“Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento?” – Provérbios 1:22
O Retorno de Inanna: XIII – SARGÃO, O GRANDE
“Eu, Inanna, retorno para contar como faz cerca de 500 mil anos, a minha família de Nibiru tomou posse da Terra e alterou o genoma humano com o fim de produzir uma raça de trabalhadores criada para extrair ouro destinado à esgotada atmosfera de Nibiru, nosso planeta e lar original.
Como somos tecnologicamente muito superiores, esta raça de trabalhadores — a espécie humana — nos adorava como a deuses. Aproveitamo-nos deles (de voces) para liberar guerras em meio de nossas disputas familiares intermináveis até que, de um modo estúpido, desatamos sobre a Terra a terrível arma Gandiva (artefatos nucleares), que enviou uma onda de radiação destrutiva por toda a galáxia”… Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Capítulo XIII do livro “O Retorno de Inanna (Nibiru). Os deuses ancestrais e a evolução do planeta Terra“, de V.S. Ferguson
… “Isto chamou a atenção dos membros da Federação Intergaláctica. E então, por causa de nossas próprias ações irresponsáveis em seu planeta, vimo-nos restringidos pela BARREIRA DE FREQUÊNCIA, imposta pela FEDERAÇÃO, uma prisão de freqüência que congelou a nossa evolução.
Retornem comigo à antiga Suméria, a Babilônia, ao vale do rio Indus e ao Egito. Dentro de meus Templos do Amor, dou a conhecer segredos antigos da união sexual cósmica nibiruana e de meus matrimônios sagrados. Através de meus olhos contemplem a Torre de Babel, o Grande Dilúvio, os Túneis das Serpentes e os cristais em espiral na pirâmide de Gizé.
Viajem comigo pelo tempo até a Atlântida, a Cachemira e o Pacífico Noroeste dos Estados Unidos à medida que encarno em meu Eu multidimensional para pôr a funcionar os códigos genéticos que estão latentes dentro de sua espécie e para libertar a Terra do controle por freqüências que exerce meu primo, o tirano deus Marduk (Baal, LÚCIFER)“.
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XIII – SARGÃO, O GRANDE
Sargão foi o amor de minha vida na Terra. Juntos nos amamos apaixonadamente, tivemos formosos bebês e fundamos reinos grandiosos. Vi-o pela primeira vez em meu templo. Ele era o copeiro de Ur-Zababa, rei da cidade de Kish. Chamou-me a atenção porque era muito parecido com meu pai Nannar. Tinha seus mesmos olhos. Embora ninguém soubesse com exatidão quem era o pai de Sargão, eu tinha minhas suspeitas.
A mãe de Sargão era uma sacerdotisa de um de meus Templos do Amor. Quando ele nasceu, ela o envolveu em mantas em uma cesta de juncos e o colocou no rio. Enquanto ela orava, cuidadosamente observava como flutuava até chegar a um homem chamado Akki que estava encarregado de irrigar os campos com água do rio. Akki tirou Sargão das águas, adotou-o como seu filho e lhe ensinou a cuidar do jardim. À medida que crescia, suas qualidades inatas de liderança o levaram até a corte de Kish. Mas foi sua beleza e seu humor o que me induziu a amá-lo. Era alto e forte, de maçãs do rosto altas e finas maneiras. Era extremamente inteligente e seu próprio ser impunha lealdade e respeito.
Senti-me atraída desde o primeiro momento em que o vi e, para minha sorte, ele sentiu o mesmo por mim. Foi como se uma super voltagem percorresse os nossos corpos. Ele não me temia e nem era tímido comigo. Ele sabia o que eu queria e tomou-me como a um deusa; nossa cópula foi divina. Ao princípio permanecemos em um estado de êxtase durante mais de duas semanas. Asseguramos as portas douradas de meus aposentos com a poderosa espada de Sargão e unicamente deixávamos que de vez em quando os serventes nos trouxessem vinho e comida. Não necessitávamos de comida, vivíamos do néctar de nosso amor e paixão.
Nosso único desejo era jazer entrelaçados nos braços um do outro e passar horas simplesmente tocando e explorando com nossos lábios e pontas dos dedos o recém-achado território de nossos corpos. Nossos olhos desejosos procuravam profundamente nos do outro como se já tivéssemos estado juntos antes e de algum modo nos tivéssemos separado. À medida que nos perdíamos na união sagrada macho e fêmea, nós nos fortalecíamos e nos convertíamos em um único ser.
Às vezes, nas agradáveis tardes, nos banhávamos nas piscinas de meu jardim sob árvores frutíferas à luz salpicada do sol. Eu só vestia minhas jóias; feitas com colares de ouro, lápis lazúli e pérolas, que caíam sobre meus peitos. Uma cadeia de diamantes dava a volta a minha fina cintura e braceletes de esmeralda adornavam minhas pernas, coxas e tornozelos. Sentado sobre as águas com flores fragrantes que nos rodeavam, Sargão beijava meu corpo com ternura, acariciava meus peitos firmes e tomava o tempo para excitar a poderosa força de minha paixão até que eu brandamente lhe suplicava que me penetrasse.
Sua virilidade me satisfazia à medida que ondas de prazer murmuravam por todo o meu ser. Nossos dois corpos pareciam dissolver-se, palpitavam como uma luz branca à medida que nos convertíamos em um oceano de criação eterna. A consciência de dois como a gente ficava no vasto silêncio da eternidade e nosso prazer se convertia em música nos reino mais elevados.
Sargão me adorava e eu o converti em meu rei. Como tudo o que tocávamos prosperava e florescia, construímos um reino novo ao que chamamos Acádia. Ali desenhamos e fundamos uma bela cidade nova, Ácade. Em Ácade construímos um maravilhoso templo dedicado a mim chamado Ulmesh que queria dizer suntuoso e rutilante, como certamente o era. Aos músicos dava instruções para que tocassem dia e noite em meu templo. Nosso povo era feliz e próspero; suas casas eram construídas com lápis lazúli e prata.
Em nossas adegas e celeiros abundavam os vinhos, os grãos, cereais diversos e as frutas de todos os tipos, os velhos e as mulheres respeitavam-se e nossa juventude irradiava com a beleza da confiança. Os pequenos brincavam alegre e despreocupamente nesta cidade de amor. Sargão o Grande e sua querida Inanna governavam o reino mágico da Acádia. Este foi um período extraordinário para mim e para os Lulus que residiam em Ácade.
Quando Acádia estava firmemente estabelecida, eu comecei a exortar a Sargão a que tomasse mais terras. Os Lulus tinham estado brigando entre eles mesmos e eu convenci a meu irmão Utu de que uma união com Sargão traria um tempo de paz e abundância do qual poderíamos nos beneficiar. Utu se reuniu com meu pai Nannar e com meu avô Enlil. Sargão caiu extremamente bem a Enlil; possivelmente recordava a seu próprio filho Nannar. Enlil concedeu a Sargão a monarquia na Suméria e Acádia. Inventamos uma nova escrita chamada acadiana para anotar as nossas leis e transações comerciais e diplomáticas.
Eu nunca poderia ter feito uma conquista de tanto alcance sem a aprovação de Enlil. Em anos posteriores esqueceria eu este fato duro e frio.
A época de Sargão, segundo a contagem do tempo terrestre foi entre 2.334 – 2.279 a.C. Seu reinado foi um tempo de muita glória para mim. Nesses dias eu era a Rainha entronizada do Céu e da Terra. Enlil permitiu a Sargão que conquistasse o mundo conhecido do Egito até a Índia e fizemos alianças e acordos comerciais com Ninurta, Nergal e Ningishzidda. Por nossas rotas passavam livremente os grãos e vinho, o cobre e o ouro e toda classe de mercadorias.
Nosso povo se enriqueceu e inclusive os deuses pareciam estar satisfeitos. Mas de conformidade com o defeito humano da arrogância, herdado dos “deuses” (nós de Nibiru) criadores, Sargão cometeu um grave equívoco. Com tristeza percebi que o poder lhe tinha subido à cabeça e lhe corrompeu. Começou a pensar que era igual aos deuses e tristemente começou a beber em excesso.
Sargão e eu havíamos trazido para o mundo uma formosa menina cujo nome era Enheduanna. Ela era como eu, formosa e teimosa. Tinha o dom da poesia e passava horas compondo hinos à grandeza de seu pai, a suas conquistas e a sua beleza física. Ela estava apaixonada pelo seu próprio pai e decidida a nos separar.
Eu não podia culpá-la por seus sentimentos; não havia ninguém em seu mundo que se igualasse a seu pai. Mas seus constantes cuidados tiveram um efeito insidioso em Sargão. Ela se fez sacerdotisa para não ter que casar-se e esperou Sargão no templo. Recitou-lhe seus poemas, encheu seu ego de sonhos de juventude e virilidade e lhe serviu vinho. Sargão queria desesperadamente realizar um ato heróico para agradar à sua filha.
Havia um templo na Babilônia que tinha sido consagrado por Marduk. Era algo sagrado para ele e era sua maneira de manter suas garras sobre a Babilônia durante seu período de exílio. Ele sempre tinha sido muito suscetível e possessivo quanto a Babilônia.
Sargão concebeu uma cerimônia na qual transladou o chão sagrado a um novo lugar onde serviria como a base simbólica para uma nova Babilônia que ele construiria. Não se imaginou que este ato traria graves conseqüências. Quando Marduk se inteirou do sacrilégio, levou a arma Pasupata (de plasma) à sua espaçonave e voou sobre os campos da Acádia e Suméria. Ondas de radiação de alta intensidade destruíram as colheitas em questão de minutos, o que produziu um período de escassez que obrigou o povo a rebelar-se contra Sargão.
Ele se viu obrigado a reprimir centenas de rebeliões. Homens que uma vez o amaram e o adoraram levantaram suas espadas contra ele e os louvores se converteram em maldições à medida que os Lulus, mortos de fome, viam que seus meninos morriam em seus braços. Nosso império começou a desintegrar-se.
Eu não estava envelhecendo mas Sargão sim. E ele começou a sucumbir ante meus olhos. Com horror via como suas bebedeiras se convertiam em um pesadelo. Inclusive começou a me amaldiçoar, a sua amada Inanna. Sargão se mudou para o templo para estar perto da Enheduanna. Na noite eu jazia sozinha na enorme cama de cedro que tínhamos construído para nós dois.
Enquanto brisas suaves moviam as cortinas brancas de seda através da cama, atormentavam-me as lembranças agora dolorosas de nossa magnífica paixão e uma fria solidão se apoderou de meu coração. Eu não podia permitir que tudo o que tínhamos edificado se esfumasse… Os tempos pacíficos, as belas cidades. Eu tinha que mudar o destino, tinha que lutar. Não estava disposta a perder o que tínhamos construído e não me importava o que custasse.
A imagem de Sargão em sua cama agonizando e tremendo, com Enheduanna a seu lado, ainda está cravada em minha memória Poderia ser este o mesmo homem cuja força me tinha levado ao êxtase, o mesmo homem a que eu tinha coroado como rei? Para mim, o final de Sargão foi uma tragédia que mudou minha vida para sempre. Eu já não era a mesma; uma parte de mim morreu esse dia. A menina exuberante que corria rindo por pisos de lápis lazúli já tinha desaparecido. Não havia príncipe que me resgatasse ou a meu povo.
Eu sabia que dependia de mim tomar o que era meu, e estava bem consciente de que os outros deuses se apressariam a reclamar minhas terras se eu não lutasse. Coloquei os objetos de guerra e desfilei entre as legiões de meus soldados montada sobre meu garboso e gigantesco leão.
Reanimando as minhas tropas, tirei de dentro de meu ser ferozes gritos de guerra. Meus soldados estavam impressionados; a deusa Inanna os guiaria pessoalmente à vitória na batalha. Ombro a ombro lutei com eles como um homem enquanto me convertia na deusa da morte e da destruição. Durante dois anos conduzi a meus dedicados exércitos à batalha e matei muitos milhares de homens.
Um após outro fui colocando os filhos de Sargão no trono durante minha ausência. Enheduanna escrevia poemas que ilustravam meus massacres dizendo que sua mãe, Inanna, fazia correr rios de sangue pela terra. Ferozmente lutando pelo que eu acreditava que era meu, perturbei o equilíbrio dos deuses.
Aconteceu uma reunião na casa de Enlil. Enlil e Ninurta tomaram uma decisão: teremos que deter Inanna. Os deuses decidiram permitir que Marduk retornasse a Babilônia. Enlil e Ninurta sabiam que Marduk com gosto cercearia as atividades de Inanna: eu que uma vez quis enterrá-lo vivo. Como diz o ditado, o inimigo de meu inimigo é meu amigo.
Marduk não tinha esquecido que quando estava preso na grande pirâmide de Gizé, Utu lhe tinha tirado todo o fornecimento de água e, ao chegar a Babilônia, imediatamente tomou medidas para proteger o bebedouro natural da cidade, o rio Eufrates. As forças de engenharia de Marduk reduziram os fornecimentos de água às cidades circundantes, o que exasperou aos outros deuses. Chamaram Nergal da África para que dialogasse com seu irmão Marduk.
Nergal se despediu de minha querida irmã Ereshkigal e empreendeu a viagem para Babilônia. Entrou na casa de Marduk e começou a adular a seu irmão. Que façanha de engenharia tinha obtido Marduk! Entretanto, terei que admitir que o desvio do rio Eufrates lhes tinha roubado a água aos outros deuses. Anu e Enlil estavam contrariados.
Representação suméria da deusa Inanna.
Marduk replicou que desde os tempos do Grande (n.T. em 10.986 a.C.) Dilúvio o equilíbrio de poder na Terra se modificou de uma maneira inaceitável, que tinha sido redistribuído artificialmente e que isso não preenchia suas aspirações. Adicionou que certas armas e fontes de poder tinham sido injustamente furtadas de Enki e exigiu que as devolvessem a ele, não a Nergal. Logo ameaçou que envenenaria todo o rio Eufrates se não se cumprissem suas demandas.
Aqui se me abriu uma porta. Sempre gostei muito bem de Nergal, que era tão inteligente e de aparência agradável. Pensava que era uma lástima desperdiçá-lo com minha irmã Ereshkigal. Enki já tinha perdido o controle sobre seus filhos fazia anos. Nergal e Marduk estavam agora a bordo de uma verdadeira disputa fratricida.
Se eu pudesse me aliar com Nergal, ele poderia me ajudar a obter minhas ambições. Assim preparei um jantar tranqüilo para meu cunhado Nergal. Ele aceitou com prazer o convite. Estivemos totalmente de acordo, fizemos planos, fizemos amor. A família de Anu É ególatra e narcisista. Era (e ainda é) muito fácil nos motivar para a guerra ou para a paz porque o que nos move sempre são os nossos próprios interesses e o que nos convinha nesse preciso momento. Uma vez inundados nos esforços penosos da ambição, nós perdíamos de vista o caráter e nos esquecíamos da verdade singela de que o caráter é o destino.
No dia seguinte Nergal retornou à casa do Marduk na Babilônia e se negociou um acordo. Nergal devolveria as armas e as pedras cantantes a Marduk, mas este deveria sair da Babilônia e voar à terra das minas na África (Abzu) e as recuperar para si. Marduk aceitou com relutância.
Antes de partir, Marduk advertiu a Nergal que não tocasse nos controles que regulavam o rio Eufrates. Como irmãos são irmãos, no momento em que Marduk saiu, Nergal entrou à força na sala de controle mas para sua surpresa descobriu que toda a sala estava cheia de armadilhas. Quando Nergal desmontou os controles, soltaram-se venenos no rio. Marduk também inventou um mecanismo que alterava os satélites que regulavam o clima no caso de alguém destruir sua sala de controle.
Ereshkigal
Sobre a região sob controle da Babilônia os céus se tornaram negros, aumentaram as tormentas, os rios se poluíram e toda a área da Acádia e Suméria ficou devastada. Enki apreciava muito o sistema de águas da Suméria e não podia suportar que o grande rio Eufrates estivesse envenenado. Furioso culpou a seu filho Nergal desta ofensa destruidora. A esta ira Nergal reagiu cancelando a construção de uma estátua de Enki que já estava planejada. Só para provar um ponto, e por minha sugestão, Nergal queimou a casa de Marduk.
Como Marduk estava na África, pelo menos temporariamente, eu coloquei no trono da Acádia a Narim-sem, neto de Sargão. Meu pai Nannar adorava esse moço e Nergal também o apreciava. Minha aliança com Nergal, apoiada em sua inimizade com seu irmão Marduk, deu-me tanto poder que Narim-sem e eu pudemos continuar guerreando e conquistando territórios por um tempo.
Suponho que eu já estava me tornando muito guerreira e agressiva e a brutalidade da guerra estava me mudando. Algumas das histórias sobre mim eram verdadeiras, outras não. Eu sim entregava os escravos capturados aos campos de trabalho. Impulsionada pela ira, a ambição e minha solidão, tornei-me desumana. Sentia-me e me comportava como uma loba encurralada.
As ações de minha vida estavam começando a aparecer em meu rosto. Minha beleza se estava convertendo em algo duro e cruel. Punha-me mais maquilagem mas isso não servia. Era colérica e irritável, exceto quando queria algo. Transformei-me em manipuladora para obter o que queria; era uma hárpia, uma beleza convertida em besta.
Narim-sem teve muito êxito e muito se escreveu sobre suas campanhas de conquista nas tabuletas de argila. Mas um dia fomos muito longe. Chegamos até as Montanhas de Cedro do Líbano, muito perto do porto espacial. Enlil reuniu os deuses e todos ficaram de acordo: Inanna tinha começado a guerra e terei que detê-la. Ninguém me defendeu. Emitiu-se uma ordem para minha detenção.
Eu não ia permitir que Enlil me pusesse na cadeia, de modo que escapei em minha espaçonave. As tropas de Enlil chegaram até meu templo de Ácade e, ao ver que eu não estava, levaram-se todas as armas e fontes de poder. Eu me escondi no palácio de Nergal na Etiópia, onde ele todos os dias me dava informações sobre o que acontecia.
Ruínas de Baalbek, antigo espaçoporto dos Anunnaki, no hoje Líbano.
Entre os deuses começou a circular o rumor de que eu tinha desafiado a Anu. Isto era falso, mas proporcionou a Enlil a desculpa que necessitava. Como castigo por desafiar a Anu, destruíram a cidade de Ácade. A bela cidade de prata e lápis-lazúli que Sargão e eu tínhamos construído devia ser vaporizada. Atiraram os raios antimatéria e Ácade se esfumou. Até este dia ninguém descobriu o lugar onde uma vez existiu minha querida Ácade.
Enlil, com seu estilo firme, trouxe seus homens da montanha, as hordas gutianas para que tomassem Ácade. Aqueles que eram leais a mim foram degolados. Como eu não estava para as guiar, minhas legiões se desmoralizaram e fugiram para os estepes.
No palácio de Nergal me sobreveio uma depressão que nunca antes eu havia sentido. A derrota e a perda plasmaram seus feios rostos sobre meu corpo enquanto eu me sentava abatida sobre meu trono durante dias. Ninguém podia me convencer para que comesse ou falasse.
Sonhei que estava engatinhando por um deserto. Minha querida Ninhursag me chamou com o apelido que me pôs quando era uma garotinha: “Nini! Nini!” Vi o rosto triste de Dumuzi, o marido que não tinha amado. Senti o eco da risada assassina de minha irmã Ereshkigal. Por um momento senti a carícia tenra de Sargão, unicamente para me encontrar em um ninho de serpentes. Corria assustada em uma gelada noite e me vi apanhada em uma teia com uma enorme aranha cujos olhos vermelhos e garras cortantes estavam prontas para me devorar. Despertei gritando… gritando.
Era eu, Inanna, vulnerável? Era eu tão diferente de quantos escravos tinha capturado ou às mulheres que haviam me trazido taças douradas de vinho? Estava eu de algum modo limitada em meu poder? Por que estava aqui, vivendo neste corpo azul?
Minha mãe Ningal me enviou uma mensagem me suplicando que retornasse para casa. Prometeu-me que ali estaria a salvo em seus braços. Deu-me sua palavra de que meu pai Nannar tinha garantido amparo contra as acusações. Segundo ele, eu já tinha sido castigada o bastante. Ela orava para que eu retornasse a casa, mas eu devia renunciar a meus caminhos aventureiros e inovadores.
Com prazer viajei `cidade bíblica do patriarca Abrão, a UR, o lar de minha querida mãe Ningal. Eu, Inanna, outrora Rainha do Céu, fui a casa de minha mãe.
Continua…
“Existem três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo: a Lua, o Sol e a VERDADE” – Sidhartha Gautama (o Buddha)
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