora temporariamente poupado, Enkidu morre primeiro; mais tarde, morre também Gilgamesh (depois de uma segunda jornada que o levou ao espaçoporto na península do Sinai).
O que era o Touro do Céu – GUD.ANNA em sumério? Muitos estudiosos do épico, tal como Giorgio de Santillana e Hertha Von Dechend em Hamlet’ s Mill, chegaram à conclusão de que os eventos do épico, acontecendo na Terra, não foram senão uma imagem espelhada dos eventos no céu. Utu-Shamash é o Sol, Inana/Ishtar é a que foi chamada mais tarde de Afrodite pelos gregos e de Vênus pelos romanos. O ameaçador guardião das montanhas de Cedro com o rosto de leão era a constelação de Leão, e o Touro dos Céus representa o grupo de estrelas que tem sido chamado, desde o tempo dos sumérios, a constelação de Touro.
De fato, existem representações da Mesopotâmia que mostram o tema do Leão e do Touro; e como foi afirmado pela primeira vez por Willy Hartner (The Earliest Story of the Constellations in the Near East), no IV milênio a.C. os sumérios teriam observado as duas constelações em posições-chave no Zodíaco: a constelação de Touro como a constelação do equinócio de primavera e a constelação de Leão era o solstício de verão. As conotações zodiacais sobre eventos épicos na Terra, conforme os sumérios fizeram, implica que eles possuíam um enorme conhecimento do (astronomia) espaço – no IV milênio a.C., 3.000 mil anos antes de os gregos agruparem as estrelas em constelações e apresentaram os doze signos do Zodíaco.
Na verdade, os próprios gregos (da Ásia Menor) explicaram que a sabedoria veio dos “caldeus” da Mesopotâmia, como atestam os textos e representações gráficas dos sumérios, que deveriam ter o crédito por isso. Os nomes e símbolos das constelações zodiacais permaneceram inalterados até o nosso tempo. A lista zodiacal dos sumérios inicia-se com o signo de Touro, que realmente era a constelação na qual o Sol era observado nascendo ou se pondo, no IV milênio a.C. Era chamado em sumério de GUD.ANNA (O Touro do Céu, ou Touro Celestial), o mesmo termo usado na Epopéia de Gilgamesh para a divina criatura que Inana/Ishtar conjurou dos céus e que os dois amigos mataram. Será que a morte representa ou simboliza um evento celestial, por volta de 2900 a.C.?
Embora a possibilidade não possa ser verificada, os dados históricos indicam que eventos e mudanças importantes ocorreram na Terra nessa época, e o assassinato do Touro do Céu poderia representar um presságio celestial, predizendo ou mesmo acionando acontecimentos na Terra. Durante a maior parte do IV milênio a.C. a civilização suméria não apenas foi a maior na Terra, mas também a única. Porém por volta de 3100 a.C. as civilizações do Nilo (Egito e Núbia) juntaram-se às do Tigre e Eufrates e à do vale do rio Indus (Mohenjo-Daro e Harapa). Teria essa separação na Terra aludida também na história bíblica da Torre de Babel, ao final da era em que a humanidade falava uma só língua – encontrado expressão na descrição (feita pela Epopéia de Gilgamesh) do golpe de graça dado ao touro, quando Enkidu arrancou suas patas da frente?
As representações zodíacos-celestiais dos egípcios de fato associam o início de sua civilização ao corte das patas dianteiras do Touro. Assim como explicamos com detalhes em The Wars of God and Men, Inana/Ishtar esperava naquela época tornar-se senhora da nova civilização, porém isso foi arrancado dela, literal e simbolicamente. Ela ficou particularmente contente quando uma terceira civilização, a do vale do rio Indus (Harapa e Mohenjo-Daro), foi colocada sob sua tutela, por volta de 3100 a.C. Por mais significativos que possam ter sido os eventos para os deuses, tiveram ainda mais conseqüências para os mortais na Terra; testemunharam a sina que caiu sobre seus dois camaradas. Enkidu, um ser artificialmente criado, morreu como mortal, e Gilgamesh, dois terços divino, não conseguiu escapar da mortalidade.
Aratta (Harappa?), o Reino Arborizado, estava localizado no vale do grande e sinuoso rio Indus; numa grande planície, as pessoas cultivavam cereais e pastoreavam o gado. Também se construíram duas cidades (n.t. Hoje as suas ruínas são Mohenjo-Daro e Harapa, no Vale do rio Indus, no atual Paquistão) com tijolos de barro, encheram-nas de celeiros.
Embora saísse numa segunda jornada, suportando provações e perigos, e tivesse encontrado a Planta da Juventude Eterna, voltou para Uruk de mãos vazias. Segundo a Lista de Reis Sumérios, “o divino Gilgamesh, cujo pai foi humano, sumo sacerdote do Templo, governou 126 anos; Urlugal, filho de Gilgamesh, governou depois dele”. Quase podemos escutar o filho de Gilgamesh gritando, como fizeram os filhos do rei Keret: “Como é possível que um filho de El, (deus) o Misericordioso, morra? Um ser tão divino pode morrer?”. Porém Gilgamesh, que se considerava mais do que um semideus, brincou com seu destino.
A Idade do Touro era dele, e ele a terminou; {Nota Thoth: Era Astronômica de Touro com início em 4468 a.C. e fim em 2308 a.C. – Nesta Era, em 3113 nasce Krishna, também é o ano do início dos últimos 5125 anos do Kali Yuga – iniciado em 426.875 a.C – e início do 13º Baktun do Calendário Maia. Neste perído também ocorre a ante penúltima passagem do planeta Nibiru pelo nosso sistema solar, em torno de 3.760 a.C., é também o início do Calendário Hebreu} seu Destino, fabricado no céu, alterou-se de uma chance de imortalidade para o falecimento de um mortal. Mil anos depois da provável estadia de Gilgamesh no local em Golã, ali esteve outro visitante ilustre da Antiguidade, que também enxergou o Destino nas constelações do Zodíaco. Foi Jacó, o neto de Abraão; a época, de acordo com nossos cálculos, foi por volta de 1900 a.C.
Uma pergunta ignorada com freqüência em relação às estruturas megalíticas ao redor do globo é: por que foram construídas no específico lugar em que se encontram? A localização obviamente está relacionada ao propósito de uso em particular. As duas Grandes Pirâmides de Gizé, conforme insinuamos em nossos textos, serviam como Guia de Aterrissagem para um espaçoporto na península do Sinai, e foram colocadas ali exatamente por sua ligação com o paralelo 13º norte. Stonehenge, conforme sugerido por astrônomos importantes, foi erigida onde está por ser ali exatamente o local que combinava observações solares e lunares. Até que mais alguma luz seja lançada sobre os círculos em Golã, o motivo mais provável para estar ali é que se trata de um dos poucos caminhos que ligavam duas rotas importantes (na Antiguidade e agora também): a Estrada do Rei, que corria ao longo das colinas a leste do rio Jordão, e o Caminho do Mar, que passava pelo oeste, ao longo do mar Mediterrâneo.
As duas rotas ligavam a Mesopotâmia ao Egito, a Ásia à África, seja para comércio pacífico ou para exércitos invasores. As ligações entre os dois caminhos eram ditadas pelas condições geográficas e topográficas. Em Golã, isso pode ser feito por qualquer uma das margens do mar da Galiléia (lago Kinnereth); o preferido, naquela época e agora, é o do norte, onde a ponte ainda conserva seu nome antigo: a Ponte das Filhas de Jacó. O local em Golã estava, dessa forma, situado onde os viajantes de diferentes países pudessem parar e observar o céu à procura de presságios em relação a seu Destino e talvez socializar num local neutro que era sagrado, e lá negociar questões de guerra e paz. Baseados em dados bíblicos e da Mesopotâmia, acreditamos que era para isso que Jacó utilizava o local. A história começou dois séculos antes, na Suméria; e não teve início com Abraão, o avô, mas com Taré, o bisavô de Jacó. O nome sugeria que ele era um sacerdote do oráculo (tirhu); o cuidado da família em ser conhecida como ibri (hebreu) sugere que eles se consideravam nippurianos – pessoas da cidade de Nippur, que em sumério dizia-se NI.IBRU – “A Bela e Agradável Morada da Passagem”.
Centro religioso e científico da Suméria, Nippur era o local do DUR.AN.KI, a “Ligação Céu-Terra”, situado no bairro sagrado da cidade. Era o ponto focal para a preservação, o estudo e a interpretação de dados astronômicos, do calendário e celestiais; o pai de Abraão, Taré, era um dos sacerdotes. Por volta de 2100 a.C. Taré foi transferido para Ur. A época era um período conhecido pelos estudiosos da Suméria como Ur III, pois pela terceira vez a cidade se tornou a capital não apenas da Suméria, ou do que ficou conhecido como Suméria e Acádia, mas também de um império virtual que florescia e se mantinha junto não apenas pela força das armas, mas por uma cultura superior, um panteão (o que ficou conhecido como Religião) unificado e pelos negócios. Ur era também o centro cultural do deus lunar chamado Nanar (que depois ficou conhecido do povo semita como Sin).
A antiga Suméria e suas cidades localizadas entre os rios Tigre e Eufrates. Em destaque Nippur
Acontecimentos que se desenrolavam com rapidez na Suméria e além deflagraram primeiro a transferência de Taré para Ur, depois para uma cidade distante chamada Haran. Situada no Alto Eufrates e seus tributários, a cidade era uma encruzilhada e um centro comercial (indicado por seu nome, Caravana). Fundada por mercadores sumérios, Haran também abrigava um grande templo em honra ao deus da Lua, tanto que a cidade era considerada uma “Ur fora de Ur”. Numa dessas mudanças, Taré levou consigo sua família. A mudança incluiu Abrão (como ele era chamado na época), um filho chamado Naor, as duas esposas, Sarai (mais tarde Sara) e Milca e o sobrinho de Taré, Lot (filho de Haran, irmão de Abrão, que morrera em Ur).
Eles viveram em Haran muitos anos, segundo a Bíblia, e foi lá que Taré faleceu, com a idade de 205 anos. Foi depois disso que Deus disse a Abrão: “Saia da tua terra e da tua parentela e da casa do teu pai e vem para a terra que eu te mostrarei. E eu te farei pai de um grande povo e te abençoarei: eu farei célebre o teu nome e tu serás bendito”. E Abrão tomou sua esposa, Sarai, e Lot, seu sobrinho, e todo o povo de sua casa e todos os pertences, e partiu para a terra de Canaã. “Tinha Abrão 75 anos quando saiu de Haran”. Seu irmão Naor ficou, com a família, em Haran. Agindo por meio de instruções “divinas”, Abrão moveu-se com rapidez em Canaã para estabelecer uma base no Neguev, a terra árida que bordejava a península do Sinai. Numa visita ao Egito, foi recebido na corte do faraó; de volta, negociou com os dirigentes locais.
Em seguida participou de um conflito internacional, conhecido na Bíblia (Gênesis 14) como a Guerra dos Reis. Foi depois disso que Deus prometeu a Abrão que sua “semente” herdaria as terras entre o rio do Egito e o rio Eufrates. Duvidando da promessa, Abrão lembrou que ele e sua esposa Sarai não tinham filhos. Deus disse que Abrão não se preocupasse: “Olha para o céu e conta as estrelas se puderes… assim numerosa será sua semente”. Porém Sarai permaneceu estéril mesmo depois disso. Portanto, segundo sugestão dela, Abrão tomou a serva dela, Agar, que lhe deu um filho, Ismael. Depois, miraculosamente em seguida à revolta de Sodoma e Gomorra, quando o nome do casal foi mudado para Abraão e Sara -, Abraão, com a idade de cem anos, teve um filho de sua mulher Sara, então com noventa.
Embora não fosse o primogênito, o filho de Sara, Isaac, era o legítimo herdeiro de acordo com as regras sumérias de sucessão, que Abraão respeitava, pois era filha da meia-irmã de seu pai. “Por outra parte, ela é verdadeiramente minha irmã, como filha que é do meu pai, ainda que não filha da minha mãe, e eu a recebi por mulher”, disse Abraão, referindo-se a Sara (Gênesis 20:12). Foi depois da morte de Sara, sua companheira da vida inteira, que Abraão, “velho e avançado nos anos” (137 anos, pelos nossos cálculos), preocupou-se com seu filho Isaac, ainda solteiro. Temendo que Isaac casasse com uma Cananéia, mandou o chefe de sua casa para Haran, a fim de lá encontrar uma noiva para Isaac entre os parentes que haviam permanecido na cidade. Ao chegar à vila onde morava Naor, Isaac encontrou Rebeca no poço, e ela revelou ser a neta de Naor e acabou indo para Canaã a fim de tornar-se esposa dele.
Vinte anos depois de terem se casado, Rebeca deu à luz irmãos gêmeos, Esaú e Jacó. Esaú foi o primeiro a casar, tomando duas esposas de uma vez, ambas hititas. “Eram uma fonte de preocupação para Isaac e Rebeca.” O tipo de problema não é descrito na Bíblia, mas a situação entre mãe e noras era tão ruim que Rebeca disse a Isaac: “Estou desapontada com a vida por causa dessas mulheres hititas. Se Jacó casar com mais uma dessas mulheres hititas, das que moram por aqui, que prazer terá a vida para mim?”. Então Isaac chamou Jacó e o instruiu a viajar até Haran, onde estava a família de sua mãe, para encontrar uma esposa lá. Prestando atenção às palavras do pai, “Jacó saiu de Beersheba e partiu para Haran”.
Da jornada de Jacó do sul de Canaã para a distante Haran, a Bíblia conta apenas um episódio – embora bastante significativo. Foi uma visão noturna por parte de Jacó “como chegasse depois do sol posto a um certo lugar” de uma escadaria no céu, pela qual os Anjos do Senhor desciam e subiam. Acordado, Jacó percebeu que se deparara com um “lugar dos elohim (deuses) e um portão para o céu. Marcou o lugar com uma pedra comemorativa e batizou o lugar de Beth-El- “A Casa de El”, o (El) Senhor. Depois, por um caminho que não é descrito, continuou para Haran. Nos arredores da cidade, viu pastores com seus rebanhos e um poço no campo. Dirigindo-se a eles, Jacó perguntou se conheciam Labão, o irmão de sua mãe. De fato nós o conhecemos, responderam os pastores, e ali vem sua filha Raquel, com os rebanhos dele. Irrompendo em lágrimas, Jacó apresentou-se como filho de Rebeca, tia dela. Assim que Labão ouviu a notícia, também veio correndo, abraçou e beijou seu sobrinho, convidando-o a ficar com ele e conhecer sua filha mais velha, Lia.
O casamento estava nitidamente na mente do pai, mas Jacó apaixonou-se por Raquel, e ofereceu-se para trabalhar durante sete anos para completar seu dote e casar com ela. Porém depois do banquete nupcial, Labão substituiu Raquel por Lia no leito… Quando, de manhã, Jacó deu pela identidade da noiva, Labão foi irredutível. Aqui, respondeu ele, não casamos a filha mais nova antes da mais velha. Por que você não trabalha por mais sete anos para mim e depois casa com Raquel também? Jacó concordou, pois ainda estava apaixonado por Raquel. Depois de sete anos conseguiu casar com ela, mas o ardiloso Labão sabendo como Jacó era bom pastor e trabalhador, não pretendia deixá-lo ir com facilidade. Para evitar que o genro partisse, deixou que ele começasse a pastorear os próprios rebanhos; devido ao sucesso obtido por Jacó, os filhos de Labão ficaram cada vez mais com inveja.
Dessa forma, quando Labão e seus filhos estavam fora para tosquiar os rebanhos, Jacó reuniu suas esposas, filhos e partiu para Haran. “Ele cruzou o rio (Eufrates) e se dirigiu para o monte Gilad.” “No terceiro dia, contaram a Labão que Jacó fugira; Labão juntou seus parentes e foi atrás de Jacó; depois de sete dias, ele o encontrou no monte Gilad”. Gilad – “O Monte de Pedras Eterno” em hebraico – o local do observatório circular em Golã! [Uma estrutura única [cujo nome árabe é Rujm el-Hiri (em árabe monte de pedra dos linces – os israelenses chamaram o lugar de Gilgal Refaim-Roda dos Gigantes)].
Os israelenses modernos chamaram o lugar de Gilgal Refaim (Roda dos Gigantes), conectando o site a Og, rei de Basã e o lendário reino dos gigantes (Refaim). A citação relevante esta em Deuteronômio 3:13: O resto de Gileade e todo Basã, o reino de Og … é chamado de terra de Rephaim [sic]. O nome árabe Rujm el-Hiri aparentemente se refere ao Monte de Pedra dos Linces – uma frase que, como outras coisas no site, suscita um debate sem fim.O encontro começou com trocas de ofensas e acusações recíprocas. Terminou com um tratado de paz. À maneira dos tratados de paz daquela época, Jacó escolheu uma pedra e a erigiu para ser a Pedra do Testemunho, a fim de marcar a fronteira além da qual Labão não podia atravessar para os domínios de Jacó. Tais marcos de pedras eram chamados kudurru em acadiano por causa de seus topos arredondados, e foram descobertos em vários locais do Oriente Próximo. Como regra, continham inscrições com detalhes dos tratados e incluíam a invocação dos deuses de ambas as partes como testemunhas e fiadores.
De acordo com o costume, Labão invocou “o Deus de Abraão e os deuses de Naor” para garantir o tratado. Apreensivo, Jacó jurou pelo Deus “que seu pai, Isaac, temia”. Então acrescentou: E Jacó disse a seus filhos: Reúnam pedras; E eles reuniram muitas pedras E as arranjaram num monte… E Jacó chamou ao monte de pedra Galaad. Por uma mera troca de pronúncia, de Gilad para Galaad, Jacó mudou o significado do nome do antigo “Monte de Pedras Eterno” para “Monte da Testemunha”.
Qual a certeza que podemos ter de que o local era aquele do sítio arqueológico descoberto nas Colinas em Golã? Aqui, acreditamos está a pista final: no texto do tratado, Jacó também descreve o local como Ha-Mitzpeh – O Observatório! O Livro dos Jubileus, uma narrativa extra-bíblica que relata as mesmas histórias vindas de fontes mais antigas, adiciona um adendo ao evento narrado: “E Jacó fez lá um monte por testemunha, de onde o nome do local passou a ser Monte do Testemunho; porém antes a terra era chamada, em vez de terra de Gilad, a terra dos refa’im”. E assim estamos de volta ao enigmático local em Golã e seu apelido Gilgal Refa’im (Rujm el-Hiri).
Os marcos de pedra chamados kudurru, que foram encontrados no Oriente Médio, como regra geral não ostentavam apenas os termos do compromisso e os nomes dos deuses envolvidos, mas também símbolos celestiais – algumas vezes o Sol, a Lua e os planetas, algumas vezes as constelações do Zodíaco – todas as doze. Esse, desde o tempo dos sumérios, era o número das constelações do Zodíaco (12), como ficou evidenciado pelos nomes:
KU.MAL – Habitante do Campo (Áries/Carneiro)
GUD.ANNA – O Touro do Céu (Touro)
MASH.TAB.BA – Gêmeos
DUB – Tenazes, Espetos (Câncer)
UR.GULA – Leão
AB.SIN – Cujo Pai Foi o Pecado (A Donzela = Virgem) ZI.B
A.AN.NA – Destino Celestial (A Balança = Libra)
GIR.TAB – Que Agarra e Corta (Escorpião)
PA.BIL – O Defensor (O Arqueiro = Sagitário)
SUHUR.MASH – Peixe-Cabra (Capricórnio)
GU – O Senhor das Águas (Aquário)
SIM.MAH – Peixes
Enquanto nem todos os símbolos representantes das doze constelações tenham sobrevivido dos tempos dos sumérios, ou mesmo dos babilônios, foram encontrados em monumentos egípcios, com idêntica atribuição de nomes. Alguém duvida de que Abraão, filho do sacerdote astrônomo Taré, estava consciente dos doze signos do Zodíaco quando Deus lhe disse para observar os céus e assim prever o futuro? Assim como as estrelas que tu vês nos céus, será tua descendência, disse Deus a Abraão, e quando o primeiro filho nasceu da escrava Agar, Deus abençoou o menino, Ismael (“Ouvido por Deus”), com esta profecia:
“E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação”. – Gênesis 17:20
As doze constelações do Zodíaco
Com essa bênção profética, ligada aos céus estrelados observados por Abraão, pela primeira vez a Bíblia menciona o número 12 e seu significado. Relata então (Gênesis 25) que os filhos de Ismael – cada qual chefe de um estado tribal – realmente foram doze. Citando os nomes, a Bíblia enfatiza:
“Estes foram os filhos de Ismael de acordo com suas cortes e fortalezas – doze chefes, cada um com sua própria nação”. O domínio deles incluía a Arábia e os desertos ao norte. A vez seguinte que a Bíblia emprega o número 12 é quando cita os filhos de Jacó, na época em que estava de volta à propriedade do pai, em Hebron. “E o número dos filhos de Jacó foi doze”, afirma a Bíblia em Gênesis 35, citando os nomes que mais tarde se tornaram familiares como os nomes das Doze Tribos de Israel: Seis de Lia: Rubem, Simão, Levi, Judá, Issacar, Zabulão Dois de Raquel: José, Benjamim Dois de Bilá, escrava de Raquel: Dan, Naftali Dois de Zelfa, escrava de Lia: Gad, Aser
Existe, entretanto, uma alteração nessa lista: aquela não era a conta original de doze filhos que voltaram com Jacó de Canaã: Benjamim, o mais novo, nasceu de Raquel quando a família já estava em Canaã, em Belém, onde ela morreu ao dar à luz. Ainda assim, o número de filhos de Jacó era doze antes disso: o último bebê de Lia foi uma filha, Diná. A lista, talvez por mais do que uma coincidência -, ficou composta de onze homens e uma mulher, combinando com a lista das constelações do Zodíaco, formada por uma feminina (a Virgem) e onze “masculinas”.
As implicações zodiacais dos doze filhos de Jacó (rebatizado como Israel depois de lutar com um ser divino na travessia do rio Jordão) podem ser percebidas duas vezes nas narrativas bíblicas. Uma vez, quando José – um mestre para resolver sonhos proféticos – se gabou aos irmãos, dizendo que havia sonhado que o Sol e a Lua (os mais velhos, Jacó e Lia) e onze kokhavim se curvavam perante ele. A palavra geralmente é traduzida por “estrelas”, porém o termo (cuja raiz é acadiana) servia igualmente para designar “constelações”. Com a de José, o total seria doze. A implicação de que ele era uma constelação superior irritou profundamente seus irmãos. A outra vez foi quando Jacó, sentindo que iria morrer, chamou seus filhos para abençoá-los e predizer lhes o futuro.
Conhecidas como a Profecia de Jacó, as últimas palavras do patriarca começam comparando o filho mais velho, Rubem, com Az – a constelação zodiacal de Áries (que, naquela época, era a constelação no equinócio de primavera, em vez de Touro). Simão e Levi foram colocados juntos como Gêmeos; por haverem matado muitos homens para vingar o estupro de sua irmã, Jacó profetizara que ficariam dispersos entre as outras tribos e desistiriam de seus próprios domínios. Judá foi comparado a um leão, e foi previsto que carregaria o cetro real – uma previsão do reinado da Judéia. Zabulão foi visto como um Andarilho dos Mares (Aquário), o que realmente aconteceu.
As previsões do futuro dos filhos e das doze tribos continua, ligando os nomes aos símbolos das constelações do Zodíaco. Os últimos foram os filhos de Raquel: José foi descrito como o arqueiro (Sagitário); e o último, Benjamim – tendo substituído sua irmã, Diná (Virgem) – foi descrito como um predador que se alimenta de outros. A rígida aderência ao número 12, emulando as doze casas do Zodíaco, envolve outro aspecto que geralmente passa despercebido. Depois do Êxodo e da divisão da Terra Prometida entre as Doze Tribos, novamente voltaram a essa disposição.
De repente, a conta das Doze Tribos que partilhavam seu território inclui os dois filhos de José – Manassés e Efraim. A lista, no entanto, permaneceu na contagem de doze; como fora profetizado por Jacó, pois as tribos de Simão e Levi não participaram da distribuição territorial, e como foi previsto, dispersaram-se entre as outras tribos. A exigência – a santidade – do Doze Celeste foi outra vez preservada.
Suméria: Zigurates construídos para a visita dos “deuses”, carruagens de fogo, anjos e profetas e a “civilização” surge…
Arqueólogos que escavam os restos de sinagogas judias na Terra Santa algumas vezes ficam intrigados em encontrar o solo dessas sinagogas decorado com o círculo zodiacal das doze constelações, mostradas com seus símbolos tradicionais. Tendem a considerá-las aberrações resultantes de influência greco-romana nos séculos iniciais da cristandade. Tal atitude, derivando da crença de que a prática era proibida pelo Velho Testamento, ignora os dados históricos – a familiaridade dos hebreus com as constelações do Zodíaco e suas associações com previsões do futuro – com o Destino.
Por muitas gerações e até os dias de hoje, podem-se ouvir os gritos de Mazal-tov! Mazal-tov! Nos casamentos judeus, ou quando um garoto é circuncidado. Se você perguntar a alguém o que significa, a resposta será “Boa Sorte”. Poucos compreendem, entretanto, que esse desejo pode ser o de todos, mas não é a tradução correta. Mazal-tov literalmente significa “uma boa e favorável constelação zodiacal”. O termo deriva do acadiano (a primeira ou a Mãe das línguas semitas), em que manzalu significa “estação” – a estação zodiacal na qual o Sol “estava estacionado” no dia do casamento ou nascimento de alguém. Tais associações de nossa casa zodiacal com o destino da própria pessoa estão na moda e representam a astrologia de horóscopo, que começa estabelecendo (mediante a data do nascimento) a qual signo solar alguém pertence – se é Peixes, Câncer ou outro signo qualquer.
Retornando ao nosso assunto, podemos afirmar que, de acordo com a profecia de Jacó, Judá era Leão, Gad era Escorpião e Naftali era Capricórnio. A observação dos céus para obter indicações precisas era uma tarefa realizada por vários sacerdotes astrônomos (os “cientistas” naquele tempo), que desempenhavam um papel-chave nas decisões, nos tempos babilônicos. O destino do rei, o destino da terra e das nações era previsto em suas tendências a partir da posição dos planetas numa determinada constelação. As decisões reais aguardavam o parecer dos astrônomos. Teria a Lua, esperada na constelação de Sagitário, ficado oculta pelas nuvens? Teria o cometa visto em Touro se movido para outra constelação? O que resultaria para o rei ou para a terra da observação de que, na mesma noite, Júpiter tenha surgido em Sagitário, Mercúrio em Gêmeos e Saturno em Escorpião?
Registros abrangendo centenas de tabletes revelam que esses eventos celestes eram utilizados para prever invasões, ondas de fome, enchentes, revolução civil – ou, por outro lado, longa vida para o rei, uma dinastia estável, vitória nas guerras, prosperidade. A maior parte dos registros de tais observações era escrita em prosa nos tabletes de argila; algumas vezes os almanaques astrológicos, assim como os manuais de horóscopos, eram ilustrados com desenhos dos símbolos das respectivas constelações zodiacais. De qualquer forma, o Destino era (É e sempre será) indicado pelos céus.
As raízes atuais da astrologia de horóscopo remontam a tempos anteriores aos babilônicos, os caldeus mencionados pelos gregos. Junto com a noção do calendário solar de doze meses, de Destino e do Zodíaco, estão dois aspectos do mesmo curso de acontecimentos que sem dúvida se iniciaram no mínimo quando começou a contagem do calendário – em Nippur, em 3760 a.C. (no início da contagem do calendário Hebreu,[Nota Thoth a antepenúltima passagem do planeta Nibiru pelo nosso sistema solar, quando se inicia o calendário Hebreu-Judeu).
Que tal associação seja tão antiga pode ser comprovada, em nossa opinião, por um dos nomes das constelações sumérias: ZI.BA.AN.NA. O termo geralmente traduzido por “Destino Celestial”, significa literalmente “Decisão da Vida pelo Céu”, ou “As Balanças Celestiais da Vida”. Esse era um conceito registrado no Egito, no Livro dos Mortos; era crença vigente que, se alguém esperava ter vida eterna, dependia do julgamento de seu coração no Dia do Juízo Final (da morte do corpo do indivíduo). A cena foi representada magnificamente no Papiro de Ani, no qual o deus Anúbis é mostrado no ato de pesar o coração na balança, no Dia do Julgamento, e o deus Thoth, o Escriba Divino, registrando o resultado num tablete.
O julgamento da Alma
Um enigma não resolvido nas tradições judaicas é por que o Senhor escolheu o sétimo mês, Tishrei, como o mês em que é celebrado o Ano-Novo, em vez de iniciar no mês contado na Mesopotâmia como o primeiro, Nissan. Foi sugerido como explicação o desejo de indicar uma quebra da veneração de estrelas e planetas dos povos mesopotâmicos; mesmo assim, qual o propósito de iniciar no sétimo mês sem renumerar?
Parece a nós que o oposto seja verdadeiro, e que a resposta encontra-se no próprio nome da constelação ZI.BA.AN.NA e sua conotação de Balança do Destino. Acreditamos que a primeira pista importante é a ligação do calendário com o Zodíaco. Na época do Êxodo (a metade do II milênio a.C.), a primeira constelação no equinócio de primavera era Áries, não Touro. Se começarmos com Áries, a constelação da Balança Celestial da Vida era de fato a sétima. O mês em que o Ano-Novo judeu devia começar, o mês em que seria decidido no céu quem vive e quem morre, quem será sadio ou doente, mais rico ou mais pobre, mais feliz ou mais triste – era o mês em paralelo com o mês zodiacal da Balança Celeste. E nos céus, o Destino tinha e TEM 12 estações.
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