terça-feira, 29 de outubro de 2019

CALIFÓRNIA E LÍBANO TÊM ALGO EM COMUM, QUE EM BREVE SERÁ GLOBAL


Califórnia e Líbano têm “algo” em comum, que em breve será GLOBAL
Posted by Thoth3126 on 29/10/2019

O cognome do estado é Golden State, que significa em português “estado dourado”. Sua origem ainda é tema de discussão. O cognome pode ter vindo da corrida do ouro de 1849, quando a descoberta de minas do metal atraíram milhares de pessoas de todo o país e do mundo para a região. Coloquialmente, o cognome também é uma referência ao seu clima, quente e ensolarado durante a maior parte do ano. Mas todo este ambiente de riqueza, abundância e fortuna começou a desmoronar sob o peso da ganância, egoísmo e corrupção generalizada, o mesmo que está acontecendo no resto do mundo “civilizado”, que parece estar chegando em uma encruzilhada, sem deixar de afetar nenhum país, como testemunha a situação no distante Líbano …
Tradução, edição e imagens; Thoth3126@protonmail.ch
A Califórnia (*) perdeu o mandato do céu? (um microcosmo do que acontecerá a nível global)
(*) Significado da palavra califórnia: algo que traz ou propicia riqueza, fortuna, abundância …

Nesse momento, é tarde demais: não há lances para bangalôs em decomposição, para os preços excessivos, as ações das Big Tech e Big Data de tecnologia, que estão muito caras, etc…

Na história chinesa, os desastres naturais provocados pela natureza eram vistos como presságios de que o “mandato do céu” (tianming ou “a vontade dos céus”) havia sido retirado da dinastia dominante. Ampliando um pouco esse conceito ao domínio e poder regional, poderíamos perguntar: a Califórnia perdeu o seu “mandato do céu”?

Luz ou Trevas, sempre será uma opção pessoal, fruto da ignorância ou do discernimento
Quantas conflagrações são necessárias para afundar o estado, pois o Golden State (estado dourado, que de tanta riqueza já foi, sozinho, a oitava economia do mundo) perdeu seu brilho de uma maneira profundamente cármica?

Quantas bagunças de excremento humano à nossa porta são necessárias para perceber que a situação nunca mais vai melhorar, só poderá piorar – para muito pior?

Quantos blecautes de energia, bloqueios de tráfego e evacuações obrigatórias serão necessários para os que negam a “realidade” aceitarem que o “Mandato do Céu” foi retirado do ex “estado (golden State) dourado” ?

Os atuais jovens residentes no “estado dourado” nunca experimentaram a velocidade e a profundidade dos famosos booms (crescimento) econômico da Califórnia. O último ponto real de alguma “preocupação” na economia da Califórnia ocorreu quase 30 anos atrás, no início dos anos 90. Desde então, tem sido um boom econômico de crescimento após o outro.

“Na minha perspectiva, essa não é uma história de mudanças climáticas, mas de ganância e má gestão ao longo de décadas. Negligência, um desejo de promover não a segurança pública, mas os lucros” Essa foi a resposta que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, diante da justificativa da maior empresa de serviço público do estado, a PG&E (Pacific Gas & Electric Co.) responsável pela distribuição de energia elétrica no norte e na região central do estado, pelo corte no fornecimento de energia elétrica, ocorrido na quarta-feira e principalmente na quinta-feira da semana passada, deixando por volta de 3 milhões de cidadãos completamente sem eletricidade (no estado mais “rico” dos EUA) , sob a alegação de que essa manobra era para garantir a segurança do entorno das linhas elétricas e que devido aos fortes ventos (Diablo winds, secos e quentes) do momento, poderia causar mais um grande incêndio. Isso porque nos dois últimos anos alguns desses incêndios foram causados a partir dos equipamentos sem condições de uso da própria PG&E.

Os ciclos de enormes booms da Califórnia, seguidos de desastres igualmente gigantescos, remontam à primeira corrida do ouro em 1849. O eventual colapso de ações de mineração e imóveis supervalorizados em São Francisco foi épico, e o relato de Mark Twain sobre seu baú cheio de ações de mineração que foram de uma fortuna a zero é um lembrete triste da rapidez com que as fortunas podem gerar lucros em uma terra de booms de crescimento seguidos de desastres gigantes.

É enganosamente fácil pegar um lápis e uma régua e estender um boom até o infinito: o número de iPhones vendidos (sempre em alta), os ganhos trimestrais da Apple (sempre em alta), as receitas com impostos sobre a propriedade (sempre em alta) e a expansão múltipla das ações ((sempre em alta) e assim por diante.

Incêndios na Califórnia: Fogo está chegando à cidade de Los Angeles. Arnold Schwarzenegger e Lebron James tiveram de abandonar as suas próprias residências, região onde cerca de 80 mil casas estão em perigo:

A vasta classe de tagarelas da Califórnia domina a bolha de IPO / VC / monopólio da tecnologia / recompra de ações há tanto tempo que não acredita que a bolha possa vir a estourar. Esta classe de parasitas vive em enclaves protegidos contra excrementos humanos, longe dos viciados e desarranjados, e em um enclave de informações sobre tecnologia / entretenimento e mídia social.

Mas, como Benoit Mandelbrot mostrou em seu livro The (Mis)behavior of Markets, mercados e comportamento humano são inerentemente fractais, isto é, caóticos, imbecis e quase sempre animalescos, o que significa que há limites para a previsibilidade dos mercados e das tendências econômicas, hoje, quase todos, manipulados.

Assim, a turma tagarela não tem ideia de que as massas podem cancelar suas assinaturas Netflix, Disney e Apple tão facilmente quanto as assinaram. Quando os empregos, as gorjetas, os bônus e os shows terminarem, os gigantes do entretenimento tecnológico descobrirão que as despesas ainda estão subindo enquanto as receitas caem. Depois que as receitas e os lucros caírem em espiral, é mais difícil para o conselho de administração justificar mais empréstimos de bilhões para financiar mais recompras de ações para manter seus preços de forma artificial.


Estender boons de crescimento especulativo para o infinito não acompanha a realidade. A última recessão real por volta de 1990-1991 abriu um buraco de US$ 20 bilhões no orçamento do estado da Califórnia e, contabilizando a inflação e o crescimento desde então, podemos esperar um buraco de US$ 35 a US$ 40 bilhões no orçamento assim que a bolha de lançamentos de ações IPO / Big Tech entrar em colapso, na medida que o estado é fortemente dependente dos impostos sobre ganhos de capital para grande parte de suas receitas de imposto de renda. (Não há taxa de ganhos de capital a longo prazo na Califórnia; todos os ganhos de capital são tributados como renda ordinária, uma taxa que atinge rapidamente 13,3%.) Depois que os ganhos de capital secarem, o estado estará em uma crise fiscal sem solução.

E se o estado não puder resolver a crise dos sem-teto com os gastos atuais em centenas de milhões, o que acontecerá quando as receitas secarem? O que acontecerá se a população de rua dobrar ou triplicar? Veja o caos social gerado pela população de rua em São Francisco, que representa aproximadamente 1% da população total (cerca de 9.000 moradores de rua para uma população total de 860.000 habitantes).

As “transições de fase” são intrínsecas aos sistemas que apresentam criticidade auto-organizada, como os mercados e o comportamento humano de manada inconsciente. Tudo se parece bem na superfície, e não há necessidade urgente de vender a casa, as ações, e se afastar; parece haver “bastante tempo” até que a transição de fase comece e, de repente, tudo mude para pior e muito mais rápido do que se esperava e o caos se instala.

Mais um incêndio se propagou pelas florestas na região de Los Angeles, deixando cerca de 100 mil pessoas desabrigas e mais alguns mortos e que durante esse tempo todo havia a ameaça dos ventos vindos do sul (Santa Ana winds), extremamente quentes e secos, que acabam deixando a região muito mais sensível a um desastre maior. Esse é um outro evento, em níveis catastróficos , que o cidadão tem sido obrigado a conviver nas últimas duas décadas, não só causados pelas atividades do homem, mas devido, também pelas condições ambientais e meteorológicas locais.

Nesse ponto, já é tarde demais: não há nenhuma oferta por bangalôs em decomposição, para as ações com preços excessivos das Big Tech, muito caras, etc. Assim como os preços das ações da mineradoras de Mark Twain, a transição das ações valerem uma fortuna para quase algo sem valor nenhum (como em 1929, já se passaram 90 anos, mas quem não aprende com a história tende a repeti-la, ad nauseam…) pode ser repentina uma vez que a Califórnia já perdeu o seu “mandato do céu” e o inferno esta batendo às portas, com muito fogo inclusive ….

Sob a superfície, as pressões estão aumentando e a resiliência está diminuindo, e quando o ponto de inflexão for atingido, a transição não será gradual e controlável, será não linear, selvagem, caótica e incontrolável além de qualquer medida, pois quando os seres humanos ESTILO ZUMBIS preocupados apenas com “PÃO e CIRCO” se veem sem a sua “ração diária de estupidez rotineira”, o estopim do caos é acesso e tudo o mais é apenas consequência ….


“Precisamos de um choque”: primeiro-ministro Hariri renuncia em meio a protestos, queda dos títulos do dólar no Líbano


Depois de doze dias de protestos maciços contra a corrupção, essencialmente levando a paralisação da vida ao Líbano, com bancos e escolas fechadas e as principais estradas bloqueadas, o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, diz que está pronto para apresentar sua renúncia. 

Em um discurso à nação às 16h de terça-feira à tarde (29-10, horário local), Hariri confirmou que está submetendo a renúncia de seu governo ao presidente Michel Aoun após rumores de sua renúncia rodopiarem o dia todo. Hariri disse que “chegou num beco sem saída” em meio aos protestos que supostamente envolveram um milhão de pessoas, ou até 25% da população total do Líbano, e ele pediu ainda que “todos os libaneses protegessem a paz civil”.


Primeiro Ministro do Líbano, Saad Hariri, via Al Jazeera

Um pacote de reformas proposto pelo primeiro-ministro na semana passada, que prometia adiar reformas econômicas atrasadas e combater a corrupção generalizada, falhou em apaziguar as manifestações inter-sectárias que foram desencadeadas no início deste mês por um aumento de impostos sobre o populacho proposto depois que os cofres públicos foram esgotados pela corrupção do governo. 

“Chegamos a um impasse e precisamos de um choque para enfrentar a crise”, disse Hariri em uma declaração televisionada da capital, Beirute. “Estou indo ao palácio presidencial para apresentar a minha renúncia do governo. Isso é uma resposta à vontade e à demanda de milhares de libaneses que exigem mudanças”, acrescentou.

Isso ocorre na medida em que houve uma (“pânico”) corrida aos bancos, depois que a associação bancária do país alegou que era necessário que os bancos permanecessem fechados devido a “preocupações de segurança” relacionadas aos protestos. Desde então, a associação dos bancos está envolvida em reuniões de crise sobre como evitar uma disputa simultânea por parte do público para remover todos os seus depósitos das instituições bancárias.


Lebanon i never seen something like this, they’re protesting with rhythm.


O governador do banco central do Líbano emitiu um alerta severo na segunda-feira, dizendo que uma solução política deve ser encontrada imediatamente para “restaurar a confiança e evitar qualquer colapso econômico futuro”. Parece que o movimento dramático da renúncia do primeiro-ministro Hariri pretende fazer exatamente isso. 

Os bônus (títulos públicos) soberanos do dólar do Líbano sofreram novas quedas nas cotações, atingindo um novo nível mais baixo, à medida que uma rápida liquidação (VENDA MACIÇA) se intensifica, acelerando acentuadamente depois que os rumores sobre a renúncia de Hariri chegaram às manchetes na terça-feira. 



Como observa um relatório recente da Reuters , “os títulos de 2021 caiu 1 centavo, para uma baixa recorde de 75,29 centavos de dólar, de acordo com dados da Tradeweb, com rendimentos de 30,1%”. E mais :

Os rendimentos de alguns títulos aumentaram com a emissão de títulos de 2020 atingindo 37%, indicando que os custos de empréstimos são proibitivamente caros para o país fortemente endividado .

Ao longo dos protestos nas ruas das principais cidades, que têm sido pacíficos, mas às vezes envolvem confrontos com a polícia e o bloqueio das principais estradas, as operações bancárias “se limitam a pagar salários de clientes e funcionários por meio de caixas eletrônicos”. 

Apesar das reformas anunciadas pelo primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, a manifestações contra a classe política foram retomadas nesta terça-feira (22), pelo sexto dia consecutivo. Os protestos têm levado às ruas milhares de pessoas, independentemente das crenças religiosas, algo inédito no Líbano.

Agora, doze dias depois, bancos e instituições públicas foram completamente fechados por dez dias úteis, com receios de um esgotamento de dinheiro em dólares e o colapso do sistema financeiro em meio à extrema falta de confiança na moeda local e dos funcionários corruptos que supervisionam (roubam) o sistema.

“Nos indivíduos, a loucura é rara, mas em grupos, partidos, nações e ÉPOCAS, é a regra”. – Friedrich Nietzsche


A Matrix (o SISTEMA de CONTROLE MENTAL): “A Matrix é um sistema de controle, NEO. Esse sistema é o nosso inimigo. Mas quando você está dentro dele, olha em volta, e o que você vê? Empresários, professores, advogados, políticos, carpinteiros, sacerdotes, homens e mulheres… As mesmas mentes das pessoas que estamos tentando salvar. “Mas até que nós consigamos salvá-los, essas pessoas ainda serão parte desse sistema de controle e isso os transformam em nossos inimigos. Você precisa entender, a maioria dessas pessoas não está preparada para ser desconectada da Matrix de Controle Mental. E muitos deles estão tão habituados, tão desesperadamente dependentes do sistema, que eles vão lutar contra você para proteger o próprio sistema de controle que aprisiona suas mentes …”

Muito mais informações, leitura adicional:

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

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