sexta-feira, 11 de agosto de 2017

CATÁSTROFES NA ANTÁRTIDA


Antártida, ninguém sabe explicar o que está acontecendo no Polo Sul
Posted by
Thoth3126 on 11/08/2017

Três vezes maior do que a União Europeia, a Antártida é em muitos aspectos ainda uma incógnita. Ao contrário do que acontecia no Ártico, tem sempre havido um ligeiro aumento da extensão de gelo marinho. Até que o ano de 2016 veio e trouxe um fato alarmante, agravado pelo iceberg histórico A68 que se soltou já este ano da Plataforma de Gelo Larsen C. A Antártida pode estar sofrendo as consequências do aumento das temperaturas no planeta …
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Ninguém sabe explicar muito bem o que está acontecendo na Antártida: os mistérios do gelo no polo sul.

… A redução drástica de gelo agora notada é anômala e pode significar o início do aquecimento da Antártida. Pode ser um sinal de que o gigante está a acordar. Mas isso só o saberemos daqui a uns anos”

Imagem mostra blocos se soltando do iceberg gigante A68 – Deimos-1/Twitter

A Antártida manteve-se adormecida durante décadas, enquanto o Ártico sofria um degelo acelerado em consequência das alterações climáticas. Mas a Antártida não parecia dar os mesmos sinais, ou pelo menos não os dava à mesma velocidade. Em finais do ano passado surgiram até notícias de um arrefecimento na região da Península Antártica durante os últimos 15 anos, contrariando a lógica do que tem vindo a ser frequente nessa área, que desde a década de 1950 registrava um aumento médio anual das temperaturas na ordem dos 2,5 graus Celsius.

Foi de uma das plataformas de gelo daquela península, a Larsen C, que há semanas se desprendeu um dos maiores icebergues da História, o agora chama do A68, com quase 6 mil km quadrados. E onde, uma semana depois, foi possível observar uma outra fenda surgindo, ainda pequena e tímida, a rasgar-se rumo a norte.

Embora a grandeza colossal do bloco de gelo agora à deriva no Mar de Wedell faça soar os alarmes quanto à possibilidade de o aquecimento global estar por fim afetando o polo sul, os cientistas hesitam em estabelecer uma ligação direta entre a perda de massa gelada da Larsen C e a doença do aquecimento do planeta.

“Perguntar se isto está relacionado com o aquecimento global é como perguntar se o estão também uma tempestade ou uma semana inusual de calor. Sendo processos normais, não é possível dizer se sim ou se não”, afirmou Bryn Hubbard, investigador do Midas Project, projeto que monitoriza as mudanças climáticas na plataforma Larsen C.

“As plataformas têm uma dinâmica própria: é gelo flutuante que flui do continente em direção ao oceano e que, a partir de uma certa extensão, acaba por se fragmentar”, explica ao ao site Gonçalo Vieira, coordenador do Programa Polar Português, admitindo que o desprendimento de icebergues — e mesmo o colapso de plataformas, como o da Larsen A em 1995 e o da Larsen B em 2002 — faz parte de processos que, apesar de longos, são cíclicos e inerentes ao sistema daquele continente. “O problema”, sublinha, “é saber se, uma vez colapsada a plataforma, nas condições atuais do planeta, haverá condições para esta se formar de novo”. E tal incerteza é a base para outras interrogações.

A principal diminuição do gelo está documentada: em 2016, a última primavera austral, registou-se uma redução sem precedentes da extensão de gelo marinho. Trata-se de uma camada de gelo fina, formada à volta do continente a partir da água do mar, que atinge a extensão máxima no inverno e a mínima no verão.


Entre setembro e novembro de 2016, esse derretimento foi “anômalo”, tanto em extensão como em velocidade, chegando a perder 75 mil km quadrados de gelo por dia, 46% mais rápido do que a taxa média anual de fusão desde 1979. O fenômeno verificou-se em “todos os demais setores da Antártida, sendo maior nos mares de Wedell e de Ross”, especificou John Turner, da British Antarctic Survey e líder da equipe que coligiu estes dados.

Para Gonçalo Vieira, os trabalhos de Turner mostram que a anomalia está associada a uma temperatura do ar mais quente do que o normal no último verão austral, a par da baixa pressão atmosférica e consequente mudança no padrão do vento nos mares de Bellingshausen e de Amundsen, na Antártida Ocidental.

Ao contrário do que acontecia no Ártico, na Antártida tem sempre havido um ligeiro aumento da extensão de gelo marinho. A redução drástica agora notada é anómala e pode significar o início do aquecimento da Antártida. Pode ser um sinal de que o gigante está acordando e começando a reagir mais rapidamente às mudanças climáticas do planeta. Mas isso só o saberemos daqui a uns anos”, reforça o especialista, que já realizou uma dezena de expedições ao continente gelado.

Três vezes maior do que a União Europeia, a Antártida é em muitos aspectos ainda uma incógnita. É mais remota do que o Ártico, de acesso mais difícil e não tem população permanente, fora os milhares de cientistas que recebe anualmente. O seu estudo sistematizou-se em meados dos anos 50, tendo dado um salto em 2007 com o grande investimento que o Ano Polar Internacional trouxe à pesquisa.

Hoje sabe-se que foi graças às suas características que o gigante gelado tem conseguido proteger-se do impacto brutal das alterações climáticas noutras partes do globo: a latitude elevada, o fato de ser mais frio, de ter mais gelo — os glaciares chegam a ter 4 km de espessura — e de estar rodeado por um oceano enorme com correntes marinhas e ventos poderosos.

Mas por quanto tempo continuará a dormir? A Antártida Ocidental é já considerada um dos setores mais preocupantes. Não só possui menos gelo do que a Antártida Oriental, como a maioria da sua área continental, onde assentam os glaciares, se encontra abaixo do nível do mar. E isto leva a que o gelo fique à mercê dos efeitos do mar, aumentando a perda de massa de gelo para o oceano.

Os estudos no glaciar da Ilha de Pine e no glaciar Thwaites mostram resultados “muito preocupantes” a esse nível, especifica Gonçalo Vieira. Quando um membro da sua equipe, Marc Oliva, documentou o arrefecimento da Península Antártida, isso não o deixou menos apreensivo. Quinze anos são quase nada em tempo geológico e o passado já demonstrou que, no que à Antártida diz respeito, é sempre preciso esperar para ver.


“A exposição à verdade muda a tua vida, ponto final – seja essa verdade uma revelação sobre a honestidade e integridade pessoal ou se for uma revelação divina que reestrutura o teu lugar no Universo. Por esse motivo é que a maioria (a massa ignorante do Pão e Circo) das pessoas foge da verdade, em vez de se aproximar dela”. {Caroline Myss}

“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe medo de MUDAR e da própria MUDANÇA.” – Arcanjo Miguel

Muito mais informações, leitura adicional:

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário