de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o
mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.
Grave e metódica até à mania, atenta a todas as sutilezas
dum raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de
ser uma espécie de D. Quixote fêmea a combater
moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre
enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num
dar de mim própria que não acaba, que não desfalece, que
não cansa (Florbela ESPANCA, Cartas, s.d.).
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