quinta-feira, 2 de maio de 2019

QUEM FOI LEONARDO DA VINCE, O GÊNIO UNIVERSAL DA TOSCANA, QUE MORREU HÁ 500 ANOS?


Quem foi Leonardo da Vinci, o gênio universal da Toscana, que morreu há 500 anos? 
Posted by Thoth3126 on 02/05/2019

Quem foi Leonardo da Vinci? O gênio universal da Toscana morreu há 500 anos. Artista, inventor e cientista, apesar da origem humilde ele se tornou um dos homens mais conhecidos do Renascimento. Em 2019, mais precisamente nesta quinta-feira (02/05), o mundo lembra os 500 anos da morte daquele que foi, talvez, o maior artista do Renascimento: Leonardo da Vinci. Para lembrar a data, numerosas exposições focam a obra e a vida do artista e cientista. Em Paris, o Louvre mostrará uma retrospectiva no fim do ano. De 24 de maio a 13 de outubro, 200 desenhos estarão expostos no Palácio de Buckingham, em Londres.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Quem foi Leonardo da Vinci? O gênio universal da Toscana morreu há 500 anos. Artista, inventor e cientista, apesar da origem humilde ele se tornou um dos homens mais conhecidos do Renascimento. 

Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci (Anchiano, 15 de abril de 1452 — Amboise, 2 de maio de 1519), foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.

Mona Lisa, de Da Vinci

É ainda conhecido como o percursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante.

Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Veneza, Roma e Bolonha, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.

Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo. O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas.

Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes — e frequentemente desastrosas — com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações — que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura — formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.

Para Leonardo da Vinci, arte e ciência eram inseparáveis. Na verdade, tudo era indissociável para ele: extremamente curioso, queria compreender o mundo e fazer suas descobertas científicas fluírem para sua produção artística. Ainda criança, sentava-se à porta de casa com um livrinho de esboços, observava as nuvens, desenhava e anotava o que via. Quando adulto, dissecava secretamente cadáveres para expandir seus conhecimentos de estrutura corporal, musculatura, articulações e proporções físicas do corpo humano.

Desenhos anatômicos de Leonardo

Leonardo nasceu em 15 de abril de 1452 em Anchiano, um distrito do município de Vinci, na Toscana. Seus pais, um tabelião e uma empregada doméstica de 16 anos, não eram casados. Ele cresceu com o avô e gostava de desenhar. Por fim, conseguiu uma vaga de aprendiz na oficina do renomado escultor Andrea del Verrocchio, que trabalhava para os Médici, família de comerciantes e banqueiros que dominou Florença por séculos com seu dinheiro e poder.

Da Vinci adentrou círculos sociais mais elevados e tornou-se membro da associação de artistas florentinos Guilda de São Lucas. Seus meticulosos retratos e imagens de Nossa Senhora logo se destacaram. Ele guardou algumas de suas pinturas consigo, no ateliê, por décadas, retrabalhando-as reiteradamente. Uma dessas obras é a mundialmente famosa Mona Lisa, que hoje pode ser visto no Louvre em Paris.

Quer sonhadoras, quer autoconfiantes e esclarecidas, as mulheres o atraíam – mas apenas na tela: na vida privada ele se interessava por homens. Em seus retratos femininos também contrariava as convenções da época: em vez de pintá-las de perfil, como era o costume, elas encaram o espectador.


Mas seria injusto reduzir Da Vinci apenas à arte de pintar. Por um lado, ele não realizou tantos quadros, pouco mais de uma dezena de pinturas lhe são atribuídas com certeza. Por outro, ele deixou numerosos estudos e esboços de anatomia, com explicações em escrita reversa, assim como plantas construtivas sem qualquer pretensão artística, incluindo desenhos de tanques, equipamentos de voo ou mergulho. Desenhou pontes e projetou uma cidade inteira, porém a maioria de suas ideias jamais foi realizada.


Florença, Milão e Roma, as capitais do Renascimento, foram seus locais de atuação. Lá Leonardo da Vinci encontrou clientes, famílias ricas e até mesmo o papa. Em 1516 foi convidado para morar com o rei francês Francisco 1º, mecenas que lhe proporcionou toda a liberdade para se dedicar a seus projetos.

Uma de suas tarefas era organizar as stravaganze reais, festas esplêndidas e inebriantes. Em 2 de maio de 1519, o gênio universal da província toscana morreu no castelo Château Clos Lucé; segundo a lenda, nos braços do monarca francês. Leonardo é reverenciado pela sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas

Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis), mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.

Leonardo da Vinci é considerado por vários eruditos o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.

A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci

Leonardo pintou A Última Ceia, um incrível trabalho, o mais sereno e distante do mundo temporal, numa época em que durante anos foi caracterizada por conflitos armados, intrigas, preocupações e emergências. Ele a declarou como concluída, embora eternamente insatisfeito, e continuou trabalhando nela. Foi exposta a vista de todos e contemplada por muitos. Desde então ele foi considerado sem discussão como um dos primeiros mestres da Itália, senão o primeiro.

Os artistas vinham de muito longe, para, no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, analisar cuidadosamente a pintura, copiando-a e discutindo-a. O rei da França, ao chegar em Milão, acariciou a ideia impossível de remover o afresco da parede para levar para o seu país. Durante a sua realização muitas lendas foram tecidas em torno do mestre e seu trabalho. Os relatos de Bandello e Giraldi, dedicados a temas radicalmente diferentes, incluíram também a gênese de A Última Ceia.

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

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