Posted by Thoth3126 on 12/10/2016
Na Síria há uma interação estratégica forte e sustentável da Rússia com a China, opinam especialistas russos.
Os especialistas russos comentaram a recente declaração do vice-ministro do Exterior chinês Li Baodong sobre o fato de os dois países terem o mesmo ponto de vista da situação no Afeganistão e na Síria. Baodong destacou também que, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China e a Rússia já coordenam suas posições em questões globais e regionais.
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Segundo eles, alguns aspetos da cooperação russo-chinesa na Síria podem ser discutidas pelos líderes dos dois países nas margens da cúpula do BRICS em Goa (Índia).
Fonte: https://br.sputniknews.com
Em 10 de outubro, em Pequim, o alto diplomata declarou também que o presidente chinês Xi Jinping tem planos de realizar um encontro com o seu homólogo russo Vladimir Putin nas margens da cúpula do BRICS, durante a qual os dois políticos devem discutir os temas mais importantes da agenda internacional e regional.
Baodong destacou também que, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China e a Rússia já coordenam suas posições em questões globais e regionais. Assim, no fim da semana passada a China votou no Conselho de Segurança duas resoluções sobre a Síria contra o projeto francês, e esse projeto não foi adotado porque a Rússia usou seu direito de veto.
Logo após considerar o projeto francês, o Conselho deveria votar no projeto proposto pelo lado russo. Em 9 de outubro, o documento foi enviado para ser analisado pelo enviado especial da ONU à Síria Staffan de Mistura. Ele tinha a ver com a retirada dos militantes (mercenários à serviço do ocidente) da Frente al-Nusra (grupo proibido na Rússia) de Aleppo e com os acordos entre a Rússia e EUA relativamente à Síria.
A China apoiou o projeto russo juntamente com a Venezuela e o Egito, que representa no Conselho de Segurança o Oriente Médio e o Norte de África. O projeto não recebeu o número necessário de votos e não foi adotado.
O representante permanente da China na ONU Liu Jieyi se mostrou desapontado pelo fato de o projeto de resolução relativamente a situação na Síria proposto pela Rússia não ter sido adotado pela entidade internacional. Em entrevista à Sputnik China, o diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Pequim Jia Lieying disse que a Rússia e a China defendem uma posição coordenada na ONU relativamente à Síria.
“O que vemos agora é apenas a continuação da tendência para apresentação de posições unânimes. A China e Rússia se opõem de forma unânime à derrubada do poder político na Síria, trabalham para garantir que os problemas internos sejam resolvidos, no que diz respeito à situação nesse país e que não haja interferência nos assuntos de qualquer país sob pretexto da defesa dos direitos humanos”, disse o especialista.
Ele considera também que o trabalho conjunto russo-chinês ajudará a resolver a crise síria.
Os observadores da situação política na região também chamam a atenção para o fato de a China reforçar seu papel na regularização do problema sírio. O especialista em Oriente Médio Stanislav Tarasov referiu a esse respeito as informações divulgadas pela mídia ocidental de que na Síria já estão presentes conselheiros militares chineses:
“Claramente, está sendo realizada uma comparação, conciliação e coordenação de ações relativamente à Síria entre a Rússia e a China. Os representantes dos dois países agem em conjunto no Conselho de Segurança da ONU, sem mencionar os diferentes fóruns”, disse à Sputnik.
O especialista destaca que os projetos russo-chineses têm a ver com a manutenção da integridade territorial da Síria e, caso isso seja feito, a experiência poderá ser aproveitada em outros países da região como o Iraque, Iêmen, Líbia e Afeganistão.
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Tarasov pensa que a coordenação de posições entre os dois países permite agir na arena internacional de forma mais decisiva. O especialista russo em questões militares Vladimir Evseev partilhou com a Sputnik a ideia de que o líder chinês Xi Jinpíng e o presidente russo Vladimir Putin discutirão entre 15 e 16 de outubro em Goa os pormenores dos passos conjuntos na Síria.
“A China tem interesses multifacetados na Síria. Em primeiro lugar, o reinício da exploração do petróleo, que antes da guerra foi controlada de forma significativa pelo lado chinês. Segundo, é a obtenção de experiência militar. A Síria, de fato, é o único lugar em que a China pode treinar e obter experiência de combate, tanto relativamente à força aérea como às tropas terrestres e sobretudo às forças especiais”, disse.
OS REAIS INTERESSES POR TRÁS DO CONFLITO NA SÍRIA: Neste mapa uma “diferente” visão do ORIENTE MÉDIO: O GRANDE ISRAEL: Em 04 de setembro de 2001 uma manifestação foi realizada em Jerusalém, para apoiar à ideia da implantação do Estado de Israel desde o RIO NILO (Egito) até o RIO EUFRATES (Iraque). Foi organizado pelo movimento Bhead Artzeinu (“Para a Pátria”), presidido pelo rabino e historiador Avraham Shmulevic de Hebron. De acordo com Shmulevic: “Nós não teremos paz enquanto todo o território da Terra de Israel não voltar sob o controle judaico …. Uma paz estável só virá depois, quando ISRAEL tomar a si todas as suas terras históricas, e, assim, controlar tanto desde o CANAL de SUEZ (EGITO) até o ESTREITO de ORMUZ (o IRÃ) … Devemos lembrar que os campos de petróleo iraquianos também estão localizadas na terra dos judeus”. UMA DECLARAÇÃO do ministro Yuval Steinitz, do Likud, que detém o extenso título de ministro da Inteligência, Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos de Israel hoje: “Estamos testemunhando o extermínio do antigo Oriente Médio. A ordem das coisas esta sendo completamente abalada. O antigo Oriente Médio está morto, e o novo Oriente Médio não está aqui ainda. Esta instabilidade extrema poderia durar mais um ano, ou até mais alguns anos, e nós não sabemos como a nova ordem do Oriente Médio vai se parecer à medida que emergir a partir do caos e derramamento de sangue e fumaça atual. É por isso que devemos continuar a agir com premeditação”. No mapa acima podemos ver as REAIS pretensõesde judeus radicais (tão ou mais radicais quanto os fanáticos islâmicos).
Os interesses chineses na região também incluem o fato de o país se posicionar como centro global de poder, destacou também o especialista russo.
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Foi-se o breve momento de "hiperpotência", quando a dominação americana era total do ponto de vista militar, estratégico, ideológico, cultural, econômico, tecnológico. Dessa preponderância momentânea, um grande número de americanos e de europeus tiveram a impressão de que os Estados Unidos para todo o sempre teria um poder quase prometeico, o que explica a percepção, e a decepção para alguns, de um Obama relativamente passivo.
ResponderExcluirMas o momento da "hiperpotência" não poderia durar. Foi só um parêntese – 1989-2001, por exemplo – inevitavelmente destinado a se fechar no dia em que Pequim estivesse suficientemente segura de sua força econômica para emergir como potência política e estratégica e onde a Rússia voltaria a ser uma potência militar, sua especialidade. Chegamos a esse ponto, sem contar a chegada de outros polos de potência média, como a Turquia, o Irã, o Brasil e a Indonésia.
Obrigado pela excelente contribuição, meu querido e esclarecido genro Antonio Neto.
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